Em Forninhos desde sempre se brincou ao Carnaval e cada um manifestava-se da forma que entendia, se alguns tinham um espírito mais inventivo, mais à vontade, "fabricando" máscaras, caricaturando figuras e criando situações hilariantes, outros havia que apenas se preocupavam em não deixar passar a quadra, bastava-lhes vestir uns trapos velhos e um farrapo ou pano de renda para tapar a cara. Era até o que acontecia com a maioria das pessoas e era assim o nosso entrudo genuíno, bruto, chocalheiro, trogalheiro...
As mulheres essas, vestiam-se de forma diferente...mais fina, primavam por mostrar os seus fatos religiosamente guardados para esta quadra e aprimoravam o seu visual para se movimentarem na quadra carnavalesca.
E digam lá, se não se nota nelas o orgulho de mostrar o "feito por nós"?
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Quem quiser conhecer mais o nosso entrudo/carnaval peço-lhe que clique neste link:http://onovoblogdosforninhenses.blogspot.pt/2014/02/carnaval-em-forninhos.html
Cortesia da D. Maria José Saraiva.
Como mudam as comemorações, brincadeiras e até o Carnaval... Vale rever...beijos, chica
ResponderEliminarMuitas, actualmente, desapareceram...
EliminarBjs, cont. boa semana.
O Carnaval português. De antigamente. Aquele que o meu pai adorava e para o qual fazia todos os anos as máscaras, mais incríveis. Que me lemnre só me vesti de carnaval um ano em que o meus pai decidiu que todos se iam vestir nesse ano. Todos menos a mãe que não suportava o carnaval.
ResponderEliminarCreio que já mostrei no Sexta essa foto, num dos posts do Manuel da Lenha.
Um abraço e bom domingo
Interessante verificar que os pais acabavam por se envolver de tal modo que os próprios filhos eram iniciados muito cedo nas festividades carnavalescas.
EliminarA colaboração era de todos!
Do Carnaval deste tempo o que mais gostava, além da fantasia/trajo e pinturas, era das pistolas/bisnagas, dos papelinhos e das serpentinas e dos estalinhos de várias cores.
Um abraço.
Aqui na aldeia era o mesmo género!
ResponderEliminarÉ uma data que nada me diz!!!
A foto é linda!!!bj
Uma beleza!
EliminarPelo menos nesta data o mulherio aprimorava o seu visual, e esquecia as agruras do dia a dia...
Bjo.
Eram na altura poucas as mulheres que deste modo vestidas, celebravam o Carnaval, sendo certo que aconteceu tal como a foto com mais de cinquenta anos demonstra.
ResponderEliminarMas e sem dúvida para a época, a nossa aldeia já tinha uma enorme diversidade no modo de se mascararem no Entrudo.
Falo por mim.
Já e pouco depois do Natal, ia guardando a melhor fuligem da chaminé, a mais preta e duradoura que agarrasse bem na cara e aguentasse bem aquele dia. Era um frenesim o olhar ao espelho dependurado junto da varanda da sala a ver se o rosto tomava a cor negra que nos parecia piratas. A seguir e em alternativa, a famosa meia de vidro que algum de nós havia apanhado à sucapa e enfiávamos pela cara abaixo. Se calhar vinham das senhoras finas, pois o normal seriam algumas meias de estopa tipo coturnos ou de lã...sei lá!
As gentes lá se iam acomodando para as surpresas no Largo da Lameira, sítio de tradição para o evento, não fosse no dia a seguir ser o enterro do Entrudo.
Nós, a garotada, eramos logo conhecidos, cumpríamos a tradição de alegres mas ml mascarados e tal como nós e sabendo quem eram, esses sim metiam medo, apesar de o povo vir ao Largo, sabendo o que os esperava...muitos fugiam de pavor.
A carranca do tio Zé Carau e embora conhecida, impunha medos, tal como o modo selvagem como eram atiradas pazadas de terra sobre a multidão e as faziam fugir juntamente com as caixas de alacraus que o tio Luis trazia.
Depois tudo serenava, olhando para desvendar que este ou esta seria e ao toque da concertina era noite até quase ser dia.
Dançava o pobre com a fidalga, pelo menos no vestir
O povo ia para casa
Contente e todo a rir!
A foto remonta à década de 1950 e não restam dúvidas sobre a sua veracidade!
EliminarCom as mudanças no modo de viver é que tudo se foi alterando...a espontaneidade das pessoas e os folguedos...são "fantasmas" dum tempo que não voltará a Forninhos, a não ser que seja numa atitude exibicionista (não espontânea) ou então numa atitude turística, mas tal não se vislumbra no horizonte!
A fotografia está fantástica e mostra bem o saudável espírito carnavalesco destas terras de interior.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Bons tempos...nem melhores nem piores, simplesmente...diferentes!
EliminarAbr/cont. boa semana.
Bonitas vestes e como as comemorações mudaram, Paula!
ResponderEliminarAgradeço o carinho de sempre por lá...
E, não é que Fevereiro/Carnaval está chegando outra vez!
Bjs e ótima semana.
É verdade!
EliminarEsta vida são dois dias e o Carnaval são três!
Beijinhos.
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarPor mais modestas que fossem as vestes o Carnaval de outros tempos tinha outro "sabor", outras cores, outros cheiros. Saudades...
Um beijinho e boa semana.
Ailime
Era o sabor do genuíno, Ailime!
EliminarBeijinho.
Boa semana tb.
Olá, festejar o Carnaval de um modo cultural de cada região é mais atractivo do que o das imitações, sou apreciador que se mantenham as raízes culturais.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Também eu!
EliminarO Carnaval português perdeu a originalidade, não tem raízes, porque presentemente nao há o orgulho de mostrar o "feito por nós". Preferem imitar o brasileiro!!
Entre nós já poucas são as terras que mantêm a festividade com reminiscências no espírito do velho Entrudo.
Bom domingo!
Boa noite , Paula
ResponderEliminarO Carnaval de hoje é comercial , cartaz turistico , exibição
e critica politica .
Os tempos passados deixam saudades.
Comi uma malassada com mel na minha cidade e chorei de
saudade.
Boa semana
Abr
MG
Por falar em malassadas...
EliminarTirando a tradição das iguarias do Entrudo à mesa, Forninhos já não tem nenhuma tradição de Entrudo ou Carnaval; e outras terras, idem.
Boa estadia pelo Funchal e um bom "santo entrudo".
A Cidade está no mesmo lugar...
EliminarOs cheiros , as ruas , as ondas , o mar...
Ali, ali desci e subi , aprendi...
Ali cresi , naveguei e improvisei..
Ali as saudades apertam..
Falta - me uma coisa....
O abraço , o beijo , a panela e o milho...
Falta-me o olhar, o desejo , a lágrima...
Ali , naquele lugar vazio ...
Falta minha Mãe !!
Lugar Bendito ...hoje Maldito...
Ilha perdida...Ilha de sonhos e pesadelos...
Ali falta minha Mãe !!!
Abr
MG
Nunca gostei deste Carnaval importado.
ResponderEliminarDo genuíno, que pouco se vê, gosto.
Beijinhos.
O genuíno, o rural, vê-se se calhar só em Podence, Trás-os Montes!
EliminarCaíram em desuso as nossas tradições ruralistas. Pena, pois :-((
Beijinhos, bom fds.
Carnaval de outros tempos!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda