O Seringador é na sua essência um almanaque semelhante ao Borda D' Água. Se calhar só os mais velhos se lembram deste Almanaque com dicas à moda antiga para os agricultores. Mas, na altura não havia agricultor ou cidadão que não tivesse em casa O Seringador. Era por ele que se sabia quando plantar e quando colher, as fases da lua, o nome do santo de cada dia, conselhos sobre saúde, o nome de flores, plantas e de todos os legumes e cereais, podas das árvores, etc, etc.
Hoje o Borda D´Água é o mais conhecido, mas o Seringador era o mais vendido no Centro e Norte de Portugal e era o almanaque mais usado pelos nossos antepassados.
embora o almanaque mais popular e mais conhecido seja o borda d´água há pelo menos um outro para além do seringador que é o almanaque bertrand que é menos rústico e é mais burguês.
ResponderEliminaré giro lembrar as coisas que perduram e estes almanaques ainda são das poucas coisas que inexplicavelmente sobrevivem num mundo como o nosso.
Boa tarde a todos, belo tema, Paula!
ResponderEliminarO ALMANAQUE, deriva da palavra arabe "al-manakh". Geralmente publicaçao anual, reune calendario com datas das principais efemerides astronomicas como os solsticios e fases lunares, feiras, festas, romarias, dias santos, tempo de sementeiras, colheitas, etc... Uma verdadeira enciclopedia popular, quiça, a herança do passado, versus, presente e futuro.
Todos os anos compro o Borda D'Agua, pois tem para mim alem de recordaçoes, utilidade no presente, mais nao seja para algumas pequenas coisas que vou plantando no Alentejo e curiosidade, esta sempre actualizado; parece transcender os tempos...
Segundo compilaçao que efectuei, o 1º Almanaque editado em Portugal, data de 1496 (Almanach Perpetuum de Abraao Zacuto, impresso em Leiria).
Todo ele girava em torno do curso do Sol, estudado atraves de tabuas logaritmas e instrumentos de mediçao astronomica, no seu comportamento diario e a influencia que isso exercia no dia-a-dia do comportamento humano e s/orientaçao.
No comentario da Susana, ela refere o Almanaque Bertrand, que de facto surgiu em Portugal em 1899, muito popular, mas que segundo apurei foi publicado ate 1969.
Um abraço a todos.
Eu não tinha conhecimento desse almanaque burguês que a Susana refere. Realmente a partilha tem muitos efeitos positivos!
ResponderEliminarE numa altura em que cada vez mais se fala na produção agrícola baseada nos conhecimentos tradicionais da agricultura: a chamada agricultura biológica, que promove a melhoria da saúde do ecossistema agrícola, através do uso de métodos, digamos, ancestrais, com a suspensão do uso de produtos químicos, adubos, sendo para tal feita uma reciclagem dos resíduos animais e vegetais, tal como era feito antigamente, muitos são os que recorrem a este tipo de almanaques, utilizando por exemplo o calendário de sementeiras anual, do Borda D´Água.
O Seringador acho que é mais difícil de encontrar, embora conste que antigamente era vendido nas aldeias do Norte e Centro de Portugal, por comerciantes da terra, mas eu não costumo vê-lo vender, ao contrário do Borda D´Água que até é vendido nas Ruas por romenos.
o bertrand já não é comercializado mas ainda pode ser encontrado em bibliotecas,em livrarias alfarrabistas ou em feiras como a feira da ladra.
ResponderEliminarpois eu quando vou a Forninhos, ainda deito um olhar ao que está escrito no SERINGADOR tem para nos dizer, é que muitas coisas a nivel de agricultura que desconheço é lá que tiro alguma duvida, mas nem só de agricultura se fala neste tipo de revista, tem de tudo um pouco, o SERINGADOR e o BORDA D`AGUA são concorrentes uma da outra, só que o seringador é mais regional e o Borda d`agua é mais nacional.
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