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sábado, 14 de outubro de 2017

Do lume ao fogão de gás

Acho que todos sabemos que o fogo foi das primeiras descobertas/invenções tecnológicas da Humanidade. E das mais úteis. Mas não quero falar da origem do fogo, para tal, como se sabe, há muitos sítios na net que podem ler, quero somente falar mais um pouco do Forninhos sem eletricidade, nem gás...nem fósforos em todas as casas. Eram caros: 3 tostões uma simples caixa de fósforos. Na década de 50/60 do século passado, para acenderem o lume iam à casa da vizinha e traziam umas brasas.



Já não sou desse tempo, para escrever sobre este assunto, tive de falar com familiares sobre a utilidade da lareira no seu tempo, fiz umas perguntas, e cada um falou-me das suas lembranças: a comida era toda preparada ao lume. Fosse inverno ou verão, o lume estava aceso quase todo o dia, se não mesmo o dia todo. Era o "fogão" da altura e a panela de ferro de três pernas em ferro fundido era a rainha da cozinha nos anos 50. Havia-as de vários tamanhos. Ao lado delas, o tacho, a sertã, a grelha, a caldeira, tudo arrumado ao lume, em cima das trempes, ou pendurados num entrelaçado de ferro. As tenazes e o abanador também estavam por ali.
Mas são os serões em família em torno do lume, os moxos baixinhos que se usavam (bancos de madeira)a lembrança mais viva. Ou então panela dos feijões ao lume e as trempes com a sertã em cima a fritar um ovo e umas batatas às rodelas em azeite ou mesmo o tacho a fritar as filhós em épocas de festa; o fumeiro e caniço por cima das cabeças, lá em cima a secar as castanhas, quando as havia, são recordados também. A morcela colocada no testo da panela de ferro é uma imagem muito presente, assim como a chouriça, a farinheira e os couros em vinha d´alhos grelhados na grelha ou o assador nas trempes que se ia sacudindo, até as castanhas ficarem no ponto e de seguida o pano a abafá-las. 
O calor confortante do borralho, o cheiro da panela do "vivo" e o quanto era bonito de ver a avó a fiar o linho e a irmã ou uma tia a fazer uma camisola de lã ou até um trabalho de renda; o púcaro com vinho quente com açúcar ou o panêlo do café e o pão torrado nas brasas; a caldeira dos torresmos a ferver que um dos mais velhos e com mais habilidade ia mexendo: tudo foi recordado.
Depois, um dia, apareceu na aldeia o primeiro fogão a gás e pronto, começou aí o princípio do fim do lume e da lareira para fazer a comida. Com a utilização do gás no preparo dos alimentos começava uma nova era para as mulheres de então, mulheres-heroínas, diga-se.
Aos poucos e poucos as panelas de ferro foram sendo substituídos por utensílios mais modernos e sendo inutilizáveis na cozinha, é-lhes imediatamente dada nova função...assumem o papel de "vasos"ostentando belas espécies de plantas e flores decorando varandas, balcões e pátios, ou como objecto decorativo no interior das casas.

34 comentários:

  1. Uma realidade que conheço muito bem pois vivenciei com a minha mãe momentos encantadores na velha cozinha!
    Bj

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    1. As cozinhas agora são diferentes, na nossa aldeia até virou moda tapar as lareiras com recuperadores de calor para aquecimento da casa.
      Bjo.

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    2. Eu fiz pior na minha para agradar ao meu sobrinho ... desmanchei a velha cozinha de forno para fazer um estúdio para o rapaz ... artista ... poder fazer os trabalhos!!!
      bj
      Bj

