Seguidores

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cemitério Antigo


Em Forninhos faziam-se os enterramentos como, aliás, em todo o país, dentro e fora da Igreja Paroquial. Eis alguns exemplos do ano de 1696 (ANTT, Paróquia de Forninhos, Mistos, Lv.1, cx 6, fls. 126):

Clique para ler

Mas uma lei liberal de 1834 proibiu os enterramentos dentro das localidades. As razões da aplicação desta lei tinham a ver com epidemias e cheiros da situação dos cemitérios próximo das casas de habitação. Mas esta lei levou cerca de 56 anos para ser aplicada, porque em algumas aldeias se recusavam a enterrar os mortos no “meio do mato". Outros, zelosos da saúde pública, não podiam tolerar os cemitérios ao pé do povo. 
:))) sorrio, porque seriam tantos os cheiros na aldeia, será que achavam estranhos os do cemitérios?  


Bem ou mal acabamos por transferir o cemitério para fora da aldeia nos anos 40 do Séc. XX, no tempo do Sr. Pe. Albano, mas sem que todos os corpos fossem trasladados e no local e volvido todo este tempo, lamentavelmente, não existe qualquer menção ao cemitério antigo!!
O cemitério público foi então criado no local onde hoje se encontra, de acordo com a lei em vigor que proibiu, assim, terminantemente o enterramento nas igrejas, a bem da higiene, exigindo que o cemitério ficasse, pelo menos, a 143 m (200 passos) de distância das habitações mais próximas, tendo de ser um sítio amplo, arejado, se possível, com ventos a soprarem de norte e nordeste. Isto porque o cemitério era considerado como estabelecimento insalubre de primeira ordem (opinião já hoje modificada), mas que ainda hoje tem algum “peso” na escolha da localização e alargamento dos cemitérios públicos, sendo que o Ministério do Ambiente tem de intervir e, a meu ver, ainda bem.

1 comentário:

  1. Eu não tenho qualquer memória, recordação, da construção do actual cemitério público de Forninhos, mas lembro-me contarem que quem o construiu foi o avô do Ismael Lopes, marido da Sr. Emília, Sra. de quem ainda me lembro. Foi esse Sr. o responsável pelo corte de pedra, alvenaria e cantaria, para os muros.

    Quando pronto procedeu-se à bênção solene, executada pelo Pároco da Freguesia.

    Penso que seria interessante para todos os forninhenses saber-se mais sobre esse período de transição do Cemitério Antigo para o Cemitério Novo. Se algum dos nossos seguidores puder acrescentar algo mais sobre este assunto ficarei antecipadamente grata pela colaboração e prestação.

    ResponderEliminar

Não guardes só para ti a tua opinião. Partilha-a com todos.