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domingo, 4 de maio de 2014

Procissão e Visita Pascal

Como ainda não tinha publicado as fotos da Procissão de Domingo de Páscoa, porque preteridas em relação a outras, com duas semanas de atraso, mas numa antevisão de outras que nos esperam, aqui fica o registo de como a aldeia viveu a Celebração da Ressurreição de Jesus Cristo:



Ao contrário do que prometia a meteorologia, o dia esteve agradavelmente bom e convidava a desfrutar a rua.


Sente-se no ar alegria e os cheiros da época, das flores naturais



Passamos à visita pascal, que se fez na 2.ª F de Páscoa:



Foi a reportagem possível e ao vê-la vimos que há muito não se via tão pouca gente a acompanhar o "compasso" e também, diga-se, a abrir a porta para receber Jesus Ressuscitado. Por tal, a todos os que tornaram possível e deram corpo a este evento pascal o nosso agradecido reconhecimento.

Manter vivas as tradições que são a nossa referência é um BEM CULTURAL.

17 comentários:

  1. Que linda procissão e pena que está acabando a adesão e abertura das casas para receber a visita Pascal. Pena, mas talvez motivos existam...beijos,lindo domingo e parabéns às mamães de Portugal pelo seu dia! chica

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  2. Um bonito registro, nas imagens...e uma tristeza que paira o ar pela pouca acolhida presente, numa comemoração que antes era tão concorrida. Os tempos são outros, os costumes tradicionais religiosos, estão se perdendo... é lamentável. Um louvável trabalho, Paula. É importante, a persistência em manter as tradições, seja lá qual for, a natureza do evento.
    Um abraço!

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  3. A reportagem ilustra muito bem o que se passou. A procissão não parece ter muita gente , mas imagino que Forninhos não tenha assim tanta gente, a não ser que receba muitos visitantes na altura da Páscoa... Quanto ao compasso, parece ser um ritual com tendência a perder-se com a passagem do tempo, já que pouca gente parece disposta a abrir as portas, o que demonstra um certo desinteresse.
    Aqui em baixo então, a maioria das pessoas nem sabe o que isso é!
    Como diz a Lúcia, "um louvável trabalho", o vosso.
    Um feliz dia da Mãe, Paula!
    xx

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  4. É verdade, como bem vistes, a procissão da Adoração do Santíssimo e Visita Pascal teve pouca adesão nesta Páscoa. Podemos dizer mesmo, que a tradição já não é o que era. Já não se vê as crianças e jovens a acompanhar o compasso e além do Sacristão que leva a Cruz de Cristo, só um paroquiano levou a caldeirinha de água benta, a campainha e recolheu o envelope num saco. Mas não vos sei dizer se quem fecha a porta de casa o faz por achar que o propósito desta visita é já só o dinheiro no envelope, se é falta de fé mesmo ou outro motivo.
    Com respeito à procissão, foi uma procissão com poucos Irmãos, como há muito não se via. Devido à falta de gente os Guiões ficaram no interior da igreja, encostados na parede do lado de N. S. de Fátima (Epístola).
    Forninhos tem pouca gente. É facto. E, se não fossem "os lisboetas" tenho a impressão que nem homens havia para vestir as opas vermelhas e segurar o pálio!
    Daquele grupo de homens de opas vermelhas, se não me engano, só um reside em Forninhos - o meu tio Luís (mudo).
    Por fim, desejo um Feliz dia para Todas as Mães que por aqui passam e que se revêem neste dia, como sendo o seu.

