Seguidores

terça-feira, 14 de junho de 2011

O HOMEM JÁ NÃO MORA AQUI

Hoje quero fazer um convite, para um passeio virtual à nossa Serra e mostrar alguns dos seus encantos aos nossos visitantes:

Foi nesta Caverna que o homem morou, pensa-se, que há cerca de quatro mil anos antes de Cristo. Nesta altura, a escrita ainda não tinha chegado à Europa, mas encontram-se, mesmo em frente desta "habitação":

Uma rocha com pocinhas e um rasgo a todo o comprimento da rocha. Covinhas destas já apareceram em dólmenes com chapéu, e para a qual, a arqueologia ainda não tem explicação.

Aparecem em alguns locais, o que nos parece ser menires que, se o são, podem remontar, tanto à pré-história, como à Idade Média, só sabemos que devem ser mais pequenos do que os que carregava Obélix.

16 comentários:

  1. Nenhum arqueólogo pode dar um parecer sobre qualquer estrutura antiga sem fazer um estudo exaustivo do local, mesmo assim, pode correr o risco de ser desmentido por outro que venha a seguir, mesmo que o primeiro esteja mais perto da verdade; tem sido assim ao longo dos tempos e nunca deixará de assim ser.
    Mas eu, nós, podemos e devemos dar a nossa opinião numa sequencias de fotos que aqui vamos introduzindo, conforme a nossa interpretação do que se nos depara á frente dos olhos, sem receio, não temos nada a perder, e por ser assim, convido todos os que conhecem este local, a visita-lo novamente e comenta-lo, e perguntando mais sobre ele aos seus ascendentes e ás pessoas mais idosas das vossa relações, o que sabem da historia e das lendas e mitos.

    ResponderEliminar
  2. Olá a todos!
    Antes de iniciar estava nova caminhada virtual, quero dizer a todos os conterrâneos emigrados e imigrados que com a abertura e arranjo dos caminhos conseguiu-se pôr este lugar mais perto da aldeia. Pelo que, na Vossa próxima visita a Forninhos não deixem de visitar este magnífico e majestoso espaço.
    Posto isto, vamos então todos juntos rebuscar o passado do nosso “Castelo”, interpretando as pedras e a história que cada uma conta, porque se não formos nós a valorizar as coisas que são nossas, quem o fará?
    Penso que cabe a cada um de nós lembrar e dar a conhecer a nossa história.
    Do lado direito desta página, na breve descrição, caracterização do nosso território, diz-se que é possível identificar várias ocupações humanas e que a primeira ocupação pode ser atribuível ao Neolítico (cerca de 3500 a.C.). Esta descrição não a retirei de nenhum escrito, nem a informação me foi revelada por arqueólogo, somente interpretei “as pedras” e associei-as à História. Pois, se os vestígios mais antigos do Neolítico foram encontrados na Mesopotâmia e Síria e datam de cerca, de 4000 a.C., é de crer que foi entre 4000 a.C. e 3500 a.C. que o homem morou na caverna. Este homem não conhecia a escrita, por isso, os estudiosos acreditam que os desenhos que gravavam eram um meio de comunicação. É verdade que até à data a arqueologia ainda não encontrou explicação para estes desenhos em forma de pocinhas/ou/covinhas, mas se calhar para o “homem da sabedoria popular”, que tantas vez recorre a analogias fabulosamente expressivas, estas pocinhas contam uma história simples: posição das estrelas?

    ResponderEliminar
  3. Olá boa tarde.
    Pois é isto já é tão antigo que se perdeu na memória do tempo e das pessoas mais velhas, e para um estudo mais profundo só se a sorte sorrisse em algum achado mais fora do comum, então seria motivo paea escavar e por alguém entendido na matéria, vou ter que fazer umas visitas mais culturais e tentar ver com olhos de ver esses encantos ou até quem sabe a MOURA ENCANTADA.

    ResponderEliminar
  4. Boa noite meus Senhores e Senhoras.
    Assim, eu vejo este local, já por mim visitado, várias vezes, o acaso ou simplesmente a inobservância mais atenta, não me permitiu reparar nos caractéres da segunda foto.
    Já estive no local da "caverna" e bem no seu interior, pensava eu, local aproveitado pelos pastores da nossa Aldeia, em tempos aureos.
    -Mas como vós dizeis, local ocupado pelos homens do antigamente, A.C.
    - Mas como já há algum tempo tinha comentado, este local, e no antigo espaço da Capela de S. Pedro, algo me diz, MAIS QUE AQUILO QUE SE PODE VER, só, e como bem se disse, alguém entendido na matéria, arquealogia, poderia desvendar um pouco mais.
    Penso estar certo no que digo.
    Por brincadeira e só para alguns, que conhecem a perípécia, estive na Capela de S. Pedro á bem pouco tempo, e nada me desiludio, daquilo que penso sobre esse local, continuo a pensar que esse local deveria "ser explorado, para o bem".
    A História dessa Aldeia, ainda tem muito que nos explicar, sim a nós, "filhos".
    Boa noite.

