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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O que devíamos preservar

Porque este Blog é um acérrimo defensor das tradições, há que despertar consciências (antes que seja tarde demais) para a necessidade de preservar a nossa identidade. A nossa aldeia é para muitos de nós um ponto de referência, um elemento crucial de identificação, tanto para os que lá nasceram e de lá partiram, como para os que, não tendo nascido lá, traçam a sua genealogia a partir de quem lá nasceu, viveu e morreu. Mas isso só é possível porque a aldeia tem uma identidade própria, uma história, um passado com memória, mitos, lendas, festas e romarias, usos e costumes e um sem número de pequenas especificidades, que lhe emprestam um carácter e encanto únicos.

A fotografia que aqui Vos apresento, respeita a uma das ruas mais antigas da nossa aldeia: a Rua do Lugar, cuja calçada, na minha opinião, deveria ter sido preservada.

11 comentários:

  1. Olá !
    Descobri este blogue por acaso e é de louvar a iniciativa em dar a conhecer a cultura e a realidade das aldeias portuguesas.
    São as pessoas e os seus laços à terra que fazem uma comunidade e muitas vezes são a perda desses laços que levam ao despovoamento das nossas aldeias.

    Um abraço, Susana

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  2. Olá a todos.

    A nova geração, na ânsia de querer fazer melhor, de “modernizar,” leva-a por vezes a esquecer as suas origens. Isto é grave quando se trata de pessoas que têm o poder de decisão, como são os políticos, quando ocupam os lugares nas autarquias.
    Em muitas aldeias do interior, assim como em Forninhos, fizeram-se muitas asneiras, não me refiro ás calçadas, estas, em algumas ruas foram substituídas por cubos de granito, muito bem, embora em alguns troços fosse possível manter o original, já o mesmo não digo do alcatrão, este deve ser aplicado nas estradas, não nas calçadas.
    É possível, e assim deveria ser, harmonizar o passado com o presente, o antigo com o moderno, a aldeia tem muito espaço para se expandir onde se pode aplicar as novas ideias, mas por amor de deus, não apaguem o passado, único testemunho ainda presente que pode sobreviver, se houver sensibilidade e bom senso para tal.
    Sabemos que não é fácil corrigir erros do passado, mas por favor, não cometam mais.

    Um abraço a todos

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  3. Boa Tarde a todos:

    Eu defendo que há que dotar a freguesia de infra-estruturas básicas e outras, mas se queremos a nossa aldeia valorizada, há que considerar o peso da tradição. Por exemplo, em locais onde o estilo tradicional tem preponderância, deveriam ser impostos entraves rigorosos à introdução de modas, muitas vezes importadas de outros locais. Na nossa aldeia os erros do passados têm sido alguns, o que tem descaracterizado a zona “histórica” da aldeia, tal é a “salganhada” de estilos…os quais nem vou aqui referir, porque todos já os conhecemos.

    Diz-se que a aldeia de Forninhos terá começado com as casas antigas do Lugar ou com as da Lameira (Quelha da Chica). Ora, tanto o Lugar, como a Lameira, são sítios que deveriam ser preservados, quer pelo seu estilo tradicional, quer pela identidade sedimentada de forma natural ao longo de gerações e os nossos autarcas não deveriam deixar-se atrair pela modernidade e antes de pensar em modificálos ou requalificá-los, deveriam antes pensar em conservar esses poucos lugares que hoje ainda estão mais ou menos intactos.

    Que mais tarde não se argumente que as tradições se perdem e que as gerações vindouras não beneficiarão de qualquer legado cultural.

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  4. Acho que todos temos consciência que hoje em dia os tempos são outros, mas se continuarem a cometer os mesmos erros do passado vamos acabar por perder a nossa identidade e as novas gerações não vão ter noção do que fomos e do que somos.

    Cumprimentos

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  5. Se queremos ir a tempo de “salvar a aldeia da nossa vida” não podemos esquecer as nossas raízes e as nossas tradições. Nem tudo na nossa terra é maravilhoso, mas é importante alertar para que sejam corrigidos erros do passado e não se cometam outros “pecados”.

