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terça-feira, 1 de março de 2011

Memórias: Largo da Lameira (zona envolvente)

As nossas Memórias de hoje conduzem-nos à Lameira de antigamente numa altura em que era intransitável para veículos longos. É essa Lameira que hoje aqui recordamos nesta fotografia:

Quantas vezes não subimos e descemos aquela rua estreita em pleno centro de Forninhos? Quantas vezes não pisamos o piso da calçada que se perdeu nas brumas do tempo? Esta rua sofreu muitas transformações.
Citando, outra vez, Aquilino:
«Se alguma coisa, nos derradeiros tempos, veio modificar a filosofia da aldeia», explica depois, «foi a camioneta (…) A camioneta da carreira trouxe à província com tonus novo um sopro de modernidade, de progresso (…).» (Aldeia).
Nas casas da zona, as diferenças, essas, também se fizeram sentir. Umas casas desapareceram e outras estão hoje diferentes: ampliações ou simplesmente alteração de fachadas, marcam a nossa Lameira uns anos depois deste “instantâneo”. Conseguem assinalar as diferenças?

20 comentários:

  1. A minha Lameira sempre foi bonita:
    Ontem & Hoje.
    Este Post é dedicado à Lameira e às gentes que fizeram a sua caminhada pelos caminhos deste lugar e zona envolvente. Presto, assim, homenagem aos conterrâneos que farão sempre parte do livro da vida de Forninhos, pessoas que ainda conheci e que sempre aqui viveram:

    Aos meus avós paternos, Zé Cavaca e Maria Coelha;
    Tia Augusta do Adriano;
    Tia Júlia e tio António Carau;
    Tia Raquel;
    Tio Armando Castanheira e mulher;
    Tio Maximiano e Sra. Deolinda;
    Tio Ilísio e tia Clementina;
    Tio Carlos Guerra;
    Tio Ingino;
    Tio Domingos e tia Maria;
    Tio Zé Lopes;
    Tio Alfredo Farrió;
    Tio Zé Cardoso;
    Tia Rosa e marido;
    Tias Brasileiras e irmão;
    Tia Augusta Saraiva;
    Tia Felisbela;
    Tia Adélia;
    Tio Guerrilha;
    Tio António Grilo e mulher;
    Tio Joaquim Branco e tia Ana;
    Tia Maria Emília;
    Tio Luís Moreira e tia Antoninha;
    Tio Augusto Marques e Sra. Júlia;
    Sra. Emília;
    Tio Raul;
    Tia Maria da Urgueira e tio Luís da Coelha;
    Tia Cecília, Sra. Luz e Sra. Anunciação;
    Tia Santa e marido;
    Tia Prazeres, tio “Gira-Discos” e tia Natividade;
    Tio Daniel e tia Augusta “do Daniel”;
    Tio Zé Matela e tia Céu;
    Tia Antoninha Matela que deitava do terraço bolas e bonecas de trapos para nós brincarmos, lembram-se? Nesses tempos, havia muita canalha e brincava-se com o que havia.
    Tia Ludovina;
    Tia Arminda e tio Joaquim Xispas;
    E tantos outros que não estão aqui enumerados mas que deixaram a marca da sua passagem pela Lameira.

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  2. Parabens, muitos parabens pelo Post!
    O melhor que tenho visto em tantos e tantos, nacionais e internacionais; porque?
    Ira ficar, se Deus quiser, dias, semanas, meses, anos!
    Lanço um desafio:
    As n/memorias, estao nesta gente, nos que nos antecederam e nos vivos, temos obrigaçao de contar as s/historias, defeitos e virtudes,
    Desta lista, conheci quase toda a gente, pobres e remediados, pois nao havia ricos, mas muito ricos de frateridade e nao acredito que nos, filhos, netos e bisnetos, nao tenhamos recordaçoes!
    Vamos deixa-las aqui!!!!!

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  3. Nao esqueçamos o Lugar!
    Tal Benfica/Sporting, a rivalidade era imensa e as jogatanas de futebol, acabavam a pedrada.
    Coisa seria!
    Era pior para o pessoal que tinha de passar pela Lameira, quando vinhamos da Casa Paroquial, de ver um filmito a preto e branco na unica ou das poucas televisoes da terra.
    No Inverno, oito da noite, ao chegar ao Largo da Lameira, vinha eu e o Ernesto e mal chegava perto da casa do To Antonio Carau,, ja gritava pela minha mae, a plenos pulmoes. Medo dos lobos, feiticeiras e fantasmas.
    Ate voava....

