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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Pedras de Esquina

Ainda hoje é possível encontrar pedras de esquina em Forninhos, mas uma raridade por ser ancestral.
Pedras colocadas outrora estrategicamente nas esquinas das casas mais abastadas e que tinham por função evitar que as rodas dos carros das vacas ao fazerem as curvas, danificassem as paredes.


Os tratores chegaram e substituíram os carros das vacas, mas o progresso felizmente ainda não empurrou todas as pedras de esquina. Afinal nem tudo em Forninhos está perdido!

24 comentários:

  1. Não conhecia essa das pedras de esquina, mas decerto é uma boa ideia, mesmo com tratores.
    Um abraço e bom Ano

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    1. E talvez seja por causa dos tratores que os donos desta casa, ainda mantém as pedras de esquina (?).
      Abraço.

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  2. Que legal e interessante!Adorei ver.Não conhecia! bjs, tuuuuuuudo de bom,chica

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    1. Nesta casa estão há dezenas de anos, mas só há dias é que me ocorreu perguntar para que serviam, confesso.
      Estamos sempre a aprender ✿ chica!Bjo.

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  3. É a primeira vez que vejo ... bem curiosa essa prática!
    Um 2017 com mais novidades interessantes é o que desejo!!! Bj

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    1. Para mim é sempre um prazer divulgar coisas que podem parecer insignificantes, mas que dizem muito do modo de vida da nossa gente, em tempos ainda não muito distantes!
      Bjo.

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  4. Antigamente e quando a gente se arreliava, era por norma a coisa acabar à pedrada...
    Agora a gente pergunta aos que vão restando, o que significavam estas pedras polidas. Tal, e como reza o texto, tinham um certo sentido. Que os pobres não se metessem com os ricos, nem riscassem, sequer, as suas paredes. Era assim, embora custe recordar...Quais marcos das estrêmas que nos campos e pinhais, faziam fronteiras, a coisa desceu para a aldeia, vinda de cima, da serrania.
    A culpa, sempre foi dos romanos, diz quem ainda inventa estas coisas, os da Pardamaia, insignes da sabedoria.
    Se calhar e sendo modestos, teriam alguma razão...
    Cavalgando serra abaixo
    Em bestas desenfreadas
    Entre casas esborralhadas
    Semblante cabisbaixo

    Um dia, daremos valor a estas pedras.

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    1. Sobre...dizia Aquilino Ribeiro: "Não lhe toquem no talhadoiro águas; cuidado, a charrua do vizinho não desvie o marco um centímetro para a banda; que a cabra pobre não lhe roa as duas fêveras que se inclinam para o baldio; sem licença não pisem o que é e paga boa décima ao "cães da Fazenda"!".
      E é facto, em Forninhos gostam muito de atribuir (hoje!), tudo aos romanos, até parece que agora toda a pedra veio de S. Pedro, mas pior é quando afirmam que vieram do "Sítio Romano da Pedramaia"!
      Eu, Xico, prefiro pensar que herdamos mais do povo lusitano, do que dos romanos!
      Felizmente, Lusitano ainda é sinónimo de português e denomina todo aquele que seja cidadão de Portugal. Se em Forninhos preferem atribuir tudo aos romanos, é porque cada vez mais se identificam com esse povo e mais não digo...para bom entendedor...

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  5. Muito interessante desconhecia por completo estas "pedras de esquina".
    Um abraço e Bom Ano de 2017.
    Andarilhar

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    1. Por lá dão-lhe o nome de "pedras de esquina", mas é possível que tenham outro nome.
      Abraço.

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  6. Que legal a história e a pedra. Hoje em dia essas pedra fazem falta por aqui.
    Bjos Aluap e desejo um ano novo cheio de alegrias e felicidades.

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    1. Aqui, já seria bom não desaparecerem de vez ;-)

      Beijinhos e que 2017 seja feliz para todos nós!

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  7. ....

    E estas pedras falassem ??

    Abr
    MG

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    1. Se as pedras falassem a linguagem dos homens...muitas mais tinham desaparecido, António!

      Abr.

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  8. Se as pedras falassem, teria muitas que arremessar...
    A Carecas e ex-presidentes, a uma turba mendiga que batia pelas portas, a pedir...
    Nem os pais deixavam mijar nestas pedras, mentira?
    Como puderam ignorar esta parte histórica de Forninhos, nos "anais" da nossa terra. Vergonha?
    Escreveram um dia uma "Coisa" do nada, de olhos tapados, misantropos, digo eu que fui apelidado no "plural" de infeliz...
    Pois uma coisa é certa, Forninhos tem mais do que aquilo que parece, tem cultura, tem riqueza endógena, tem mais que maneirismos que promovem viagens...tem gente de boa fÉ!
    E boa pedra para os amigos...

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    1. Pois é impossível que não se faça reflexões acerca daquilo que essas pessoas fizeram com a história de Forninhos, sequer souberam aproveitar as coisas raras que esta terra tem.
      Infelizmente as asneiras e estupidezes foram muitas!

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  9. ....
    Estas pedras da vossa aldeia
    São os elevadores da nossa cidade
    Levam e trazem
    Em silêncio calam
    Calam a dor e o sorriso
    A alegria e a tristeza
    Calam as bebedeiras , a boémia
    As paixões e os ódios
    Os namoros e os amantes
    Levam e trazem
    Em silêncio calam
    A injustiça e a mentira
    As vigarices e a verdade
    As pedras são como os elevadores
    Olham vizinhos, cheiram o suor
    Escondem as saudades
    Levam e trazem a Vida e a Morte..
    Os Homens passam as pedras ficam
    Os elevadores cansados perduram
    Calados , calados , calados
    Se falassem as pedras
    Tal como os elevadores..
    Silenciavam muitos Homens
    Que medo....

    Abr
    MG

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    1. Gostei, mas gostei muito mesmo deste poema!

      Um abraço de amizade.

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  10. Um costume com bom significado! Gostei de conhecer!!
    Abraços nesta 5a feira do ano novo...

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    1. De facto, um costume com bom significado, pois as pedras de esquina não estorvavam a ninguém, se estorvassem, as d'esta casa a esta hora já lá não estavam!
      Abraço.

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  11. Uma tradição interessante!
    Adorei conhecer!

    Beijinhos.

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    1. Creio que só faço o meu dever!

      Beijinhos e um bom fim de semana.

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  12. Boa noite Paula,
    Não conhecia essa tradição!
    Felizmente que em Forninhos ainda perduram essas pedras que protegiam as esquinas para relembrar as boas coisas do passado.
    Beijinhos e bom fim de semana.
    Ailime

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    1. Não posso estar mais de acordo e é nesse ponto, que podíamos fazer a diferença para melhor, mas quando não se tem em conta o interesse de todos, mas apenas de alguns, relembra-se o que é d'outras terras e o que e nosso fica para trás!

      Bom fds/beijinhos.

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