Mas o nosso passeio a pé, não ficou pelo "desencanto da serra", mais para diante num caminho que é muita a subir, de longe avistamos um colmeal e um apicultor nos seus trabalhos, que fotografamos. Afinal a paisagem não é só calhaus, a paisagem é sempre diferente a cada passada...
Dei um leve tratamento para se conseguir ver melhor (mais perto) as colmeias e o apicultor.
Não é demais dizer que ficamos bem contentes e continuando o nosso passeio pela serrania, encontramos muita e variada flora com interesse apícola.
FIM
Que bom e pelos caminhos SEMPRE encontramos coisas boas de ver e registrar! Gostei desse olhar! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarFoi uma tarde igual a tantas outras, numa Serra sempre diferente.
EliminarBj, tudo de bom.
Já a gente antiga dizia para termos cuidado quando íamos para aqueles "ermos", esses eram a serra em que as pessoas se perdiam, eram comidos pelos lobos ou enfeitiçados pelas moiras.
ResponderEliminarBom era o tempo em que o chiar dos carros das vacas para as sementeiras do centeio, acordavam a preguiça da fauna, cotovias aos saltos, coelhos a saltar à beira dos caminhos, prontos a serem apanhados por uma aguilhada com ferrão bem afinado. Inferno era o inverno para o pastor, frio, chuva e neve; valiam aquelas casotas de granito firme que acudia ao pastor e ao rebanho.
Fui um pouco disto que fomos à procura, naqueles lugares vividos e ouvidos.
Um dia antes, ficamos maravilhados com o modo como à nossa frente, vinte metros porventura, como que bailava uma raposa jovem, neste dia, um par de perdizes e uma lebre de orelhas espetadas.
A infelicidade de outros cujas terras foram dizimadas pelos incêndios, o paraíso estava em Forninhos e para se abrigaram espécies de toda a fauna. Até um dia...
Valeu a pena o passeio e deixar o alerta para salvaguardar as nossas raízes numa coisa que é nossa e de todos, que o digam as abelhas trabalheiras e as pessoas obreiras que acreditam que a nossa terra está viva.
Ai, se sentissem o cheiro dos rosmaninhos, da resina dos pinheiros, do grasnar dos corvos, do canto das cotovias, das lágrimas de um riacho ou balir de cabra perdida, dirá com toda a certeza quem reina aqui é a vida!
Misticismos, claro agora que há electricidade na aldeia e caminhos mais abertos na floresta, os medos são mais moderados.
Amigo XicoAlmeida....
EliminarQue bom vier aqui e encontrar um texto bem Português...carregado de saudades, histórias e de forte tradição!
Grande abraço meu amigo!!!
Que bom VIR!!!
EliminarÉ dificil acrescentar mais alguma coisa ao comentário do XicoAlmeida!
EliminarUM DEUS DARÁ
EliminarMas,e pergunto:
Quanto tempo o tempo tem, para nos aturar se nada fazemos por ele, do seu remanso aproveitar o que dele ainda resta e teima em sobreviver para nos dar estes momentos.
Um caderno cheio de memórias (lidas e respeitadas por poucos), do deambular por estes caminhos, outrora temidos em que o povo se acautelava com as feras, as mesmas das poucas que restam e festejam quando as vislumbram...
A gente viu, estava lá, o abandono da serra às politiquices doentias, a quem compete manter a sua sanidade e na mediocridade de campanhas eleitorias, o degladiar de quem mais caminhos abriu, mais pinheiros vendeu e os fins destinados aos proveitos, baldios entregues ao desbarato, investigações judiciais e por aí se ficam.
Quem até hoje valorizou a serra, fui ela própria pelas memórias que a entranham e com ela guarda.
Nós, habitantes de agora, jamais a dignificamos como merece, serve apenas para as tradicionais caminhas e quanto ela ficar mais velha e escombrosa, mais valorizada é pelas carpideiras dos caminhantes, insígnes no provar de azeites e vinhos oferecidos por conveniência.
Claro que a serra não gosta e não pode bradar aos céus que "o diabo os carregue", mas pode chorar na saudade, sim, que a serra tem sentimentos e não esquece os antigos que tantos mimos lhe deram, apesar dos medos que esta lhes causou, em causa própria e quase sempre aligeirados pelos cantares serranios, dos resineiros, aos homens de gadanha em punho e o lavrar dos centeios.
Agora parece que querem amortalhar a serra, no seu sopé, até um mísero sofá outrora fidago, em desplante lhe deixaram, talvez para ela esperar pela sua morte.
A serra jamais vai esquecer quem dela gostou durante tantos e tantos anos e não vai merecer morrer ardida na fogueira.
Apenas tem cumprido o que mais ama, amar a quem a amou!
Tenho, como muitos sabem, um carinho muito grande pela serra de S. Pedro, não por porventura alguns dos seus maiores símbolos, como a Cadeira do Rei e o Castro serem pertença da minha família, mas e acima de tudo e enqunto criança e antes de ir para a escola, ali pssar noites a dormir no pinhal para ainda madrugada escura, andar à frente das vacas a lavrar a terra para semear o centeio. Do melhor da minha vida e da vida que acordava, por isso fica um apelo:
E que tal criar uma associação "Amigos da Serra"?
Um belo passeio em contato com a natureza, é sempre uma maior valia para o corpo e para o espírito.
ResponderEliminarAbraço e uma boa semana
Sem dúvida, faz bem à saúde e alimenta o espírito!
EliminarUm abraço.
Passear é sempre uma grata surpresa! belo passeio o seu! Belo também é o seu blog, parabéns! Vou levar seu link e voltarei mais vezes!
ResponderEliminarObrigada pela visita comentada!
Eliminar@té breve.
Foi um belo passeio... bem a meu gosto!!! Bj
ResponderEliminarMas há quem não goste, porque (dizem) nesta Serra é só pedras e uma imensidão de giestas!!
EliminarBjo.
Que bom, Paula, que encontrou motivos alegres para registrar e compartilhar... Paisagens assim trazem contentamentos...
ResponderEliminarBjs e ÓTIMA SEMANA...
Apesar do contentamento, não posso deixar de lembrar a lixeira no sopé da Serra.
EliminarBjs, boa semana.
Infelizmente por causa dos incêndios grande parte das colmeias desapareceram.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Ao contrário de outras terras que foram dizimadas pelos incêndios Forninhos tem sido poupado...até um dia.
EliminarAbraço, bom fim de semana.