Olhar para o passado, ajuda-nos a compreender o presente. As fotos aqui publicadas, da Lage da Barroca ou da Eira, como o povo também lhe chama, permite-nos um pequeno exercício: encontrar as diferenças entre o que aqui estava no passado (um passado não tão distante) e o que cá está actualmente. Apesar das muitas diferenças que encontramos, é curioso verificar que o casario é quase o mesmo. A lage/eira em frente ao casario, que era aberta a toda a população também vai perdurando no tempo.
Só mais dois pormenores antes de terminar: os candeeiros de iluminação pública e a placa toponímica.
Boa dia a todos.
ResponderEliminarMais uma recordação desta terra, mais uma lembrança, do antes e depois.
É sempre agradável viver o passado, ver como as coisas eram; no que diz respeito ao actual, tambem é bom saber que as coisas mudam e para melhor, em quase todos os lugares ,hoje se notam grandes difereças, mas este quase ficou parado no tempo.
Viram as imagens noutro sentido e ali se encontram grandes mudanças.
Um abraço.
Muito boa tarde a todos.
ResponderEliminarEu já referi por várias vezes, que esta aldeia tem excelentes condições para se tornar uma aldeia turística de excelência.
Ainda não perdi a esperança, que o novo executivo autárquico, jovem e com formação, façam alguma coisa nesse sentido.
Todos nós sabemos e conhecemos as dificuldades que surgem quando se quer fazer alguma coisa, mas as dificuldades são para ultrapassar e não para impedir. Sendo assim, continuo a dizer que, estas, como outras casas/casinhas de Forninhos, podem e devem ser recuperadas mantendo a traça original, e incentivar os agentes económicos, sobretudo da construção civil e restauração, para valorizarem o serviço que prestam.
Por outro lado, seria bom que, as próprias autoridades autárquicas tivessem mais cuidado com as obras que vão fazendo, como a que se vê nestas escadas da 3ª foto em que se aplicou o cimento armados, deixando a lage tingida de branco pelo cimento que escorreu, quando devia sim, ser colocado uma pedras de granito seguras com o cimento e lavar bem o remanescente, não custava nada e ficava mais condizente com o meio em que se insere.
As casas em granito destas fotos, não são casas nobres, nem solarengas, antes são casas agrícolas de habitação, como tantas outras que existem na nossa terra. Muitas estão a caminho da ruína porque não há, como nunca houve, uma política de apoio e incentivo à sua recuperação. Costumo dizer que acredito em pessoas, não acredito em projectos, ou seja, todos os projectos são aquilo que as pessoas que os gerem fazem deles.
ResponderEliminarAs escadas que se podem observar na 2.ª foto, na altura, podiam já ter sido feitas em pedra, aproveitando-se alguma da pedra que se vê na 1.ª foto, mas nessa altura, que até havia mais mão-de-obra, pedreiros, creio que não se valorizava a pedra como hoje.
Hoje a construção de uma escadaria em pedra fica muito mais cara, mas o que me parece é que os “Serviços Camarários” apenas fizeram uma intervenção respeitando o que já existia, se não me engano, já existiam umas escaditas naquele local, também em cimento, mas que estavam bastante degradadas, porém, uma coisa é certa, chegado a intervir, foi pena, não as ter substituído por umas em pedra.
Já a edificação do muro de protecção, em pedra, na minha opinião, respeitou a herança histórica do local.
Sim isso e entretanto uma das casas em ruinas!
ResponderEliminarJa viu qual e uma das exigencias da "troica"?:
Extincao de concelhos e freguesias.
Um abraco e amizade.
Paula,
ResponderEliminarEssa parte continua preservada. Não mudou muita coisa. Reparei alguns detalhes. Aquela casinha da esquerda ganhou janela e a do meio parece que perdeu o telhado.
É muito legal guardar fotos. Quantas lembranças elas nos trazem.
