Na zona antiga de Forninhos são já poucas as janelas do antanho que restam. Umas porque foram substituídas segundo o gosto dos proprietários, outras porque entraram em completa ruína, outras...porque são casas que só têm um jânelo que se calhar nunca se abriu, porque calafetado de farrapos velhos.
Mas ainda bem recordo as janelas da minha terra, onde durante o dia as mães assomavam, correndo a pequena cortina, aquelas que a tinham, e chamavam pelos filhos, de início em tom cândido, mas que de tão repetido virava ameaça, no limite do impropério.
A canalha não havia maneira de largar a rua e fazer descansar as brincadeiras; e a angústia da mães era se alguém se vinha queixar de vidros partidos ou asneiras impensadas. Mais as horas de sol abafado e quente que lhes rachava a moleirinha a ponto de ter de se ir ao senhor doutor.
Por vezes discutiam com as vizinhas, por futilidades ou raivas antigas, muitas herdadas de família, mas na orgulhosa honra teimosa, como se fosse entre elas. Isto enquanto os seus homens trabalhavam juntos nos campos ou conviviam fraternalmente nas tabernas. Era lá com elas, dizia quem sorrateiramente assistia, pois não queriam confusão para o seu lado: "deviam ter vergonha por levantarem coisas antigas, mais valia calarem-se e fecharem a janela".
Agora na minha aldeia, das portas de cravelhos ou pinchos e fechaduras forjadas, pouco resta; e das janelas, pedaços de vidros partidos, ancoradas em escombros negros onde vai sobressaindo uma réstia de musgo esverdeado, como que abraçando o eterno e solidário granito. Foram morrendo, acompanhando os seus donos, os mesmos que outrora de madrugada assomavam à janela ao ouvir o primeiro chiar do carro de bois com sebes carregado de estrume, arado, grade e sacos de semente. O vizinho ia já para a sementeira e outras janelas se abriam também, era pois hora de levantar, dia de "pica-o-boi" e, de janela em janela, o grito de guerra matinal, resumido na "salvação":
- Bom dia...
- Bom dia ... e Nosso Senhor vos acompanhe...
E tantas vidas nasceram por detrás delas e tantas se viram passar por fora delas. E como eram bonitas as janelas de Forninhos, espelhos de alma em que subindo os degraus da entrada e a ela assomar, parecia estarmos mais perto do céu.
Agora urge escancarar as suas memórias, antes que seja tarde demais!
Este último modelo já é dos baixos duma casa em cantaria, de gente ao tempo considerada abastada; por cima tem sacada, sala e quartos com janelas.
Que maravilha,Xico! um encanto ver aqui as janelas de lá e imaginar o que tinha nelas, por trás delas, vidros quebrados pelas boladas da criançada, em todas as épocas iguais... Adorei! abraços,chica
ResponderEliminarSe atras de uma bola vem sempre uma crianca, por dentro de uma janela partida tambem esta se encontra...
EliminarAbracos.
Adorei!
ResponderEliminarXico, o texto é fotográfico. Muito bem apanhado, muito bem construído.
Beijo
Como se estivesse a acordar por detras delas e mais tarde espreitasse para dentro, como que revendo as pessoas.
EliminarBeijo.
Faz-me lembrar o texto, parte final, a expressão: as pessoas vão e tudo vai com elas, o que é bem verdade, as pessoas que abriam ou que outrora de madrugada assomavam à janela ao ouvir o primeiro chiar do carro de bois, estão todas a desaparecer e as memorias dum povo vão com elas.
ResponderEliminarDe algumas janelas, porque em completa ruína, somente restam as ombreiras a desafiar o tempo, mas até um dia...mas como eu cansei de falar da nossa autarquia que nada faz para preservar a ruralidade da aldeia, vou ficar por aqui e apenas dizer que adorei o texto e fotos.
Abr. e bom fs.
Pois...
EliminarAlgo devia e podia, assim se queira, ser feito, nao apenas pelos locais mas em parceria com a autarquia que parece ser um mal que se pega, o desdem que todas nutrem pelo desenvolvimento, particularmente em Forninhos no criar infraestruturas que podiam canalizar turismo rural de qualidade, pela sua historia e envolvencia.
Assim, cada vez mais uma aldeia viuva, tal como as mulheres que vao abundando nesse estado. Os seus maridos partiram levando memorias e estorias e com o desaparecer delas, ira muito do Forninhos de outrora.
