Devido ao despovoamento galopante já não há muita gente, mas para que se possa mais tarde recordar, trago imagens do Domingo de Ramos- 2016- que pode apreciar, se lhe interessar.
Saiu-se do Domingo de Ramos e entrou-se na Semana Santa que culminou com as cerimónias de Sexta-Feira Santa (falo de Forninhos), dia de abstinência (não comer carne) e dia em que os sinos se calaram a partir das 15h00 (hora da morte de Cristo). No Sábado da Aleluia os mais velhos ainda recordam que os sinos deviam repicar às 10 horas da manhã, mas... só repicaram no Domingo da Ressurreição: Domingo de Páscoa. Se calhar até faz mais sentido, se Cristo ressuscitou no Domingo, porque é que os sinos hão-de repicar no Sábado?
Hoje, Segunda-Feira, foi dia da visita pascal, também chamado dia de tirar o folar.
Continuação de Boa Páscoa a todos os visitantes, pois dizem que se estende até ao próximo domingo, denominado dia da Pascoela.
Continuação de Boa Páscoa a todos os visitantes, pois dizem que se estende até ao próximo domingo, denominado dia da Pascoela.
Tradições que se vão perdendo...
ResponderEliminarIsabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
...como a tradição de no domingo de ramos não ir à horta, nem se comer hortaliça e saladas e...muitas outras tradições que já não são revividas anualmente pelos católicos.
EliminarP.S: Embora o costume antigo ainda seja seguido por alguns católicos, não porque lhes pode acontecer alguma coisa de mal na sua vida ou por não se livrarem das lagartas na horta durante todo o ano, mas pela simples razão de que Jesus Cristo se escondeu detrás dos arbustos, no "Horto das Oliveiras”.
EliminarAlguns, ainda vamos tendo o privilegio de nestas datas festivas e mesmo apesar da distancia, viver estes momentos cada vez mais vazios e nesse vazio vem a saudade dos ausentes que outrora celebravam estes dias cerimoniosos.
ResponderEliminarPara eles, deixo um cheirinho de alecrim do grande Chico Buarque
"Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim".
E mesmo que agora os sinos tocam mais a finados, que a presuncao seja maior que a agua benta...
FOI BONITA A FESTA O PA!
Muito bonita esta letra, pá!
EliminarForninhos bem precisa de algum cheirinho de alecrim para ajudá-lo respirar melhor...
Que bom, Paula, encontrá-la por aqui... Bonito post e sempre gosto de ver e saber dos acontecimentos de Forninhos...
ResponderEliminarFotos que expressam muito do Domingo de Ramos...
Bjs e obrigada pelo carinho no Ciranda...
Passei uns dias em Forninhos e lá a Internet não é muito veloz, daí ser praticamente impossível actualizar o Blog e comentar.
EliminarAs minhas desculpas.
Há tanto tempo que não benzia o ramo na minha terra, que achei por bem publicar este post, mas às vezes já não sei o que achar desta terra tão vazia.
Beijinhos e tudo de bom!
Que lindas fotos e tenho uma forte ligação com domingo de Ramos! bjs, linda semana,chica
ResponderEliminarQuando vivi em Forninhos, o domingo de Ramos era para mim um dos dias mais bonitos na aldeia. Este ano estive presente, mas achei tudo diferente; dantes, nem era melhor, nem pior, simplesmente era diferente.
EliminarBoa Semana/Bjos**
Nasci num Domingo de Ramos ...batiam as 3 horas da madrugada no sino da aldeia (Cortegaça/Ovar).
ResponderEliminarMagníficas fotos de uma cerimónia que se vai perdendo nas cidades.
Beijinhos.
Parabéns!
EliminarDevido ao despovoamento, penso que é mais fácil perder-se nas aldeias do que nas vilas e cidades.
É só a Igreja lembrar-se que devido ao número de habitantes não convém ir ali um pároco!
Beijinhos.
Bom dia Paula,
ResponderEliminarQue bom que voltou;))!
É sempre muito gratificante poder apreciar esses actos culturais/religiosos, que ainda se vão realizando em Forninhos e noutras cidades e vilas do Pais. Uma tradição que penso não se perderá uma vez que vem referida na Bíblia. (Só talvez nos casos em que a desertificação se verifica).
Aqui no Algueirão costuma efectuar-se essa procissão, uma vez que há gentes de todos os pontos de Portugal que por esse facto vão lembrando os párocos que por aqui passam (penso eu que seja assim).
As fotos estão lindas!
Beijinhos e uma óptima semana.
Ailime
;)) Obrigada, Ailime.
EliminarExactamente. Devido à desertificação galopante é bem possível que a benção dos ramos em aldeias como Forninhos deixe de se fazer!
