Como se de um sonho se tratasse recebi esta fotografia para recordarmos momentos de um tempo passado, de um lugar que foi um marco importante na história da aldeia e da minha vida, a tão conhecida ‘’Rua do Outeiro”, um local com passado e com história, uma rua que já foi cheia de vida. Mesmo não tendo vivido nesta rua, ela faz parte de mim. Como diria o Malato “já fui aqui muito feliz”. Tenho na minha mente boas lembranças desta gente sociável do Outeiro. No Verão quando as pessoas vinham passar férias juntava-se muita gente à noite, colocavam mantas no chão e partilhavam até às tantas as suas histórias de vida. Que pena sentir cada vez mais o silêncio nas ruas da nossa terra, pois cada vez há menos gente.
Foto: serip413
Foto: serip413
Muito obrigado aluap.
ResponderEliminarEsta Rua tanto a mim como a outros Forninhenses, da mesma Rua, faz-nos relembrar outros tempos, rua esta que tinha muita vida, como se pode verificar, uma rua onde nós miúdos, á hora da sesta bricávamos, ao jogo dos feijões, joga das caricas, entre outros, nós brincávamos equanto os nossos Pais dorminhavam.
Isto já á cerca de tres décadas, mais ou menos, pois as pessoas que ali se encontram eram ainda bastante novas, olhando para elas, hoje, nota-se a diferença; outras á que infelismente já cá não estão, para esssa uma grande saúdade!
Note-se: esta rua ainda não era alcatroada.
Parabens.
Mais, tenho a certza, que alguns, amigos e vizinhos, ali moradores se vão orgulhar por esta presença, recordar esta Rua á já tanto tempo, tão diferente, tão modesta e com tantos jovens, na altura.
ResponderEliminarAdoro recordar esses tempos; Quém não está de acordo?.
Recordar também é Viver!
ResponderEliminarComo bem notas, serip, a Rua ainda não era alcatroada, mas se observarmos com atenção notamos mais diferenças, como a brancura da “cal” que tapava algumas casas de pedra e que dava um toque de mais claridade às Ruas. Nesta Rua havia um muro em pedra e as pessoas quando ali passavam já cansadas, sentavam-se para descansar e conversar. Esse muro também servia para brincarmos “às vendas/tabernas”, vendíamos arroz, massa, açúcar e até copos de vinho! Numa oliveira havia um baloiço/balancé, feito com uma corda e uma tábua. Bons tempos, boas lembranças, por isso, serip, eu é que tenho de agradecer pelas fotos que recebo e que publico com muito gosto.
Esta foto fala de um tempo que muitos se recordarão, de momentos, sons, brincadeiras, pessoas, que nunca se podem esquecer, espero que os moradores do Outeiro se sintam felizes por ver o retrato desta rua cheia de vida, vida que se foi perdendo a partir dos meados dos anos 90 quando a minha tia Júlia partiu e agora no século XXI, então, cada vez tem menos gente. Forninhos deu uma volta de 180 graus. Pergunto: o que se pode esperar da nossa terra onde a gente já vai começando a faltar?
Mesmo estando de costas reconheço a minha avó, que era conhecida como Maria Coelha. O cão do meu primo Miguel, o “xico-fininho” que também faz parte destas memórias porque esteve ali. O resto deixo para vós, que espero se interessem e comentem quem está na foto, em que ano terá sido tirada, etc, etc, etc...
ResponderEliminarAinda me lembro muito bem da rua tal com o está nesta foto, e tal como já foi dito recordar é viver e que nos faz reviver tempos passados, ver o que as pessoas eram e no que se tornaram, vejo a minha sogra ( Tia Júlia) e julgo que a pessoa que está com a criança ao colo seja a minha cunhada Zita, pois é, hoje as casas estão bem melhores mas os seus donos já se foram e os mais novos partiram para outros lugares, mas nas férias voltam ao lugar que as viu nascer e com elas os filhos e restante familia, fazendo com que a rua volte a ganhar vida.