Beijos
É verdade, a reorganização administrativa do país é uma das medidas incluídas no pacote negociado entre o Governo português e a troika, e que pressupõe a fusão ou extinção de juntas de freguesia e câmaras municipais. O memorando impõe que, em Julho de 2012, o Governo desenvolva "um plano para reorganizar e reduzir significativamente" o número de câmaras e freguesias, de forma a que as alterações vigorem aquando das próximas eleições autárquicas. Não conseguimos prever o futuro, mas a pequena Freguesia de Forninhos do concelho de Aguiar da Beira, já o disse, inevitavelmente, será extinta. Urge, por isso, elaborar uma “pequena ” monografia ou outra “pequena” obra, enquanto Forninhos ainda é freguesia, compilando tanto quanto possível todos os dados estatísticos acerca de como se povoou e veio à vida a nossa linda e característica aldeia, abordando a origem do nome, as origens da freguesia, ano da sua criação, e outras curiosidades sobre a freguesia, sendo de também de destacar a recolha de alguns versos, cantigas e lendas alusivas à freguesia, bem como fotografias antigas que retratem Forninhos antigo. Como disse Fernando Pessoa: «Cultura não é ler muito, nem saber muito; é conhecer muito. Viver não é necessário. Necessário é criar.»
ResponderEliminarEu quando criei “O Novo Blog dos Forninhenses” comprometi-me procurar fotos antigas de Forninhos e afirmei, ser interessante, conseguirmos (todos) fotos de ruas e paisagens, para ver a evolução e o progresso de Forninhos, hoje sinto, sem falsas modéstias, que cumprimos (todos os que aqui escrevem, informam e cedem fotografias) os objectivos traçados no início e isto compensa alguns momentos de desânimo. Com vontade, empenho, tudo se consegue.
Boa tarde, a todos.
ResponderEliminarComeço por dizer, que esta Grande Aldeia, edificada no meio da serra, Forninhos sempre soalheira, com as suas gentes simpátias e acolhedoras, para mim o berço de Portugal.
Iniciando o Principal, falar deste lugar, com algumas recordações, a paisagem que se encontra na 1ª imagem, dou ulguma razão ao Sr Ed. santos, quando se pronuncia sobre a escadaria em betão ali instalada;
Reparando que á alguns anos foi efectuado um pequeno muro de suporte, em pedra maçissa, "o nosso bem", será que esse orçamento não daria para colocar alguns degraus em pedra?
Só queria acrescentar um pequeno promenor, a casa que se encontra ao centro e sem telhado, segundo informações, será do "Sr.Luizinho"? era o meu Padrinho.
E a particularidade da porta no piso térreo dessa casa que terá sido do Sr. Luísinho? Acho muito bonita a forma da porta, como também é simplesmente lindo este aglomerado de casas de granito onde bate o sol nascente.
ResponderEliminarApesar de hoje os tempos serem outros e ainda bem porque antigamente como todos sabemos estas habitações tinham pouco conforto, nomeadamente não tinham água canalizada, electricidade, casa-de-banho, eu acho a 1.ª imagem encantadora, só faltou mesmo o carro de bois no lugar do reboque, atrelado.
Bom FDS
Bom dia para todos.
ResponderEliminarNormalmente, os fundos destas casas eram utilizados para adega e lojas do gado, esta tem uma porta larga, possivelmente para resguardar o carro de bois.
Estas casas, também marcaram uma época no tempo, são as casas chamadas de altos e baixos típicas da beira alta, e de pessoas com algumas posses, e tão bem simbolizada que esta está, no cimo de uma laje, bloco granítico enorme, onde se secou muito milho e feijão ao longo dos séculos.
Este local podia muito bem ser um dos pontos de referência desta aldeia, não só pelas lindas casas típicas beirãs, como a ponte (embora mais recente), a poça onde as mulheres lavavam a roupa, a fonte de Miguel, as ruínas de um lagar de azeite e a laje/eira onde se secavam os cereais.
É realmente com muita pena, que vejo ainda hoje, delapidarem património legado, em vez de se preservar.
Não tenho nada contra ninguém, mas por amor de deus, quando fizerem alguma coisa, pensem bem antes de o fazerem e qual o efeito na preservação deste património.
Este trabalho não gostei.
Um bom fim de semana para todos.