Ainda ha tempo para remediar qualquer coisa...
Sim, ainda há tempo para remediar, mas também temos de dizer aos leitores que em Forninhos alguns locais e muitos naturais a residir fora já recuperam habitações antigas (muitas estão fechadas a maior parte dos dias do ano, mas pronto...), só que quem recupera é quem tem posses para tal, porque quem não tem, mesmo que esteja interessado em fazê-lo, não tem nenhum incentivo, a começar pelas licenças de construção, taxas, impostos de valor bastante elevado e...entraves...e era aqui, principalmente, que o apoio da autarquia devia "aparecer".
EliminarMas, é certo, que também há proprietários, herdeiros, que não pretendem preservar a "casa velha", então, aqui, deviam as autarquias interessar-se por querer preservar pelo menos a sua originalidade, mas quem é que se vai importar com isso...? Se fôr preciso para beneficiar "A" e prejudicar "B" ainda aprovam licenças e projectos que tapam as vistas da(s) janela(s) de "B"!
Mas isso são outros negócios, bem sei!
Olá,
ResponderEliminarque lindas janelas, quantas vivência passou por elas. Tenho fé nas futuras gerações e eles certamente irão preservar, por que são belíssimas. Por aqui os jovens estão preservando as velhas casa. Sou apaixonada por estas casas de pedra e a primeira janela é minha preferida. Não tem mais artesão para refazerem estas belas obras? A zona rural de Forninhos é muito bonita, vou comprar uma casa pra mim ai e vou levar Alfredo para trabalhar na madeira,hahah.
Tenham um ótimo fim de semana.
Entao venham, sera um prazer!
EliminarMas nao demorem, aproveitem enqunto a floresta ainda abunda em Forninhos.
Um abraco para os dois.
Adorei as fotografias e a belíssima composição sobre o assunto.
ResponderEliminarGosto muito de vir aqui e ler... e aprender!...
As casas envelhecem com os donos... por vezes mais depressa do que eles! Quem fica por cá, das duas uma: ou não está interessado em conservar o património porque isso implica custos, ou está-se nas tintas simplesmente!
É uma pena! Qualquer dia essas casas ou serão demolidas ou levarão janelas de alumínio!...
Obrigada por aparecer no meu espaço e deixar uma palavrinha de alento!
Beijinho
Querendo amiga, e gostando, aprendemos uns com os outros.
EliminarPoderia deduzir facilmente que as casas envelhecem mais cedo que os seus donos, mas penso ter percebido o seu sentido, aldeias velhas nos anos dos velhos *mancebos de historia, quais gaiatos* que por solidao e falta de meios, vao mirrando sem poderem conservar o mais querido, o lar.
E com eles o mais amargo e doloroso, ver as casas a cair, vidros partidos, paredes a escorrer de humidade, qual homenagem solidaria na partida.
Nem imagina como gostamos de a ter aqui e o seu carinho.
Um beijo.
Como a Teresinha disse que qualquer dia essas casas ou serão demolidas ou levarão janelas de alumínio, sempre quero também dizer que nos anos 90 até à actualidade, assistimos à recuperação de muitas antigas casas de pedra, onde até o sombreamento com persianas foi substituído pelas portadas que muito se assemelham às de madeira tradicionais, mas com excepção das casas preparadas para turismo rural, a verdade é que as antigas portas e janelas de madeira são sempre substituídas pelas de alumínio e tudo leva a crer que assim continuará a ser no futuro.
EliminarBeijinhos e bom domingo!
Que beleza de texto resgatando as memorias das janelas de Forninhos e tudo que a cerca! Bjs,
ResponderEliminarAnne,
EliminarQuando as memorias sao boas, as janelas ficam sem pudor escancaradas!
Por isso aqui continuamos na janela da nossa aldeia.
Beijos.
Um dia um certo dia, talvez já não se possa,
ResponderEliminarnesta vida, recomeçar.
Não deixemos que o tempo passe e,
com ele, a ocasião de recomeçar
um dia que podemos encher de felicidade.
Recomeçar de um ponto de um lugar.
Recomeçar com um gesto, com uma palavra,
com um abraço
O sucesso nessa vida depende de nós ,
mais acima de tudo de Deus.
A você um abençoado final de semana.
