O baú de memórias trouxe-nos hoje esta fotografia deveras pitoresca, tirada no século passado para enriquecimento do "Memorial da Nossa Gente".
Forninhos poderá não apresentar gente fidalga de casas reais, governadores-civis, ilustres escritores ou homens com papel importante na política, mas aqui e ali, depara-mo-nos com GENTE IMPORTANTE que deixaram marca nesta aldeia, todos Muitíssimo Ilustres no seu tempo.
E, termino como comecei: Quem são os homens da foto?
Mais um post legal e para ficar esperando os comentários pra ver se os reconhecem! beijos,chica
ResponderEliminarEsta foto é bastante antiga.Olhando bem para ela, parece-me reconhecer o Zé Lopes, o António "Carau" e o "Guerrilha". Será que acertei em algum nome?
ResponderEliminarUm abraço a todos.
Acertou. Obrigada.
EliminarEm pé: Zé Lopes, António "Carau" e Zé Guerrilha.
Uma pista: os outros dois emigraram para o Brasil e por lá faleceram. Disseram-me.
Um abraço meu.
Esta foto resgatada ao tempo, impressiona!
ResponderEliminarImpressiona pela datação em que as personagens se inseriam, tempos duros e cruéis, segundo conta quem ainda vivo por tal passou.
Não era necessário haver pelas aldeias muitos ricos, os "senhores feudais", pois a riqueza a cobrar desta gente abnegada e trabalhadora, pouco mais daria para um, tamanha a usura.
Faço uma leitura pessoal desta foto e no meu íntimo, "Os Homens da Foto", simbolizam o Desafio! Qual quadro vivo em que o mais feliz dos pintores registasse para a posteridade, a essência da força e dignidade de quem nos precedeu e continuou a saga herdada da história da nossa aldeia.
O ar desafiante ao mundo, esse que manietava esta pequena aldeia e tantas outras no nosso Portugal. A "vaidade" dos chapéus novos, substituindo a rota boina espanhola do dia -a-dia. A camisa branca imaculada, reclamando a pureza de carácter e respeito. O cigarro no canto da boca, porventura entre eles enrolado e comprado à onça...
Aqui, nesta imagem, está patente na "arrogância do orgulho" destes que viriam a ter filhos e netos, o barro em que fomos moldados.
Gente fidalga e ilustre, em minúsculas, mas em letras garrafais: GENTE DE BEM!
A melhor homenagem será além do respeito, seguir as suas pisadas.
Cada pegada será uma medalha. Eles e outros como eles, tal merecem!
Ola tudo bem?
ResponderEliminarEsses senhores são muitos parecidos com minha família, Adorei ver e também a animada festa da vindima.
Bjos e tenha uma ótima semana.
O primeiro da fila de baixo, presumo ser o meu tio "Carreira", casado com a minha tia Teresa, irmã do meu pai.
ResponderEliminarCedo foram para o Brasil e aí nasceram as minhas primas Lúcia e Zita.
Ele faleceu e foi sepultado no Brasil e elas por lá continuam.
A riqueza que este tipo de fotos nos oferece!
Sim, É o irmão da Sra. Mariana "Carreira".
EliminarSe olhares com atenção, porque é parecido com um seu irmão (residente em Forninhos) ainda consegues identificar o 5.º homem da foto.
Serve esta foto para recordar que Forninhos, apesar do isolamento, sempre teve gente fidalga que tinham na sua actividade o brasão mais nobre: trabalho e honradez, e que mereciam ser conhecidas de todos os naturais ou residentes da nossa terra. Só que nesta era da fotografia digital, certamente são outras as figuras que vão ficar no livro da história de Forninhos, porque a gente simples e boa nunca tiveram direito sequer a uma página. E tem esta fotografia pormenores tão deliciosos!
ResponderEliminarTodos estão de chapéu e com um cigarro na boca e é interessante que só um (o que ainda não foi identificado) é que não tem relógio de pulso – acessório raro naquele tempo!
Já faleceram os cinco homens da foto, mas a sua memória e a de todos que fizeram ontem os caminhos que nós fazemos hoje, continuará bem viva, enquanto o blog dos forninhenses existir. Podem ter a certeza. A minha forma de homenagear todas as gerações anteriores à minha é esta: repôr os hábitos, costumes, as recordações deles; repôr o seu linguajar, que não é fácil, porque não tenho muitos conhecimentos sobre... e como saí de Forninhos há mais de 20 anos apercebo-me, muitas vezes, que já esqueci muitos modos de dizer.
