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sábado, 16 de maio de 2015

Mais uma história de aldeia

Anos 60 do século XX.
Esta é uma história com bastante piada. Foi real, aconteceu mesmo com o ti Zé Carau, um carpinteiro de Forninhos, morador no Outeiro - Forninhos (não digo senhor porque a palavra "senhor" só era usada para referir os proprietários de terras/terrenos de alguma dimensão; os outros eram todos "tio" ou "ti", não sei se me faço entender...).

tia Arminda, ti Zé Carau, ti António Carau, tia Aida e tio Domingos

Pois bem, no mês de Agosto de 1964 a esposa do ti Zé Carau faleceu e por tristeza ou porque pingado (gostava muito da pinga), numa bela e quente noite de Agosto foi para o cemitério e deitou-se numa cova que o coveiro tinha feito para no dia a seguir enterrar um defunto recentemente falecido. Adormeceu; quando acordou ao ver-se deitado no cemitério começou a gritar: "tirem-me daqui...quem m' acode...tirem-me daqui..."; "Ó almas salvai-me...".
O Henrique Freitas, da Quinta da Ponte, aldeia vizinha de Forninhos, que era um dos mais ramboieiros da circunvizinhança, não se preocupava em regressar a casa, com a sua bicicleta, às tantas da noite, de madrugada ou mesmo ao outro dia, ao passar em frente ao cemitério de Forninhos, já altas horas da noite, ouviu os gritos vindos de dentro do cemitério, que ele pensou serem de almas do outro mundo. Apanhou um susto tão grande, que a biclicleta deixou de correr para voar e só aterrou à porta dos seus pais na Quinta da Ponte, sem fôlego e sem fala por alguns momentos.
Só mais tarde quando passou em frente ao cemitério um homem de Forninhos é que reconheceu a voz do ti Zé Carau e lá o tirou da cova.
Conta-se que o Henrique Freitas só voltou a passar em frente do cemitério muito mais tarde, depois de vir a saber que os gritos que ele tinha julgado virem das almas do outro mundo, tinham sido dado pelo Zé Carau de Forninhos.
O episódio fez notícia em todo o país e mais de 45 anos depois o Sr. José da Costa Cardoso da Quinta da Ponte registou no seu livro a história do Henrique Freitas.
Haverá alguma explicação para que esta história perdure no tempo?
Há pelo menos uma...a originalidade.

35 comentários:

  1. Antigamente nas aldeias, passavam-se histórias muito engraçadas. Quando era miúda, aos serões ouvia meus pais falarem de algumas, mas infelizmente não as sei direito. Apenas uma que se passou com um tio, irmão de minha mãe, e que de tantas vezes repetida, me ficou na memória e já contei no Sexta.
    Um abraço e bom fim de semana

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    1. Todas as nossas aldeias têm histórias destas escondidas, Elvira. Pô-las cá fora é dever de cada um de nós.
      Obrigada pelo seu comentário e um abraço.

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  2. Muito legal e na certa, ficou pra história algo assim! Gostei de ler! abração,chica

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    1. No lugar dos comentários já a tínhamos contado 'por alto' há tempos, mas achava que devíamos publicá-la num artigo, pois no sítio dos comentários podia não ser vista por todos os visitantes.
      Abr/bom fs.

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  3. Boa noite Paula,
    Fiquei a sorrir, porque em relação aos tios ou (ti) e senhores era exatamente assim! Bem pequenina, interrogava-me sobre tais diferenças que só mais tarde entendi;))! Portugal de então!
    Eram situações semelhantes a essa vivida pelo Ti Zé Carau que davam lugar às inúmeras histórias de almas do outro mundo contadas principalmente nos degraus da porta de entrada, nas longas e quentes noites de verão. O meu pai tinha uma muito engraçada (ele não achou) e que volta e meia contava. A minha mãe troçava. Já há tempos que não falamos disto.
    Ainda novo chegado ao meio da noite à estação do Caminho-de-Ferro, para gozar a folga semanal, tinha que fazer três quilómetros a pé até à aldeia. Um dia ao passar num determinado lugar pareceu-lhe ver uma sombra gigante que não o deixou! Devia ser noite de lua cheia, pois como poderia a própria sombra persegui-lo? Ele jurava que era uma alma do outro mundo! Enfim!
    A história do Ti Zé Carau é na verdade bem original! Que medo;))!
    Beijinhos e bom fim-de-semana.
    Ailime

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    1. Pois é, "senhor" ou "senhora" no Portugal de então era titulo que só se aplicava a quem tinha terras de alguma dimensão e que ao mesmo tempo tinha uma vida mais folgada, já que tinham quem lhes fizesse os trabalhos. Já "tio" ou "tia" é qualquer pessoa; pode aplicar-se a pessoa não parente.
      Quanto às histórias de aldeias, por meados da década de 60 era assim mesmo, às vezes bastava os cães da aldeia se juntarem e a ladrar perseguirem qualquer coisa invisível, para as pessoas pensarem que era uma alma do outro mundo que ali andava ou até um lobisomem!
      Grata por contar a história do seu pai.
      Beijinhos e bom domingo.