ResponderEliminarEsta foto está muito bonita. Ainda me lembro quando nos juntava-mos todos na hora da sesta nas escadas tia Augusta brasileira que hoje é da Ana. Nessa altura ainda era viva a tia Augusta , a tia Clementina e o tio António. Ficavam as escadas cheias de gente nova e mais velhas, era tudo amigo, uma família, coisa que hoje não existe.
ResponderEliminarSão momentos que você jamais esquecerá.
ResponderEliminarGosto muito quando você posta essas fotos, que contam um pouco da história de seu lugar.
Não existem muitas pessoas nesse mundo interessadas em usar a internet para fazer um trabalho tão especial, que é reavivar a memória de um povo.
Espero que os moradores de Forninhos continuem colaborando com seu blog, enviando muitas fotos bacanas como essa e outras que já vi aqui.
Como poderia imaginar que um dia eu saberia um pouco da história de uma aldeia tão distante, estando ainda muito mais distante de minha terra.
Agradeço seu carinho de sempre e saíba que você é uma das grandes amizades que consquistei na blogosfera.
Abraço
Olá a todos!
ResponderEliminarEu nasci e cresci em Forninhos e conheci bem o Outeiro desta imagem (que terá para aí 30 anos) a que mais tarde foi dado o nome de “Rua do Outeiro”.
A gente do Outeiro, como digo no intróito deste post, era uma gente muito sociável e ainda é. Até 1990, posso dizer, que socialmente cresci no Outeiro com esta gente. E por conhecer bem esta gente arrisco dizer que a pessoa com o menino (talvez o Ricardo) ao colo é antes o marido da Zita (o Tó) e quem está a dialogar, pelos gestos, o meu palpite vai para o meu primo Víctor. A criança que está em cima do muro, a brincar com o carro-de-mão, aponto para o Miguel. A mulher de preto, não faço ideia de quem seja. O homem à sua frente (?) será o tio Zé Cardoso? Sem qualquer dúvida, bem mais nova, a minha tia Augusta. A Sr.ª de azul não me parece a tia Júlia, mas antes a tia Ilda. A criança que fala para a tia Augusta…quem será? De preto, sem dúvida, a minha avó Coelha.
Foi esta gente, e não só, que deu vida ao Outeiro. Bons tempos, digo eu! Embora também houvesse discussões, a amizade era mais visível, havia mais união, mais confiança, mas os tempos mudaram, ganhou-se na fartura e perdeu-se em amizade, e a amizade da geração de hoje, essa sim vai ser mais sentida porque cada vez são menos os jovens em Forninhos.
Um abraço de amizade forninhense a todos
O sentimento que uma simples foto pode despertar em nós!
ResponderEliminarA realidade é mesmo esta, só mesmo estas fotos para nos levar ao passado, as ruas são as mesmas, mas melhoradas, as casas, algumas são ainda as mesmas, mas melhoradas também, outras se construíram e a vida das pessoas alterou-se, para melhor dizem os mais velhos, para pior dizem os novos, estes, porque não viveram o passado.
Mas as casinhas lá continuam a ver o progresso avançar, e só não foram abaixo, porque o seu espaço físico já não serve aos novos tempos.
As pessoas também já estão a mudar nos seus comportamentos, as crianças já não brincam nestas ruas como brincavam outrora, embora, ainda haja crianças, estas, para alem da bicicleta, só brincam nos recreios das escolas, e é uma pena porque, embora, estas ruas tenham melhorado, continuam a proporcionar um ambiente sossegado, sem barulho, sem ar poluído e sem transito, onde as crianças podem correr livremente e dar largas á sua imaginação.
Boa noite, caros amigos de Forninhos.
ResponderEliminarUma vez mais e voltando ao comentário desta foto, julgo e que entendam que passados perto de trinta anos, não me recorde de todas as pessoas que se encontravam naquele lugar/hora, mas uma breve reflexão, pertime discordar com a nossa colaboradora aluap:
- a pessoa ao fundo que se vislumbra nada me parece ser um homem, mas sim uma Senhora ( a zita com o filho ao colo?, qual a sua idade agora?)
- O Vítor cavaca, será? não seria muito novo?