Beijos e meu eterno carinho.
Evanir..
Obridado Evanir pela profundidade das suas mensagens.
EliminarUm abaco.
Um texto muito completo sobre os olhos das casas, e de quando os dias começavam em saudações a partir dessas janelas, muitas delas hoje a precisar de uma recuperação. E como são bonitas as casa de pedra!
ResponderEliminarQuem não se recorda de quando a mãe surgia à janela, e chamava e voltava a chamar exasperada pela nossa demora.
E essas zangas de que fala, elas que se entendessem, porque existem razões pelas quais apenas as mulheres lembram de "pegar-se", o que geralmente acontece a quem não tem muito com que ocupar-se, ou ferve em pouca água. Mas isso faz parte do dia a dia dos pequenos lugares. Há até cenas de filmes em que a discussão se dá à janela, e depois há geralmente uma personagem que fecha a janela furiosamente...:-)
Sabemos que as pessoas têm o seu tempo de vida, que um dia partirão de vez, mas é pena que algumas das casas fiquem ao abandono.
As fachadas e janelas antigas de uma aldeia fazem também parte de uma herança que se deveria estimar.
Boa noite, Xico!
xx
Bom dia, Laura.
EliminarBonitas as casas de pedra como tambem o eram as janelas, mesmo no seu design arcaico, agora praticamente standard e disseminado pelas aldeias e cidades.
Simplesmente os sons e os cheiros sao diferentes e o olhar por detras delas traz nostalgia doce de outros tempos.
Tambem sou dos que pensa que muitas memorias e sem saudosismo lamecha, deveriam e podiam ser preservadas, mas...
Restara um dia imaginar na leitura das paginas de um livro ou na projecao de um filme com cenas que outrora foram reais.
Um abraco e bom domingo!
Não será porventura a janela a história dos povos na sua evolução ao longo dos tempos?
ResponderEliminarQual ponto de mira apontado para o exterior, recuando às cavernas, mais tarde às cabanas, mesmo as mais rudimentares tinham pelo menos o local de entrada, observatório em caso de defesa de animais e/ou inimigos.
Se trepar ao "nosso" S. Pedro, imagino como terá sido o casario dos romanos e mouros até pela pedra de granito por eles aparelhada com os seus postigos rudimentares mas altaneiros, descurtinando os vales férteis de Forninhos,
No início, presumo, aquando das primeiras habitações, a única porta era simultaneamente janela, minúscula na proporção das quadros reduzidas paredes de granito em que assentava a sua feitura.
Com a continuidade do tempo, o gosto e fertilidade dos campos, tornou-se transversal e Forninhos como tantas aldeias, nele navegou, melhor, cavou a sua história, na fixação de um povo.
Casas maiores e desenhadas por estórias de viajantes e adaptadas ao ponto de se verem primeiro postigos na parede virada para nascente e mais tarde, janelos, compostos em quadrado por quatro pedras de aproximadamente igual dimensão. Duras, brutas, mas seguras!
Séculos foram passando até às primeiras janelas envidraçadas.
Uma revolução a acompanhar a história: madeira trabalhada cortada na aldeia, vidros quais espelhos que deslumbravam quem passava, ao ponto de aparecerem aquelas janelas de subir, as de "guilhotina", acompanhadas de pequenas e rudimentares cortinas que por dentro tapavam a vista a quem olhava de fora.
Depois com o fenómeno da emigração, novos modelos foram trazidos do quatro cantos do mundo, emoldurado novos estilos de construção, mais finos e delicados aos olhos de fora, mas aos naturais pouco diziam a não ser a palavra "coisa estranha".
Mas assim é a história, um ciclo, o mesmo que agora traz de volta o carinho e saudade das velhas janelas. Aquelas em que se falava, ria , brincava, mas se escutava.
É no que dá vir a estas horas, melhor fechá-la e até amanhã.
Boa noite!
Muito bem!
EliminarÉ sempre bom lembrar as diversas formas de construção e que nos situam em diferentes épocas, mas hoje temos é saudades das janelas do país profundo das décadas de sessenta e setenta do século XX, por isso, quando encontramos uma, logo a fotografamos. Mas é como bem dizes no introito do texto, são já poucas as janelas do antanho que restam na zona antiga de Forninhos e "apoquenta-me" pensar que futuramente todas essas casinhas que marcaram uma época podem vir a ser aquilo que vemos hoje em S. Pedro: um monte de pedras, onde arqueólogos procuram vestígios do passado, embora tenham escrito, pasme-se!, que o casario ainda hoje está bastante preservado (o que é mentira...só mais uma entre tantas!!).
