Natal
Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento profundo,
Estou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Visto de trás da vidraça
Do lar que nunca terei.
(Cancioneiro do Natal Português)
Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento profundo,
Estou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Visto de trás da vidraça
Do lar que nunca terei.
(Cancioneiro do Natal Português)
Parabéns pela escolha deste poema em época natalícia!
ResponderEliminarUm Santo e Feliz Natal!
HIST'ORIA ANTIGA
ResponderEliminar(Miguel Toga)
Era uma vez, la na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura nao havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
So por ter o poder de quem e rei
Por nao ter coraçao,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos,
Nas cidades e aldeias da naçao.
Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas maos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
So porque ele nao gostava de crianças.
Fernando Pessoa transmite neste poema um “aparente” tom popular, daí a minha escolha. Mas fazendo uma análise mais cuidada também encontramos nele solidão, talvez um pouco “pesada” por ser Natal, onde a família é central.
ResponderEliminarGostei muito de ler a História Antiga, além de ser muito bonita, faz-me lembrar a minha infância. Obrigada Xico por mais este miminho.
CARTA AO PAI NATAL
ResponderEliminarOla Pai Natal
A primeira vez que escrevo para ti
Venho de Lisboa e o pessoal chama-me jose
Desculpa o atrevimento mas tenho alguns pedidos
Espero que nao fiquem nalgumas prateleiras esquecidos
Como nunca te pedi nada
Peço tudo de uma vez e fica a conversa despachada
talvez aches os pedidos meio extravagantes
Queria que pusesses juizo na cabeça destes governantes
Tira-lhes as armas e a vontade da guerra
Senao acabamos a pedir-te uma nova terra
Ao sem-abrigo indigente, da-lhe uma vida decente
E arranja-lhe trabalho em vez de mais uma sopa quente
E ao pobre coitado e ao desempregado
Arranja-lhe um emprego em que ele nao se sinta explorado
E ao soldado, manda-o de volta para junto da mulher
Acredita que e isso que ele quer
Vai ver Africa de perto, nao vejas pelos jornais
Da de comer as crianças, ergue escolas e hospitais
Cura as doenças e distribui vacinas
Da carrinhos aos meninos e bonecas as meninas
E da-lhes paz e alegria
Ao idoso sozinho em casa, arranja-lhe boa companhia
Ja sei que so ofereces aos meninos bem comportados
Mas alguns portam-se mal e das condominios fechados
Jactos privados, carros topo de gama importados
Grandes ordenados, apagas pecados a culpados
Desculpa o pouco entusiasmo, nao me leves a mal
Nao percebo como foi que isto se tornou um feriado comercial
Parece ser desculpa para um ano de costas voltadas
E a unica coisa que interessa, saber se as prendas estao compradas
E quando passa o Natal, das a sola?
Ha quem diga que tu nao existe, inventou-te a Coca-Cola
Nao te preocupes que eu nao digo a ninguem
Se es Pai Natal e porque es pai de alguem
Para mim Natal, e a qualquer hora, basta querer
Gosto de dar e nao preciso de pretextos para oferecer
E ja agora, para acabar, sem querer abusar
Da-nos Paz e Amor e nem e preciso embrulhar
Muita Felicidade, saude acima de tudo
Se puderes da-nos boas notas com pouco estudo
Desculpa o incomodo e continua com as tuas prendas
Feliz Natal para ti e ja agora, baixa as rendas.
Chove. É dia de Natal.
ResponderEliminarLá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa
ESTA NOITE...Meu Poema
ResponderEliminarEsta noite não dormi...
Passei a noite acordada,
E pensei no dia de Natal
Uns com tanto,
Outros sem nada!
Fiquei triste, desolada...
Senti um frio intenso,
Pois para uns é Natal,
Para outros não é nada
E é nesses que eu penso!
Ainda sem dormir...
Nas crianças eu pensei,
Aquelas pobres crianças
Não me saem da lembrança,
Que amargura estou a sentir!
Nos idosos e velhinhos...
Nestes também pensei,
Pra estes o Natal
É mais um dia igual,
Com pouca comida e trapinhos!
Pedi ao Menino Jesus
Que lhes pussesse no sapatinho,
Comida, amor e carinho...
Que o Natal deste ano,
Seja repleto de Paz e Luz
Como o desjo para mim!
Boa tarde.
ResponderEliminarHavera alguma alma caridosa que me consiga desvendar o misterio do Cepo de Natal apagado nesta quadra?
Estive em Forninhos e nao vi a ASAE em lugar nenhum!
Estranho...
Cheg'ó Natal
ResponderEliminarque bom que é
correr contente
à chaminé.
E encontrar
no sapatinho
uma boneca
ou um carrinho.
Natal é festa
de Paz e Luz;
tocam os sinos
nasceu Jesus
Diogo