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  4. O Ti Ze Carau...
    Mestre carpinteiro "de mao cheia". Um vizinho do Outeiro que idolatrava e quando podia, passava horas a ver os milagres que ele fazia nessa arte. Homem bom com aquele jeito e sabedoria de tanto fazer um carro de bois a preceito, como uma dorna para a vindima ou umas pipas para o vinho entre tanto de tanto. Era Mestre!
    E animado, se era...
    Que o diga aquela mascara do Entrudo, a Careta do Ti Ze Carau, que nos perseguia em sonhos.
    Dele recordo um quase avo, por com os seus netos (o Henrique que o diga), termos por ele um carinho especial que ele nao pedia mas dava em dobrado.
    No dia de pascoa, sempre me "batizou" com um pacote de amendoas, por carinho e nao por volta e meia me pedir par ir a taberna do ti Augusto Marques, buscar um maco de cigarros Paris, a sua marca preferida, depois de anos atras, os Kentucky e os Defnitivos.
    Porventura por ser o mais parecido com "um neto", os outros tinham ido para Vieira.
    A sua esposa Maria, uma grande mulher. faleceu e o ti Ze, foi abaixo com a falta do seu pilar e ombro amigo.
    Lembro vagamente. Naquele dia, porventura nao aguentou um vazio que apenas ele sentia e foi ate ao cemiterio e numa cova se deitou a descansar ou a "partir', ele o sabia.
    Agora conto o que ouvi dizer, ainda miudo.
    "Ele" foi para o cemiterio, era verao e adormeceu na cova do defunto que iria a sepultar outro dia, mas (assim o disseram) o decompor dos corpos liberta calor e tera sido esse o motivo, aliado ao passar da "pinga" que fizeram com que o ti Ze Carau tenha ressuscitado de entre os mortos aos gritos de "Almas salvai me"!
    A partir dai, este episodio ficou como que uma lenda, dizem ate que veio a noticia num jornal da America e tal acreditei quando vi passados anos um recorte em que trocavam o no Carau por Talau (porventura a familia o tera).
    Consta tambem que foram dois homens de Forninhos que vindos da Quinta da Ponte e passando frente ao cemiterio, ouvindo o grito de "acudam as almas", depois de se terem cruzado com o desenfreado Henrique Freitas, foram alertar o povo.
    Seja como for, de um modo ou outro, aconteceu!
    Um abraco para o meu vizinho e amigo.
    Bem haja.

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    1. Há quem diga também que o homem de Forninhos que passou em frente do cemitério ía com um motor de rega...não sei. Sei que não devia haver muitos motores de rega nos anos 60 do século passado e se foi assim, os visitantes/leitores interessados em recuar uns aninhos é que podem contar aqui, quem foi esse homem (ou homens) e do que se lembram.
      Quanto a ser notícia num jornal da América, não deixa de ser curioso que o autor do livro Memórias do meu querido torrão natal "Quinta da Ponte" é emigrante na América!
      Aqui o protagonista foi o ti Zé Carau de Forninhos, mas tal episódio ficou registado como sendo a história do Henrique Freitas. Mas é mesmo assim, nem eu condeno tal, os autores de livros locais, como o Sr. José da Costa Cardoso da Q. da Ponte ou o Sr. Pe. Luís Ferreira de Lemos, de Penaverde "puxaram a brasa à sua sardinha", em Forninhos é que fizeram "tábua rasa" à história e histórias de aldeia.
      Enfim...

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  5. boa noite
    mais uma boa foto a relembrar os tempo idos

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    1. Obrigada pela visita comentada.
      Esta foto, tendo em conta as rodas do carro de bois já é uma foto que podemos considerar moderna, mas a relembrar os tempos idos está lá também a casa de pedra antiga que já não existe e depois todas pessoas já faleceram, excepto a tia Aida.

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  6. que boa foto
    até parece que me estou a ver naquele local,
    onde está a casa do Tónio Lopes
    boa noite

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    1. Olá serip, ainda bem que identificaste o local da foto.
      A casa que se vê nesta foto era a antiga casa da tia Ana Catrina e como bem sabes, no sitio dessa antiga casa está hoje a casa de família do Tónio Lopes.
      Aliás, a foto é cortesia da família Lopes.
      Bom domingo.

