Assim eram as camas nesta aldeia nos tempos dos meus avós, como em tantas da Beira Alta.
O centeio dava o pão para comer, mas também a palha para mais comodamente descansar e dormir nas enxergas, assentes sobre travessas de ferro ou de madeira. Eram as camas que se podiam ter e "ai...ai...".
Já havia notícias de colchões de mola que iam aparecendo, mas andavam arredados destas vidas.
O tecido de que eram feitas era resistente, tipo lona, por norma com padrão de riscas grossas e pouco claras, comprado para o efeito. No centro tinha um buraco através do qual seria cheio, sempre pela altura das malhas do pão e a sua palha fresca iria substituir a velha e moída do ano anterior.
Havia para o efeito que lavar o pano, secar e voltar a lavar e com a ajuda do sol quente de verão, libertá-lo do cheiro das mijadelas das crianças e das marcas repelentes dos percevejos que nas noites quentes por vezes apareciam sem terem sido rogados.
Com pequenos fachos de palha centeia escolhida, através do buraco e de modo meticuloso, esta era introduzida e espalhada no seu interior, com a ajuda de uma pequena forquilha de madeira em forma de fisga para encher bem os cantos e finalmente o buraco cozido com uma agulha grossa e curva e linha grossa.
E estava pronta a enxerga, apesar de inicialmente dura, a receber os lençóis e mantas; com o tempo e o peso iria amaciando, sendo que todos os dias de manhã, haveria que remexê-la para não ficar acamada e pronta para à noite acolher aqueles corpos que vinham de um dia de lavoura, "moidinhos que nem palhas".
Coisas que agora na distância do tempo se "enxergam" com nostalgia.
Puxa, que legal! Lembrei de uns colchões antigos da casa de meus avós! O tecido era tipo lona e em listras! Adorei passar por aqui!! Vale sempre! abração,tudo de bom,chica
ResponderEliminarCoisas aparentemente de somenos importancia, mas tao marcantes que ate os toldos de praia, alugados, faziam lembrar estas enxergas pelas suas riscas.
EliminarAbraco, Chica.
Xico, essa dos percevejos fez-me lembrar o janêlo do quarto onde (contam) as nossas avós guardavam o cordão de ouro e umas moeditas, e um par de percevejos fazia ninho, quando o tempo aquecia!
ResponderEliminarNo quarto, pelos vistos, só entravam estes estranhos (os percevejos, claro!).
E os leitos das camas eram mesmo assim, de madeira, e mais tarde então de ferro.
Das enxergas, só me lembro de ver algumas velhotas "do Ribeiro e Outeiro" enchê-las de palha na rua e, aquando da malha do milho, no pico do Verão, enchiam também almofadas, com o folhelho (acho que se diz assim...não sei....)
Nesta altura é que substituíam a palha velha pela nova, do centeio que se semeava todos os anos, e acho que faziam a limpeza geral dos quartos, onde normalmente só cabia a cama e uma arca (do enxoval). Aproveitavam lavavam a enxerga e punham-a a corar; davam uma esfregadela no chão, com escova, sabão e água e ficava cheiroso.
Hoje, comparo as enxergas das nossas avós às capas de edredons actuais. Só que agora com as mãos é metida dentro da capa o edredon de penas!
Terminas a dizer que estas coisas nossas agora na distância do tempo se "enxergam" com nostalgia. Há quem não goste de "enxergar", principalmente o que tu escreves.
Já reparaste que da terra eliminaram no facebook da freguesia onde nasceste, que está no teu B.I., comentários teus?
Só revelam mesmo aquilo que são: UNS FASCISTAS DITADORES!
Mas reparei foi que foram veleirinhos e possivelmente aproveitaram a tua ideia para os "Bombeiros Voluntários" marcarem presença no "dia da Junta de Freguesia", que nunca explicaram porque é dia 13 de Julho, mas enfim... Por isso, vou deixar aqui também uma sugestão para essa gentinha, piores que os percevejos, que agora parece são muito 'amigos' da floresta (só aparências), pode ser que também a aproveitem: reflorestem o chão onde outrora cresceu o centeio, a hoje cresce mato e silvas!
P.S: Já agora encomendem também uma guilhotina, uma forca, sei lá... façam uma caça às bruxas, aos novos cristãos, aos hereges e ateus. Mentalidade +pequenina essa dos mentores desse tal "facebook".
