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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

MARCAS QUE O GRANITO CARREGA

Um convite a uma viagem ao passado... a um tempo em que as caravelas portuguesas sulcavam mares desconhecidos na força dos braços de arrojados marinheiros, que partiam na diáspora, galhardia igual aos que ficavam e gravavam à força do metal, martelando sobre o granito, datas de algo. Qual não sabemos, mas algum motivo haveria.



Estas duas primeiras fotos, presumo terem gravada a data de 1591, Assim parece, daí a minha introdução ao texto. Seja uma evidência ou uma certeza, nós e quando podemos, deambulamos por ruas, becos e quelhas, na esperança de trazermos algo de novo para partilhar, pois muita coisa se "esconde" tal como este  "brinde" que, em plena hora de calor, foi deveras reconfortante e se as pessoas não sabem onde se localiza, nós dizemos, pois só assim contrariamente a "abstractas" teorias académicas, é possível mostrar de forma desprendida donde vimos, onde estamos e abrir caminhos para a nossa realidade genuína. Para quem conhece o Forno Grande é fácil e para quem não conhece, basta perguntar, sendo que não tem que enganar, basta olhar por cima do ombro e lá está um pequeno lagar de vinho em ruínas que ostenta na ombreira da parede esta ERA, acho que agora pertença de Darcília Gonçalves, nativa felizmente da nossa aldeia.
Penso não existirem dúvidas quanto à marcação quinhentista, até porque para salvaguardar eventuais actos de vandalismos, fica aqui o registo para a história. 


1783, presumo, pois para tal preservar, não foi submetida ao escrutínio de "doutos" iluminados. Mas a ERA gravada também pode ser mil setecentos e trinta e tal...o último número pode não ser um 3, porque há uma falha na pedra e também pode haver ali um 3 invertido. Onde foi tirada esta foto? Na "Quinta de Cabreira", melhor identificada no Post: Forninhos: Terra de Pedreiros.

E esta foto foi tirada onde?
"Inscrição interessante numa habitação de Forninhos!"
Assim e somente, reza esta foto que retirei dum post publicado ontem no "facebook da Junta de Feguesia de Forninhos" que se pode consultar clicando:
Claro que me insurgi por nada trazer de valor acrescentado. Opinião crítica/construtiva. Perguntei em que sítio fica, sua eventual história e...pela segunda vez, em pouco tempo, fui censurado! Tal e qual, aliás tenho gravado. Um dia, em breve, virá um post sobre estes "desideratos" e vão arregalar os olhos da democracia "interiorizada".

22 comentários:

  1. Questionamentos que ficam em ti eque cada vez mais descobres por lá! abraços,chica

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  2. "Missao", o lema deste Blog. Procura e partilha!
    Beijos, Chica.

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  3. Mais um pedacinho da história de Forninhos... Uma missão abençoada é a deste blog, trazendo informações e belezas da terrinha...

    Que bom que viu, Xico, as cerejas de cá por lá (Ciranda de Frases)... Obrigada por participar da minha alegria... Fico contente porque gostou!
    Abraços p você e a Paula...

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  4. Obrigado eu, Anete.
    Trazemos pedras de granito com eras marcadas, cerejas lindas como as que fez o favor de tornar publicas e a bistoria de um povo que se Deus quiser, tera ainda muito que contar.
    Um beijo, minha amiga.