    ResponderEliminar
  5. Embora alguns achados arqueológicos tenham desaparecido, este lugar ainda tem raízes históricas visíveis, que nos permitem hoje concluir que teve várias fases de ocupação humana ao longo dos tempos. Sem dúvida que a ocupação mais remota deste lugar é a Caverna, que o homem pré-histórico procurou para se abrigar do frio. Em algumas destas “habitações” deixaram gravados desenhos nas paredes como meio de comunicação, não é o caso desta nossa Caverna (acho eu), mas deste período, em frente à Caverna, deixaram as pocinhas cavadas na rocha, que até hoje ninguém conseguiu saber o que os homens desse tempo quiseram escrever.
    Relógio/horas? Calendário/anos? Posição das estrelas?
    Não sei, são apenas hipóteses.
    O que sabemos é que estas “covinhas” ou fossetes, estão associadas à arte rupestre, que na falta de melhor explicação, e porque chamam à atenção, são explicadas em muitas terras como sendo as marcas da pata da burrinha, onde a nossa Senhora ía montada a fugir com o Menino Jesus para o Egipto, ou, são a forma do pé pequeno do Menino Jesus ao subir para a burrita.
    Do imaginário das gentes de Forninhos eu apenas conheço a história dos mouros. Pelo que concluo que se houver alguma história/lenda que respeite a estas pocinhas está associada aos mouros, pois tudo o que é antigo o povo atribui aos mouros.

    ResponderEliminar
  6. Seja como for, é real e uma oportunidade rara de se conhecer o estilo de vida dos primeiros habitantes. Gostei muito de ler o texto e ver as fotos. Um abraço, Yayá.

    ResponderEliminar
  7. Muito boa tarde a todos.

    É verdade, Paula, os achados arqueológicos encontrados neste local desapareceram, saber a quantidade e o valor cultural que podiam representar já não é possível, mas as lendas e mitos ninguém daqui leva, e é disso que quero falar hoje.
    As lendas e mitos, são um instrumento que os arqueólogos não costumam usar para fazer a história do passado, porque estes não têm base científica, no entanto, não a rejeitam totalmente, e até a incluem nos seus estudos para completar um possível “puzzle “ da história antiga.
    Nesta serra há, não uma lenda, há mais de que uma: a lenda da moura encantada, a da grade de ouro e do cambão e das tochas acesas nas pontas dos chifres do gado utilizado pelos de forninhos, dirigida serra acima para iludir os mouros e expulsa-los, não sei se haverá mais, só sabemos que esta serra é rica, não só em vestígios, mas também em lendas e mitos.
    E como as lendas são história ou imaginação dos ancestrais, só estes a sabem contar e o seu significado, por isso a transmitiram de geração em geração fazendo sempre parte da cultura popular.
    Compete-nos mantê-la, viva para que não sejamos nós os responsáveis da sua perda.
    Um abraço para todos

    ResponderEliminar
  8. Em relação às lendas em redor deste antigo povoado, da grade e do cambão, da moura encantada ou do ataque e expulsão dos mouros que os cristãos obrigaram a abandonar o local, acho que “O Novo Blog dos Forninhenses” tem conseguido não só que se revivam os tempos, mas também tem transmitido alguma “História e Lendas”. A Junta de Freguesia também tem em vista a publicação de uma monografia ou obra sobre a memória e história de Forninhos e creio que não vai deixar de registar o património imaterial que existe em redor deste antigo povoado. Portanto, a sua divulgação e informação está a tomar um bom rumo, mas não é novidade para ninguém que a nossa juventude não se interessa pelo passado, mesmo o recente.
    De qualquer forma, sou de opinião que compete-nos (a nós) descobrir novas vertentes, que com umas escavações levadas a cabo por um arqueólogo nos ajudaria muito a compreender melhor como eram, e como viviam, os nossos antepassados, só que perante os desafios que o país enfrenta actualmente nem vale debater agora esta questão.
    Só sei que se perdeu de forma “vergonhosa” oportunidades, porque infelizmente no nosso Município impera, como sempre imperou, um certo esquecimento pela nossa história por parte dos responsáveis políticos, sempre mais preocupados com outras “coisas”!!!

