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sábado, 2 de abril de 2022

Os Rebelos

Até ao séc. 19 não tinhamos em Forninhos o apelido Rebelo. Para melhor perceberem fiz o levantamento da genealogia desta família:
António Rebelo, nasceu em Espadanal, Fragosela, concelho de Viseu. Era filho de António Rebelo e Filipa Lopes. Almocreve de profissão, casou em Forninhos a 06-05-1822 com Ana de Andrade, filha de José de Andrade Janela, de Forninhos e de Ana Soares, do Souto de Golfar.


O casal teve duas filhas:

1) Maria de Andrade Janela que faleceu em Forninhos no dia 21-11-1870, tinha 52 anos e deixou uma filha, Maria do Patrocínio, filha de pai desconhecido, que casou com Luís de Almeida, ambos de Forninhos.

Nota Pessoal: Há ainda um registo dum filho de Maria Andrade Janela, chamado Marcos, nascido a 09-04-1852, filho de pai desconhecido também, mas diziam ser filho de Manuel, filho de Francisco da Costa e de Maria Moreira que se calhar era falecido à data da morte da mãe, pois o registo de óbito de Maria Andrade Janela, diz apenas que deixou uma filha.

Geração de netos (filhos de Maria do Patrocínio e Luís de Almeida):

- Manuel, nasc: 24-08-1967
- Maria, nasc: 12-02-1869
- Maria do Carmo, segunda do nome nasc: 03-02-1873, casou com José Maria Chantre, no dia 26-11-1908
- Manuel, segundo do nome, nasc: 22-12-1874, creio ter emigrado para o Brasil, solteiro, pois  tinha 23 anos, a 28-02-1898, quando pediu passaporte para Santos, Brasil. Segundo os Termos de Identificação para Concessão de Passaportes (Arquivo Distrital da Guarda, página 127) tinha rosto comprido, cabelo preto, olhos castanhos e de altura 1,54.
- Albano, nasc: 23-10-1878, faleceu em Março de 1949. Casou com Antónia Lemos. Este casal eram os pais de Luísa de Almeida, a esposa de Jose Maria Saraiva, que foram os pais da Lucília, Antonio, José e Augusta Saraiva.
- António, nasc: 16-03-1881, faleceu com 15 meses, a 06-09-1882
- Alberto, nasc: 11-03-1883, casou com Felismina Fernandes Chantre, natural de Forninhos no dia 07-02-1925. Esta faleceu em 27-07-1941, em Forninhos.
- Abel, nasc: 14-06-1886, faleceu com 3 meses, a 12-09-1886

2) Josefa Rebelo, que foi a primeira a utilizar o nome Rebelo, mas também era conhecida por Josefa Janela, casou com Francisco Alves de Albuquerque (Luzio), de Forninhos, a 26-04-1852. 


Tiveram geração de filhos, que deram origem aos Rebelos, de Forninhos:

1) 2 meses após o casamento, 30-06-1852, nasceu o António.
2) José, nasceu a 28-12-1854 e casou com Ana de Andrade, da Moradia, Antas, no dia 21-11-1891
3) Luis, nasceu a 30-04-1857
4) Luís, segundo do nome, nasceu a 11-12-1859 
5) Maria, nasceu a 16-11-1861 e faleceu em 17-08-1935
6) Ana, nasceu a 08-04-1864
7) Ana Rebelo, segunda do nome, nasceu a 03-12-1865, casou com Adelino Moreira, no dia 05-02-1899, faleceu em 16-09-1953
9) Antónia, nasceu a 10-03-1868 e em 1908 residia na Quinta da Ponte, Sezures
10) António, segundo do nome, nasceu a 13-07-1871

→ Josefa Rebelo faleceu em Forninhos no dia 23-08-1910, tinha 80 anos e já era viúva. 
→ Francisco faleceu em Forninhos no dia 05-05-1910, tinha 75 anos. 

Geração de netos (filhos de Ana Rebelo e Adelino Moreira):

- Glória Rebelo, nasceu a 07-01-1900, foi batizada em perigo de vida no dia 28-01-1900 (casou com o tio Carlos Guerra)
- José Rebelo, nasceu a 05-10-1901 
- Luís Rebelo, nasceu a 27-10-1903 
- António Rebelo, nasceu a 15-03-1906 
- Maria dos Santos Rebelo, nasceu a 14-06-1910 

Gente bem parecida "os Rebelos"

Pelo nome dos netos já dá para ver as gerações de bisnetos e trisnetos e as ligações de parentesco com várias famílias de Forninhos. Se alguém da grande família forninhense os quiser acrescentar, acrescente.

Foto: Cortesia do Rui Miguel Moreira, neto do António Rebelo. Obrigada Miguel.

16 comentários:

  1. Boa noite de paz, querida amiga Paula!
    Muito importante termos dados históricos dos habitantes locais que fazem diferença e compõem a vida da comunidade.
    Gostei dos detalhes fornecidos por você com empenho.
    Tenha um final de semana abençoado com paz, saúde e Amor!
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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    1. Sem dúvida, amiga Roselia!
      Todos temos um nome e um ou mais apelidos familiares e nem sempre sabemos a sua origem. Eu sou uma que achava que o nome "Rebelo", em Forninhos, era alcunha! Agora, já sei que é apelido de família e como veio cá parar!
      Beijinhos e bom fim de semana.

