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sábado, 13 de julho de 2024

Forninhenses em todas as frentes

OBlogDosForninhenses tem a honra e o o orgulho de mostrar, abaixo, mais um cartão de pré-alistamento americano nchamada Primeira Guerra Mundial, também conhecida como Grande Guerra, o do Francisco Almeidafilho mais novo de Maria Antónia e de António de Almeida ou António de Almeida "ferreiro".
Diz o cartão que era casado, com Ana Saraiva de Almeida residente em Forninhos. 
- Como terá dado a notícia à esposa?
Nasceu a 17 de Março de 1884. Mas o seu registo de batismo refere que nasceu a 17 de Março de 1883. Já escrevi que o ano de nascimento era muitas vezes estimado e na hora do alistamento mentiam sobre a idade e as autoridades responsáveis pelo recrutamento deixavam-se "enganar".
Tinha  31 anos quando fez o caminho das Américas em 1916, como pode ver aqui
As idades de Cartões de registro de alistamento nos Estados Unidos da América, matriculados no Sistema de Serviço Seletivo em 1917 e 1918  podiam ir de 18 a 45 anos. O do Francisco ferreiro, corresponde ao terceiro e último alistamento, a 12 de Setembro de 1918, que foi para todos os homens de 18 a 45 anos não alistados anteriormente.
O primeiro alistamento foi para todos os homens entre as idades de 21 a 31 anos, a 5 de Junho de 1917.
O segundo alistamento foi  a 5 de Junho de 1918, para aqueles que tinham completado 21 anos depois de 5 de Junho de 1917 e um alistamento suplementar incluído no segundo alistamento ocorreu a 24 de Agosto de 1918, para aqueles que tinham completado 21 anos depois de 5 de Junho de 1918.
Cada registrante preencheu um cartão dupla face onde gravou o seu nome, endereço de residência atual, data de nascimento, lugar de nascimento, idade, estado civil, raça, profissão, emprego, status de cidadania e outras informações sobre os seus parentes.


Tanto quanto sei o Poder Político da época, não terá tratado brilhantemente esta geração combatente, julgo que tinham pouca sensibilidade para...
- E se nós, forninhenses de hoje, tratássemos de honrar e homenagear essa gente, com um simples memorial comemorativo?

12 comentários:

  1. Até hoje, a minha referencia da via, o meu avô Francisco, este aqui mencionado.
    Não sei se andou pela guerra, mas na América andou e voltou e refez a vida.
    éramos companheiros e amigos, mas pouco me contava das suas vivências pelo mundo, não sendo da longa viagem de barco para o Novo Mundo.
    Hoje, o poder local, não tem a sensibilidade em recordar estas gentes, talvez, penso eu, por falta de cultura, pois do antigo, comes e bebes é
    o que celebram, como se houvesse esta farturinha ao tempo...

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    1. É para isto que o BlogDosForninhenses serve......descobrir...descobrir...descobrir...descobrir...
      Não descobri que o meu bisavô Coelho com 33 anos de idade pediu passaporte com destino ao Rio de Janeiro - Brasil?
      A minha tia Margarida que tinha uma "memória de elefante" dizia que não recebera qualquer memória de que tenha emigrado. Se calhar arrependeu-se. Mas que em 1907 pediu o passaporte pediu!
      O "panem et circenses" já foi mais e mais...

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  2. Homenagear só nos engrandece como seres humanos... 👏😘

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    1. E mal vai a terra-mãe que não honra os filhos que a dignificam e engrandecem.
      Bj

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  3. Bom domingo de Paz, querida amiga Paula!
    Uma excelente ideia de honrar os que assim merecem.
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Beijinhos

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    1. Falta meter as mãos à obra e os pés à parede, como se costuma dizer.
      Boa semana
      Beijinhos

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  4. Bom dia:- O saber nunca ocupou lugar. É sempre bom conhecer a história de Portugal e dos bravos portugueses. Grato pela simpática partilha.
    .
    Saudações amigas. Domingo feliz.
    .
    Poema: “ Lágrimas de Amor “
    .

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    1. Estes cartões de pré-alistamento americanos são pouco ou nada conhecidos.
      Boa semana

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  5. Boa Tarde
    Blog de Forninhos

    Acho que existe uma tremenda necessidade de esquecer a miséria , o alcoolismo , a fome a vida dura do campo. A geração que hoje tem 80 anos , aproximadamente , viveu de tal forma a transição para a cidade que
    " escondeu" e " esqueceu" o passado..
    Podiam fazer um Museu. Alguém doar a sua ruína , a casa abandonada , e com ajuda do Municipio faziam um Museu. Honrar estes heróis do passado .
    Trisavôs dos Forninhenses ainda vivos..
    Acho que não será um problema só de Forninhos. É um mal global. Cultural.

    Futebol e petiscos vende e consome todo o tempo disponível.
    A geração " rasca " está preocupada com a viagem , as viagens , e as carreiras mesmo sem saberem como nasce o ovo. Ou como são criados os coelhos.
    O Pingo Doce fica sempre a 200 metros.
    Oxalá as prateleiras estejam sempre cheias.
    Os tempos podem não ser fáceis.

    Abraço
    Saúde para Todos

    António Miguel Gouveia

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    1. Nos últimos anos até se fizeram obras bastante caras na freguesia, mas realmente está a faltar um museu ou uma "casa da memória" para guardar objetos, fotos, documentação e tradições do passado coletivo de Forninhos.
      Como diz o poema do Gedeão:" O sonho comanda a vida". Pode muito bem concretizar-se.
      Abraço
      Boa semana

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  6. Bem que merecem um memorial. Foram mandados para a Guerra sem condições, quase sem estratégia militar como se fossem carne para canhão.
    Abraço e saúde

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    1. Verdade. Todos devem ter passado muito mal, tanto a nível militar, como das condições alimentares e climáticas.
      Eu há já seis anos que tento descobrir e honrar os nossos combatentes na Grande Guerra.
      Abraço

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