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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Tantas histórias para contar...

Recordo hoje algumas histórias populares que faziam parte do dia a dia da nossa aldeia, mas semelhantes às de qualquer aldeia de há 50 e tal anos…que muitas pessoas depois contavam, à sua maneira, conforme as realidades da sua terra. Começo pela história dos s endurecidos.
Havia um homem em Forninhos, lavrador, que segundo contam tinha os pés tão calejados e ressequidos por uma vida de trabalho de sol a sol, que uma vez a lavrar (ou a gradar) pisou um lacrau (escorpião) com o pé descalço e pensou que britou um ouriço, do castanheiro, que como se sabe têm picos agressivos. Parece mentira, mas não é. Era tal a dureza da pele, que britou um alacrairo.



História da velha que fez cem pipas de vinho só com bagos de uvasCom o regresso do Outono, aconteciam as vindimas. Um dia para um, logo a seguir para outro. Os cachos eram cortados pelas mãos de homens, mulheres e crianças. No tempo que eu era criança em Forninhos, esta história tocou-me a mim algumas vezes. 
Explicando:
Quando o calor começava a apertar, já não apetecia vindimar, muito menos apanhar os bagos do chão, então logo ouvíamos uma chamada de atenção de alguém mais velho:
- Vamos lá meninos, toca a apanhar também os bagos do chão.
- Olhem que uma velha no Douro fez cem pipas de vinho só com os bagos…sabiam?
Coitada da velha…fartou-se de apanhar bagos do chão, pensávamos! Longe de nós pensar que todo o vinho só é feito com os bagos das uvas.


A história do ancinho
Nos trabalhos agrícolas, um dos instrumentos mais usados ao longo dos tempos é o ancinho e quem conhece as lides da lavoura sabe bem o que é. Aqui a mãe pede ao filho que veio à terra pela primeira vez, depois de ter-se acomodado à vida da cidade:
- Ó filho dá-me cá o ancinho.
O filho com cara de quem já não sabe o que é e para que serve, pergunta:
- O que é um ancinho?
E no mesmo instante e antes da mãe lhe responder, põe o pé num dos dentes e o cabo comprido bate-lhe com toda a força na testa.
- Porra do anchinho – disse enquanto esfregava a testa.
- Ora vês como t´alembraste?! Disse a mãe ao filho.

 A história da Pêdra
Esta história passou-se num dia de festa de Agosto. A Pêdra, Belmira de seu nome, na véspera da festa deitou-se para dormir a sesta. Acordou, preparou-se para a festa. Quando os vizinhos viram a Pêdra tão bem preparada perguntaram-lhe:
- Para onde vais Pêdra?
- Vou para a festa. Respondeu.
- Então! A festa já foi ontem!
Às vezes duplicavam o sono e diziam-nos que a Pêdra dormiu dois dias seguidos. Ainda hoje quando alguém dorme demais ou acorda tarde, se diz “és como a Pêdra” e/ou “ía acontecendo-te como a Pêdra”


Da festa de Agosto, para recordar, publico uma foto da geração adulta do tempo em que eu era criança. 

29 comentários:

  1. Que histórias lindas e essas ficam registradinhas, marcadas ,inesquecíveis!! beijos,chica

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    1. Grata por gostar das histórias desta terra que se contavam sempre com muita graça. Hoje a nova geração adulta, ao contrário, não tem interesse por divulgar este tipo de literatura, por tal, eis a razão deste blog “…divulgar as notícias, a história, as tradições e as curiosidades da terra que me viu nascer.” “…quer informando, quer construindo um arquivo histórico para o futuro.”.

      BJ**

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  2. Realmente sao historias contadas em muitos lugares, embora como diz, modificadas de acordo.
    Mas de algumas ja nem me lembrava, ainda bem que a voce nao lhe esqueceram!
    E sempre um prazer vir ao seu blogue!

    Um abraco de amizade.