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  2. Este almocreve de profissão é muito mais antigo que o Malhadinhas que entre Aveiro vai, Aveiro vem, de faca à cinta tentava corrigir todos os males!!
    Um século antes (1822) de existir o Malhadinhas, o almocreve de Viseu, António Rebelo, casou em Forninhos! Será que também trajava "jaleca curta de montanhaque; sapato de tromba erguida; faixa preta de seis voltas a aparar as volutas dobradas da corrente de muita prata"?
    Este foi daqueles que vinha a Forninhos de passagem e acabou por conhecer uma cara bonita e, claro, fazendo justiça à fama da hospitalidade das gentes de Forninhos foi bem recebido na nossa terra, pois por lá nasceram as duas filhas e muitos netos.
    Desafio: sobre este avô de Viseu o que dizem/sabem os membros da família?
    Como só teve filhas, será que algum descendente seguiu o ofício do avô?
    Devem agradecer-te, Paula, pelo que tens investigado e publicado.

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    1. Se calhar ao Forninhos do séc. XXI não convinha saber a genealogia da antepassada Josefa Rebelo! Sei lá...
      Eu andei à procura da profissão almocreve nos registos de Forninhos e encontrei "qualquer coisa" nas fontes documentais. Além do António Rebelo de Viseu, também um filho da sua filha Josefa acabou por seguir a profissão do avô. Pode ter havido outros, mas é no registo de casamento do filho José, em 1891, que é mencionado que tinha 36 anos quando casou com a Ana de Andrade, da Moradia e era almocreve; nos livros de batismo não encontrei o registo de filhos deste casal, ou não tiveram filhos ou foram viver para a Moradia ou partiram para outra terra (??).
      O Malhadinhas foi um herói, era danado aquele almocreve. Já os Rebelos do séc. XIX não sei...o que se conhece das suas vidas com base na tradição oral? Acho que nada.
      A partir destes dados, impõem-se novas consultas. Era fundamental a freguesia fazer um levantamento sobre as migrações internas.
      E os Rebelos não têm de me agradecer, faço-o por Forninhos e porque gosto. O apelido "Andrade Janela" também aparece na minha família paterna.
      O José de Andrade Janela era irmão de Isabel de Andrade, que foi a mãe do António Albuquerque que também aparece nos registos como António de Andrade de Albuquerque e António Albuquerque Janela e foi o pai do meu bisavô Eduardo Albuquerque.

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  3. Mais uma história das gentes de Forninhos para que não se perca no tempo.
    Gostei.
    Um abraço e tenha um excelente Domingo.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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    1. Exatamente!
      Na sequência genética de Forninhos há bastantes apelidos que se perderam e há que "puxá-los cá para cima".
      Um abraço e passe também um excelente Domingo.

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  4. Boa tarde

    Notável registo de perícia , estudo, pesquisa e persistência .

    Parabéns

    Bom Domingo
    Boa Semana .
    Saúde .

    Antonio Miguel Gouveia

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    1. Obrigada.
      Cada ano que passa, torna-se mais difícil descobrir o passado de Forninhos, porque aqueles que podiam ainda dar-nos alguma informação, pelo menos com alguma ligação aos seus antecedentes, estão a morrer. Todos os anos são uns quantos que se vão...então temos de socorrer-nos da tecnologia que temos ao nosso dispôr. Ou pesquisava as fontes documentais ou encerrava este espaço. Se calhar era mais fácil encerrá-lo, mas sou persistente...
      Bom Domingo.
      Boa Semana.
      Saúde.

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  5. Uma aula de história que muito me fascinou ler. Grato pela partilha.
    .
    Saudações cordiais
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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    1. É apenas um exercício de reconhecimento e gratidão por todos os forninhenses que me antecederam.
      Boa semana.

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  6. É muito interessante este estudo de famílias que viveram noutros tempos e seus descendentes.
    Abraço, saúde e boa semana

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    1. Tem sido uma das tarefas regulares neste espaço. E assim passados 200 anos estamos aqui a falar do 1º Rebelo que veio casar a Forninhos.
      Abraço, saúde e passe uma boa semana.

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  7. Boa tarde Paula,
    Mais uma louvável pesquisa sobre a Família Rebelo!
    Adorei a foto. Eram na verdade pessoas muito bonitas.
    Admiro como já lhe tenho dito a sua persistência na investigação que faz das famílias da sua terra, o que só se justifica pelo grande amor que dedica a Forninhos.
    Hoje vou propor-lhe um desafio;)) e não me leve a mal! Porque não lança a ideia para que seja criado um Núcleo Museológico em Forninhos? Calculo que não deva ser fácil, mas depois outros a seguiriam na concretização.
    Beijinhos e uma boa semana.
    Ailime

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    1. Claro que não! Todos sabem que é um sonho meu. Posso não o conseguir realizar porque realizar sonhos, mais das vezes não depende só de nós. Normalmente, os Núcleos representativos da memória das aldeias surgem com o apoio das autarquias por serem sempre uma mais valia.
      E, tanto espólio andará em baús particulares, tantas fotos com registos antigos que poderiam contribuir para esta obra de todos. Fotos, objectos e documentos antigos maioritariamente recolhidos dos Livros Paroquiais temos cabonde.
      Pode muito bem realizar-se. Depois, é divulgar como acontece em outros Municípios.
      Beijinhos e obrigada pelo encorajamento.
      Boa semana.

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  8. Olá, Paula...
    É bom novamente estar aqui participando da história de Forninhos. Interessantes dados colheu mais uma vez.
    Bjs e abçs

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    1. Como as famílias eram bem numerosas, muito diferente dos dias atuais, é mesmo super interessante o levantamento que faço.
      Bjs e abçs

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