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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Memórias: Antiga Equipa de Futebol de 11 (década de 70)

Com a colaboração de mais uma família forninhense, aqui apresentamos mais uma foto de bravos jogadores e a respectiva legenda:

Em cima/pé: Artur “Venâncio”, Martinho Lopes, Zé "Pincho", meu tio Luís (mudo), Zé “Peleira”, Tonhito “Pincho”, Venâncio.

Em baixo: Virgílio “Pincho”, Tónio “Gordo”, Adelino Pina, Nel (do tio Abel) e Toninho Venâncio.

Embora as gerações mais novas não se recordem, esta equipa disputava os seus jogos no terreiro da N. Sra. dos Verdes, local onde existiu durante muitos anos o campo de futebol diferente dos outros todos, pois tinha relva, a melhor relva!
Os jogos que se organizavam por estes anos eram informais, bem como as equipas que se formavam. Jogava-se normalmente com equipas de terras próximas.
A fotografia aqui reproduzida, cedida pela família Guerrilha, foi tirada na década de 70, aquando do período da Guerra de Ultramar e quando em Forninhos ainda não se tinha iniciado a grande vaga de emigração, sobretudo para terras de França.

7 comentários:

  1. Durante varios anos, o equipamento de Forninhos era o do Belenenses.
    Joguei, penso que com todos os da foto, quando me encontrava de ferias escolares.
    O campo da Sra. dos Verdes era paradigmatico; os descontos de tempo de jogo, eram passados a pedrada pelas duas equipas, para desprender a bola presa na arvore que se encontrava dentro do campo.
    Quando caia, era mais festejado que um golo.
    Jogavamos pelas terras vizinhas, aonde nao tinhamos fama de bonzinhos nem abstemios.
    A mais dificil era para mim Dornelas, dado que jogava a avançado e levava "porrada"sempre de um defesa "maluco" chamado Pacheco, com o dobro do meu tamanho e se calhar idade.
    Em Sezures o jogo durava a tarde toda!
    Parecia as 24 horas de Le Mans.
    Cada vez que a bola saia do campo, pela ribanceira em direcçao a estrada, ir e vir, era meia hora.
    Gozo, gozo dava a Matela: ou levavam meia duzia para cima ou nao acabava o jogo.
    O arbitro, era o castiço e caseiro do Castanha.
    Recordo uma vez em que me invalida mal um golo por fora de jogo, refilei como de costume e para variar, deu-me ordem de expulsao.
    Senti o caldo entornado; o Tonho Gordo sai da n/baliza, qual touro Miura, remete a baliza adversaria, agarra no poste e era uma vez uma baliza!
    Um piparote aqui, outro acola, nada de especial, nem de anormal.
    No fim, no tasco junto aos tanques, la estava a bela punheta de bacalhau, as vezes so bacalhau com sal e tudo, pao e vinho, muito vinho, e o Vasco Latoeiro. Tinhamos fama!
    O regresso de qualquer aldeia era sempre em festa, empoleirados no tractor do Tonio ou Samuel Cavaca, garrafao na mao a cantarmos a Grandola Vila Morena ou A laranja doce tem a casca fina...
    A equipa tinha fama de raçuda, de armar confusao e de beber(se calhar eramos apenas nos...) e talvez por isso nos tenham convidado para o jogo de inauguraçao do Campo de Futebol de Aguiar da Beira (anterior ao actual).
    O Ti Ze Maria Indio, bem me disse para encostar a lateral direita que eles nao me seguravam; o primeiro golo foi canja!
    O pior foi a partir dai, metem um novo defesa chamado Ze Alberto, que tinha estudado comigo, bronco, a ameaçar que me partia as pernas, a seguir vem o Rui do cafe Brasil, a dizer o mesmo.
    Pensei: se mas partem, nao marco mais nenhum, tenho de despachar isto; bastaram cinco minutos, Vai buscar!
    2-0 para Forninhos.
    Confraternizamos e no fim nem a Forninhos fui.
    Tinha ido de Lisboa mais o meu primo Graciano, irmao da Iracema nesse dia e nesse dia voltamos.
    Vinhamos contentes pelo resultado, mas tristes pea festa no tractor!

    Abraço

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  2. Obrigada Xico pela tua contribuição, histórica-desportiva, que diz tudo!!Este teu comentário retrata e demonstra bem como desde muito novos sempre houve espírito desportivo e brio de ser de Forninhos.
    Desta equipa não me recordo, mas lembro-me bem de uma outra, da década de 80, que jogava já no actual Campo do Picão, constituída pelo meu agora vizinho Zé Carlos Lopes, Zé António Índio, Jorge Pina, João Pincho, etc. Gostava muito de ter uma fotografia destes também bravos jogadores que nas tardes de Domingo deu muitas alegrias aos forninhenses…e assim se passava uma bela tarde de Domingo, com a tia Augusta “piloa” a aplaudir e a gritar “é penalti, é penalti”.

    Espero que não levem a mal algum vocabulário por mim usado, mas como sabem muitos forninhenses são conhecidos entre si por alcunhas. Apesar de muitos se calhar não gostarem das alcunhas que têm, a realidade é que por um motivo ou por outro toda a gente tem alcunha.

    Beijos & Abraços a todos

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  3. Eram anos em que havia muito convívio e a amizade entre todos. Tanto na cultura como no desporto faziam-se as coisas com prazer e alegria.

    Agora sou eu que digo:

    Como os tempos mudaram!

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  4. Lopes amigo,
    Os tempos nao mudaram, as pessoas, sim!
    No meu tempo, jogavamos na Sra. dos Verdes, se tivessemos um campo na altura como esse agora, ainda hoje lutavamos na Liga Europa ou na Champios(brincadeira...).
    A seguir ao 25 de Abril (ha 35 anos), com o calor da Revoluçao dos cravos, num belo Domindo (salvo erro), mobilizamos uma parte do povo de Forninhos e "invadimos" o pateo da casa
    do Sr. Amaral.
    Exigimos que nos entregasse um terreno que tinha pinheiros pequenos, que la fariamos um campo de futebol.
    Nao foi facil, mas aquilo valia dinheireo e a maior parte dos ricos, ja se sabe!
    Devemos ter-lhe parecido um bando de malucos e possivelmente em situaçao de recurso, comunistas assassinos.
    Nao sei, o que sei foi o resultado.
    Nesses local esta hoje o campo de futebol de Forninhos.
    Arrancamos para l´´a e houve festa da rija, com o teu saudoso avo, Tio Ze Carau a lançar uma descarga de foguetes.
    Danados para a brincadeira.

    Um abraço amigo

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  5. Esta é que eu não sabia!!!
    Por isso, eu acrescento:
    Outro tipo de empenho!
    Que rico baú o teu Xico, tão cheio de memórias e de recordações ...é muito agradável que as possas aqui partilhar connosco e é bom, porque só assim é que muitos podem apreciar a prontidão e o esforço enorme feito por gerações e gerações de forninhenses.

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  6. Como recordar é viver, aqui temos um exemplo disso.
    Qualquer coisa que tenhamos feito quando éramos jovens, hoje é uma aventura.
    Dávamos muita importância a qualquer momento vivido, por mais simples que ele tenha sido, e que hoje recordamos com nostalgia. Talvez porque naqueles tempos não havia a variedade de divertimentos de que os jovens de hoje dispõem, mas será que amanhã os vão recordar como nós os recordamos hoje?
    Um abraço á moda antiga.

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  7. Será que ainda existe este equipamento?

    Continuo a lamentar o facto de não se valorizar vário espólio. Este equipamento, tal como o outro,o tal do Belenenses, bem como outros objectos importantes, quer ligados ao desporto e cultura, quer às diversas profissões, de sapateiro, carpinteiro, resineiro, pedreiro, etc, deveriam fazer parte de um espaço museológico que deveria ser criado para esse efeito, para exposição deste tipo de património.
    Existem espaços vazios, sem qualquer utilidade, que serviriam perfeitamente para este fim. São imóveis que até se encontram em locais privilegiados da nossa aldeia.

    Fica a sugestão ;)

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