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    1. Bem-haja pelas suas palavras amigas e pelo seu apoio também.
      Esta literatura oral, como bem sabe, fazia parte do dia-a-dia das nossas aldeias, mas nem sempre tenho inspiração, e por vezes fico até surpreendida com as minhas lembranças sobre o tempo que eu era criança em Forninhos e, depois, como gosto de escrever e registar o que para mim tem significado o 'novo blog' naturalmente foi-se moldando como um espaço cultural e eu gosto de mantê-lo assim e, também é um prazer visitar o ‘Aqui d´Algodres’, que divulga coisas que aprecio e o ‘D´Algodres’, idem.

      Igualmente um abraço meu de amizade.

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  3. Bom dia, muito me agrada ver estas fotos e visitar este Blog.
    Estamos na época das vidimas, e estes cachos parecem estar bem maduros, será que vai ser um bom ano de vinho? saboroso? Mais um trabalhinho para a pessoas da nossa terra, depois do podar até agora. venha o mosto que é bem docinho, ah.
    Mas tambem e em breve vem as castanhas que neste momento já começam a ficar maduras, pois lá para fins de Outubro já se podem comer, mas cuidado, hoje os nossos pézinhos já não são como os dos lavradores de antigamente.
    Bom fs.

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  4. Resolvi ilustrar o post “Tantas histórias para contar…” com fotos que nos fazem situar no tempo, mas os seguidores e visitantes interessados em recuar uns aninhos, podem contar aqui, cada qual à sua maneira, outras histórias populares.
    Eu na altura das vindimas lembro-me sempre do meu avô Antoninho, que me contava sempre a história da velha do Douro, e hoje quando alguém diz que os bagos ficam para os pássaros ainda recordo que uma vez uma velha fez uma pipa de vinho só com o bago.
    Mais uma vez: “Recordar é Viver”.

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  5. Parabéns pelas ideia de nos contar estas estórias .las fazem parte da riqueza do nosso povo que devemos recordar e nunca deixar os mais jovens ignorá-las .Gostei de lê-las e até me ri...com algumas
    Bem haja ,
    Beijinhos

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  6. Bem haja eu pela visita e pelos parabéns.
    Como diz, as recordações deste tipo fazem parte do nosso povo. Da aldeia de Forninhos há mais umas quantas para contar, algumas delas até se ligam com os nossos modos de falar. Pena é que se percam porque ninguém as quer aqui contar (+jovens e -jovens).

    Beijinhos*******

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  7. Ora então boa noite, então aqui vai mais uma situação que ocorreu em Forninhos em tempos idos, o um senhor muito conhecido em Forninhos, depois de ter acordado da sesta deu-lhe a sensação que vira fuma para os lados de Valongo onde ele tinha uma vinha, pensando que era um figo, chamou os bombeiros, os bombeiros chegaram ao local e perguntaram onde era o fogo, então para que os bombeiros fossem até ao local ele ia dizendo "MAIS A CIMA QUE HÁ ÁGUA FRESCA", depois de se verificar que não existia fogo algum voltaram para trás e esse mesmo senhor disse a um familiar "TRÁS CARNE GORDA E PÃO QUE ELES BEM A COMEM"

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  8. Aqui está mais uma de tantas aventuras vividas em Forninhos, uma noite o Ti Zé Carau já com um copito a mais foi ao cemitério tropeçou a caiu para dentro de uma cova, passado algum tempo uma outra pessoa que passava junto ao local ouviu um gemido, pensando que era uma alma do outro, montou a bicicleta e desapareceu a toda a pressa para uma terra vizinha onde morava.

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  9. Em tempos um homem de Forninhos veio a Lisboa, quando passou na avenida Fontes Pereira de Melo, olhou para o hotel SHERATON, que na altura era o edifício mais alto de Lisboa, foi para o meio da avenida fazendo parar o trânsito, chamando pela mulher dizendo, " VEM VER, OLHA QUE COISA TÃO ALTA"

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  10. Ora aqui está mais uma que se passou em Lisboa com um homem de Forninhos, esse homem veio a Lisboa para visitar uma irmã, mas não sabia a morada, então como nunca tinha visto um manequim, chegou-se junto de um e perguntou-lhe se ele não sabia onde morava a sua irmã.
    Ainda me lembro de mais algumas, mas vou ficar por aqui, pode ser que alguém agora se lembre de mais algumas.