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  5. No casario da nossa Terra as marcas, inscrições, datas, etc. bastante interessantes fazem parte da sua História.
    Ao pé do "Forno Grande" há um lagar de vinho e é possível observar junto casas baixas/pequenas, uma tem presente na sua ombreira a data, de 1591, por semelhança do "S" com o "5", inserido numa espécie de moldura.
    Olho para esses números e só me ocorre dizer que os nossos antepassados afinal deixaram-nos escritos: os gravados nas pedras de granito. Vê-se bem que foi desenhada de um modo rudimentar, deixando entender as dificuldades das gentes desses tempos em escrever um simples número, mas porque gatafunhados, para mim, até são bem mais interessantes!
    Em relação à ERA inscrita numa casa sita na "Quinta de Cabreira", acho que tudo já foi dito no 'post: Forninhos: Terra de Pedreiros". Por incompleto um número é mais difícil de dizer com certeza que se trata de 1783, mas o "L" pensava eu que quem se diz aprendiz de arqueólogo sabia que corresponde ao mil, mas afinal a ver/ler os comentários publicados no "face" (não cheguei a ler os eliminados) vejo que NÃO. Como diz o rifão:
    "Aprender até morrer" ou "nunca é tarde para aprender". Sobre o assunto apetecia falar de falsidade, melhor, de engraxamento, mas prefiro debruçar-me sobre a "Inscrição interessante numa habitação de Forninhos!", pelo que li (agora mesmo) já foi identificada "...na casa conhecida como "Casa da Tia Xoninha" propriedade do Sr. Celestino Oliveira na Rua Lage da Barroca.".
    Curioso a Jf mostrar a Era dessa casa, quando um familiar, o Sr. Luiz Fernandes Urbano, acabou de visitar Forninhos, depois de buscar junto de nós informações sobre os seus familiares, suas raízes, pois a última vez que veio cá, com o seu pai (José Urbano, conhecido como Zé da Helena), foi em Junho de 1974!
    Ficou de me enviar as fotos que tirou em Forninhos, sendo que a sua filha Kalime já me tinha enviado uma foto da família Urbano, o José Urbano, seu avô; a tia Antónia e o tio Porfírio Urbano, filhos de Maria Urbano.
    A ERA é interessante, sim Sr. e os números até estão bem definidos, daí que não é preciso ser um génio para constatar que se trata de 1741.
    Sobre a censura, acho que é mais do mesmo, já virou tradição no "facebook da Jf". Só ainda não percebi se é por questionares ou será uma questão de interpretação!
    Mas se calhar foi a paga por os ajudares com o cheque emitido em 2011 e fora de validade!!!
    Quem é burro não o seja!

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    1. Francisco Almeida Porque nao dizem onde fica...coisa estranha. espero nao ser censurado...
      (a propósito da última foto publicada na página oficial da Junta).

      Freuesia de Forninhos Esta inscrição está localizada na casa conhecida como "Casa da Tia Xoninha" propriedade do Sr. Celestino Oliveira na Rua Lage da Barroca.
      (surpresa, veio a resposta...).
      "Agarrei" o teu excelente comentário, como é apanágio teu.
      Aí tens acima, um excerto de quem deveria cuidar de testemunhos da nossa terra. Sintomático e hilariante, não fosse o assunto sério. Até quando será necessário perguntar e ensinar...
      O que temos? trabalho de casa, esta casa voluntária que acolhe quem a procura,, mesmo a centenas de quilómetros, substituindo a cultura da sua aldeia às "Obrigações" Autárquicas, as mesmas que em desespero da inoperacionalidade, cumprem na medida do antigo"Estado Novo", Censurado. Por três vezes o fui...Quem diria nestes tempos . Inédito.
      Haveria necessidade de qual professor antigo da primária, corrigir erros de palmatória de uma Junta?
      Festas culturais de barriga cheia....
      A cultura verdadeira, aonde pára? Estas pedras e registos, são algo de verdadeiro e o que acontece, os "meninos" aborrecidos por não terem no ombro os cerebros pagos da "coisa", ficam em delírio... Vergonha.!!!
      Ainda bem para Forninhos ter um orgão sério, cultural e de dimensão considerável, este espaço que ainda vai lavando a cara da nossa terra.

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  6. Ó Xico, você gosta de fazer perguntas a quem não gosta de respondê-las...;-)
    Se a democracia no litoral ainda tem alguns passos para andar, no interior parece por vezes ser ela própria algo que ainda nem todos sabem bem o que é.
    Interessantes as fotos e a inscrição bem definida das datas. A pedra sempre tem as suas vantagens, para manter todas essas inscrições.
    xx

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    1. Ola amiga Laura, o Xico gosta de perguntar e,

      Pergunto ao vento que passa
      notícias do meu país
      e o vento cala a desgraça
      o vento nada me diz.

      Pergunto à gente que passa
      por que vai de olhos no chão.
      Silêncio -- é tudo o que tem
      quem vive na servidão.

      Mesmo na noite mais triste
      em tempo de servidão
      há sempre alguém que resiste
      há sempre alguém que diz não.

      Quem sabe um dia os ribeiros nao transbordem e venham surpreender o poeta e que em espirito traga nova Trova de margens de liberdade...
      Beijo.

