O Outono chegou a 22 de Setembro e termina a 21 de Dezembro. Os dias ficam mais curtos, as temperaturas descem, as pessoas agasalham-se, as folhas das árvores mudam de cor e vão caindo, colhem-se os frutos do trabalho de mais um ano agrícola – É tempo de colheita!
E feitas as escanadas, as espigas do milho são colocadas a secar. O milho depois de malhado e limpo, é guardado em arcas de madeira para ser utilizado para consumo dos animais e para a moagem da farinha. Em tempos antigos, fazia-se com este cereal pão de milho, mas também uma sobremesa de Inverno. Lembram-se das tradicionais papas doces de milho?
A abóbora que era pouco utilizada na alimentação das pessoas, hoje, é muito utilizada na comida, principalmente na sopa. Porém, fazia-se o doce de abóbora.
E dos marmelos fazia-se marmelada e geleia. Acho que em tempos recuados não havia família em Forninhos que não fizesse marmelada. Ainda se recordam das tigelas de marmelada a secar às janelas das casas?
E dos figos que se secavam ao sol, em tabuleiros de madeira compridos? Juntamente com os figos, secavam-se também metades de uns pêssegos de abrir que eram uma delícia.
Os figos brancos e pretos depois de secos eram metidos dentro de sacos de pano atados para melhor se conservarem e depois arrumados nas arcas. No Inverno adquiriam uma camada branca que os tornava doces e macios.
Também se guardavam as maçãs nos sótãos ou adegas, em palha, e ali ficavam até ao fim do Inverno.
Enquanto nas ruas das cidades já se sente o cheiro da castanha assada, nos campos, vão caindo dos ouriços as castanhas.
E dos marmelos fazia-se marmelada e geleia. Acho que em tempos recuados não havia família em Forninhos que não fizesse marmelada. Ainda se recordam das tigelas de marmelada a secar às janelas das casas?
E dos figos que se secavam ao sol, em tabuleiros de madeira compridos? Juntamente com os figos, secavam-se também metades de uns pêssegos de abrir que eram uma delícia.
Os figos brancos e pretos depois de secos eram metidos dentro de sacos de pano atados para melhor se conservarem e depois arrumados nas arcas. No Inverno adquiriam uma camada branca que os tornava doces e macios.
Também se guardavam as maçãs nos sótãos ou adegas, em palha, e ali ficavam até ao fim do Inverno.
- Então vou dizer ao teu pai que já namoras!
Estas 9 fotos aqui reproduzidas foram tiradas por Eduardo Santos
Com as primeiras chuvas outonais também vêm os belos e comestíveis tortulhos. Os tortulhos rebentam nas vinhas e outros locais frescos e apanhá-los era um regalo. Para saboreá-los basta lavá-los, adicionar sal e colocá-los sobre as brasas quentes…
No Outono muita coisa a natureza nos dá!
No Outono muita coisa a natureza nos dá!
Estas fotos mostram realmente o que forninhos tem de bom. Não é só a sua calma, o ar que se respira por todo o lado na primavera florida em cada canto, no verão, o prazer da sombra das árvores, e no Outono o sabor dos frutos maduros que aparecem, não só, nos campos cultivados, como também nos que já não são mas que as árvores lá ficaram, e, mesmo abandonadas continuam a oferecer tão generosamente os seu saborosos frutos a quem por lá passa, como mesmo, em cada esquina da ruas da aldeia.
ResponderEliminarGostaria de mencionar que, a maçã aqui apresentada, é a famosa bravo de esmolfe, que é a que predomina nesta região.
Já agora aproveito, para informar que, amanhã, sábado, realiza-se a X feira anual desta maçã em Esmolfe – Penalva do Castelo.
Quem lá poder ir, não falte, há muita variedade, mas predomina a do “bravo”, esta é rainha, e quanto preços! Leve a bagageira do carro vazia, que a trás cheia de certeza.
Eu não vou faltar, por nada deste mundo.
Mesmo as abandonadas que continuam a oferecer os seus frutos, se por acaso ninguém os colher, não se estragam, pois lá andará um pássaro atento à sua cata e de um figo, bago ou grão fará uma refeição.