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  11. De véras que me lembro dessa do enchinho. Normalmente, fazia-se referência na minha aldeia, aos que vinham da grande cidade e que pela sua ausência, faziam-se esquecer desse utensilio. Parabéns pelo post.

    Carlos Domingues
    http://lourical.blogspot.pt/

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    1. Sim, a história do ancinho era, no fundo, uma espécie de alerta ou aviso, para que os jovens que um dia saíssem da aldeia nunca deixassem de ser o que eram e que não renegassem as suas origens. Os antigos davam muitas lições através de parábolas.
      Na sua aldeia não sei, mas na minha, volta e meia ainda se ouve dizer: “Parece que já não conheces o ancinho” ou “Já estás como o/a do ancinho”.

      Agradeço a sua visita e continuarei a visitar o blog do Louriçal.

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  12. O Seguro,e aquele que vai levar uma saca de batatas o filho que estava em Lisboa e ao entrar no elevador,mete a saca às costas,então um senhor pergunta lhe,porque a que meteu o saco nas costas? Ao que ele responde,é para não pesar tanto ao elevador,lol, so em Forninhos,bom fim de semana.

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  13. Paula,

    Essas coisas também fazem parte da memória de um povo.
    Eu tenho algumas também, e ri muito ao ler esse post e lembrar.
    Essa do ancinho foi demais! Rs
    Gostei demais dessas histórias.
    Um lindo e abençoado final de semana. Beijos

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  14. Conto agora uma que me contava a minha avó Coelha quando eu era pequena - "AS MANCHAS NA LUA".
    Há muitos anos atrás, um homem andava a trabalhar ao Domingo, dia santo de guarda. Andava a cortar silvas. Este homem em vez de descansar ao Domingo, guardava os trabalhos mais pesados para o Domingo. Certo dia Deus encontrou-o com um molho de silvas às costas e perguntou-lhe porque trabalhava ao Domingo que era dia do Senhor. Então ele respondeu-lhe:
    - Como ao Domingo vão todos à missa ninguém me vê.
    Passado poucos dias o homem faleceu e aí Deus colocou-o na lua com o molho de silvas às costas, para que todos o vissem.
    Quando olhamos para a lua e vemos manchas cinzentas, é o homenzinho que lá está a com o molho de silvas às costas.
    E não é que quando eu era criança conseguia ver o homem na lua com o molho das silvas às costas?
    As crianças têm um grande poder de imaginação e este tipo de recordações são, sem dúvida, o que de melhor pode ficar no imaginário de uma criança criada numa aldeia.

    Gostei das ‘hiraliantes’ histórias vividas com homens da nossa terra, que ainda hoje nos fazem sorrir. Continuem, como alguém já disse: “Mais acima há água fresca”.

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  15. David, esse homem tem tantas coisas dele que podem contar durante quase um dia inteiro, mas não foi por que deixou de ser quem era, conheci-o pouco tempo, mas as suas histórias e aventuras ficaram, mas como este existem muito outros que por uma ou outra razão não se conhece algumas das suas peripécias ou então não admitem que as tiveram.
    Um abraço.

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  16. Aqui vos deixo mais duas histórias que se passaram em Forninhos.
    Um dia a minha avó materna convidou uns familiares para irem almoçar lá em casa, como não podia deixar de ser a minha avó fez arroz doce para a sobremesa depois de feito o arroz doce punha-se em pratos, como não se comia este manjar todos os dias fazia criar água na boca, uma das filhas da minha avó minha tia ainda era pequena e queria comer o arroz doce, para a minha avó não ralhar com ela por comer antes dos convidados, então a minha tia decidiu tirar uma colher de arroz doce de cada prato no pensar dela ao tirar uma colher de cada prato a minha avó não dava por isso, o que deixou os pratos todos com um buraco no arroz doce, a minha avó quando viu ficou muito zangada por não poder apresentar a sobremesa, porque a minha tia podia ter comido só de um prato assim ainda tinha os outros para os convidados.