Lembro-me perfeitamente quando o "Carreira" casou com a Teresa, irmã do Tio Alfredo Saraiva, meu padrinho do Crisma; parece que, infelizmente, já todos faleceram. Julgo que foi o "Carreira" que cegou o Carlos "Melias". A foto deve ter mais de 60 anos.
ResponderEliminarEstas fotos com já mais de meio século, quando comentadas por pessoas como o Sr. João Albuquerque, aliás felizmente já seu apanágio, traz sempre valor acrescentado e esclarecimentos sobejamente importantes.
ResponderEliminarNão me recordava que o meu pai, Alfredo Saraiva tivesse sido seu padrinho do Crisma, mas sabia que numa brincadeira o meu tio "Carreira", a jogarem à Xona, cegou inadvertidamente o tio Carlos.
Um abraço.
Tão bom recordar a história de sua cidade! Pessoas que com certeza fizeram acontecer e continuam na memória de todos! Linda iniciativa do seu blog,Paula! Beijinhos,
ResponderEliminarObrigada Anne pela manifestação de apreço.
EliminarA gente boa se não fôr lembrada cai no esquecimento. Beijinhos**
Sobre esta foto pouco sabemos, apenas que retrata um grupo de amigos e que foi tirada na 1.ª metade do século passado. Tem de certeza mais de 60 anos...
ResponderEliminarE, quando pela 1.ª vez a vi, fiquei com curiosidade de saber quem são e onde foi tirada!?
Reconheci o tio Zé Lopes. tio António Carau e o tio Zé Guerrilha e logo tratei de saber quem eram os dois da frente. Identificado o Carreira, faltava só um. É, pois, um filho da tia Alice, que casou com uma irmã da Sra. Luzia: o António Marques. Eram todos muito amigos. Assim me disseram
Já o lugar onde foi tirada, é quase impossível alguém saber dizer, mas ela é um testemunho vivo do tempo de outrora.
Boa noite*
Forninhos é um lugar muito especial e, certamente, com boas e admiráveis tradições! AH, logo descobriremos Quem São Os Homens Da Foto...
ResponderEliminarObrigada pelos parabéns... Você tem se tornado uma amiga do coração e lógico que qdo for a Lisboa desejarei encontrá-la... Será um sonho multiplicado e realizado!!
Abraços e um final de semana abençoado...
Os homens da foto fazem parte da história de Forninhos, mas com a distância do tempo, são as pessoas más que fazem a história. Tirando as questões de heroísmo, os grandes feitos, se pegamos em dois cidadãos comuns, passados muitos anos aos historiadores, torna-se mais interessante aquele quebrou as regras, desprezando aquele que desenvolveu uma vida activa em prol da sua Terra.
ResponderEliminarMuitos homens de Forninhos não sabiam ler uma letra, no entanto deixaram-nos uma leitura importantíssima para a nossa história: casas, muros, igreja, cemitério, pontes, fontes, etc… Tudo foi deixado pelos nossos antepassados e fazem parte da história de Forninhos, pelo que merecem ser sempre lembrados.
Os homens vão, mas a sua memória permanece, pelo menos enquanto a memória de cada um de nós o permitir!
Identificadas as personagens, saber o percurso de vida de cada um, penso ser interessante. Claro que sem entrar na intimidade da vida pessoal
ResponderEliminarMas reflectindo, aqui se retratam profissões diferentes assim como os rumos tomados, afinal a história das gentes de Forninhos à altura em que até os nomes próprios raramente eram diferentes. Na foto estão três "Antónios" e dois "Zés". Emigraram dois "Antónios" e um "Zé". Ficaram Um "Zé" e um "António".
Quem partiu e quem por cá sempre ficou?
Apenas um lamento sincero: Muita gente felizmente aqui vem e não sai defraudada. Entre esses estarão, e alguns sei que estão, descendentes, filhos, netos, sobrinhos, sei lá, destes senhores.
ResponderEliminarQuem me dera poder contabilizá-los e seriam, acreditem, mais de uma centena espalhados pelo mundo. Qual a razão de publicamente manifestarem o orgulho dos seus antepassados e contarem testemunhos senão vividos, pelo menos ouvidos,
"Pequenas" coisa que por mais que tente, não consigo compreende esses receios..