EliminarE segundo li, faziam ninhos escondidos, principalmente entre as travessas da cama e o canto da enxerga.
EliminarOs primeiros anos dormi com a minha avo Maria numa cama parecida com esta, no cantinho, encostado a parede e recordo o ruido da palha nova durante a noite, ate com o tempo ir ficando macia.
Mesmo sem chegar o tempo das malhas, em dias quentes de sol da Primavera, as enxergas eram batidas no patio e as barras de ferro da cama pintadas para ficarem mais bonitas e afastarem a bicharada e o chao de madeira esfregado e lavado por altura da Pascoa.
Percevejos ali nunca os vi, a casa sempre foi limpa e asseada, mas em Aguiar da Beira tive de dormir duas noites num quarto arrendado para fazer o exame do antigo quinto ano dos liceus.
Como dormir numa enxerga destas se com o calor eles pareciam vir de todos os lados e como se tal nao bastasse, havia um Pide que passava as noites dias acima e abaixo de pistola na mao.
No ano do 25 de Abril, imaginem e passados tantos anos voltam vivos os "percevejos", mas estes que atacam durante o dia, imunes, tal como dizes, ainda vestidos da roupa fascista da ditadura.
Sim, ontem fui banido da folha oficial da Junta, mas a seguir falarei em comentario para todos saberem quem orienta e amordaca quem...
Obrigado à Paula, e ao Francisco pela coragem em mostrar o Portugal de antanho.
EliminarBem hajam meus amigos.
Esse é do meu tempo, tive um. Olha a idade de quem tem mais idade :))). Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarYaya,
EliminarPor aquele buraco aberto, com a palha ia um mundo de sofrimento e alegria.
Um leito para, amar, chorar e sorrir.
Abraco.
Paula, muito bom o seu texto e apresentações... Aprendi coisas e relembrei fatos... Conheci esses colchões de perto e em cama de beliche!
ResponderEliminarUm bom mês de julho e um ótimo semestre...
Beijos
Ainda... Vi agora que foi o Xico que publicou!
EliminarAbraços p os dois!!! Com carinho...
Pouco interessa quem publica, embora cada qual de modo proprio, mas felizmente que comungamos o mesmo carinho da aldeia, entrega e sacrificio.
EliminarE muito gosto!
Beijinho, Anete.
Olá Xico.
ResponderEliminarAinda dormi em colchões destes mas na minha terra usavam as folhas do milho. Fiz muitas vezes a cama e dava cá uma trabalheira,os colchões tinham uma abertura ao meio,tinhamos que meter lá a mão e mexer aquilo tudo,ir bem aos cantinhos do colchão para ficar tudo direito e fofo quando nos fossemos deitar.Na abertura do colchão tinha uns atilhos que depois atavamos e faziamos uns lacinhos.
Tenho saudades desses tempos e da casa da minha avó.
Percevejos se havia nunca dei por isso.
Obrigada por partilharem estas recordações da minha infância.
Beijinhos
Sim, Natalia
EliminarRegioes havia nas quais o enchimento destes "sacos" divergiam, ate mesmo pela diferenciacao de classes pelas suas posses.
Desde o folhelho de milho, palha de centeio e trigo e ate la de ovelha, mais finoria mas que no verao era muito quente.
Cheguei a dormir numa de palha e como era pequenito durante a noite havia volta e meia um "descuido" e uma grande trabalheira logo pela manha com a minha avo a gritar que la tinha de se lavar a enxerga, que um dia qualquer ia dormir no chao...
Nao dava conta de nada, dormia la tao bem!
Beijo para si.
Aqui nos tempos dos meus avós também , ainda bem que não peguei
ResponderEliminareste tempo,
bjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Mas acredite Simone que eram tempos menos monotonos e quem tal experimentou nao esquece.
EliminarDiferentes, claro, mas no contexto da altura, um privilegio.
Beijo.
CENSURADO!
ResponderEliminarONTEM PARA MIM FOI UM DIA HISTORICO, PELA NEGATIVA!
NEM SEQUER DA PARA ROMANCEAR, APESAR DE SE COMEMORAR O DIA MUNDIAL DAS REDES SOCIAS. O POST DAS ENXERGAS E PERCEVEJOS, PARECIAM PRENUNCIAR ALGO MALEVOLO...
E TROUXE A CENSURA, ALTIVEZ, IGNOMINIA, A VERGONHA PARA AS GENTES DE FORNINHOS, AINDA POR CIMA AGAROTADA NA VAIDADE IGNORANTE DE QUEM TEM AS REDEAS DA FREGUESIA.