Agora as três perssonagens mais visiveis, bem! essas não deixam dúvidas a ninguém.
- Caro Ed. Santos, como bem disse e aí não restam duvidas, as casas são as mesmas, melhoradas, as pessoas essas envelhecem, mas as que hoje temos continuam a ser as mesmas, simples e cativantes com sempre foram, e eu que o daga! O ar puro... graças a DEUS esse ainda ali existe.
Não sei não…não me parece nada a Zita, acho que a pessoa que está com o menino ao colo é um homem. Um belo exercício de memória, quem são os protagonistas? Não é fácil, principalmente aos que não se lhe vê a cara.
ResponderEliminarEsta foto pode ter mesmo 30 anos,se o menino de colo fôr mesmo o filho da Zita, o Ricardo, se não me engano tem 29 anos.
oi Paula
ResponderEliminarPois é...como as coisas estão mudando nao é?
Por aqui tambem é assim, os jovens se vão para estudar, trabalhar procuram cidades grandes onde terão mais oportunidades.
As pessoas já estão se trancando dentro de casa, dentro de si mesmas, não se tem mais aquelas conversas gostosas ao cair da tarde, enquanto as crianças brincavam na rua.
Portas e janelas se fecham com medo da violencia que já está atacando nossas aldeias...
é triste, muito triste...
bjs
Tina (MEU CANTINHO NA ROÇA)
É verdade Tina, quando fazemos uma viagem no tempo é que reparamos como tanta coisa mudou. A vida por “estas paragens” não era fácil, a nossa gente viveu tempos difíceis, mas ao mesmo tempo prósperos.
ResponderEliminarEmbora não existam manuscritos, para mim é sempre muito interessante a ginástica história que faço ao observar uma fotografia antiga e que me permite apresentar factos que marcaram a vida da minha aldeia ao longo das últimas décadas, como é o caso desta “memória”.
No dia 25 de Abril comemoramos 37 anos de Abril, mas também comemoramos 35 anos de Poder Local e as mudanças que aconteceram em Forninhos, de uma forma ou de outra, são devidas a estes acontecimentos. Foram os autarcas que ao longo dos anos contribuíram de forma decisiva para modificar “o rosto” da nossa freguesia, contribuindo para resolver carências básicas da população, como o abastecimento de água, rede de esgotos, electrificações domiciliárias e públicas, melhorias dos arruamentos das povoações e outras. E tudo isto em boa hora aconteceu.
Agora se a falta de união, de confiança, de partilha, de amizade de que tanto se fala aconteceu devido às eleições autárquicas pós-25 de Abril, se hoje prevalece o interesse partidário sobre o interesse público, é triste…muito triste, porque o normal era essa mudança ter acontecido devido ao facto de hoje cada um ter o seu emprego; outros porque tiveram de sair de Forninhos para estudar ou à procura de melhor e, por isso, a nossa terra foi perdendo gente e com isso perdeu-se os bailaricos, os jogos de futebol aos Domingos entre aldeias vizinhas, etc, etc…
A juventude dos bons anos 50, 60, 70, 80 deu vida a Forninhos. Mas Forninhos mudou e as pessoas também mudaram e mesmo que estas gerações se encontrem (todos) já nada é igual, porque todos mudamos.
Esta foto jà tem uns aninhos bons,onde està a oliveira havia ali um monte de areia,que era onde eu,meu irmão,primo miguel e agostinho coelho dàvamos alguns concertos,com umas latas velhas e là estavamos nos a fazer barulho,mas a pessoa que para mim marcou a rua do outeiro foi o meu tio Antonio CARAU DEUS o tenha em descanso,pois ele andava sempre por ali,dava a voltinha dele por cima,pela casa da familia LOPES, paragem obrigatoria para se beber um copo,com o tio DOMINGOS sempre presente, homem de quem eu tenho imensas saudades tambem,era uma rua com monvimento,desde demanha até altas horas da noite,hoje é totalmente diferente,menos gente e tambem não saiem como nesse tempo ficam mais por casa,é em agosto que que eu me apercebo disso,se calhar é para aqueles que vão nessa altura tenham mais espaço,LOL,bom fim de semana!!!