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  2. SE BEM ME LEMBRO...
    Ainda hoje e quando vou por altura do Natal à "terra", nada melhor que aquela morrinha em volta do cêpo a arder, quentes pela frente do calor das brasas, frios por detrás que aqui o frio não se faz rogado, mas a gente vai-se virando e aquecendo,sendo que ainda mal perceba o porquê de do lado esquerdo da lareira, lá continuar a panela grande de ferro, cheia de água e acrescentada a seu tempo, quando na loja de baixo não há bácoro algum para cevar; se pergunto, dizem de modo enfadonho que é para aproveitar as cavacas que ardem desde tempos infinitos (por mim reservo o sentir, imaginar que cada estoiro de uma carrecôdea de pinheiro, é uma benção, um sinal daqueles que partiram...).
    Somos aquilo que nos fizeram!
    Somos aquilo que aceitamos!
    A Paula ilustra de modo ilustre e nobre, o paradigma da transformação e evolução de uma aldeia tão semelhante a outras, da região ou pelo país fora, menos de meio século atrás, sendo que Tudo mudou!
    Há quem tenha medo da palavra Saudade, por mim tenho saudades da Saudade e se bem me lembro, meio século atrás, ia para a cama embalado por meia dúzia de contos contados em redor do borralho e depois de algumas malgas de castanhas assadas num simples assador feito à mãoo de semear, por norma uma ferrada velha de apanhar o leite das ovelhas, furada e com um pau atravessado e seguro em cada lado por dois pregos caibrais.
    Nada melhor que serem de lata, pois a castanha assava mais lentamente e ficava mais saborosa.
    E a gente ia para a cama, venerando pais e avós num mãos postas, "boa noite a vossas mercês".
    Pela manhã, vinha o cheiro do café de cevada que fervia no panelo por de cima das tempres; o lume ficava vivo toda a noite, aconchegado o brasiól pelas cinzas.
    Comido o que aprouvera e mata bicho dos homens feito, antes de se partir para a labuta, ficava uma panela de três encostada a algumas cavacas ardentes e que durante horas iriam cozer o feijão e mais tarde no jantar (hoje almoço), juntar a carne da salgadeira.
    Tudo, mas tudo, passava pela fogueira, a vida de lamúrias, os festejos, o chorar os mortos e saudar os vivos.
    Os anos foram passando, os costumes alterados por quem trazia de fora outros horizontes por vividos, veio a electricidade que apenas iluminou um ou outro e aos poucos do que me lembro, pouco ou nada se guardou, apenas ali e acolá, um cheirinho dos poucos que vão restando e que curiosamente ainda vão acendendo uma fogueira durante o ano inteiro, deixando de lado o fogão a gás (sabendo que tem de ser...) e microondas, mas aquele cheirinho a estevas, pinhas e giestas?!!!
    Por mim, ia a correr para o borralho!
    Parabéns Paula, fiquei comovido...

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    1. Eu adoro a palavra "saudade" e olhando para trás até gostava que o fogão a gás tivesse chegado à aldeia um tudo-nada atrasado. Claro que para as mulheres prepararem as cinco ou mesmo seis refeições do dia, não era "pêra-doce", mas se não tenho apanhado o gás tinha hoje mais memórias da lareira e das comidas ao lume que imagino (só imagino) a ementa diária não era muito variada. Feijão, batatas, sopa, carne da salgadeira. Enchidos? Mas esses eram raros.
      Do que melhor lembro são os serões que passei com a minha avó Coelha, alguns em casa da minha tia Júlia, depois da ceia, a dar conta do que os adultos faziam e diziam e assim se educavam os mais novos: a ver e a observar os mais velhos. E, claro, na lareira, lume, havia sempre umas panelas a ferver.
      A recordação da lareira emociona.

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    2. ... e ainda vi o meu marido despedir-se dos pais pedindo "a sua bênção". Eu sou "menina de cidade" mas sempre adorei esse ambiente descrito tão bem pelo querido amigo XicoAlmeida!
      Eu nasci no final da primeira metade do século passado, em Ponta delgada, onde agora estou, e "odeio" lareiras rústicas construídas em apartamentos modernos transformadas em floreiras!
      No meu singelo apartamento de Joane, onde espero um dia receber amigos virtuais... mandei fazer uma lareira no canto da sala. Aquece-nos no inverno e fazemos lá ricos grelhados quase como na casa dos meus sogros, nos Avidagos, onde eu abancava ao lume e só saía para regressar a casa. Agora já não há ninguém, nem nada... e eu sinto tantas saudades!
      Um beijinho, Xico e outro à Paula, a quem também devo visita e... comentários! Até um dia destes!