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    2. Belíssimo esse poema do Manuel Alegre. E na verdade a democracia faz-se todos os dias. Tem de lutar-se por ela todos os dias.
      xx

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  7. Bem hajam por mais uma exclente divulgacao, da historia e das suas ERAS, na vossa freguesia de Forninhos!

    Um abraco amigo.

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    1. Bem haja nos pela sua presenca.
      Por ca vamos andando a levantar "pedras" e encontrar tesouros.
      Um paixao destes beiroes pela terra que tanto amam.
      Abraco amigo.

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    2. Ora, aí é que está...este 'post' divulga História! Quando ouvimos que durante anos a fio, entre os séculos XIV e XVI, os portugueses lançaram-se pelos oceanos dentro, se calhar não imaginava-mos que os que ficavam, entre muitas coisas, construíam Forninhos!
      Foi uma época que ficou conhecida pela Era dos Descobrimentos e agora, nós, na actual Era vamos à procura, com objectivos, rigorosos q.b., de novas descobertas, cientes também de perigo(so)s que temos de enfrentar neste sítio e no outro...o do lápis azul ;-)

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    3. Destes perigos a que se sujeita a Era actual, eu trato!
      Da falta de respeito por "navegadores" e "pedreiros", aspas.
      Basta recomendar o espelho da consciencia (se tal houver) e um balde de agua fria...
      Do lapis azul, fui picado por duas vezes, sendo que aqui e agora fica o aviso, o lapis mudou de cor, passou a encarnado. Sentido proibido ao caminho da censura!
      Interpretem com quiserem, na certeza porem de que se tentarem travar este trabalho Cultural em prol de Forninhos, utilizando meios oficiais de uma autarquia, prestem atencao, existe uma "Coisa" chamada Constituicao da Republica Portuguesa!
      Como comecou a epoca escolar, acabou a brincadeira. Forninhos tem idade mais que suficiente do que passar o tempo em recreios da garotada.

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  8. Antes de mais...grata pelo excelente comentário sobre a FARTURA...que vai dando mas não sobra!!!
    Investigar e partilhar faz desta página...um momento bem interessante..."crocheteado" com palavras sábias!!!
    Tudo de bom!

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    1. Digamos que em silogismo, tentamos trazer a fome ao encontro da fartura. Tricotando enredos, lambendo folhas de papel, ganhando tempo ao pouco que dele sobra.
      Mas uma fartura de amor a este pequeno mas rico cantinho onde nascemos.
      Um abraco.

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  9. Estas inscrições dão curiosidade do que estavam querendo ,
    acho que era a data de começo da obra.
    bjs e bom fim de semana.
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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  10. Marcas como estas, registadas na eternidade do granito, deviam significar algo para quem as colocou.
    Curiosidade sim, ainda por cima feitas em pequenas ou grandes casas, nas suas ombreiras. um brasao igual nas posses de cada um, mas desconfio que nao seria por vaidade, antes um legado para os vindouros, nestas coisas dos "velhotes", sentirem que "eles" por ali andaram.
    As tais obras que deixam renascer sentimentos, sem o receio de virem modernos engenheiros fazer uma implosao...
    O granito resiste a muita coisa!
    Bom fim de semana.

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  11. Sempre disse que os brasões das casas de Forninhos são estes, gravados já na Idade Moderna e que guardam entre as suas paredes a história e estória dum Forninhos que já não existe.
    Infelizmente, a única investigação que se fez, ou recolha, melhor dizendo, traz apenas meia dúzia de palavras sobre "casas de um tempo" e algumas (fotos) da aldeia vizinha da Matela. Há é quem pense que todos somos estúpidos!
    Mas veremos posteriormente se alguém, nesta parte, nos irá dar razão...
    E nessa publicação, que por "simpatia" até chamo de monografia, julgo que sobre esta ERA, Idade Moderna, aparece lá uma foto duma pedra que lê-se apenas isto: "Pormenor de uma cruz potenciada de uma habitação de Forninhos" (de certeza que o autor e mentor(es) do facebook da jf -forninhos estudaram na mesma escola!).
    Para mim, isto é pouco ou, melhor, nada!
    Assim sendo, temos de ser nós a procurar mais informação. Até hoje eu não consegui descobri tal cruz, mas se calhar o objectivo de tal publicação seja mesmo essa, que os netos dos avós de Forninhos (como eu) não conheçam melhor a sua terra natal.
    Deviam, no mínimo, acho eu, informar onde fica!
    Trata-se do quê?
    É tudo.