    ResponderEliminar
  9. Boa noite a todos.
    Sempre achei e acho, que noutros tempos, e a memória de todos, não me deixará mentir, que naquele lugar, São Pedro, existiu um pequeno povoado, Mouros, Cristãos, àrabes ou o que lhe quiserem chamar.
    Agora, falando em lendas e mitos, é claro que se começaram a criar, sobre a grade e o cambão, a Moura encantada, entre outros, isso, penso não haver grandes inequivocos.
    Sobre o Povo que ali viveu, vestigios existentes ainda hoje, outrora mais houve, tais como as pedras escavadas, as tais pocinhas na pedra, " que ainda não presenciei", mas que com um bom estudo, aquele local nos pederia dar grandes informações, daquilo que era ou teriam sido as nossas origens.
    Mas como aluap diz, nunca niguém se preócupou, em tempos, pois não será agora.
    Boa noite a todos e que melhores ventos nos aconselhem.

    ResponderEliminar
  10. Mesmo a caverna, as “loijas”, por exemplo, no imaginário da gentes forninhenses são atribuídas aos mouros. Se tiverem oportunidade de fazer uma recolha oral, como eu já o fiz, uns contam que em S. Pedro antigamente viviam os mouros, aquilo estava cheio de “loijas”, eles enfiavam-se lá dentro e não se conseguiam apanhar, porque aquilo era um labirinto e sempre que os cristãos os tentavam apanhar, eles metiam-se lá dentro. Até que um dia pegaram os rebanhos com badalos ao pescoço e como não conheciam o som, ficaram encantados pelo tilintar e saíram e foram apanhados. Depois vieram outros que construíram casas rectangulares e algumas em forma de círculo, começaram a viver nessas casinhas, conheciam a cerâmica, abriram caminhos e enterravam os mortos sob pequenos montes. Os mouros para o nosso povo eram uns selvagens no antigamente, que viviam lá ao longe, e que tinham de ser expulsos, então conta-se que voltaram a juntar todos os rebanhos, puseram em cada chifre de cada animal uma vela, levando os homens grandes archotes na mão e julgando ser um numeroso exército, decidiram fugir.
    Tem razão ed santos quando diz que os arqueólogos não costumam fazer uso das lendas e mitos, mas que ajudam a completar a história antiga ajudam. “O HOMEM JÁ NÃO MORA AQUI” se foi expulso ou dali abalou à procura de terras mais férteis, não se sabe ao certo, mas o que é mais certo é que os últimos habitantes deste povoado tenham sido os romanos e não os mouros.

    ResponderEliminar
  11. Quantas histórias interessantes tem nesse lugar.
    Imagino como a Arqueologia deve estudar para descobrir a causa dessas pocinhas nas rochas.
    Obrigada por me levar no passeio virtual.
    Tenha um lindo final de semana.
    Beijos

    ResponderEliminar
  12. Esta caverna da 1ª foto, tem um espaço interior de mais de 50m2 e foi dividida ao meio.
    Aparecem vestígios de outras habitações encostadas a rochedos; também existem vestígios de dezenas de habitações castrejas.
    Podemos ainda encontrar aqui três lagaretas bem talhadas na rocha; as ruínas de um castelo, que, segundo a opinião de um conceituado arqueólogo que recentemente visitou o local, são visíveis, um ou mais torreões, o que nos pode trazer para uma época mais recente (Idade Media) mas pode muito bem ter sido construído sobre as ruínas de outro mais antigo.
    Encontram-se por todo o lado pedaços de cerâmica, alguns de barro preto cozido, de trabalho manual, outros de trabalho já em roda de oleiro.
    Podemos ver restos de sarcófagos partidos no local onde possivelmente foi um cemitério profanado, e vestígios de uma capela que foi destruída a uma escassa centena de anos cujo santo, algumas pessoas de Forninhos se lembram de ver atrás da porta da sacristia da igreja matriz da povoação, onde as crianças, em modo de chacota lhe batiam na cabeça (hoje, em exposição no Seminário Maior de Viseu onde as pessoas o podem visitar).
    Por tudo isto, podemos concluir que este local foi habitado, não por séculos, mas por milhares de anos.
    Quanto a mim, e creio que não sou o único a pensar assim, este local merecia mais atenção da parte das autarquias.
    A autarquia Municipal, a quem compete desenvolver o seu conselho, nunca ao longo de tantos anos que podiam e deviam dar atenção a este local, para mim, o maior complexo da antiguidade do conselho, nada fizeram.
    Os poderes locais, a quem compete defender e preservar o seu património, também nunca fizeram nada nesse sentido
    Podemos levar em conta, a pouca sensibilidade que havia para estas questões da parte do poder local passado, mas já o mesmo se não pode dizer do atual que, se não tem devia ter, e espero o venha a fazer, porque, embora se fale bastante neste assunto, até hoje não vimos nada, para alem de umas caminhadas pedestres que este ano até daqui se desviaram.