A Vigília Pascal, por exemplo, já se perdeu há anos devido à pouca participação!O mesmo não acontece nas aldeias mais "vestidas" de gente!
Beijinhos/Óptima semana tb.
Nunca tinha visto ramos tão grandes!
ResponderEliminarPor aqui também é sempre um domingo especial!
Continuação de boas festas e partilhas encantadoras!!!
Dantes, Graça, os ramos ainda eram maiores e pesados! Cheios de flores, maçãs e laranjas!
EliminarDo antes também é lembrado que os ramos mais bem decorados com imaginação e beleza e grandes, eram os dos habitantes dum povoado nosso vizinho, que vinham a pé até Forninhos, pelo que aproveito para deixar um trecho do livro da terra de Quinta da Ponte:
“Ainda me lembro do ramo que o meu primo Manuel e o Joaquim (Mudo) me fizeram da armação dum guarda-chuva, o qual muito bem revestiram com alecrim, flores e uma laranja na ponta de cada uma das varas. Este foi o ramo mais original desse Domingo de Ramos.” (José Cardoso).
Este ano dizem que só um habitante dessa localidade veio a Forninhos benzer o ramo!
Boas Festas, Aleluia, Aleluia!
Esqueci-me de dizer que um ramo não podia ser muito pequeno, porque tinha que durar o ano todo e se trovoasse muito não chegava. Não sei se sabe, mas sempre que se ouvia trovões, deitava-se um pedaço para a fogeuira ao mesmo tempo que se invocava a Santa Bárbara.
EliminarTudo acaba!
Apesar de menos gente nas celebrações, devido ao despovoamento, diria que são poucos mas bons os que ainda cumprem as tradições.
ResponderEliminardesconhecia essa tradição de não ir à horta no Domingo de Ramos, nem da razão que lhe está por detrás.
Gostei de ver as fotos.
xx
Tal e qual. Ainda assim, segredava-me uma amiga de longa data naquela manhã: "alguns só saem do buraco no dia da bênção dos ramos" "se não fossem os poucos que ainda vão todos os domingos à missa a igreja ficava vazia, mas a maioria não vê isso".
EliminarClaro que fiquei a pensar e por isso (também) este 'post'.
Não comer verduras, muita gente da aldeia ainda o pratica e eu também. São coisas que eu sempre ouvi no meio onde cresci, que acabei por ficar marcada por este modo de pensar.
As fotos foram tiradas pelo XicoAlmeida. Também gostei e por tal publiquei mais que uma!
Bj**
Aqui também se realizou a procissão dos Ramos, ainda estive presente, fui de férias. Mas sei que se realizaria como em todos os anos a Via Sacra a que sempre costumo assistir. No sábado às 10 horas seriam as laudes e às 22 realizar-se-ia a missa da Vigília Pascal, durante a qual se efectuam vários baptismos, e que sempre se prolonga até às 3 ou 4 da manhã.
ResponderEliminarUm abraço
Sublinho "durante a qual se efectuam vários baptismos". Desde 2010 que não se realiza em Forninhos a Vigília Pascal, mas do que me lembro melhor é que se apagavam todas as luzes do interior da nossa Igreja e iniciava-se a Celebração no adro da Igreja. Então o Sr. Padre abençoava o fogo e as brasas e este fogo era utilizado para o incenso da missa e era aceso o círio pascal depois de ser abençoado. O recém abençoado círio seria utilizado todo o ano, nas várias celebrações como por exemplo nos baptismos; as velas das crianças baptizadas são acesas nesse círio, assim como água benzida nesse dia (Sábado Santo). Hoje, francamente, não sei como é. Será que a água vem d´outra paróquia para Forninhos já benzida? E o fogo? Palavra que não sei...
EliminarUm abraço tb.
Muitos anos passados sem a vivencia da Semana Santa na aldeia.
ResponderEliminarTudo foi morrendo, quase parecendo que Cristo nao ressuscitou...
Guardo a recordacao distante do lava pes em que outrora participei e meio seculo depois na passada sexta feira, estarem presentes na cerimonia, vinte e uma pessoas, sete homens e o restante, mulheres. O cantar pela noite adentro a plenos pulmoes o Aleluia, pereceu. A visita pascal fica aos interesses do paroco e do poder economico das paroquias que "pastoreia".
Os Ramos ainda se vao celebrando quase por obrigacao, apesar de condicionar os mais idosos para e perante os horarios desconhecidos em tais poderem ou nao participar...eles que pagam as missas semanais de varios entes ao mesmo tempo.
Isto acima citado na resposta da Paula, resume o presente.
Forninhos, Rex In Pacem! Amen.