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  4. Terei pelo menos uma dezena de historias vividas por mim, com esta saudosa gente e uma ou outra transmitida.
    Uma vez por semana, contarei uma das mais hilariantes (quase todas), para recordarmos os nosssos entes queridos com alegria!
    Participem, por favor a construir a nossa bela historia e ao mesmo tempo o futuro dos presentes e vindouros.

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  5. Era na Lameira, e acho que ainda é, que tudo acontecia. Este lugar foi e será sempre o palco de milhentas histórias!
    Já que estamos na altura do Carnaval vou falar desta época. Em Forninhos, o Carnaval ou Entrudo como era mais conhecido, vivia-se de forma simples. Havia os Entrudos, o barrigudo, a velha corcunda, o coxo, etc….mas recordo a manhã de Terça-Feira quando os rapazes metiam na Lameira os carros-de-bois de muitos conterrâneos que aqui recordo.
    Recordo também as danças à roda, do rancho folclórico da nossa Associação, na altura presidida pelo já falecido Sr. Zé Teodósio e pelo Sr. Fernando Rocha. Íamos na camioneta do Sr. Teodósio cantar e dançar às aldeias mais próximas, mas o grande final, tarde, já noitinha, de Terça-Feira, terminava no palco da Lameira.
    Era no Largo da Lameira que se "enterrava" o Santo Entrudo, um boneco de palha, que era incendiado à meia-noite pelo tio Zé Coelho.

    Deixar registadas para o futuro as nossas coisas, a nossa história, depende de todos nós que fazemos parte desta comunidade de Forninhos e que está espalhada por todo o mundo. Para todos os que estão longe e que nem sempre podem visitar Forninhos, espero que seja aprazível “viajar” por entre estas páginas.
    Envio um grande bem-hajas a todos, pelas visitas, pelas palavras que deixam neste espaço, por todas imagens que me foram cedidas, pois é também uma forma de dizer que gostamos de pertencer a este Lugar.

    Aquele abraço forninhense a todos ;)

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  6. Muito boa esta foto da nossa lameira de antigamente. Como um dia disses-te Paula, este lugar também podia estar no meu bilhete de identidade e de muitos forninhenses que estão espalhados por todo o mundo.Esta lista faz-nos lembrar as pessoas que viveram os seus dias na nossa lameira. Passavam nos caminhos com os carros de bois e carros de mão, molhos á cabeça, enxadas ao ombro ou á soalheira nos balcões das casas.

    Cumprimentos a todos.

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  7. Uma bela homenagem Paula,vejo muito orgulho em cada nome que citastes.Meu marido sendo filho de Português,também esta montando sua árvore genealógica,seu pai chamava-se Rui Manuel Monteiro Telles Fazendeiro,mas já faleceu a anos.Quero este resgate para deixar para minha filha,que ela saiba que tem nas veias sangue português.E que saiba mais sobre suas origens.A minha familia e decendente de Portugueses e Italianos.
    Paula,vou fazer a receita que me mandou,assim que possivel vou comprar os ingredientes e farei passo a passo,tenho azeites que meu marido trouxe de Lisboa,vou gostar muito de fazer,mas antes vou te perguntar algumas coisinhas.
    Quando participo deste blog,sinto-me orgulhosa,pois vejo no jeito serio de vocês o meu marido.Homem serio,sistematico,culto e viajado,puxou ao pai completamente.As vezes brinco um pouco,mas também sou de poucos amigos,faço do meu Blog minha vida social,pois sendo casada e tendo uma filhinha,e morando em um pais muito grande e por isso com vários problemas sociais,prefiro mesmo viajar e cuidar de nossa casa.
    Deusa
    vasinhos coloridos

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  8. Esta imagem deste lugar que me é tão familiar, onde vivi e brinquei, é das melhores…mas há mais fotos excelentes que vamos postando aos poucos, para que seja feito destaque e nos recorde memórias ligadas as estes sítios de passar e viver.
    Obrigada a todos os que se revêem nestes modestos contributos para a nossa memória colectiva, de um lugar que todos amamos, onde todos sentimos que moramos.
    Nesta fotografia olhamos pormenores que parecem não ter mudado muito, o que é um bom sinal, pois demonstra que o interesse pela aldeia não esmoreceu, daí as obras que vão melhorando as casas e que pode significar que as pessoas não desistiram de viver aqui.
    Embora com menos habitantes a Lameira conserva o seu carisma no traçado “rústico”, mas adaptado aos novos tempos.

