Serra de São Pedro ou Serra da Gralheira? Qual é o nome desta serra?
Há pois da minha parte esta dúvida, porque na obra do Pe. Luís Lemos, de Penaverde, vejo muitas vezes escrito "Serra da Gralheira", mas eu sempre ouvi na minha terra chamar a este monte "Serra de São Pedro". Vamos então defender o nome da nossa terra e ver alguns momentos de uma manhã de Primavera que se podem ver da serra ou a caminho dela, que nunca são iguais por mais que se repitam as estações.
de qualquer ponto é bela a nossa serra
as pútigas brindam-nos com este despertar florido e cor exuberante
e as giestas debruçadas para os caminhos,
desfloram-se das últimas pétalas em lágrimas (saudades de Maio)
enquanto o sol de Junho
vai secar as pétalas de oiro
malmequeres
urgueiras e de miríades de flores sem nome
as pedras baloiçantes, essas, contam histórias para além da memória.
Imagens: David
Texto: aluap
Paula e Xico...
ResponderEliminarBOM DIA E BOA SEMANA!!!
Amei conhecer essa serra e suas lindas paisagens!
Céu, plantas, flores e pedras... Tudo muito lindo!
O meu abraço
Amigos Paula e David, simplesmente fabuloso este post com que nos brindam. Chega a comover por trazer tantas lembranças a quem como eu conhece este cantinho do paraíso.
ResponderEliminarPoderão pensar que estas belas imagens foram tiradas de um qualquer National Geographic, mas não, foram feitas por gente da terra e ao que da terra é.
Quase dá para apalpar o cheiro das plantas e arbustos floridos e ouvir o balir de alguma cabra que por ali andaria mastigando alguns rebentos tenros das giestas ao som do chocalho.
Esta serra tem tanta beleza, encantos e mistérios que só podemos ter orgunho nela.
Afinal, é a nossa Serra de S. Pedro!
Linda serra, flores e adorei essa pedra! Passando pra agradecer e desejar uma linda semana.Continuo curtindo o filhão! beijos,chica
ResponderEliminarPelos vistos a nossa serra pela sua beleza passa além fronteiras e a nós cujas origens demandam de lá, apetece com estas fotos ir a correr no regresso, sentar num daqueles calhaus e ver os montes floridos.
ResponderEliminarJá Miguel Torga num seu poema dizia:
"Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso".
E as pútigas?
ResponderEliminarEste "fruto" que nasce sob os sargaços? Pensei que já nem existissem, mas afinal ainda as há no "Castelo".
Para os visitantes que não sabem o que são, as pútigas não são bem uma flor, acho que é uma planta em forma de pinha pequena, com gomos cheios de uma massa pastosa que sai com a pressão dos dedos e que se come. Comi algumas quando vivi em Forninhos.
Aquela pasta agarrava-se aos dedos, parecia resina e ficávamos todos sujos.
ResponderEliminarPor mais que se comesse, à semelhança dos tremoços, não enchia.
"Fui ao mato
Pútigas apanhei
Comi, comi
E nunca me fartei".
Preciosas Imágenes de este hermoso Paraje de la Sierra de San Pedro o la Sierra Gralheira.
ResponderEliminarAbraços e beijos.
Como a serra se esmera nesta época do ano, vestindo a sua melhor roupa, bordada de branco, verde e amarelo e composta pelo manto azul do céu.
ResponderEliminarTanta tranquilidade quebrada sómente pela brisa, o cantor do grilo, o grito de algum milhafre, a poupa sempre a poupar e o cuco ramalheiro armado em feiticeiro a adivinhar casamentos.
Que dirão as flores de giesta às das maias, ali num namoro pegado e os fetos às orgueiras floridas?
Se calhar falam de romanos que em tempos remotos por ali andavam ou das moiras encantadas que com elas se enfeitavam.
Melhor perguntar ao penedo, que tem tanta história antiga, desde o príncipio do mundo.
Tem cara de quem muito sabe.
Se calhar não quer dizer ou então não ser incomodado, também quer disfrutar da beleza a seus pés, enquanto uma fresca aragem lhe acomoda o pensamento.
ResponderEliminarLindos estes campos beirões ...O contraste entre a natureza florida e a dureza do granito dão-lhe uma beleza única .Nunca nos cansam dados os imensos contrastes que a cada momento se nos deparam .Eu fico extasiada !!O mar cansa-me ...mas este "meu mar " como eu chamo às nossas serranias ...enchem-me de força para continuar amando estes cantinhos ...Quem não os conhece nem sabe as belezas que perde !!!
Beijinhos Paula
A Serra de Sao Pedro toda florida ,já faz muitos anos que nao vi Sao Pedro como estou a ver agora . Obrigada Paula e David por estas lindíssimas fotos que nos permite de ver ao longe a beleza da nossa Serra .