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    3. Santas noites, Teresinha...
      Sabe, gosto mais de escrever à noite, pois o silêncio da cidade, tirando as sirenes a que nos vamos habituando, devolvem e "pior", exigem aquele palato, aquele aveludar, quele culto quase imaculado ao qual nos devemos ajoelhar, na cautela de não sermos populistas.
      A minha cara amiga sempre foi frontal comigo e em parte, sei um bocadinho da sua vida, alegrias e mágoas, uma Senhora culta que nos dignifica aquando aqui vem e a Forninhos um dia destes (prometeu...).
      Pois, também me tornei num "menino de cidade" durante décadas, um ausente da minha terra por durante anos a fio passar Pascoas e Natais em Trás-os-Montes, por de lá sera mãe da minha filha e tive extraordinárias vivências de gentes de bem a quem não imputo nada de negativo. Com elas aprendi muito, até no modo de falar o mirandês: "embarra um cibo de canhono".
      O modo como faziam as alheiras, o gasto do que levavam...
      Mas a vida segue e muio mais adiante, reencontro Forninhos.
      O raio do tempo que nos comanda quer que a gente não queira, em milagres...
      No verão assamos sardinhas no pátio,no inverno umas farinheiras e castanhas e vá lá, uma chouriçita, um tinto e um novelo de propósitos que desfiados em lume brando, dão pano para mangas...
      Quiçá um dia destes não apareça por aí em Joane com a minha mulher de nome Paula?
      Essa mesmo...
      Beijinho grande!

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    4. Boa tarde, Paula.
      A lareira dava para tudo e mais alguma coisa.
      De tanto usada, até fazia tocar os sinos a rebate por a fuligem acumulada na chaminé se incendiar e gritarem "acudam que é fogo...).
      Seme deixares chamar mesa à lareira, na cabeceira ficava sempre a honrada panela de cântaro cheia, dia e noite para a vianda dos porcos...
      Pois é, não te lembras, lembro eu, sem conduto lá dentro e agua limpa, lavava tachos e panelas, nao sendo isso, no dia da matação, servia a suculenta sopa a tresandar o belo cheirinho a cominhos...
      Dava para tudo o borralho, numas trempes sobre as brasas, ia, quando era dia de qualquer especial, uma chouriça ou um bocado de lombo que estava a levedar em vinha de alhos, iam tortulhos cobertos de sal, maçãs e marmelos, pela manhã o púcaro de vinho a aquecer com o pote se açúcar à espera, até o pão aquecido para receber primeiro um pouco de banha e mais tarde,fidalgo, manteiga.
      Nascia uma criança, a água e resguardos eram à lareira que tudo era feito numa caldeira que iria lavar o rabinho do nascido. Nela se deitavam partes do ramo de Dia de Ramos, aquando rebentavam as trovoadas e se rezava a Santa Barbara Bendita...
      Junta a ela se rezava o terço, se encomendavam as almas, se faziam namoros e se educavam os filhos.
      Tal nunca vi ao redor de um fogão a gás...

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  3. Puxa vida, quanto era trabalhosa a vida antes,não áe? Interessante saber ! beijos, lindo domingo! chica

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    1. É, principalmente para as mulheres! As refeições do dia estavam por sua conta e isso ocupava muitas horas e ainda tinham de limpar, varrer...lavar roupa, costurar...tratar dos animais...
      O que vale as famílias eram numerosas e podiam dividir as tarefas por todas as mulheres da casa.
      Mas, note-se, que os homens também trabalhavam muito no campo.
      Bjo/bom domingo.

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  4. Lembro - me da primeira televisão no lugar onde nasci.
    Foi em minha casa. " Gabriela Cravo e Canela " o momento
    de unir todos em minha casa. Primos e vizinhos.
    Gás sempre tivemos. Retrete era a 50 metros.Na rua.
    Petróleo plano B para poupar.
    Velas quando faltava a luz e faltava muitas vezes.
    A água dos banhos aos Sábados era aquecida a petróleo .
    Um dia vira-se uma panela quase mata a minha irmã mais nova com dois anos.
    Ficou com 60% do corpo em carne viva ! Foi um milagre.
    Hoje cuida do PAI com ternura e garra ...
    Se não tivesse sobrevivido meu pai estaria num lar...
    Há 40 anos....Deus quis assim ...