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  5. Acompanhei "in loco" este período pascal, embora na procissão e visita, um pouco ao lado, registava em foto e talvez tivesse tido uma perspectiva mais abrangente.
    Sempre se ouvem palavras, sobretudo dos mais velhos que registam nos seus hábitos críticos de outrora, quem faltou à missa, procissão ou visita pascal.
    Com uma expressão antiga e curiosa: "não dei fé de fulana e cicrano...devem andar no campo...se os seus pais estivessem vivos...".
    Confesso que gostei embora com uma mistura de amargo, nem sequer falo da tradição que não se remeteu ao seu marasmo e tinha de acompanhar a evolução dos tempos, mas a falta de fé. Essa está moribunda e os mais novos que aparecem é por obrigação, mais não seja de envergar a capa da Irmandade.
    Curiosamente uma mazela de maior ou menor gravidade, é um pretexto da não acompanhar a procissão ou pegar nos objectos religiosos que dela fazem parte integrante.
    Aquela chusma de crianças que percorriam a aldeia atrás do padre e comitiva na visita pascal às casas, qual festa, acabou.
    O sussurro de muitos que ainda recebem a Cruz para beijar, é no olhar desesperado do olhar do relógio e se falta muito para o sr.padre chegar. Têm mais que fazer...
    As mesas outrora repletas de tantas iguarias, umas para a comitiva pascal provar e a seguir os amigos e familiares se regalarem, são em quase todas as casas standard, ainda aparece o bolo de azeite de quem o fez ou mandou fazer, o queijo da serra, vinho do Porto e claro, o "Envelope" que veio substituir os cestos e canastros que nestas visitas arrebanhavam o melhor que estava em cima das mesas.
    Mesmo assim, aqueles que abriram a porta para receber e beijar a cruz, ainda dão graças a Deus por terem a visita de um padre mesmo a sério.
    Queira Deus, digo eu, que estas fotos não mostrem o último padre a visitar Forninhos nesta solenidade da quadra pascal.

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  6. Gostei de ver as imagens e de constactar que a visita pascal ainda ai e presidida por um sacerdote!
    Na minha terra de Algodres, embora se continue a fazer mas ja ha muito que nao e feita por um padre!
    Dizem que por falta de padres, ou sera falta de vontades!

    Um abraco e como ainda estamos em epoca pascal; "Boas Festas Aleluia"!

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    1. Em Forninhos nem sempre vai o padre. Às vezes é substituído por um seminarista, mas em alguns lugares o folar já é tirado por uma pessoa qualquer.
      Se há falta de padres, como dito, porque é que então só há vontade para realizar a visita pascal, já que outras cerimónias deixaram de se celebrar?
      Não digo que essas cerimónias sejam feitas por uma pessoa qualquer, mas podiam ser celebradas por um frei ou talvez por um seminarista, um futuro sacerdote, de acordo com o degrau que possui.

      Um abraço, Boas Festas Aleluia!

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  7. E o que dizer, Xico, dos outros actos religiosos da Semana Santa?
    Já não me recordo da cerimónia do lava-pés. Mas consigo recordar a missa da Quinta-Feira Feira Santa e se eu recuar agora mesmo, tal qual vem ao meu cérebro, escrevo que nada hoje é como era. Eu sou uma que tenho dito que os padres acabam com muita coisa (e acabaram) inclusive com a Vigília Pascal. Hoje, digo: se para o ano, em Forninhos, não houver Missa Vespertina na Quinta-Feira Santa e a Cerimónia de Sexta-Feira Santa que não se culpe o Sr. Padre, culpe-se, antes, o povo, porque na hora de toda a gente estar na igreja andam nos seus afazeres...a semear, a plantar, a sulfatar...
    Mesmo a Visita Pascal poderá estar por um fio...

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    1. Que dizer a nao ser estar de acordo...
      Estive presente e na Quinta Feira Santa, eramos sete homens na igreja, contando com o sr. padre. Mulheres tamb]em apesar de muitas mais, tambem se podiam contar.
      Quando tem de comparecer a Irmandade, a coisa fica diferente, pois sao apontadas as ausencias dos Irmaos.
      Mas tudo tende a acabar, aparentemente, esperemos que nao!