ResponderEliminarLindas fotografias da sua e "nossa" serra, de S. Pedro ou da Gralheira!
ResponderEliminarDe facto este Maio, com chuva, neve e granizo, prestou-se a fotografias muito lindas, felizmente tambem colecionei algumas!
Um grande abraco a todos os forninhenses.
Bonitas imagens da Serra S.Pedro/Gralheira. Recordo há alguns anos, numa viagem que fiz em excursão até Chaves, o nosso guia levou-nos a uma serra lá perto, onde existe uma grande pedra parecida com esta. Com algum habilidade, o guia conseguia que ela abanasse, mas não saía do sítio. Parabéns pela sua postagem.
ResponderEliminarOs meus cumprimentos, para si, Paula.
Manuel Tomaz
Também esta pedra (enorme) não sai do sítio. Encontra-se perto de um Castro e há no sítio uma outra semelhante e eu ainda não perdi a esperança de um dia ver os penedros graníticos desta terra e serra valorizados, é pois um património que devia ser explorado!
EliminarUm abraço meu.
Grata a todos por gostarem destes pequenos pedaços que se podem ver na nossa serra encantada, é caso para dizer de que de qualquer ponto quem gosta de lugares como este, gosta do que vê!
ResponderEliminarA minha teoria é que o verdadeiro nome deve ser "S. Pedro" e não "Serra da Gralheira" ou até "S. Pedro dos Matos" como vejo escrito na obra do Pe. Luís "Penaverde - Sua Vila e Termo".
Temos pois que, no dizer do padre Luís, a Gralheira fica dentro da actual freguesia de Penaverde, no sítio vulgarmente designado por S. Pedro dos Matos, devido à lenda popular da "Cadeira do Rei".
O mais curioso porém é que em Forninhos sempre ouvi chamar este sítio medieval de "São Pedro". Só!
Mais...a freguesia de Forninhos tem registados na matriz predial diversos prédios rústicos, mas que eu saiba um dos mais conhecidos é a Farranjeira e não a Gralheira. Até há a lenda que viveram duas velhas, vizinhas, uma na Gralheira e outra na Farranjeira.
Além das matrizes prediais, dos testemunhos da nossa gente, deve ainda haver documentos, para além dos Censos de Penaverde de 1758, escritos em português. Será que não há textos latinos referentes a esta Serra? Afinal o antigo povoado de São Pedro não teve muita importância no tempo dos romanos?
Um abraço a todos.
Desde miúdo que sempre ouvi chamar São Pedro àquele local,da boca dos meus pais e avós e que o ouviram dos deles e assim consecutivamente.
ResponderEliminarFalamos em séculos de gerações que de uns para os outros transmitiam verbalmente o conhecimento das coisas.
Ainda hoje dizemos "já os antigos diziam...", portante tem tanto ou mais valor que mesmo não sabendo escrever, o registaram e transmitiram, daí considerar que o nome Gralheira nunca se aplicou específicamente àquele local, a não ser aquando Forninhos ter estado sob a alçada de Penaverde e em proveito próprio tenha sido usurpado o nome de São Pedro.
Certo é que ainda hoje, novos e menos novos perservamos o que para nós são os verdadeiros nomes, São Pedro, Castelo, Cuvos, Farranjeira, etc...
Também não trocamos o nome aos filhos a não ser que os chamemos por alguma alcunha!
Boa tarde a todos.
Apenas uma achega.
ResponderEliminarQuando se pergunta por alguém que se tenha deslocado para aquele local, que eu saiba nunca se ouviu dizer que tenha ido para a Gralheira mas sim para São Pedro.
Quando se pergunta aonde fica a Cadeira do Rei, fica em São Pedro.
Aonde ficam as ruínas das casas (castro), ficam em São Pedro.
A antiga capela/igreja e os túmulos em pedra, ficam em São Pedro.
Até o Castelo, fica juntinho a São Pedro.
Enquanto Forninhos tiver habitantes, será sempre o "noso" São Pedro.
É como o Castro. Aparece muitas vezes designado de Castro da Gralheira, quando sabemos que é Castro de S. Pedro porque se encontra dentro dos limites da freguesia de Forninhos, nos montes de São Pedro.
ResponderEliminarSegundo me disseram, a zona da Gralheira fica perto da localidade de Moreira - Penaverde.
O castro encontra-se dentro dos limites de Forninhos e é propriedade particular, tendo sido ao longo dos anos selváticamente desmantelado para aproveitamento das suas pedras graníticas para obras de construção.
EliminarNem só os santos são roubados, agora já nem as pedras escapam.
Parece que já é notícia comentada na página do facebook da jf Forninhos um estudo/trabalhos arqueológicos, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, para conhecimento da idade média nesta região e valorização e promoção de São Pedro. Saber disto, claro, incentiva-me a aqui continuar a divulgar a nossa serra de S. Pedro e sobretudo a nossa terra - Forninhos.