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  9. Boa tarde a todos.
    É verdade, a este lugar da lameira, hoje poderíamos chamar de,” o rossio de forninhos”
    Se a Paula publicar outra foto tirada do mesmo ângulo, podemos ver que, o essencial está lá, mas algumas coisas mudaram, para melhor, como é o caso do alargamento da rua e o restauro de algumas habitações, sinal de que esta aldeia do interior não está moribunda, embora se vejam muitas casinhas, como a do telhado que se vê em primeiro plano a marcar uma época que convinha não apagar.

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  10. Bem visto ed santos ;)
    De facto houve coisas que mudaram para melhor, como o alargamento da rua, mas ainda assim acho que esta rua deveria ter sido empedrada e não alcatroada, bem como o Largo da Lameira. Mas eu ainda tenho esperança que até 2013 tal se verifique.
    Este Largo ainda hoje é valorizado e é um bom lugar para estar, as coisas ainda aqui acontecem, porque nele ainda permanece o estilo tradicional e que deve ser preservado.

    Fica a promessa de um novo Post com as 2 imagens(A Lameira: Ontem & Hoje).

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  11. Boa tarde a todos!
    Lameira Antiga?Quais diferenças?
    Casas remodeladas, ruas estreitas.
    Hoje são habitações remodeladas, vias vias mais largas. O cert é que os tempos mudam; mas nada nem ninguém me faz esquecer aquele lugar com casinhas antigas, caminhos estreitos, mas SEMPRE acolhedores.
    A NOSSA LAMEIRA, NOVA OU VELHA.
    Li alguns comentários, todos eles iam ao encontro do que aqui esscrevi, antes de escrever este.
    Continua...............

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  12. Desde o início que me comprometi a procurar fotos antigas de Forninhos. Em 27.01.2010 mostramos a Rua da Igreja (Ontem & Hoje) e disse que seria interessante conseguirmos outras, de outras ruas e paisagens, para ver a evolução e o progresso de Forninhos.
    Continuar será sempre o nosso lema.
    Não há dúvida, que a origem da nossa aldeia está nas casinhas antigas construídas em pedra, rectangulares, quadradas, redondas, conforme o espaço o permitia. Da Lameira ou do Lugar? Não há certeza, mas também alguém se preocupou em sabê-lo?
    O sítio onde esteve a Capela de S. Pedro chamava-se Lameira. Tem de se averiguar se nas casinhas rasteiras mais antigas existe alguma inscrição, porque só assim poderemos construir melhor “o nosso verdadeiro Forninhos”.

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  13. Muito boa tarde a todos.

    Eu julgo que não vai ser fácil encontrar inscrições nestas casinhas, pelo facto de serem construídas por gente muito modesta, e quem sabe? Por pessoas que trabalhavam nos fornos e por isso terem escapado á destruição do seu povoado da gralheira. Se quisermos saber, ou pelo menos tentar, a história desta aldeia, teremos de “ler” no imaginário, mas atenção! Há aldeias que, para quem quiser saber a sua história, é difícil por não haver qualquer vestígio, o que não é o caso desta.
    Se tivermos em conta as casinhas, o nome de lameira e lugar, o antigo povoado da serra e o próprio nome há séculos conhecido por fornos e hoje forninhos, podemos realmente não chegar a conclusões, mas podemos tirar muitas ilações.

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  14. Ola amigos,
    Aqui estou de novo para falar na ultima foto de Forninhos ve-se a casa da Tia Maria dos Santos. Era a casa dos melhores requeijoes da terra. Eram grandes e saborosos, dois por 25 tostoes. Tambem as tabernas ou vendas como se chamavam do Sr. Jose Matela e Sr. Augusto Marques onde iamos comprar o quilo do arroz e outros coisas e era tude para apontar, pagava-se quando havia o dinheiro.
    Xico, gostei do beijo que me mandaste, era saboroso. Vai ainda um maior para ti, que te saiba a mel. Eras um comico! Ainda te lembras da gabardine que tu vestias do Tio Sora quando ele morreu?
    Vao ums versos que se cantavam quando iamos nas excursoes a Fatima e outros lugares quando acabava a catequese. Nao sei se alguem ja os escreveu:
    Vou-me embora vou-me embora
    Estou aqui estou a balar
    La para os lados de Forninhos
    Quem me quer acompanhar