ResponderEliminarO Sr. Eduardo, certamente por lapso, informa que se realiza amanhã a X feira anual da maçã bravo de Esmolfe, quando se trata da XV. Nesta feira, para além da exposição/venda de maçã, também encontrarão por lá Vinhos “Dão de Penalva do Castelo” e artesanato. Está ainda prevista animação com grupos de música tradicional do concelho, onde não vão faltar as “Concertinas do Dão”.
Espero que o Sol brinde o Largo de Stº Ildefonso, pois por aqui está um temporal daqueles!
Infelizmente nao consegui tempo para puder contactar-vos, sera numa proxima oportunidade que sera com mais tempo!
ResponderEliminarLindas fotografias que o senhor Eduardo fez, parabens!
Um abraco de amizade dalgodrense.
Lindas!...lindas fotos!!!
ResponderEliminarQue maravilha! que lugar gostoso!!
Aqui acabamos a colheita do café...já estamos com a primeira florada para colheita de 2011...esperança!!!!...as primeiras chuvas de primavera já pudemos fazer o plantio do feijão e do milho...plantamos as abóboras, pepinos, mogangos,quiabo etc etc etc...
Como voces aí, estamos sempre na esperança e fé, de que o que plantamos vamos colher...
Achei uma delicia seu blog...já estou seguindo, e estarei sempre por aqui...vou linka-lo ao meu...
um grande abraço
Tina 9MEU CANTINHO NA ROÇA)
Ainda bem que gostaram destes retratos, de um Outono cheio de cheiros e de tons que enfeitam o nosso blog, com o amarelo dos marmelos, com o fundo verde dos campos, com as pintas pretas das amoras, com o castanho dourado dos castanheiros ou com o cheiro dos delicados tortulhos, pois pensamos em quem está longe, quando aqui colocamos estas imagens.
ResponderEliminarRealçar estes produtos produzidos na nossa terra, é também a homenagem possível ao trabalho dos nossos agricultores que nesta aldeia fizeram o seu mundo e às gentes que levaram um pouco deste mundo para o sítio onde estão hoje e que permite mostrar e exemplificar como produtos de excelente qualidade se podem encontrar e confeccionar em aldeias como a nossa, aproveitando-se simplesmente o que a natureza nos proporciona: boa fruta, bom vinho, bom mel, mas também uma boa tradição na feitura de compotas caseiras.
Olá a todos
ResponderEliminarna nossa freguesia o milho e o centeio sempre foram importantes para a alimentação da população e toda a gente cozia pão de milho e centeio mas hoje as pessoas compram no padeiro.Noutro tempos as pessoas tambem só comiam as frutas que as arvores davam e nesta altura do ano guardavam alguma para comerem no inverno mas hoje compra-se tudo até fruta em polpa (JÁ COMEU FRUTA HOJE?).
De facto, a alimentação diária do passado era muito diferente da de hoje. Em criança lembro-me irmos para qualquer silvado apanhar amoras, lavá-las e numa malga adicionávamos açúcar e assim fazíamos uma compota deliciosaaaa (será que hoje as crianças comem esta fruta? ou bebem o essential da compal? ou um iogurte de frutos silvestres?).
ResponderEliminarPara além do pão e fruta, também muitas plantas e ervas, sendo comestíveis, eram usadas na alimentação dos nossos recentes antepassados como: a cidreira, salsa, agrião e meruges, esta planta que nasce nas nascentes e ribeiros, onde há água corrente, dá uma óptima salada, quem não a conhece, não sabe o que perde.
Caso saibam e queiram partilhar mais algumas receitas antigas ou produtos tradicionais invulgares da nossa terra comentem, pois todos aqui estamos para aprender.
Olá a todos
ResponderEliminarQuero também referir que com o milho fazia se também as tradicionais papas doces ,que nós chamavamos papas de relão,era o consolo comelas sabiam melhor que hoje e as meruges são uma delicia mas hoje em dia encontram se poucas.
Um abraço
Amigo Fernando