AQUI FAZEMOS E PARTILHAMOS COM CARINHO E ESTUDO, AS NOSSAS MEMORIAS, DESINTERESSADAMENTE, EMBORA ODIADOS PELA JUNTAS DE FREGUESIA, QUE TUDO EM TROCA DE FAVORES, CONTROLA SEM NADA FAZER OU CONTAS PRESTAR, TAL O MARASMO E CONTROLO DOS SEMPRE MESMOS QUE DALI COMEM E BEBEM, TAL A ABUNDANCIA DAS FESTANCAS.
CONTRA TAL ME VENHO INSURGINDO E CASO UNICO, NO FACEBOOK, PAGINA OFICIAL DA JUNTA, COLOCAVA SUGESTOES, CRITICAS E REVOLTA PELO DEBOCHE.
IMAGINO QUE ONTEM DEVE TER HAVIDO ASSEMBLEIA DECISORIA DA MORTE DO "GAJO". A MINHA, DO QUE INCOMODAVA, QUESTIONAVA SEM OBTER RESPOSTAS.
MELHOR CORRER COM ELE DE VEZ.
FOI ONTEM QUE TAL ACONTECEU, FUI BANIDO!!!
DE LA, MAS NAO DE CA E OUTROS LADOS, POIS APENAS VIERAM DAR MAIS FORCA.
APETECIA SOLTAR IMPROPERIOS, MAS NAO, SERIA PERDER TEMPO COM INICIADOS DITADORES QUE QUANDO MENOS ESPERAM IRAO ESCORREGAR, BASTA O TEMPO PARA INDAGAR AS ACTAS DA JUNTA DE FREGUESIA E PEDIR CONTAS E JUSTIFICAREM FAVORES.
SE A ERVA RUIM NAO QUEIMA A GEADA, TALVEZ O PRODUTO APLICADO NAS BERMAS DOS CAMINHOS, RESULTE MELHOR QUE O TRABALHO APLICADO NOS BALDIOS, AS OBRAS UTOPICAS TENHAM TERMO, APRENDAM A LER E ESCREVER, SE CINJAM AQUILO PARA QUE FORAM ELEITOS E ACABE A FANFARRONICE.
QUEM DIRIA QUE UM DIA AINDA HAVIA DE VER A TERRA NA QUAL NASCI, COMO A MAIS FASCISTA DE PORTUGAL
LEMBRO QUE APENAS ME ELIMINARAM TODOS OS COMENTARIOS, VOU INDAGAR DESTA "LEGALIDADE...", MAS A CORAGEM, AQUILO QUE VOS FALTA...ESPEREM!
Aquilo por lá parece a escolha de S. Pedro para o céu "Quem fala mal é eliminado"; "Quem nos curte, pode entrar" não é uma afirmação católica, parece mais a saga do "lápis azul" da Censura (ou pior!).
ResponderEliminarDeixa-os...porque é o lado humano deles que os leva a fazer o que fazem (ou a não fazer)!
Vamos mas é mudar de assunto...e falar da muda da palha que tinha de ser de centeio, sabias?
Soube agora que a palha de trigo não prestava, porque partia facilmente, o que quer dizer que no Inverno já não haveria cama em condições.
Conheces como sou, mais tipo palha centeia, mais dura e melhor que a de trigo, mais condizente com pessoas que conheco.
EliminarQuebra no primeiro aperto.
Mas cada um faz e sabe a cama em que se deita!
Excelente texto....
ResponderEliminarCumprimentos
Obrigada Chana pelo cumprimento.
EliminarUm abraco.
O que me fizeste recordar!!!
ResponderEliminarVivia em Luanda e quando vínhamos de férias a casa dos meus avós paternos , em Cortegaça, eram assim os colchões. Penso que eram de palha de milho e não de centeio.
Adorei o texto...uma RELÍQUIA!
Beijinhos.
Eram tempos...
EliminarEm que nos picos de saudade se ansiava, mais ainda por quem longe andava tao afastado dos seus.
Marcantes e disso se lembra sem agruras, Lisa. Tal qual eu!
Beijinho.
Obrigado Paula, e Francisco pela coragem em mostrar o Portugal de antanho. Por esta coragem é que os fora da lei tentam calar os que incomodam.