Por outro lado quero ainda acreditar que a Câmara cumprirá o prometido, ou seja, criará incentivos à requalificação urbana através de benefícios municipais, nomeadamente fiscais, para reconstrução de habitações degradadas e para construção de 2.ª habitação.
Oi Xico,
ResponderEliminara arquitetura das casas de pedras com essas janelas formam um estilho único que muito me encanta, seria tão bom que fossem preservadas, mas o que vemos em quase todo canto do mundo, são os próprios habitantes irem modificando, modernizando, até que lá na frente, no futuro, venha o arrependimento. Aqui a nossa cidade, já sofreu muitas modificações em casas, praças, etc e muita historia da época foram apagadas.
Adorei o post.
Beijos!
Ola Fatima amiga. Obrigado pelo comentario mais uma vez.
EliminarConvenhamos que aliado ao estilo moderno, coisas se vao modificando e serao de respeitar, ate por novos gostos surgirem e aqueles que ainda tentam preservar gostos antigos, esbarram na inoperancia quase imposta, primeiro a falta de artesaos conhecedores desta arte de trabalhar madeira e o principal, a burocracia que em vez de abrir janelas, por detras delas se esconder a contar o vil imposto que sonega qualquer veleidade.
Beijos.
Me lembro de na minha infancia , as janelas e portas serem presas somente com tramelas, era uma tempo de paz , tinha pessoas que nem tramelas nas portas tinham,dormiam com as porta e janelas só enconstadas , imagina se hoje daria pra fazer isto.
ResponderEliminarbeijinhos
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Por aqui era assim também. Se quiser pode ver um 'post' que fiz no ano de 2011:
Eliminarhttp://onovoblogdosforninhenses.blogspot.pt/2011/01/portas-cravelhos.html
Espero que goste.
Beijinhos.
As janelas mostram o estilo de uma época, também as aprecio como obras de arte. Um abraço, Yayá.
ResponderEliminarE sentimentos de seculos, amiga.
EliminarEstilos de outras epocas, aqui invocadas para nao perecem em definitivo.
Abraco.
Que bonito recordar, saõ obras de um tempo
ResponderEliminarque não volta mais, estilo diferente mas que marcou
época achei bem interessante
Bom dia de domingo
└──●► *Rita!!
Ò tempo volta para trás
EliminarDá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vâs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs
Assim rezava uma antiga cancao de Antonio Mourao.
Quem sabe...
Abraco.
Quando olho para estas janelas (e janelo também) imagino como foi viver no interior dessas casas, os sobrados cheios de histórias, de trabalho árduo, de muitas crianças...a dormir na mesma cama, uns virados para a cabeceira, outros para os pés e depois...depois só me vem à lembrança a poesia de Cora Coralina "Velho Sobrado":
ResponderEliminarUm montão disforme. Taipas e pedras,
abraçadas a grossas aroeiras,
toscamente esquadriadas.
Folhas de janelas.
Pedaços de batentes.
Almofadados de portas.
Vidraças estilhaçadas.
Ferragens retorcidas.
Abandono. Silêncio. Desordem.
Ausência, sobretudo.
O avanço vegetal acoberta o quadro.
(...)
Intensa e bela a poesia, que tao bem ilustra o sentir deste tema, afinal uma janela aberta para tanto de vidas antigas, mas tambem nossas que as sentimos nas fraldas do tempo, atraves de memorias mais antigas.
EliminarJanelas quase sempre fechadas por pudor, mas pior ainda para nao se despirem aos olhos dos outros por vergonha de mostrarem a nudez da pobreza...
E, por vezes, quem passava na rua para os campos ou exaustos deles vinham, paravam na sombra de uma parreira a admirar os primeiros cravos na janela, como se a vida dentro delas fosse tao forte de felicidade de cor vermelha embrulhada no verde das suas cores.
Tal como as melancias, verdes por fora, vermelhas por dentro.
Assim comunicavam as janelas, vermelho de dor, verde de esperanca.