    Um dia um casal de lavradores foram para o campo trabalhar, tinham um bebe que já gatinhava e naquele tempo os filhos iam para o campo com os pais, a uma certa altura a criança começou a chorar com fome, a mãe deitou-se ao pé da filha para lhe dar de mamar, passado algum tempo a criança já estava com a barriga cheia deixou a mama e como já gatinhava apareceu ao pé do pai, o pai quando viu a criança ao pé dele perguntou à mulher o que estava afazer, a mulher respondeu estou a dar de mamar à menina o marido muito admirado disse como é que estás a dar de mamar à menina se ela está ao pé de mim, então a mulher abriu os olhos e viu que estava só, não tinha percebido que tinha adormecido ao pé da filha.

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    1. Sei que num casamento em Forninhos também houve uma que fez a mesma coisa ‘da do arroz-doce’ só que foi aos pães-leves.
      Num passado recente os preparativos para a boda do casamento começavam 2, 3 ou 4 dias antes e fazia-se muitos pão-de-ló (pão-leve), aliás, bolo de noiva não havia, o seu antecessor foi mesmo o pão-leve. Imaginem a situação.

      É caso para dizer: Santa inocência!

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  17. Depois de ler estas historias e de me rir basante, tamb�m vou contar uma. Passou-se no ano de 1972 uma senhora e uma jovem foram a cidade de Viseu ao banco de Portugal trocar uns cheques, quando chegaram junto da porta n�o sabiam entrar pois a porta era rolante astava parada .Que afli�o , diziam uma para a outra que raio de porta e esta que n�o se abre, como nesse banco havia sempre um policia, resolveram ,perguntar Sr. policia por favor ensinenos abrir a porta ele rodou a porta e elas meteram-se as duas juntas na mesma abertura mas uma era gorda o policia disse alto ai, vai uma em cada ,ent�o la trocaram os cheques e ao sa�rem tiveram de esperar que algu�m sa�sse para se meterem e n�o darem barraca novamente.




    Havia um casal em Forninhos que tinham um filho, n�o tinham quarto para ele dormir, dormia em casa da avo. todas as manhas a m�e ia chama-lo para comer e ir guardar as ovelhas. Uma manha a m�e gritou Rufino , Rufino e nada de responder voltava a m�e Rufino acorda s�o horas de deitares as ovelhas foram e ele n�o respondia voltava a chamar Rufino Rufino. Ai o CORNO QUE ESTA MORTO.

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    1. Mais tarde por via dos casamentos do Entrudo calhou ser teu ‘noivo’ lolol
      - Natália como é? Ele já me disse: Ó tio Zé Cavaca quer que o chame pai, ou quer que o chame sogro?

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  18. Anónimo9/30/2012

    Esta foi verdade.
    Tinha uma tia velhinha viziha do tio Porfirio forra de nome ti Albina. Vivia numa casa modesta e pequena. Tinha uma meia dorna de uvas que vinham dapardamaia, terrenno dela. Aos domingos eu e meu primo Luis pego da minha tia Rosa vinhamos da missa, garotões iamos a casa dela aos figos secos e castanhas piladas. Por vezes uns tostões.
    Por esta altura pediu aos dois para pisarmos a dorna. Malandros pisamos as uvas e mijamos lá dentro. Quando soube e quem foi acabaram-se as castanhas e os figos.
    Um dia fizemos as pazes e provamos o vinho. Era acido.

    XICOALMEIDA

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  19. História puxa história, não é verdade. É com muito gosto que leio-as todas, sempre que posso. Obrigado por cuidar deste Blog dos Forninhenses, Paula.
    Grande e saudoso abraço.
    Gilson.

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  20. É um prazer cuidar deste blogue, Gilson. Um grande abraço meu pra você.