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  7. Uma história bem interessante com o seu ar surrealista mas muito engraçada e não passa pela cabeça de ninguém, nem mesmo por tristeza, ir deitar-se para o cemitério.
    Um abraço e uma boa semana.

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    1. É caso para dizer que ir deitar-se para o cemitério, não lembra nem ao diabo!
      Abr/boa semana.

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  8. As aldeias e o seu ambiente proporcionam sempre histórias curiosas e simultaneamente interessantes!
    Também as ouço por aqui...mas imagino o susto perante tal situação!
    Um bj amigo

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    1. Nos filmes vê-se muitas vezes pessoas a subirem para cadeiras ou mesas com pânico de ratos, aqui vemos uma pessoa a voar de bicicleta com medo das "almas penadas". Uma história real, mas que mais parece ficção!
      Bj amg tb.

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  9. Uma história divertida e muito bem contada.
    Realmente o facto de alguém acordar, pelos vistos em pânico, na cova aberta num cemitério não lembraria a ninguém....Embora pudesse ter ido ao cemitério com o intuito de ficar mais próximo da esposa, recentemente falecida, deveria estar na certa bem "pingado", como se suspeita, para se deixar adormecer.
    Todas as terras têm as suas personagens e histórias curiosas, mas com a originalidade desta, devem existir poucas.
    O ti Zé Carau acabou por ficar na história da aldeia, não apenas, decerto, por este episódio, mas também.
    Uma bela foto!
    Boa semana, Paula!
    xx

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    1. Há histórias populares de aldeia que são semelhantes às de qualquer aldeia, mas de entre as muitas que ouvi ao calor da fogueira esta é a mais original.
      Diz-se que o ti Zé Carau estava com a pinga, mas eu prefiro dizer que foram as saudades da sua mulher que o levaram nesse dia até ao cemitério e foi a pinga que o fez deitar-se na cova (ou terá caído dentro da cova?!). Pode ter caído e ter ficado inconsciente por várias horas!
      Sentiu muito a falta da sua Maria, tanto que fez questão que a primeira neta que nascesse, isto depois do falecimento, herdasse o seu nome: Maria dos Prazeres.
      O tio Carau velho - como também era conhecido - ficou na história da aldeia por várias razões. Mesmo no comentário do Xico está só um cheirinho do que foi a vida deste homem no lugar de Forninhos.
      Boa semana também, Laura!

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  10. Paula querida... De cá, lendo o seu interessante texto...
    Uau, uma história com muita emoção!... Gostei...
    O meu abraço...

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    1. Obrigada por, mesmo de férias, se dar ao trabalho de me ler, Anete.
      Aproveitem bem cada dia em Portugal.
      Um abraço tb.

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  11. Boa noite, estou em Forninhos, não me posso alongar muito, não só porque tenho pouco tempo e a net é a da Junta. Dois reparos, isto sucedeu ano e meio a dois após a morte de minha avó, talvez 65/66, eu e minha mãe fomos os únicos da família que viemos da Vieira ao seu funeral e quando isto aconteceu já lá estávamos a bastante tempo. O meu avô, após esse tempo sentiu-se muito sozinho e sentiu saudades da minha avó e resolveu ir ao cemitério matar saudades à sua campa. Como ao lado estava uma cova aberta para um funeral do dia seguinte, e estava com os copos resolveu descer para a cova só que subir era mais difícil e só teve uma solução que foi gritar para ver se alguém o ouvia. Esta é a versão que guardo de pequeno, mas como estou perto de minha mãe, amanhã já falo com ela e se houver algo a retificar, aqui virei de novo. Uma boa semana para todos.

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    1. Sei que a nossa prima Maria nasceu no verão de 1966, mas não sei precisar se o episódio aconteceu no ano de 64, 65 ou 66...
      Este foi um post que fiz baseando-me no que ouvi também em pequena; na história do Henrique Freitas (da Quinta da Ponte) transcrita no livro do Sr. José da Costa Cardoso e nos comentários que fui lendo por aqui. Não falei com pessoas idosas. Fala então tu com a tua mãe, sff.
      Boa estadia por Forninhos.

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  12. Adoro essas histórias, pareces que falas aqui de Solidão. Meu pia não se cansava de contar fatos que aconteceram em seus bons tempo de juventude. Eu não passo na frente de cemitério nunca, morro de medo e ainda ouvir gritos meu deus já me arrepio.
    Bjos tenha um ótimo dia.