Este local, bem como a poça da Eira está nas minhas boas memórias de infância. É um local que está cheio de recordações para os menos jovens, mas principalmente para os mais idosos... É um local de história da nossa aldeia.
ResponderEliminarEsta obra foi executada pela Câmara que bem sabemos lhe falta sensibilidade para preservar o que é obra rústica e lamentavelmente a JF de Forninhos tem consentido que sejam esses funcionários a executar na nossa aldeia vários “melhoramentos”, a que eu chamo remendos.
Casas, lage, poça da Eira, fonte do Miguel, o lagar de azeite (que também foi pertença do Sr. Luísinho), tudo preservado, requalificado, podia até ser um local propício a figurar nos planos anuais escolares, onde se planificam as visitas de estudo, efectuadas pelos alunos das escolas. Mas agora como está na moda as Piscinas…
São ideias como esta que podiam ser discutidas, no entanto, é difícil exigir a uma terra onde reina o interesse partidário sobre o interesse público, onde não há orientação, tudo é feito avulsamente, que se tenha um debate sério e preciso, porque se isso fosse norma de certeza que não se cometiam tantas asneiras.
Nas proximidades existe a fonte do Miguel e a poça da Eira, como bem sabem. Há muitos anos esta fonte caiu no esquecimento e atingiu um grau de degradação que a todos envergonhava. Da ponte avistava-se um triste espectáculo, as silvas cobriam a fonte e era um local de amontoar lixo. Quero por isso saudar os autarcas que fizeram os melhoramentos possíveis na zona envolvente e não esqueceram/abandonaram este lugar.
ResponderEliminarOs acessos a este lugar nunca foram fáceis, daí a construção de escadas como as que vemos na 2ª e 3ª fotos, que por não serem em pedra não condizem com o lagedo de granito. Embora esta zona seja muito húmida, pergunto:
E se nas escadas de cimento fizerem outro tipo de estrutura, um gradeamento em madeira tratada, feito do pinheiro bravo de baixa densidade (com diâmetro entre os 5 e os 17 centímetros)?
A poça da eira em algum tempo era um local de lazer. Lembro-me em criança, todas as tardes de verão, lá ía a malta dar ali uns mergulhos, os rapazes até se laçavam da laje para a poça.
ResponderEliminarEsta poça antigamente era periodicamente limpa, a água servia para regar os campos. Quando lá chegavam para abrir á poça a malta ficava triste, mas tinha de ser.
Pela boa localização, no Verão foi um lugar de lazer para muitas crianças e adolescentes e ficaram muitas boas recordações. Tenho muito carinho por este lugar e sempre me pareceu não ser difícil devolver-lhe o brilho e alguma dignidade, por isso, não foi à toa que no ano passado fiz um Post intitulado “Poça da Eira: Lugar Esquecido”.
ResponderEliminarApesar de não constar nas “linhas da acção” da JF a requalificação deste lugar, hoje, é com agrado que reparo que o espaço não foi esquecido.
Faço mais um desafio: recuperem a poça e o caminho de acesso à mesma, para que no verão, os netos, filhos, sobrinhos ou amigos possam brincar neste lugar, que já foi e pode voltar a ser, ideal para o lazer.
As pedras da poça ainda lá estão, pode por isso, a baixo custo, ser recuperada. Água também lá há.
Quanto às escadas, é possível uma melhoria, através de um gradeamento em madeira, não só por uma questão de estética, mas também de segurança, até porque a agilidade das pessoas, essa, já não é o que era.
De resto, só não vê quem não quer, porque mesmo com a lage cheia de restos de erva seca, o que está na 1.ª imagem é de longe mais condizente, logo mais bonito, com o que lá está actualmente.
1.ª foto: Cortesia de Natália Albuquerque Dutra, que também usa o nome Natália Cavaca.
Boa tarde.
ResponderEliminarSeria bom recuperar a poça da eira, pois ali, eu e outros amigos, ainda jovens, muitos mergulhos se deram, na hora do calor, enquanto os mais velhos dorminhavam, para descançar, nós aproveitavamos para um pouco de lazer e refrescar o corpo.
" daria uma boa pscina natural;não?