ResponderEliminarDesculpem por meter "foice em ceara alheia", mas faz-me ferver esta escumalha que abunda neste país que tanto amo.
Essa escumalha tem vergonha do passado de trabalho que os seus antepassados tiveram para lhes dar o pão; hoje com uma licenciatura julgam ter o poder de calar as vozes, que falam a verdade nua e crua, deviam ter orgulho nos antepassados, que eram vilmente roubados do trabalho que de sol a sol tinham que fazer para dar aos senhores da terra em troca do pão amargurado que tinham para si e seus filhos.
Esta escumalha tem uma licenciatura, mas não tem dignidade.
Um abraço.
Essa escumalha só faz o que faz porque no meio onde vivem lhe dizem sim a tudo e ainda por cima os colocam em altos pedestais que é, acho eu, para não lhes serem notados os defeitos! Ao fim do dia devem reunir todos e olhando para o espelho dizem em uníssono: "Espelho meu, Espelho meu, há alguém melhor do que nós?".
EliminarMas quando os outros, como nós, lhes apontam os defeitos, então revelam aquilo que na verdade são!
Que têm vergonha do passado de trabalho dos seus antepassado, não há dúvida, pela minha terra falo, pois se nunca compartilharam um 'post' desta página de história, estórias e memórias de Forninhos! Depois vêm com um livrinho tipo a "atirar areia para os olhos" - "Forninhos, a terra dos nossos avós" - cheio de erros, mas pode ser que a 2.ª edição lhes saia melhor, que tenham pelo menos tempo para a rever e, assim, corrigir!
E, assim, lá vão dando música ao Zé Povinho, cantando e rindo AHAHAHAHA...pois se até o diabo se ri...!
Digo-lhe uma coisa, Sr. Francisco, sempre vi pouco Abril na minha terra, mas nunca pensei ver garotos a "baralhar, partir e dar".
Em Democracia (por mais podre que ela seja) há formas e formas de se fazerem as coisas, mas essa gente tudo engendra em reuniões extra-Junta, atropelam normas, regras e leis!
Não perdem por esperar, lhes garanto!
Um abraço!
Apenas um desanuviar hilariante.
EliminarSe ainda nem encontraram um lugar para sepultar a primeira, achas que a iam corrigir, e fazer uma segunda, tomaram esquecer...
Se calhar teriam de esgotar a cor do lapis preferido, o azul da censura, contra causa propria, mas nao haveria fornecedor que tal quantidade tivesse. A lingua portugesa exige um pouco de gramatica e cultura.
Mas gostava de ver folhas de gatafunhos...
Xico,
ResponderEliminarum excelente post!
Há muito boa gente que nem imagina como eram esses colchões!!!
Nos Açores, na casa dos meus avós maternos, na Candelária, ainda conheci os vi, mas eram enchidos com as folhas fininhas mais próximas da maçaroca do milho, por serem muito macias. As forras eram de estopa fiada e tecida pela avó e pelas tias. As aberturas eram cobertas com o mesmo tecido, por onde as mãos lá enfiadas revolviam diariamente as folhas, soltando-as, para que a cama ficasse fofa todos os dias. Todos os anos essa folhagem do milho era substituída. Eu era muito pequena, mas acho que em casa da avó ainda dormi num desses colchões.
Do linho de um sobrevivente, desmanchado pela minha mãe, fiz uma toalha com aplicações de croché, que mostro lá no meu blogue.
Recordações!
Beijinhos
Excelente Post digo eu, Teresinha acerca do seu comentario.
EliminarUma honra a Senhora complementar o que simplesmente escrevi sobre vivencias da minha terra e comunga no seu mundo, afinal igualzinho.
Bem haja!!!
Teresinha,
EliminarEm Forninhos, na casa dos meus avós maternos, as enxergas onde a minha mãe e tias dormiam também eram de estopa, pois a minha bisavó cultivou muito linho. Eram costuradas por elas.
Diz a minha mãe que também compravam, mas faziam-nas também de estopa e essas duravam...duravam...duravam...
A minha mãe, do enxoval ainda guarda uma toalha de estopa de cor cru - daquelas para tapar as cestas da merenda - oferta da avó. Uma relíquia.
Beijinhos.
Xico, uma verdadeira aula de antropologia. Não fazia a mínima ideia. Bicho da cidade, o mais longe que remonta a minha memória é - que vergonha! - ao Molaflex.
ResponderEliminarBeijo
Dormi em muito colchão de palha...e como me custava fazer a cama!!!
ResponderEliminarFiquei a saber um pouco mais de algo que desconhecia!
Bj
Olá Xico e Paula, uma verdadeira obra de antologia este artigo sobre as enxergas!
ResponderEliminarPois aqui está quem durante treze anos nelas dormiu num quarto que até era bem engraçado com vista para o Tejo;)), que lá em baixo nos saudava logo pela manhã!
Penso que de um modo geral no nosso País naqueles tempos negros do fascismo vivíamos como direi, pobremente, mas com asseio!
Na minha aldeia ainda se usava sobre a enxerga um colchão cheio de camisas de milho (a que se chamavam de plegas;)) que ajudavam a que a cama se tornasse mais macia!
Depois todos os anos como diz eram lavadas as enxergas e as palhas e as camisas de milho renovadas para assim podermos enfrentar o inverno com mais conforto!
Tempos idos e muito se passou que a maioria nem sonha!
Gostei de recordar, pois trouxe-me de novo à memória tempos passados com pessoas muito importantes da minha vida!
Beijinhos para ambos!
Ailime
Olá Ailime, eu continuo a comparar os artigos do Xico aos trechos (no caso, de antologia) de Aquilino Ribeiro.
EliminarCurioso, que leio todos os comentários e reparo que noutras terras as enxergas eram enchidas com as folhas/camisas do milho - que acredito fossem mais macias que a palha.
Em Forninhos era com a palha do centeio, mas hoje são todos gente fina, preferem esquecer e não falar das enxergas de palha!
Eu nunca dormi nestes 'colchões', mas imagino que não fosse muito desagradável, quer dizer, quando mudavam a palha talvez, pois a muda fazia-se no pico do Verão e devia fazer calor e a palha sei que é rija, mas quando amaciava (a palha e o tempo) devia ser bom.
Hoje com os molaflex e pikolin as pessoas queixam-se mais das costas/coluna do que se queixava a gente antiga!
Beijinhos**
JUNTA DE FORNINHOS, PONHAM AQUI OS OLHOS.
ResponderEliminarLei dos Partidos Políticos
Lei Orgânica n.º 2/2003, de 22 de Agosto,
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição,
para valer como lei geral da República, a lei orgânica seguinte:
CAPÍTULO I
Princípios fundamentais
Artigo 1.º
Função político‐constitucional
Os partidos políticos concorrem para a livre formação e o pluralismo de expressão da vontade
popular e para a organização do poder político, com respeito pelos princípios da
independência nacional, da unidade do Estado e da democracia política.
Artigo 2.º
Fins
São fins dos partidos políticos:
a) Contribuir para o esclarecimento plural e para o exercício das liberdades e direitos
políticos dos cidadãos;
b) Estudar e debater os problemas da vida política, económica, social e cultural, a nível
nacional e internacional;
c) Apresentar programas políticos e preparar programas eleitorais de governo e de
administração;
d) Apresentar candidaturas para os órgãos electivos de representação democrática;
e) Fazer a crítica, designadamente de oposição, à actividade dos órgãos do Estado, das
regiões autónomas, das autarquias locais e das organizações internacionais de que
Portugal seja parte;
f) Participar no esclarecimento das questões submetidas a referendo nacional, regional
ou local;
g) Promover a formação e a preparação política de cidadãos para uma participação
directa e activa na vida pública democrática;
h) Em geral, contribuir para a promoção dos direitos e liberdades fundamentais e o
desenvolvimento das instituições democráticas.
Lembro que nas eleicoes para o Parlamento Europeu do passado 25 de Maio, se apresentaram 14 partidos e 2 coligacoes, em enquadramento legal!
Pelo comportamento, sera que Forninhos se sente uma aldeia metaforica gaulesa do Asterix e Obelix...com os seus bardos, duvido, pois ali reinava embora a seu modo, uma comunidade unida.
Desculpem o meu desabafo, mas pactuar com gente desta estirpe, seria agoniante e apenas relembro
FASCISMO é um regime autoritário!
Dentro de uma DEMOCRACIA, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestações de suas opiniões.
Ate parece que ainda quem nao for alinhado com estas seitas, "come criancinhas ao pequeno almoco...".
Talvez tenha descaracterizado abusivamente o tema intrinseco das enxergas de palha, mas compreendam que nao resisti a responder a vilanias "negristas" de que fui alvo, ainda por cima nos tempos alarmantes que correl.