Guardem ao menos as fotos e um dia os vossos filhos e netos ficarão deslumbrados e curiosos em saber as raízes.
E farão perguntas... esperando respostas.
Pensem e tenham uma boa noite.
Olá Paula, muito interessante esse grupo de jovens de há muitos anos atrás e que decerto cada um à sua maneira deixou obra feita! É sempre muito gratificante lembrar e honrar quem nos antecedeu! Beijinhos Ailime
ResponderEliminarSim, os cinco homens da foto já nos deixaram há uns anos, mas deixaram obra feita. Alguma arquitectura mais tradicional, modesta, popular, foi-nos deixada por três deles: Zé Lopes (pedreiro); António Carau e Zé Guerrilha (carpinteiros).
ResponderEliminarO Carreira e o António Marques emigraram para o Brasil, em busca de regalias que a aldeia ainda hoje nega. Infelizmente.
Por isso, nesta homenagem englobo todas aquelas pessoas simples e trabalhadoras que desenvolveram uma vida activa em prol de Forninhos e também todos os emigrantes aqui nascidos.
Agora os tempos mudaram e lamentavelmente nesta Terra preferem colocar em altos pedestais outras pessoas. Mas a altura não esconde os defeitos, creio mesmo que quanto mais alto os puserem, maior será o tombo!
Paula,
ResponderEliminarAchei interessante que eles fizeram pose especial para a foto.
Cada vez que passo aqui, fico mais impressionada com as histórias desse lugar.
Beijos
Sabe Lucinha, por vezes as novas pessoas, não compreendem que as histórias mais genuínas são as estórias destes homens de antigamente
ResponderEliminarE, como não se pode agradar a dois Senhores, nós sempre destacamos o povo simples, humilde e anónimo, e desprezamos a minoria social que se considera prestigiosa, tendo algum poder de influência. São, para mim, pessoas superficiais, medíocres e interesseiras, que tudo fazem para atingir os fins! Já o nosso povo simples sempre fez o que é humanamente possível para ser útil e manter os princípios!
Haverá melhor homenagem que lembrá-los?
Num anterior comentário lancei o desfio de sabermos qual o percurso de vida destes heróis.
ResponderEliminarComo é timbre da alma pesquisadora e conhecimentos ímpares da nossa terra, a Paula já aqui deixou testemunho de profissões de alguns, nobres e rudes, mas marcos históricos.
A mim ficaria mal, tendo aqui nesta foto um tio, o "Carreira" sem dizer uma palavra sobre ele.
Foi para O Brasil, ali fez vida e "vingou" no negócio do pão. Panificadoras e padarias, tendo sucesso felizmente. Se calhar no início, não deve ter sido fácil
Ironizo: as suas filhas, minhas primas, Zita e Lúcia formaram-se em médicas/dentistas, será que o pão era tão duro que houvesse necessidade de tratamento médico?
Brincadeira, mais um que vingou e que eu em especial tenho orgulho e que como tantos honraram a nossa terra.
Obrigada tio.
Os antigos diziam "quem meus filhos beija, minha boca adoça". Sendo a foto tão saborosa que amargo sabe os convidados nada dizer acerca do percurso de vida destes 5 filhos de Forninhos...tantos que podiam recordar e saborear...
EliminarObrigada XicoAlmeida. O teu tio teve mais família, mas neste post ele é o "teu" tio Carreira.
É sempre com enorme prazer que se recordam estas pessoas da nossa terra.
ResponderEliminarTambém reconheci o Zé Lopes e o António Carau, os restantes.. na fiala em baixo, nada me dizem, pois penso que não cheguei a conhecer.
Mas comentando os nomes que mencionei, não gostando de me alongar, só tenho a dizer que pelo que conheci, foram Grandes e otimas pessoas, amigas dos seus amigos, sempre o vi a fazer o bem.
Bons comentários aqui descritos.
Foram de facto Grandes pessoas de bem e isso penso fica bem visível nos nossos comentários.
ResponderEliminarMuito bem-haja família Carau e a quem quiser enviar mais fotos para publicarmos.
Um abraço para ti serip e todos os que colaboram connosco.
Hey mas é o meu avo guerrilha!!!
ResponderEliminarMuita saudades tenho dele e de outras pessoas........
muito obrigado Paula por nos fazer ver e lembrar recordaçoes antigas.