Seguidores

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Argolas às portas das tabernas/vendas


Argola na parede do que foi uma taberna/venda


Argola na parede da venda que foi dos meus avós maternos


As argolas situavam-se geralmente às portas das tabernas/vendas, mas sei que houve casas particulares que também as possuíam.  A utilização destas argolas prendia-se com a comodidade que representavam para os latoeiros que iam a Forninhos e homens que vinham trocar "farrapos à loiça", picar gadanhas e seitouras, comprar lenticão ou vender pão e aí prendiam  o cavalo ou burro. Ou, até para beber sossegadamente um copo na taberna.

nota pessoal:
Esclareço que a argola na taberna que foi dos meus avós maternos é do tempo do meu bisavô Maximiano, que tinha um cavalo e comprava e vendia nas feiras tecidos em fazenda. Sempre houve ocupações diversificadas na minha terra e como se vê, Forninhos mexia muito. 

14 comentários:

  1. Essas argolas eram muito praticas para os clientes desses espacos ai prenderem os seus meios de transporte, naqueles casos; burros, machos, mulas, eguas ou cavalos!

    Muito atenta, sempre a divulgar coisas que poderam parecer insignificantes, mas tem muito que ver com o modo de vida das nossas gentes, em tempos ainda nao muito distantes!

    Um abraco de amizade.

    ResponderEliminar
  2. Tem de ser, caro Al. O objectivo do blog continua a ser retratar o passado longínquo e recente de Forninhos e dos forninhenses, de modo a que as novas gerações não percam parte da nossa história.
    É um facto que, ultimamente, tem escasseado a participação dos forninhenses e dos que a esta terra estão ligados por laços familiares, não sei porquê, mas se calhar esses e outros nunca quiseram ver este projecto crescer de dia para dia…ou porque a vontade e disponibilidade nem sempre é a maior, mas cá estamos com aqueles que muito ou pouco nos apoiam para continuar a juntar e mostrar o que de interessante ainda encontramos, como as argolas das imagens que tinham uma efectiva utilidade, em tempos não muito distantes, como disse.
    A história de uma terra far-se-á de “retalhos” de imagens, património e “estórias” e se queremos escrever a História de Forninhos, como parece que sim, então acho que é tempo de todos olharem para este blog “com olhos de ver” para compilar essa história!

    Abraço grande para si, al cardoso.

    ResponderEliminar
  3. P.S:
    Já não sou do tempo de ver os burros, cavalos e mulas presos às argolas das imagens, mas como gosto de descobrir mais sobre a minha terra e suas gentes, sempre reparo nos simples pormenores e particularidades que por lá existem.
    Na minha última viagem ‘à terra’ fotografei as argolas que no passado eram indispensáveis para aí prenderem os meios de transporte, que ainda existem e resistem, sendo que as gerações mais velhas são quem se lembram dos utilizadores que iam a Forninhos (e isto prova que pertenço às gerações mais novas).
    Na minha próxima viagem não sei se haverá algum material para fotografar, pois dentro da povoação muita coisa já foi destruída aquando das reconstruções de casas, por isso deixo aqui, uma vez mais, um apelo aos que possam e queiram contribuir para o blog com fotos, sugestões e/ou textos que o façam, pois só assim conseguiremos pôr os nossos leitores a par da história e notícias da nossa terra.

    ResponderEliminar
  4. Paula como tu dizes, eu também não me lembro de ver burros e cavalos presos nessas argolas, mas lembro-me das portas das tavernas ainda estarem abertas ao público, também me lembro de quando ainda vivíamos na casa velha termos uma porteira com ripas no pátio, e os moleiros quando iam à nossa terra prendiam os burros nas ripas da porteira.

    ResponderEliminar
  5. Paula querida, mesmo sem a utilidade de outros tempos muito me encanta essas argolas.Por aqui quase não se ve,,mas em Ouro Preto tem.
    Bom, quanto ao vinho ficaria muuuuuuuuuuuuuuuuito feliz em ter uma garrafa aqui da sua produção,mas sei que se mandar cairá no oceano...rsrsrsrsr.Obrigada pelo carinho .
    Bjs sapecas.

    ResponderEliminar
  6. Que interessante isso.Eles tinhas esse cuidado com os cavalos e animais,prendê-los, seguros! Legal! beijos,lindo fim de semana,chica

    ResponderEliminar
  7. Lergal....lá na cidadezinha onde meu avô nasceu até hoje se ve essas argolas!
    bjssss
    belo fim de semana!

    ResponderEliminar
  8. Nem imaginava que pudesse haver argolas que não fosse nas aldeias como Forninhos, puro bairrismo, claro! E eis que as há por esse mundo fora.
    Obrigada por comentarem.
    BJS

    ResponderEliminar
  9. Paula,

    Eu já tinha visto esse tipo de argolas há muitos anos atrás no interior do Brasil, mas não sabia qual era a utilidade, e nem sei se é a mesma que em Forninhos. Eu acho muito bonitas.
    Penso que tudo que pertence ao passado é mais bonito que nos dias de hoje. A modernização é necessária, mas eu gosto de tudo que é antigo e vira história.
    Um lindo final de semana. Beijos

    ResponderEliminar
  10. Na minha opinião também o mais bonito é o antigo. Sabemos que é preciso evoluir, mas acho que igualmente é preciso manter vivas as lembranças e nos dias que correm é muito importante que os proprietários de casas antigas, os arquitectos e engenheiros, Câmaras Municipais e mesmo os construtores civis estejam sensibilizados para não destruírem o passado.Em nome do progresso já perdemos muitos testemunhos deixados pelo povo simples e anónimo e tal não era necessário. Podemos dizer que eram outros tempos. Pois eram! Mas o passado deve servir para nos ensinar a não cometer os mesmos erros!
    Depois, para mim, um POVO só é digno desse nome, quando não renega o passado, que o preserva, que o estuda e o faz recordar e mesmo comover. E o povo de Forninhos nessa matéria fica muito aquém!

    ResponderEliminar
  11. Olá Paula, como podes verificar essas argolas são quase universais, não é admiração saber que no Brasil essa terra distante no outro lado do Atlântico, elas também lá estão, não fosse essa terra outrora, terra portuguesa, e que os portugueses tenham levado os mesmos hábitos e costumes.
    As argolas foram o passado dos presentes parques de estacionamento, era um lugar destinado a deixar os animais que transportavam as mercadorias ou simplesmente o seu dono.

    ResponderEliminar
  12. Obrigada JSEGURO!
    No caso de Forninhos é caso para dizer que taberna que se prezasse tinha uma argola!



    ResponderEliminar
  13. Paula:
    A argola que esta no lugar na parede da tua avo não me lembro mas a que esta na lameira na parede do tio Augusto Marques essa não a posso esquecer brincavamos muito por ali. Um dia por semana vinha uma mulher de Trancoso com uma mula carregada de pão que era distribuido pelas tabernas para venderem, seu nome era Beatriz e era nessa argola que prendia a mula.


    ResponderEliminar
  14. Quém não se recorda destas argolas? todos as recordam pois elas ainda existem tal como aparecem nas fotos.
    Pois é, se a memória não falha, á alguns anos atrás ía um moleiro a Forninhos, não me lembro de onde era ao certo, mas tinha um moinho nas redondezas; Este moleiro vinha a pé com uma mula ou cavalo, já não sei, mas este quadrupede vinha carregado com as taleigas, e era preso ás argolas, via-o muitas vezes, nessa da taberna o tio Augusto Marques.
    bom fim de Semana.

    ResponderEliminar

Não guardes só para ti a tua opinião. Partilha-a com todos.