ResponderEliminarLiberdade, deve respeito a quem a tem e procura para quem tal nao tem.
É óbvio e claro que o acto da Junta de Freguesia não tem justificação plausível!
EliminarNão é só publicar fotos e já está! No computador (a palavra) vale tanto como o trabalho, há é quem pense que não...
E, se a Junta não legenda as fotos ou nada explica é porque não lhes convém dizer as verdades!
Os antigos até devem estar nas suas campas, com todo o respeito, a perguntarem-se: mas que raio, foi para este tipo de pessoas que inventamos os jogos tradicionais?
Eu sou uma que não acho normal que esse evento se passe em uma outra freguesia (Carapito) e é a Junta de Forninhos que oferece os comes-e-bebes. Quem tem 2 olhos na testa, acho que percebe bem que a razão do lanche foi porque a Junta de Carapito não ofereceu comezaina!
Sobre o assunto apetecia-me escrever mais umas linhas, mas é melhor auto-censurar-me.
Olá Paula e Xico!
ResponderEliminarComo eu gostei de recordar!! Havia assim em casa do meu avó e em casa de gente amiga ligada à lavoura e não só...
Este era o Portugal de gente humilde e trabalhadora. Hoje os meninos afiambrados que nos desgovernam não sabem nada disto...
Obrigada pela coragem que demonstram. Um abraço amigo
A mesma ou similar para quem sem vergonha a tinha, alias um privilegio.
EliminarEsats coisa trazem coisas lindas, mas tremores de infancia.
Ausencias de pais, "parcos" avos, porventura abundantes de carinho.
Nel adormecendo na enxerga, cheia ao modo da terra, por maos que a Emilia descreve...
Um beijo.
Maria Emília, os meninos afiambrados, nada conhecem do Portugal de gente humilde e trabalhadora e o grave é que sequer querem conhecer e tudo fazem para esquecer o que os outros (nós) fazem brilhar de novo.
EliminarAfinal o que lhes interessa (hoje)? Eu respondo: é ser eleitos por uma multidão influenciada!
O que os move é somente o desejo de ter algum poder de influência no meio onde vivem.
Mas também seria injusto da minha parte se não dissesse que entre eles há pessoas honradas.
Só que nós como não nos deixamos influenciar, incomodamos-os com a nossa linguagem intimista, espontânea, sentida, de desabafo (a que há que perdoar qualquer exagero).
Um abraço amigo tb.
Também ainda conheci destes colchões.
ResponderEliminarO tempo tem trazido tantas alterações ao quotidiano!
Beijinhos
Sinal de que o tempo nao apaga a distancia.
ResponderEliminarTal como estas que aqui e ali aos poucos e poucos se vao enxergando e acomodando ao moderno, nos olhos fechados de sonhos reais, mais contados que vividos, mas saborosos.
Lindas estas recordações...abraços e obrigada por compartilhar!!!
ResponderEliminarHola. E bo día. Espero que pueda ser entendida escribiendo en castellano, lo mismo que yo puedo entender lo que habéis escrito en este blog. Por cierto felicitaciones!!!! Y muchas! Soy amante de las cosas antiguas y de las tradiciones. No tanto para seguirlas, como para conocerlas, porque en ellas está nuestra historia. Escribo en este post tras buscar la palabra "enxergas". Mr. Google hizo las presentaciones. Investigo las antiguas telas de colchón, me interesan muchísimo las telas y la forma de hacer los colchones, el relleno, etc. Y lo curioso es que en los paises que ya he ido viendo, las telas eran fundamentalmente de riscas, primero lino o cáñamo, estopa y luego algodón de rayas con tejido en espiguilla o twill. Y esto es así en España, Francia, Suecia, Finlandia, Suiza y Alemania. Y los rellenos son también similares, paja de cereales, hojas de maiz y otros vegetales como cierta clase esparto (Macrochloa tenacissima) que en algunos sitios llamaban Clin o Clim. Posteriormente el relleno fue llana de ovejas o crin de caballos. Y las formas de hacer los colchones, con grandes ojales para meter las manos o cerrados y acolchados como el típico capitoné. En fin. Muy interesante para mi conocer todos estas cosas de nuestro pasado. Yo estaría muy agradecida de poder contactar con alguien para saber en qué zonas se hacían las telas, si se puede conseguir aún algún colchón de aquellos, Cualquier cosa en torno a este tema. Muchas gracias. Rosario
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