    ResponderEliminar
  13. Boa noite.
    È assim, todos falam, mas o dizer nada faz, enquanto não houver alguém com poder e que se preócupe com aquilo que nós temos, falo nas relíquias, Monte de São Pedro, entre outros.
    Chegaram a abrir um caminho, que já existia mas precário, hoje esse mesmo caminho já se encontra sem condições, para se passar a pé, vá-se lá andar de carro.
    Muitos foram os que até ali se deslocaram nas suas viaturas, hoje é impossivel.
    Esse caminho, não podia ser de novo aberto?
    Bom resto de FDS.

    ResponderEliminar
  14. A palavra “crise” provavelmente é aquela que hoje é mais usada para justificar a não realização de promessas eleitorais. A ânsia de ganhar eleições faz com que muitas vezes se não fale a verdade e depois, à semelhança do azeite, a verdade vem ao de cima.
    Muito mais tinha a dizer dos líderes e forças políticas que nada fizeram, nem pretendem fazer, não só por S. Pedro, mas por esta nossa terra: Forninhos.
    Mas como até sou de opinião que a crítica deve ser sempre construtiva e não como se vê, muitas vezes, que só servem para deitar abaixo, penso que a Junta de Freguesia podia optar por um projecto fácil e pouco dispendioso que, a meu ver, valorizaria este lugar – S. Pedro.
    Este lugar possui condições e património natural e arqueológico, únicos, que poderiam e deveriam ser assinalados e, consequentemente divulgados. Este espaço encontraria nas casas de turismo rural os primeiros “clientes”. Os nossos jovens também se interessariam por melhor conhecer este riquíssimo património e a nossa história. Não é por acaso que a maioria dos jovens desconhecem que povos ali habitaram!!!
    O que eu gostaria de ver, para já, era um bom percurso assinalado, ver os caminhos antigos limpos e ao dispôr de quem quiser caminhar por eles, mostrando os vestígios de antigos povoamentos e da natureza.
    Em Forninhos existem outros cenários únicos que caberiam neste tipo de projecto. Há alguns dias atrás, escrevi precisamente esta ideia no artigo “O Poço dos Caniços”. Estou convencida que nem eram necessários grandes gastos, pois poderiam sem feitas estas limpezas pelos próprios funcionários da Câmara e a partir da primeira limpeza haver uma manutenção periódica.
    Outra ideia, era a sinalização de todos “os monumentos” de interesse turístico, sobe-e-desce, penedinho do ouro, forca, fonte/nascente da Moura, etc. etc. um bom acesso à "Cadeira do Rei", entre outros...
    A Internet é hoje um meio que podemos utilizar para criticar, lançar novas ideias e informar os leitores e até os eleitores. Por isso, todos aqueles que se consideram capazes de uma alternativa com um projecto válido, deveriam demonstrar que Forninhos tem realmente futuro. E os que se encontram hoje no poder devem continuar demonstrar o trabalho realizado, que aliás isso fazem muitíssimo bem, mas devem também apresentar as novas ideias para o futuro.

    ResponderEliminar
  15. Hoje é noite de S. João e, desde tempos imemoriais, é a noite das mouras encantadas. Também no imaginário das gentes forninhenses existe uma história/lenda de uma moura S. Joanina.
    Os mais antigos dizem que no “Castelo” existe uma moura encantada, que é filha do rei mouro que desapareceu quando os cristãos atacaram os mouros e que todos os anos no S. João a moura sai de madrugada e estende as suas roupas.
    “…quem quiser encontrar a moura é antes do sol nascer na Fonte da Moura. Dia de S. João, antes do sol nascer.”. Palavras do tio António Carau que anotei no meu bloco de notas no dia 27 de Junho de 2010.

    ResponderEliminar

Não guardes só para ti a tua opinião. Partilha-a com todos.