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  6. Muitos de nós escolhemos outros lugares para viver e melhorar o nosso nível de vida, muitos somos descendentes de forninhenses, mas há já os nascidos noutras paragens e no entanto vêem a Forninhos passar férias e até voltam quando se reformam, porque será sempre a terra natal dos pais, dos avós ou até dos bisavós.

    Forninhos é uma aldeia com uma identidade própria, com passado, usos e costumes e um sem número de pequenas especificidades, que lhe dão todo um encanto, uma aldeia onde ainda se vão ouvindo palavras de saudação como “Deus te ajude”, “Vai com Deus” ou um simples “Bom Dia”, mas se continuarem a descaracterizar a aldeia, daqui a uns anos esses laços vão desaparecendo e seremos um povo de gente desenraizada, sem laços e sem valores.

    Eu lembro-me que a Fonte do Lugar era um ponto onde se juntavam as pessoas para conversar, hoje é um lugar que perdeu toda a sua importância, porque alteraram completamente o local, deslocando a fonte, cortando antigas oliveiras, etc. Todos queremos melhor qualidade de vida, mas isso não significa esquecer a nossa identidade colectiva, o nosso passado, as nossas origens. O sítio do Lugar foi requalificado, a meu ver, para pior. Poderiam ter feito ali um VERDADEIRO jardim, aproveitando-se as oliveiras existentes, que além de embelezarem o local, proporcionavam sombra, assim, é um “jardim” completamente desprovido de condições para se usufruir do lugar - é só um exemplo!

    Fala-se em requalificação da Lameira, espero que não descaracterizem o sítio, porque se há lugar que podia constar do meu BI é a Lameira e se algo parecido se fizer, espero que quem nasceu na Lameira se manifeste e não deixe que se descaracterize a nossa Lameira.

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  7. Acho que houve falta de bom senso para algumas alterações que se fizeram na nossa aldeia.As oliveiras que cortaram no lugar davam harmonia ao espaço e é como as oliveiras da lameira se por exemplo as cortassem acho que ficava um grande vazio.

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  8. Também sou da opinião que as oliveiras que cortaram enquadrar-se-iam perfeitamente e davam harmonia ao espaço. E mais…humanizavam o espaço e anulavam o vazio. Mas lamentavelmente assim o quiseram e agora têm lá uma monstruosidade nunca vista (Paragem).

    Quanto às oliveiras da Lameira também já houve quem as quisesse cortar, pelo menos, a que pertence ao meu pai, que é a que tem um poste de electricidade encostado. Na altura que ali colocaram o poste queriam mesmo cortá-la, porque diziam que se não a cortassem acaba por secar em 3 tempos!!! E foi o meu pai e o Sr. Virgílio que o impediram, dizendo que se secasse secava, agora cortá-la: Não!

    As oliveiras da Lameira ali continuam, fazem parte da nossa aldeia e ficam ali muito bem!

    O título deste Post é "O que devíamos preservar"

    R:As Oliveiras da Lameira devem ser preservadas!

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  9. Devemos preservar:
    -A cultura dos povos
    -Os amigos são tambem um tesouro que devemos preservar pois são fundamentais na nossa vida
    -Mas é importante e imprescendível preservar a natureza e o planeta.

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  10. Por exemplo,a oliveirinha também faz parte da nossa aldeia e se um dia desaparecer acho que vai ficar um grande vazio.

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  11. Para além da preservação dos “elementos vegetais”, que são sempre de salutar, embora nem sempre a sua localização respeite o enquadramento tradicional dos monumentos, perturbando a médio e longo prazo a sua visibilidade e desviando o olhar do essencial de um património ancestral, como é o caso da árvore que esconde a nossa Igreja (assunto já aqui postado), um outro elemento que deveria ser preservado/guardado é a música e cantigas que muitas vezes serviam de bálsamo para quem trabalhava no campo e que foram transmitidas oralmente de geração em geração.

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