Divulgamos hoje, quinta-feira das comadres, a 1.ª festa e convívio do ano 2023, que no passado acontecia no final da missa a favor do Santíssimo, no adro da Igreja. Caíram em desuso tais arrematações, mas dada a preocupação, sobretudo financeira, da Irmandade de Santa Marinha de Forninhos, foi reavivada a tradição no Carnaval de 2010 e todos os anos, por esta altura, as divulgamos como sinal de continuação...
Este ano não são só arrematações, há animação com concertinas e porque não reviver neste dia os casamentos noturnos do Entrudo, agora às claras no Largo da Lameira?
Dois "atores" masculinos podiam subir ao palco improvisado e com o funil ou com a ajuda técnica da ampliação sonora, estabeleciam entre si o discurso antigo:
- Ó camarada!
Responde o outro:
- Olá companheiro!
- Há aqui uma rapariga boa para se casar...
- Quem é ela?
- É fulana (menciona-se o nome)
- Quem é que lhe havemos de dar?
- Damos-lhe fulano (menciona-se o nome)
- E que prenda lhe havemos de dar?
- Damos-lhe uma chouriça...
Bom apetite e bom convívio...
Viva a Irmandade!!
ahaahahah. Pensei que era uma dose de paciência. Mas chouriça ...
ResponderEliminar.
Saudações poéticas. Semana feliz .
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Poema: “” Coração embriagado de amor ””…
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Lol, haha
EliminarFoi só para combinar com o cartaz, porque as prendas de csamento eram muitas e variadas: toalha de estopa para a noite de núpcias, cesta para levarem o jantar (hoje almoço) para o campo ou ainda rumo à lua de mel um passeio de burro...
As raparigas nessas noites quase não dormiam para ouvir o que lhes calhava.
Continuação de boa semana.
Boa noite de paz, querida amiga Paula!
ResponderEliminarQue interessante costume!
Não o conhecia pelos espaços que visito.
Gostei muito de conhecer.
Anima a comunidade.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Boa noite Roselia!
EliminarPerto de nós, não conheço nenhuma aldeia que ainda pratique estes casamentos e é pena, é uma enorme perda para o nosso património cultural imaterial.
Beijinhos e tudo de bom hoje e sempre.
P.S- Já as arrematações sei que se realizam em outras aldeias a favor do seu padroeiro/padroeira.
EliminarOi. Bom vim no seu cantinho. Bjs querida
ResponderEliminarBem-haja Nal.
EliminarBjs
VIVA! Deve ser no mínimo interessante,parece bem animada ! Boa festa por lá! beijos, chica
ResponderEliminarTambém digo "deve ser" e "parece", porque é um dia que nunca tive o prazer de festejar. Este ano estou a pensar ir e contribuir, se o tempo o permitir.
EliminarBeijos
Ai se me lembro dos "casamentos", ia com eles, miúdo, para a Lage dos Cordeiros para ouvir a voz no funil gritar o "olá camarada" e do alto da Estrecada o "olá companheiro", e pela noite a lenga-lenga esperada, até pelos pais ansiosos por saberem quem havido caído às sortes às filhas, pois seria coisa falada.
ResponderEliminarEram costumes, quase que me apetecia dizer récitas da maior pureza.
Tal como a arrematação das carnes nos seus princípios e na memória de muitos, a seguir à missa dominical, no adro da igreja, em cima do muro o leiloeiro, sacristão ou um mordomo do Santíssimo
"arrematavam" as oferendas do povo que desta forma reconhecia e agradecia a sorte e favor de alguma abundância, sem terem sido atingidos pela maligna e isso queriam partilhar com os outros.
Era desta forma que se leiloavam enchidos do fumeiro e carne da arca salgadeira; cada produto, por si ou em conjunto, citado pelo leiloeiro, chamava-se lance. E um atrás de outro, repetiam-se os lances...bom sinal!
Quem tem ou a custo, nem que para tal dê um rombo na despensa ou compre, de alma e coração entrega aos irmãos da Irmandade a oferenda, sendo que muitas vezes, quando vem o lance, são os próprios a arrematar o que era seu, para além de deixarem o contributo financeiro a favor do Santíssimo, deixarem mais uns enchidos e carnes para para a panela, pois a mesa está posta e os garrafões acomodados por debaixo desta, ansiosos por fazer saltar a rolha.
As mulheres, com olhar mais perspicaz, seguem atentamente a qualidade dos enchidos enquanto os "brutos" dos homens já imaginam as cabeças de porco, rabos e pés a sair da panela.
E o leiloeiro, já meio cansado lá vai gritando: QUEM DÁ MAIS?
E a festa que começou antes de ter começado, ainda se irá arrastar depois de ter acabado.
Bom para a malta do "calote", assim chamados por nada oferecerem, a não ser o estômago sôfrego e treinado para a "comezaina" e que com o povo se misturam.
Paciência, é quase Carnaval e já ninguém leva a mal.
E no fim o famoso : "bom, bom", "gosto, gosto", "adoro, adoro"!
Querem melhor?! Só no Largo da Lameira!
Foram também estas tradições que nos construíram, por isso, não admira a continuidade, ainda que adaptada à modernidade e nós que estamos longe também confeccionamos os hábitos culinários que nos ligam à nossa terra natal, como o feijão com carnes de porco, entre as quais hoje (domingo magro) impera o rabo e no domingo gordo é então cozida a cabeça.
EliminarIsto sim, são tradições nossas.
Uma tradição interessante.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Este é o tipo de tradição que nunca se deve perder, por ser importante para a Irmandade e porque é sinal de que estamos vivos.
EliminarBom domingo com saúde.
Abraço.
Boa Noite
ResponderEliminarSempre ouvi falar de casamentos por interesse . Conveniência . No meu lugar, onde nasci aconteceu nos anos 30/40 e 50 . Acho que a minha geração já não casou por
essa via . Mudou tudo depois de Abril ...
Desta vossa tradição interessante não sabia .
Nunca tinha ouvido falar .
Obrigado 🙏🙏🙏
Abraço
António Miguel Gouveia
Tanta coisa que tínhamos que urge valorizar, recolher, estudar, valorizar e divulgar. A tradição de casarem os solteiros no Entrudo é uma delas.
EliminarBom domingo e um abraço.
Que bom não se perder alguma dessa magia popular! Bom domingo e boa festa!!!
ResponderEliminarObrigada.
EliminarA organização merece!!!
Boa noite Paula,
ResponderEliminarTradições muito interessantes e que é bom continuar!
A dos casamentos deve ser bem divertida.
Beijinhos e divirtam-se ao som das concertinas.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Olá Ailime,
EliminarSe a meteorologia ajudar, vai ser com certeza um dia festivo bem divertido.
Já os casamentos satíricos (e os outros também), acabaram porque cada vez há menos rapazes e raparigas na nossa aldeia, mas recriá-los no próximo domingo, às claras, não era má ideia, seria uma acto simbólico feito mais de ludicidade do que de escárnio como acontecia noutro tempo.
Beijinhos e bom domingo magro.
Bom convívio para todos!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Bem-haja, Isa Sá!
EliminarFica o convite.
Faço ideia da alegria e diversão desse evento! Legal demais.
ResponderEliminarUm abraço grande, Paula...
Este ano consegui estar presente, Anete!
EliminarFoi um dia bonito e saúdo os mordomos que disponibilizam o seu tempo para trabalhar e proporcionar o evento aos outros porque, para eles não foi festa, foi trabalho.
Um abraço meu.