    Forninhos e terra linda
    Nada tem que envejar
    Fica na encosta da Serra
    Ve a ribeira a passer

    No concelho e a primeira
    Na producao de bom vinho
    E uma terra hospitaleira
    Tem de tudo um bocadinho

    Na parte nascente fica
    Branca ermida da Senhora
    Nos dos verdes lhe chamamos
    Por ser deles protectora

    Natalia Cavaca
    Bye-bye

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  15. Boa noite, amigos.
    - Esta saiu á pressão

    Esta aldeia nasceu,
    no meio de penedal,
    a aldeia de Forninhos,
    minha terra Natal,
    esta aldeia linda e verde,
    não a troco, por esta junto ao mar.

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  16. Olá cá estou de novo, com estas fotos tão antigas é como um tónico que faz recordar até mesmo "sentir o cheiro" desses tempos, não sou muito velho nessa terra, sou apenas mais um que foi incorporado, e ainda me lembro de como era o largo da Lameira, é verdade que se tem verificado muitas mudanças, mas a parte que marca essa bela terra ainda se mantem, pena é que já se começa a notar algumas mudanças.

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  17. Nesta foto está uma pedra numa parede que ostenta umas marcas que foram feitas por miudos dessa terra nas suas brincadeiras, essa pedra pode ser vista na foto junto ao canto inferior do lado direito, mesmo por cima do banco de carapinteiro, nessa altura essas marcas estavam bem altas, mas hoje ainda lá estão mesmo junto ao chão, como podem ver todo muda até as ruas crescem ou as casas encolhem.

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  18. Bem observado amiguinho João. Forninhos tem ainda algumas casas tipicamente antigas, como estas da Quelha da Xica, mas qualquer um pode ver que aquando do arranjo das Ruas não tiveram em conta este património, pois o chão nesta e noutras Ruas (senão em todas) foi elevado a um nível superior.
    Não sei de que ano é esta foto, mas também reparei que junto à banca de carpinteiro, está a ponta de um carro de mão (cor de laranja). Estes carros-de-mão, como o que tinha a tia Júlia e tio António, vieram substituir os antigos carros-de-mão em madeira, mas também eles marcaram uma época. Lá estão também as portadas de vai-vem da venda do tio Augusto Marques, que eram muito usuais nesta época nos estabelecimentos comerciais. Os postes de iluminação também mudaram, este modelo faz-me lembrar o jogo da reza, na Quaresma. Depois lá está casa da tia Santa (Maria dos Santos), pitoresca, com o combarro. A casa dos meus avós paternos também teve um. Os combarros também fazem parte da história de Forninhos. Bom…como diz o Xico, este Post poderia ficar semanas, meses, anos, que eu tinha sempre algo a dizer. Mas, por ora, fico por aqui…

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  19. CANTA FORNINHOS

    Já fui por esse mundo fora.
    Já só me falta agora.
    Dar alegria á minha gente.
    Mas isso vem hoje a calhar.
    Quando as chouriças forem assar.
    E se comerem alegremente

    Tenho ruas estreitas e outras já não tanto.
    Mas todas elas com seu encanto.
    E uma lameira que teve tudo.
    E como agora é carnaval.
    Ninguém me leva a mal.
    Viva o Entrudo.

    Dia do leilão 6/2/2011

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  20. Relembro aqui algumas "histórias" que tinha a Lameira quando éramos pequenos no tempo da tia Adélia. Quando decidíamos jogar à macaca ía sempre uma à frente espreitar para ver se a tia Adélia estava, se ela nos visse enxotava-nos de imediato com a vassoura. Falo de muito tempo atrás, claro! Quando a Lameira não tinha alcatrão. Não gostava que ali jogássemos, mas acho que não tínhamos medo, nem a achávamos assustadora, a tia Adélia impunha respeito.
    Os rapazes também jogavam ali à bola. Tanto a tia Adélia como o tio Augusto Marques não gostavam, dizia-se até que este Sr. tinha uma navalha sempre à mão, caso a apanhasse, era uma vez uma bola.
    Cada rua tem a sua história, mas a Lameira tem muitas, muitas histórias.

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