Pois, é que muitas casas antigas também tinham uma parreira (videiras trepadeiras, para quem não conhece o termo), mas hoje poucas serão as casas que têm essas latadas. Por acaso, parece que a janela da 1.ª foto a tem, mas por falta de pessoas já não há cravos nos craveiros, nem o verde dos manjericos que se punham em frente das janelas. E, bastava 2 paus e 1 tábua sobre...e a janela ficava simplesmente enfeitada.
EliminarHoje, as janelas modernas não têm vidros estilhaçados, mas são tão ou mais tristes quanto as que vemos por lá ao Deus dará. Até porque hoje as casas novas são recuadas, com muros, que nos fazem ficar mais afastados das janelas e portas. Sequer dá para se conversar de janela aberta, quanto mais discutir!
Muito bom 'post' para reflectir!
As janelas têm muitas histórias pra contar, e as antigas então...
ResponderEliminarGosto muito de arquitetura antiga, e fotografar sempre que as vejo. Infelizmente aqui na minha cidade (acho também que não é "previlégio" somente dela), preservar a história sai muito caro, derrubar sai mais barato.
Adorei ler teu texto Xico, me senti como se estivesse olhando através dessas janelas, as cenas que você descreveu tão bem.
Parabéns pelas palavras e pela fotografia.
Abraços,
Yves
A primeira que ao abrir diz bom dia e a ultima a dizer boa noite, quando o corpo pede descanso e ela, janela tambem esta cansada, pois viu passar tanta coisa durante largas horas...
EliminarPara onde ia o agricultor, o que levava e o que ia fazer. Ate espreitava o alguidar com roupa lavada e corada no ribeiro, via tudo, mas resguardava a sua intimidade. Coisas so dela!
Um abraco, Yves.
Viva!
ResponderEliminarHoje tive um tempinho extra, para poder ler e comentar como deve de ser.
Normalmente uso o G+1 para marcar presença, mas nem sempre me satisfaz.
É um privilégio ler escritos bons, e eu vou tentar ser mais presente.
Abraços e beijos. D
http://acontarvindodoceu.blogspot.pt
Bem haja por vir. Esta janela estara sempre escancarada para todos,
EliminarComo que aberta no alto da serra de S. Pedro, espraiando os olhos pelos campos e casarios de Forninhos, registando e guardando carinhosamente os ditos e vidas das suas gentes, sem enterrar o passado, dando/lhe o valor que merece.
Abraco grande.
Boa noite Xico, parabéns pela excelente cronica sobre as janelas da sua aldeia!
ResponderEliminarComo já em tempos lhe disse a sua escrita faz-me lembrar o nosso querido Eça!
Quando passo por lugares assim (e aconteceu-me no Piódão) e numa localidade mais à frente cujo nome não me recordo sentir como que a alma do povo que ali habitou ainda presente e uma certa nostalgia enorme me invadiu!
Graças a Deus que na minha aldeia muito embora a construção ( parecida com a do Alto Alentejo- temos ali apenas o Tejo a separar-nos) tudo tem sido recuperado! E depois do 25 de Abril 74 a minha terra parece que sofreu uma reviravolta de 360 graus!
Mas voltemos a Forninhos, porque é de Forninhos que se trata! Há que "escancarar" as memórias, porque na verdade será uma pena se esse riquíssimo Património não for recuperado! Beijinhos e uma boa noite. Ailime
Obrigado cara Ailime.
EliminarInvejo a estima com que com certeza preservaram esse que presume ser um lindo patrimonio, nao fora a zona linda de morrer.
Se Forninhos desse uma volta de apenas 180 graus, seria maravilhoso!
Pena que as janelas estao cada vez mais perras...
Beijinho e boa noite.
Amigos de Forninhos volto atrás para deixar um beijinho também à Paula e desejar-lhe uma boa noite e semana!
ResponderEliminarE sim,,. ontem foi uma noite de 5*!
Ailime
Texto que nos faz pensar sobre os belos significados de "janelas"...
ResponderEliminarTanta coisa bonita e histórica que poderia ser restaurada e bem conservada...
Abraço e muita paz...
Sim, tanta coisa que poderia ser restaurada e bem conservada e, digo mais, tantos erros do passados que podiam ser corrigidos, mas 'ao que muitos burros toca, sempre algum lhe fica atrás' e acho que é mais isso que se passa no momento em Forninhos!
ResponderEliminarBeijinhos para as duas, Anete e Ailime.