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    1. A Anajá, parece ter medo dos mortos, mas nunca ouviu dizer que devemos é ter medo dos vivos?
      Os mortos não gritam, olhe o caso do Henrique Freitas! Ele pensou ouvir gritos de almas do outro mundo, mas os gritos que ouviu tinham sido dados por alguém vivinho da silva - ti Zé Carau.
      Beijos/boa semana.

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  13. Uma estoria real que extrapolou para alem de Forninhos, correu mundo pelo insolito do acontecimento.
    O Mestre Ze Carau, pautou sempre a vida por pessoa e gente de bem e nesse dia teve porventura "um chamamento" que lhe podia ter custado caro, quer pessoalmente em termos fisicos, quer com a "justica", pois naqueles tempos, invadir a desproposito o "campo sagrado", cemiterio, alem de crime e sacrilegio (como hoje), era imperdoavel.
    Valeu na altura, segundo apurei, a intervencao do paroco da paroquia, o Sr. padre Valdemiro que intercedeu pelo Mestre, valorizando a sua entrega ao povo, lutador e nessa altura amargurado com a vida.
    E a palavra do padre, valia em dobro a do juiz. Neste caso, ainda bem!

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    1. Apesar de não haver necessidade, tal até faz algum sentido, não só para fazer respeitar a "santidade do lugar", mas ainda mais para precaver outros actos.
      Não foi à toa que os "visitadores" mandavam construir muros de vedação e erguer gradeamentos em alguns cemitérios!
      É estranho, mas eu ainda me lembro o de Forninhos ter o portão fechado.Não tenho a certeza, mas só o abriam quando havia um funeral e pelo Dia dos Fiéis Defuntos.
      Esse Sr. Pe. fez, a meu ver, o que tinha que ser feito. Defender um cidadão que apenas foi até ao cemitério para matar saudades da esposa.
      Obrigada por acrescentares outros pormenores à história, Xico.

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    2. Entao aqui vai um pequeno acrescento.
      O cemiterio fica localizado num dos extremos da aldeia e no tempo em que havia muita mocidade, esta ficava entretida ate ao cair da noite, por norma na Lameira ou do Lugar, ate por a electricidade ser escassa e recente.
      Por entre estorias de lobos e feiticaria (modo de provocar e testar a valentia), o grande teste chegou a ser o entrar de noite no cemiterio, na sua escuridao lugubre e trazer uma prova cabal de tal cometimento. Poucos casos recordo, mas ouvi contar que houve uma mulher, ainda viva na aldeia que afrontou os rapazes e pela meia noite, indiferente ao piar da coruja e do mocho, saltou o muro do cemiterio e para provar a "valentia", com ela trouxe uma cruz de madeira de uma campa.

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    3. O teu comentário trouxe-me à lembrança que no meu tempo também lá se ia à noite buscar as tabuletas de ferro numeradas, que dantes não existiam. Nessa altura o cemitério era sinónimo de "jardim das tabuletas".

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  14. Imagina o susto da henrique , até eu não olharia para trás.
    bjs
    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

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    1. Pois, dentro dos padrões de uma aldeia isolada dos idos de 60 quem olharia para trás?
      O Henrique naquele dia não olhou para trás, como só voltou a passar em frente do cemitério de Forninhos muito mais tarde!
      Bjs**

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  15. Sempre gostei de ouvir contar factos passados em aldeia em tempos de antanho.

    Quando íamos a casa dos meus avós maternos sentá vamos na soleira quedava para o quintal, no Verão ou à lareira , no Inverno.

    Foram momentos inesquecíveis.

    Não queria estar na pele de Henrique...teria morrido de susto!!!

    Beijinhos.

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  16. Quando íamos a casa dos meus avós maternos sentávamo-nos na soleira que dava para o quintal, no Verão ou à lareira , no Inverno, deliciando-nos com os contos da minha avó.

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    1. Eu havia entendido, Elisa.
      Também assim se passavam os serões lá na aldeia, à lareira ou degraus das escadas (ou chão feito degrau), a contar histórias de vida e lendas que passaram de geração em geração e que agora já não passam.
      Beijinhos.

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  17. Oi Paula! Hoje comecei a voltar um pouquinho pelos blogs queridos, depois de vários dias, com muita saudades de todos.
    Adorei a historia, muito engraçada, dei boas risadas, mas sei que foi dureza tanto pra quem acordou na cova, como para quem passando, ouviu os gritos, minha nossa... acho que eu ainda morreria de medo, rsrs.
    Beijos!

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    1. Imagino que na altura também muita gargalhada sonora se ouviu com esta história, mais por causa do pânico do Henrique Freitas que era pessoa bem conhecida nas redondezas; diz-se que não havia festa em que faltasse ou domingo que não fizesse uma digressão por diversas povoações, mesmo as mais distantes!
      Beijos.

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