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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Colheita e Vinificação em Tinto

Hoje voltamos para dar destaque ao processo de vinificação do vinho tinto, pois chegaram-nos estas imagens da vindima da família Melo:

Este cenário em que se desenrola a actividade dos vindimadores, entre as folhagens de tons outonais, são autênticos postais:



De videira em videira, as mãos humanas vão cortando os cachos de uvas e todos se empenham para que as uvas cheguem com bom aspecto, inteiras e não amassadas ou calcadas, para que o Vinho seja de qualidade:

E se a máquina de vindimar ainda não chegou à nossa aldeia, o mesmo não se pode dizer das cubas ou lagares de inox onde é feita a fermentação mecânica. Isto é, em vez de ferver no tradicional lagar de granito, ferve neste lagar/cuba:

A maior parte dos grandes vitivinicultores da Região Demarcada do Vinho do Dão estão já a recorrer aos novos equipamentos tecnológicos para a vinificação do vinho.

Também nas adegas, os pipos, pipas e tonéis de castanho, estão a ser substituídos pelas cubas de aço inox.

Fica mais este apontamento dos gestos que se repetem nesta Estação, na Região Demarcada do Vinho do Dão, mas que são sempre diferentes, estes são do ano de 2010, e que nós temos o prazer de continuar a publicar para mais tarde recordar.

6 comentários:

  1. Boas e bonitas fotos!..
    Parabéns ao fotógrafo, que creio, foi a D. Iracema, proprietária da vinha.
    Parabéns também a aluap, pela oportunidade da sua inserção.
    Como podemos ver, o progresso também aqui chegou.
    Sabemos perfeitamente que, quem insistir com os métodos antigos tem dificuldades em sobreviver, porque os tempos são outros, e, ainda bem que assim é, mas continuo a dizer, que o progresso pode e deve avançar mesmo nas aldeias do interior sem que, para isso, tenha que se destruir o passado.
    Por exemplo, vemos como ao contrario do que acontece em alguns locais que constroem autênticos barracões, a casa antiga foi restaurada e preservada mostrando assim, como o presente pode muito bem “conviver” e avançar ao lado do passado, mostrando aos mais novos e gerações vindouras, que não devem ter vergonha, mas sim orgulho da geração que os antecederam.

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  2. Quando recebi estas fotografias foi impossível não as partilhar convosco, já que através das mesmas temos a possibilidade de reviver a evolução da história do vinho e dos nossos antepassados. Forninhos é uma povoação muito antiga, tendo tido ocupação humana desde épocas muito remotas, onde temos alguns exemplos de lagaretas ou lagares talhados em rochas graníticas que se destinavam, provavelmente, à pisa da uva pelo processo tradicional de esmagamento pelo pé do homem. Estes lagares constituídos por piso pouco profundo (pia rectangular) e pio (orifício ou bica que deixa escorrer o mosto) devem ter sido o modelo base, no entanto, nunca foram estudados! Alguém sabe até quando terão funcionado estes lagares/lagaretas/lagariços?
    Os tempos hoje são outros e chegamos aos lagares de fermentação mecânica, mas olhar para o passado ajuda-nos a compreender como os nossos antepassados superaram desafios e souberam lidar com as dificuldades.

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  3. Muito bonitas fotografias de uma das actividades que normalmente da mais prazer.
    Felizmente os poucos agricultores que restam ja se vao adptando as novas tecnicas de vinificacao!

    Um abraco de amizade.

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  4. As vindimas têm lugar habitualmente em setembro, analisam amostragens para controlar a maturaçao das uvas,assim como acidez,peso e cor. È necessario encontrar o grau de acidez indicado porque com o passar do tempo os acidos transformam-se em açucares,o que leva a um aumento do alcool.Posteriormente deve ser feito o transporte dos cachos nas melhores condiçoes, já que, devido ao calor proprio da época, as uvas amassadas começam a fermentar antes do tempo. Antigamente eram grupos de homens que pisavam as uvas, sistema que gradualmente está sendo substituido por metodos mecanicos.Queremos mostrar que tambem em Forninhos acompanhamos essa evoluçao.

    Um abraço

    Iracema

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  5. Já diz o ditado: “Agosto madura, Setembro vindima”.

    Antigamente a data da vindima era prevista através de um método popular que consistia em ver quando os pés das uvas murchavam e os bagos começavam a contrair.

    Iracema: Já reparei que a marcação da vindima é feita com bastante antecedência, portanto, é pouco provável que seja usado este tradicional método popular, certo? Como é feita, hoje, a escolha da data da vindima?

    E... olha, obrigada pelas belas fotos enviadas, que nos permitiu a todos acompanhar este novo método de vinificação.

    Bjo
    Paula

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  6. Ola

    A marcaçao da data das vindimas é condicionada por vários factores. Por precaução,o viticultor tem tendência para marcar prematuramente a data da vindima.Em muitas regiões existe uma dificuldade acrescida na obtenção de mão de obra,o que influência a organização do trabalho.É compreensivel tambem que o viticultor pretenda colher o mais cedo e o mais rápidamente possivel,na tentativa de evitar condições climatéricas adversas.Considerando que a vindima pode decorrer durante varias semanas,é natural que o viticultor queira diminuir o risco de uma colheita degradada pela botrytis(podridao).Para produzir com qualidade,tambem é necessario assumir algum risco,e encontrar uma situaçao de compromisso.A marcaçao da data da vindima a longo prazo basei-se na estabilidade do ciclo vegetativo da videira,em condiçoes climaterias medias,considerando o atraso entre floraçao e maturaçao ou entre o pintor e maturaçao.A duraçao do ciclo varia com a casta e a regiao.Uma previsao razoavel baseia-se no conhecimento profundo de uma determinada parcela de vinha.

    Um abraço

    Iracema

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