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    1. Boa tarde Paula!
      No seguimento deste teu comentario supra, estava mais que tentado a escrever uma "Carta Aberta", para as pessoas perceberem definitivamente a razao pela qual somos tao perseguidos.
      Esse odio advem de uma "Troika" bem referenciada, os mesmos que nem sequer assumem erros proprios e no leito da agonia, moribundos e de lapis na mao, pensam que num simples rabisco, resolvem a questao. Irei ao facebook quando me apetecer. Ponto. Final. Paragrafo.
      Fica aqui e agora, o meu compromisso, virei em breve colocar um Post sobre o que penso ser o motivo desta perseguicao para este espaco, os mentores e acolitos, fazer perguntas, levantar suspeitas e trazer provas de determinadas ignominias
      Por Forninhos e pelos leitores, sera publico sem a doutrina salazarista de quem tal cultiva. Por isso nao me vou alongar, fica para breve.
      Nao existe da minha parte quaisquer confronto politico, isso e com quem faz a festa com o melhor porco assado, a melhor festa, sendo certo que alguem paga, mas sim com a honra e memoria dos nossos antepassados que mortos de trabalho partiram da terra e agora ainda sao mais que esquecidos, usados...
      Trazem de fora, qual legiao estrangeira, despojos de memorias que numa busca negra, nem encontram as raizes daqueles que deveriam ser descitos e homenageados.
      Respeito que ainda chames "monografia" aquela "Coisa", mas mesmo assim, irei confrontar AQUI toda a equipa da Ficha Tecnica, nome por nome, Consultores e demais, NENHUM nado em Forninhos.
      Dos agradecimentos na "Coisa" constantes, presumo serem os mais indicados para fazer relatos historicos de tradicoes e receitas. Aqui estranho tanto erro, mas pode ter sido erro de transcricao.
      As verbas da "Coisa", oferta para uns e preco de livraria para outros,
      Se deu lucro e tal sendo, tal pode ajudar a um eventual museu etnografico nas escolas de Forninhos...
      Irei fazer uma longa "Carta Aberta aos Forninhenses", aqui, por nao haver censura.
      Talvez o sr. Eduardo Santos ajude, por ter tanto estado por dentro destes e outros assuntos nesta Diaspora que tanto nos envergonha.
      O sr. Ricardo Guerra, possivelmente vira tambem ajudar, ja que conhecia os "doutos" e sancionou a obra que deveria ser revisionada de lapis na mao, tal como a mim fazem.
      Talvez vamos perceber, nos e quem nos le, definitivamente a zona cinzenta de Forninhos.
      Certo e que as pedras de granito, por enquanto la permanecem com marcas da sua historia e se nao souberem, por "amor da santa...", nao publiquem!
      Aqui fazemos esse trabalho, sem custos nem Ficha Tecnica.
      Beijo e cumprimentos Forninhenses.


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    2. E eu até estou tentada a registar-me no facebook para responder a mais um engraxador que por lá apareceu agora...já faltou mais!
      Esse fulano gosta de atirar "pedras", mas falta-lhes coragem de aqui dar a cara. Em tempos ainda apareceu no "Aqui d´Algodres" armado em cuco, agora, aproveitou a época dos tralhões para novamente dar ar de sua graça. Mas não tem graça nenhuma.
      Em 2006 criou um blog que tinha o objectivo de seguir o quotidiano ligado à Junta de Freguesia de Forninhos, mas em vez de seguir, perseguia!
      Depois como a Junta mudou, resolveu começar a parabenizar a nova Junta. Enfim...
      Inspiração não possui, já que anda sempre atrás do que aqui se publica, aliás, só aparece quando se fala em censura, pois ele lá sabe o que isso é...pois se tinha uma caixa de lápis azuis que usava no blog que levou à falência. Se calhar porque acabaram os lápis!
      Só dor de cotovelo.

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  12. O pedreiro como empreiteiro de si mesmo é ainda uma profissão bastante comum no Brasil. Um abraço, Yayá.

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    1. Adorei o conceito, Yaya, "...empreiteiro de si mesmo...".
      Tranformar a pedra dura, exige sacrificio e paixao, alem de sabedoria.
      Felizmente que em Forninhos tivemos grandes mestres da arte, ja aqui homenageados.
      Um abraco.

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