ResponderEliminarQueres tu fazer um post sobre...?
Estou convicta de que podes fazê-lo melhor do que eu, até por razões sentimentais, já que a propriedade do antigo povoado é da tua família. Infelizmente muita pedra foi transportada para Forninhos, mas poderás publicar fotos do local, já que alguns nem o local conhecem.
Com todo o gosto e orgulho Paula, quiçá dentro de poucos dias.
ResponderEliminarComecei a ir ao castro a partir do momento em que já tinha pernas para lá ir a pé até São Pedroe por ali andava no meio das silvas e giestas a procurar os ninhos dos pombos bravos e rolas.
Histórias que ficam para o post...
Um abraço para ti.
Olá amigos Paula e Xico, absolutamente fabulosa a vossa serra! Seja qual for o seu verdadeiro nome é de certeza um local abençoado por Deus! Magníficas fotos. É por locais assim que gosto de caminhar, onde encontro a paz e o sossego que os grandes centros não me podem proporcionar! Até aos meus treze anos vivi numa aldeia (vou dizer-vos onde se situa: entre a Beira Baixa, o Alentejo e o Ribatejo - junto à Barragem de Belver:)) e a minha infância foi povoada por cores e aromas semelhantes! O trabalho que estão a desenvolver é magnífico! Continuem. Beijinhos e obrigada. Ailime
ResponderEliminarAilime, sempre simpática e carinhosa. É linda a nossa serra sim, com encantos naturais mas, com lendas lhe dão outra áurea e misteriosos segredos que só o vento conhece e a neve no inverno teima em apagar sem sucesso.
EliminarSempre assim foi desde tempos longínquos.
Um beijo para si.
Sempre conheci a nossa Serra como Serra de São Pedro, quando lá ia era sempre no Verão e achava a Serra muito bonita, vendo estas fotografias vejo que ainda é mais bonita na Primavera.
ResponderEliminarQuando era pequena cheguei a comer pútigas, depois de tantos anos já não me lembrava como eram, ao velas aqui já me recordo como são.
É bonita em qualquer altura, austera no verão e exuberante na primavera. Não há quem não goste dela.
ResponderEliminarAgora com as pesquisas se encontrarem a grade e o cambão de ouro, vai ser uma romaria de turistas. E de mouros a reclamar que deixaram os tesouros deles porque foram corridos.
E nós a reclamar que queremos a imagem do nosso São Pedro.
Vai ser bonito... olha Maria, ainda acaba tudo à pedrada!
A vossa Serra possui um manancial sem fim de beleza, quer seja a estação do ano, mas agora é quando se sente mais a sua vida, o seu aroma que as giestas emprestam, pútegas essas nunca as vi, pois pelos vistos já são difíceis de encontrar, mas pela foto aqui publicada são bonitas e as suas cores chamam a qualquer um por mais distraído que seja.
ResponderEliminarQuando à rapinagem das pedras no Castro é de lamentar, por acaso o ano passado estive no local e verifiquei que algumas dessas pedras tinham sido levadas há pouco tempo, mas não é só o retirar das pedras que destrói, mas também o preparar o terreno para que as máquinas e meios de transporte lá possam chegar mais facilmente, Chico pode ser que um dia as tenhas que as pedir de volta.
As que já foram, estão cimentadas em paredes. Que se salvem as que ficaram.
EliminarUm abraço João.
Xico:
ResponderEliminarJá que estamos a falar dessa propriedade da tua família, ainda descobres que ali morou o teu arquiavô! Como sabes encontram-se ali abundantes vestígios de casas que remontam a longa antiguidade.
Abr./Paula
Olá , passei pela net encontrei o seu blog e o achei muito bom,
ResponderEliminarli algumas coisas folhe-ei algumas postagens,
gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
quando encontro bons blogs sempre fico mais um pouco meu nome é: António Batalha.
Deixo-lhe a minha bênção.
E que haja muita felicidade e saúde em sua vida e em toda a sua casa.
PS. Se desejar seguir o meu blog,Peregrino E Servo, fique á vontade, eu vou retribuir.
Muito obrigada. Palavras como as suas são um estímulo para continuar a divulgar o belo que há por esta aldeia.
EliminarFaço questão de retribuir, escrevendo no seu blog, que visitarei assim que tiver tempo.
Um abraço forninhense.
Paula,
ResponderEliminarAmei ver essas fotos da chegada da primavera em Portugal.
Aqui, está terminando o outono, e o frio já chegou.
Lindas imagens!
Um lindo dia! Beijos
Boa tarde.
ResponderEliminarEstas são imagens que eu nunca poderei esquecer, manhãs de primavera na serra de São Pedro, por ali andei algumas vezes e quanto era lindo.
Levantavamos-nos cedo para cortar o estrume que mais tarde servia para a cama do gado.
Velhos e bons tempos.