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  8. Boa noite Paula, um foto reportagem bem elucidativa do que são essas tradições!
    Na minha aldeia, não sei porquê, não havia essa tradição do compasso!
    Já no concelho havia a Procissão do Senhor dos Passos que ainda hoje se realiza, mas nem todos podiam deslocar-se a alguns quilómetros de distancia!
    Embora não haja tanta adesão a essas tradições é muito importante dar-lhes continuidade e divulgá-las!
    Adorei ver as fotos.
    Muito obrigada pelo carinho lá no meu palavras.
    Espero que tenha tido um dia feliz!
    Beijinhos e boa semana. Ailime!

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  9. Que magnífica esta festa.
    Beijo Lisette.

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  10. Festa bonita, Paula, e as fotos estão ótimas...
    A frase que trazes no final do texto diz tudo! A tradição deveria continuar num compasso firme, alegre e com muita gente...
    "MANTER VIVAS AS TRADIÇÕES!"

    Um beijo... Boa Semana... Muito Carinho...

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  11. Esta frase, sem dúvida, diz tudo. Além do brasão a freguesia também podia pensar num lema para a aldeia de Forninhos, onde fosse incluída a história e a beleza das nossas tradições.
    Beijinho e boa semana tb.

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  12. Quem tantas estorias de tradicoese tem ido buscar ao bau das recordacoes para trazer e partilhar, tem obrigacao de repor coisas mais recentes nessa mesma arca para um dia , porventura, outras geracoes irem buscar, seguindo a mesma senda de amor pela sua aldeia.
    Coisas como esta e outras tantas, que os vindouros nem sabiam terem acontecido.
    Vale a pena!

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  13. Boa tarde, embora tenha passado a quadra pascal em Forninhos, não assisti à procissão, porque na segunda feira tinha que trabalhar, mas pelo que me leva a crer pelo que aqui está exposto, se as portas não se abrem, tudo isso se deve ao teimar da procissão continuar a passar pelas mesmas ruas anoa após ano, ruas essas que vão ficando cada vez mais vazias de gentes, e as que vão ganhando não são lembradas, era bom mudar de "rota" assim poderia ser que outras novas portas se abrissem ao divino.

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  14. Ola Joao, boa noite.
    Nesta quadra tivemos algumas coisas em comum e ate estivemos juntos, penso que na mesma aldeia, Forninhos, pois quase nem parece.
    Eu assisti a procissao e ate tirei estas fotos. Nove e meia da manha, quase tipo reportagem que custa mas tem de ser, para os outros verem..
    Agora, acho que estas a fazer confusao, aqui sao retratados dois dias, a procissao de Domingo de Pascoa, fazendo o seu periplo habitual com o palio e o Santissimo pelas ruas tradicionais.
    A outra parte que se reporta nas duas ultimas fotos, dizem respeito a visita pascal, efectuada no dia seguinte, segunda feira de pascoela.
    E quando aqui se fala em casas fechadas, sao aquelas que propositadamente nao abriram a porta, pois verdade seja dita, o Sr. Padre foi a todas, independentemente de ruas, dar a bencao e a cruz a beijar, nem que tivessem apenas uma pessoa.
    Claro que uns partiram por afazeres pessoais, outros nem ligaram e outros fingiram.
    Quem sabe para o ano a rota nao comece ao contrario e todas as casas se abram.
    Recebe um abraco.

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  15. Há neste post elementos de 2 eventos pascais distintos, mas apesar da confusão do João, bem que podiam mudar a rota da visita pascal. Mas bom...a tradição é começar na Igreja, que assim comece então todos os anos!
    Só lamento que para umas coisas a tradição conte...noutras...nem tanto. Falo, claro, da procissão em honra da S. dos Verdes. Dizem os entendidos que a tradição é levar 7 ou 8 andores em tractores (será que sempre foi assim?). Esta procissão que teimam em não mudar é que é urgente alterar. Mas eu como já cansei de falar do assunto e como não tenciono participar nela, pelo menos enquanto me parecer uma feira agrícola, que façam como bem entender, respeitando a tradição ou não!

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