    Abr
    MG

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    1. Há muito respeito pelo lume, pelo fogo, pelas trovoadas, pelos incêndios e em casa também. Não é à toa que volta e meia lá vem o aviso: "olha que a garota/garoto ainda se queima". Para não referir que o fogo foi sempre uma arma de guerra também.
      Agora do candeeiro a petróleo ao interruptor foi mais uma caminhada heroica. Só quando a luz chegou a Forninhos, em 1959, é que se viu luz na rua e depois, a pouco e pouco, nas casas. Quando faltava a luz lá em casa, lembro-me que recorríamos ao candeeiro de petróleo e velas também. Os anos 60/70 foram já anos de mudança de hábitos. E melhorou a qualidade de vida.
      Abraço.

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  5. Ainda em algumas aldeias deste país o fogão a gás ainda não entrou.
    Gostei de ler este belo artigo.
    Um abraço e bom Domingo.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    Livros-Autografados

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    1. São artigos como este que nos ajudam a compreender melhor a vida do nosso povo, da nossa terra.
      Bom domingo, abraço.

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  6. Nos lugares onde nasceram os meus avós João e Francisco no
    Interior da Ilha da Madeira , ainda me lembro de fazerem
    comida e pão a lenha .O avô de minha Mãe morreu com 102 anos.
    Não me lembro de não haver electricidade.
    Mas lembro-me das televisões precisarem de estabilizadores
    porque a corrente elétrica tinha picos constantes.
    Em minha casa minha avó Maria " Flôr" cozia a lenha as cascas
    de fruta e legumes para alimentarmos porcos.
    Há 40 anos ( faz em 19 / Nov .) caiu um avião no Funchal.
    Morreram 131 pessoas.
    Ainda minha irmã mais nova sarava as feridas .A nossa familia
    vivia o milagre .Acontece naquele Domingo aquela tragédia.
    Lembro-me desse dia. Eu e meu pai estávamos a ouvir o Rádio
    Totobola. Ouviam-se as sirenes ao longe.
    Tenho mais medo de andar na montanha russa que aterrar em
    Santa Catarina, fi-lo cerca de trinta vezes , o que para
    mim representa o mesmo que passar Penalva ou Fornos ,para os Forninhenses.
    Vem sempre uma lágrima ao canto do olho......

    Abr
    MG

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    1. Pode dizer-se que até deixarem de semear o centeio, em Forninhos fez-se no forno de lenha pão de centeio e de milho.
      Milho ainda semeiam, mas já ninguém o utiliza para fabrico do seu pão. Hoje os padeiros trazem o pão à povoação já pronto a comer, para quê fazê-lo?
      Quanto a queimaduras, tenho um grande amigo em Forninhos que, em criança, também as sofreu e graves.
      Mas há pior. Não preciso dizer nomes, o António sabe, que já morreram por lá algumas pessoas queimadas, crê-se por estarem à lareira.
      Abraço, boa semana.

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    2. Um poeta que sempre me recebeu bem...
      Comi boa sopa feita na lareira que o matou....
      Aliás, e porque os cobardes anónimos ás vezes não sabem o que dizem , existem duas pessoas natos de Forninhos que não estiveram nem opinaram-me sobre os acontecimentos de Agosto de 2006.
      Já aqui discritos no histórico do blog.
      Isilda e Lúcio. Foram coerentes , tal como todos os
      meus primos . E algumas tias.
      Quem me julgou e andou por Forninhos a semear a ideia
      que eu era doente ,enfim ,devia devolver ao seu povo
      a VERDADE ! Se é que tem coragem ....
      Devolver a verdade e o dinheiro , porque o havia mais
      do que suficiente na data da tragédia para recuperar
      a casa....

      O tempo excassea.

      Boa semana, Paula
      MG

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    3. "....Descritos..."
      e não "....discritos.."

      Abraço

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  7. Os meus avós tanto maternos como paternos, tinham fogão a gás, embora no dia a dia fosse o lume que usavam.
    Lembro-me que a sopa tinha outro sabor.
    Costumes saudáveis que marcaram uma época.

    Beijinhos.

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    1. A lenha dá um excelente gosto à comida e eu ainda vou degustando alguma comida feita ao lume, principalmente grelhados.
      Também provei das filhoses da imagem. São muito gabadas em Forninhos, não se conhece o segredo, mas para mim está na lenha.
      Beijinhos.