ResponderEliminarSaudemos o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador.
ResponderEliminarUma Papoila crescia, crescia
Grito vermelho num campo qualquer
como ela, somos livres
Somos livres de crescer
O tio António Carau cantava muitas vezes isto, e no fim dizia sempre "SOMOS LIVRES, SOMOS LIVRES".
Peço desculpa ao serip, por utilizar esta “memória”, para trazer à colação outras recordações que marcam a minha infância…mas esta Rua faz-me recordar esses tempos e gente que ousava dizer as coisas como eram, gente que nos transmitiu valores e nos fez crer em sentimentos verdadeiros.
Hoje também é Dia da mãe, só para Elas um beijinho.
Também havia a tradição em Forninhos de, neste dia, se comerem castanhas, para o "burro não nos enganar" (a minha avó Coelha oferecia-me sempre uma). Se as tiverem não se esqueçam.
Muito boa tarde a todos.
ResponderEliminarÉ verdade, amigo serip. As gentes de forninhos continuam a ser simples e cativantes, hospitaleiras, amigas de conviver e sobretudo, eximias na arte de receber, isso não contesto e tenho vindo a salientar ao longo do tempo que aqui escrevo.
A minha “demanda” é e será, a chamada de atenção dos mais jovens, e dos jovens pais, para que transmitam estes valores aos seus filhos.
Sabemos que, em todo o lado há um pouco de tudo, e forninhos não foge á regra, mas, no seu geral estas gentes cativaram-me, e pelo que vejo, a si também assim como cativam todos os que nos visitam, e ainda bem que assim é.
Um abraço amigo a todos os guineenses e par aqueles que gostam de nós.
Boa noite senhores/as de Forninhos.
ResponderEliminarUma vez mais aqui estou, para um breve e simples comentário.
- Será que mais ninguém se lembra desta RUA?
- Por ela passavam inumeras pessoas, nas sua deslocações para as suas propriedades, era passagem obrigatória, pelo que me lembro, toda a gente passava por ali; nas deslocações para os OLIVAIS, ANDOROAS, VALONGO, étc, étc.
- Outra!
- Caro, David, como o Senhor disse e muito bem, nesta RUA faziam-se grandes concertos "musicais", mas como é mais novo, não se recorda dos concertos que os amigos desta davam, até durante a noite. Que alegria se vivia naquele tempo.
Alguns é que não estávam para brincadeiras, pois, após um longo dia de trabalho árduo, lá estavam estes ricos môços, a perturbar o bem merecido descanço.
Alguns destes " ", sabém a quém me reporto.
É muito interessante a interrogação do comentarista acima.
ResponderEliminarA Rua do Outeiro, como é perceptível, nos dias que correm apresenta um figurino diferente daquele que aqui vemos. Mas os mais “antigos” ainda deverão recordar esta Rua sem uma boa parte dos elementos da foto.
Poderá ser que surjam outros contributos para enriquecimento da história de um lugar pertença da agradável e acolhedora aldeia de Forninhos, além de recordar gentes do passado, que continuam a marcar o nosso presente.
Boa noite a todos.
ResponderEliminarCara colaboradora aluap, após várias observações desta simples foto, e voltando ao passado nelas presentes, assim como após ter visualizado uma outra foto em casa da minha irmã Ana Maria, cheguei á conclusão, sem dúvidas que a pequenita que se vê junto à tia Augusta Cavaca e à tia Maria Coelha, é a minha sobrinha Ilda.
serip se é a tua sobrinha, esta foto data mais ou menos de 1982/1983. Acho que a Ilda é da idade do meu irmão David, teria nesta foto uns 7/8 anitos por aí. Ainda bem que a Ana Maria guardou outra foto.
ResponderEliminarAinda faltava esta: esta rua, como dizes, era de passagem para outros sítios, como era para o tanque colectivo do Outeiro, com tanques individuais, onde as nossas gentes, principalmente as do Outeiro, lavavam a roupa, hoje quase sem utilidade.
Saudações com amizade.