    Por várias razões publiquei a 3.ª fotografia, com o Miguel. Perguntam os meus visitantes, leitores, seguidores, quem é esse Miguel? Para mim e para história de Forninhos passou a ser o Miguelão!
    Anos depois enveredou pelo consumo exagerado do álcool. Quem não tem um vício? Mas há histórias, daquelas que não lembram a ninguém, com ele, como as que seguem, contadas com as minhas palavras:
    Na minha terra havia e creio que ainda há pessoas que recebiam o ‘Rendimento Mínimo’ e houve um ano que o Miguelão viu o seu pedido Deferido e recebeu os retroativos, i.é, muito dinheirinho. Um dia vê-me no café do Sr. Virgílio e na companhia de outras… com toda a calma, diz-me:
    - Paulita podes beber o que quiseres, que eu pago, porque és a única da mesa que descontas para eu poder receber o rendimento mínimo!
    Toda a gente que conheceu o Miguelão sabe que de burro não tinha nada.
    Doutra vez, pediu um cigarro a uma amiga minha. Como ele estava sujo, ela disse-lhe que só lhe dava um cigarro se tomasse banho. Daí a meia horita, aparece de banho tomado e bem cheiroso, penteado, bem vestido e calçado. Ainda hoje quando nos lembramos disto, nos rimos a bom rir.

    Paz à sua alma…que descanse em Paz.

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  21. Paula vou contar a historia .
    Pelo Carnaval os rapazes casavam as raparigas e essas noites quase não dormíamos para ouvirmos quem era o rapaz que nos davam.Um ano deram-me o Albino do tio Domingos, não era nada mau porque o pai dele tinha as ovelhas e assim já tínhamos carne para a boda. Tambem diziam o que lhe vamos dar de presente, a umas davam - lhe uma cesta para levarem o jantar para o campo outras uma toalha de estopa para a mesa etc. a mim e ao Albinito como a mãe o chamava deram-nos um passeio de burro que era do tio gira discos para irmos de lua de mel. Muito bom, mas passado uns dias o meu pai disse-me; Natalia o Albino ja me perguntou : tio Zé Cavaca quer que o chama pai ou sogro? eu fi quei zangada com ele, mas tudo era brincadeira.

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  22. Bela lembrança de ‘outros carnavais…carais'. A alegria e boa disposição da nossa família era grande. Mas ao recordar o avô Cavaca não consegui evitar, de novo, as lágrimas. Mentalmente regressei a uma aldeia onde as pessoas eram outras e mais felizes.
    Bem haja a todos que aqui trouxeram histórias de vida. Foi muito bom recordar os meus avós, o tio Alfredo, tio Triste, tio Zé Carau, tio Domingos e mulher, o Miguelão, tia Albina e outras pessoas.
    Um abraço,
    Paula


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  23. Belas histórias, estava com saudades de te visitar,ler-te me fará sorrir. Um abraço, Yayá.

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  24. Sabe Yayá, por vezes aquelas pessoas sérias, que nem sequer sabem rir, não compreendem que as histórias mais engraçadas e mais genuínas são as estórias destes homens que praticamente nunca saíram da sua pequena aldeia, a não ser para irem em alguma excursão.
    Nós jovens tivemos uma vida melhor que estes homens e mulheres, é certo, mas são os jovens que sempre socializaram com o povo simples, humilde e anónimo, quem de verdade conhece este povo, um povo que podia até ser iletrado, mas nunca inculto. Podem nunca ter posto um pé num elevador, numa escada rolante ou numa discoteca, mas sabiam qual a melhor altura para semear ou para colher, sempre produziram bom azeite, aguardente, queijos e enchidos sem seguir as regras da ASAE, sabiam quando ía chover sem ser preciso ouvir o serviço meteorologia (uma palavra que só começaram a ouvir depois da televisão chegar a Forninhos). Haverá melhor homenagem que lembrá-los?
    Falar de história ou estórias num blog chama-se informar e muitas vezes recordar e eu sinto cada vez mais vontade de trazer aqui mais história e estórias populares. Portanto, continue Yayá a “navegar” nele e divirta-se, se fôr o caso.
    Abraço,
    Paula

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