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  8. LUTO

    Portugal está de LUTO..
    Depois de Pedrogão eis mais mortes , mais incêndios , mais
    tragédia. Pode não ser um problema só NOSSO , acho mesmo
    que se trata de um problema GLOBAL . No entanto , dói ver
    os " nossos" aos gritos , sem ninguém para os ajudar.
    Ver casas a arder , aldeias , povos , gente e animais...
    Mas faço uma pergunta ! Em Outubro mandaram embora os vigias
    aqueles que no Verão olhavam para prevenir fogos ..??
    Será que as previsões climatéricas não exigiam mais cuidado
    como se fez nas praias com o alargamento do preríodo balnear.
    Uma tragédia. Superior ás contrariedades do dia a dia ...
    Paz á Alma dos que partiram nestas terríveis circunstãncias.

    Abr
    MG

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    1. Boa noite MG.
      Escrevi este artigo antes da mais recente vaga de fogos, que provocaram dezenas de mortos. Perante o que aconteceu, mais convicta estou de que presentemente a politica deixou de ser um serviço à comunidade, aos cidadãos.

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    2. Boa noite, Paula
      Só espero que o pais aprenda com esta desgraça....
      Não estamos livres de outras tragédias como terramotos...
      A Ciência e a era da comunicação falhou !!!!
      A Ciência nas florestas....
      A Comunicação na Protecção e Defesa...

      Abr
      MG

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  9. Lembranças boas, pois como as coisas mudaram! A vida ficou mais fácil com a tecnologia, porém são belas as recordações e a foto está muito boa, Paula!
    Um abraço grande...

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    1. Oi... Voltei p falar que hoje usei uma foto daqui no Vida & Plenitude. O meu post ficou mais bonito, por isso. Obrigada.
      Com carinho

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    2. São "coisas nossas que um dia já foram assim" e recordá-las é um direito e dever que devemos mostrar aos mais novos porque só assim têm conhecimento de como era a vida dos seus avós e bisavós.
      Já vou espreitar a foto ;-)
      Beijinhos.

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  10. Adorei a matéria, lembrei das minhas férias na casa dos meus avós, lá tinha fogão a gás, mas o mais usado era o fogão a lenha, conheço bem o sabor de uma comidinha de fogo a lenha, um sabor especial.
    Acho que tudo melhorou com o modernismo, principalmente pra donas de casa, mas havia mais color humano, mais participação e convivências nas famílias, ah, isso havia...
    Beijos.

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    1. Pois é Fátima. O avanço rápido das tecnologias, também mudou mais rapidamente os modos de vida das famílias. Os serões agora não são à volta da lareira, são a ver televisão ou na internet.
      Beijos.

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  11. Boa tarde Paula,
    Que rica partilha! Acho que não faltou nada e fez-me lembrar tanto do que se passava na casa dos meus avós.
    Também me fez recordar uma pergunta que fiz à minha avó, era bem pequenina, porque é que a comida dela era melhor do que a da minha mãe. Resposta pronta: "porque é feita ao lume". Naquela época, tinha eu 10 anos, foi comprado um fogão a gás que ainda está em pleno funcionamento na casa dos meus pais. Antes a minha mãe usava uma máquina a petróleo.
    Gratas memórias de tempos passados que é importante lembrar.
    Beijinhos,
    Ailime

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    1. É verdade, havia essas maquinetas, fogareiros petróleo, não é?
      Já não fazem parte das minhas memórias, mas sei que em Forninhos também houve (mas poucos).
      Beijinhos.

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  12. Conheci quando cheguei de Angola, já me era familiar.
    Saúde.

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    1. As riquezas angolanas já permitiam ter nas casas fogão a gás, enquanto cá nos queriam pobres, sem fósforos até!
      Lenha seca para manter a fogueira acesa todo o dia também era pouca.
      O mais difícil, diz-me a família, era fazer ferver as panelas, porque a lenha era verde, colocavam lenha miúda por baixo do cu da panela de ferro para esquentar e por vezes tinham de recorrer à lenha resinada.
      Tempos difíceis de boas memórias, mas também de más memórias.
      Bom fim de semana.

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  13. Adorei este post, não passei por isto, mas fui a casa de algumas pessoas que tinham essas vivências, tão bom recordar aqui todos os pormenores.
    Bj e bom fim de semana.

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    Respostas
    1. Obrigada.
      São vivências e experiências vindas de muito longe, de séculos...e o gratificante é que presentemente há bastante gente a recordar todos os pormenores.
      Bj e boa semana.

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