Este post é dedicado às noivas, seus vestidos e acessórios. É uma forma de ver como era a moda e os costumes noutro tempo, além de, obviamente homenagear as bisavós, avós ou mães de hoje que foram noivas um dia e, ao mesmo tempo, olhar momentos de um tempo passado que não são hoje vistos assim.
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Apresentamos:
Apresentamos:
Casal: Alfredo e Augusta (Joana), 14.SET.1961
Look anos 60
Vestido rodado (ou saia cintura alta rodada com uma blusa) e véu no cabelo. Antigamente o uso do véu simbolizava a pureza da noiva, hoje em dia não existe mais esta tradição, qualquer noiva pode optar por véu sem nenhuma restrição,
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Os meus pais: Samuel e Ema, 04.ABR.1970
mas não podemos negar que o véu possui um toque de romantismo e delicadeza.
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Casal: Tónio e Lurdes, 15.DEZ.1984
os noivos e convidados arrasam com looks anos 80
Dispensar o véu e optar por um chapéu foi a escolha da Lurdes.
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Esta fotografia foi tirada na Fonte da Lameira. Muitos jovens que nos visitam se calhar não se lembram da Fonte da Lameira assim.
Os anos 60, 70 e 80 foram anos de muito romantismo e as fontes eram um lugar onde muitos namorados se encontravam. A fonte da lameira ou fonte velha como lhe chamavamos tambem era um lugar onde muitas gerações de forninhenses passaram muitos momentos da sua juventude, momentos de amizade e de amor.
ResponderEliminarRealmente a fonte noutro tempo era muito bonita e por isso é que era um lugar escolhido pelos fotografos.
Recordar é viver.
A fonte como a que está na foto já não a conheci, era bem mais alegre do que hoje, agora depois que foi enclausurada perdeu o encanto, quanto aos vestidos de noiva todo tem o seu tempo e moda, e outra coisa o estrato social e modo de viver, mas para mim a moda é uma coisa tão feia que muda todos os seis meses, a moda do ano passado já não serve para o ano seguinte, negócios.
ResponderEliminarA moda vai e volta, mas basicamente nos dias de hoje, seja nas artes, na música e principalmente na moda é impossível não incorporar algo velho ao novo. O estilo "vintage" está sempre presente.
ResponderEliminarQuanto às fotos em sépia do look romântico dos anos 60 e 70, acho que são de uma beleza e de uma simplicidade enternecedoras.
Os anos 80, bom, acho que foram anos de looks românticos já mais modernos e mais ousados. O noivo dispensa o tradicional fato clássico e muitas noivas, para o cabelo, dispensam o véu e optam por um chapéu ou um arranjo. A linha simples dos vestidos compridos com a respectiva cauda a arrastar pelo chão, dos anos 70 (como o da minha mãe) foram aos poucos substituídos pelos vestidos mais curtos. A feminilidade da mulher é mais evidenciada com o uso de rendas e transparências. Os decotes insinuantes, os corpetes, tops, vestidos sem costas, esses chegaram noutra época.
Para concluir, a foto do ano de 1984, da fonte, espelha um tempo alegre, de saudável e verdadeira amizade e que hoje se perdeu. Esta fonte tinha nesta altura um encanto e mística que hoje não tem. Eu não me canso de olhar para esta fotografia e ainda me estou a habituar a esta imagem. Não podemos fazer com que o tempo volte atrás, mas sou de opinião que estamos a tempo de corrigir o que não deveria ter sido alterado.
OLÁ
ResponderEliminarÉ sempre bom recordar como eram bonitos os Anos 60/70/80 na nossa aldeia.
Que bonita imagem a fonte da Lameira.
Como era linda naquele tempo infelizmente hoje encontra-se escondida deixou de ter toda a beleza.
Parabéns a estes três casais que ainda se encontram juntos a viver em Forninhos já todos eles comemoraram as bodas de prata, e Deus queira que ainda comemorem as bodas de ouro com a mesma juventude que ainda se encontram.
Um abraço a todos
Iracema
Boa tarde para todos.
ResponderEliminarAntes de mais, quero desejar muita saúde, felicidade e longa vida a estes três casais, residentes em forninhos, e que de certeza, vivem hoje tão felizes como quando tiraram estas lindas fotos, geniais, simples, modestas mas onde demonstram amor e felicidade.
Houve uma longa época, onde as vicissitudes da vida alimentavam rudeza e a bruteza. Sucedeu-lhe outro, onde havia amor, amizade e harmonia, e não era preciso muita coisa para que as pessoas se sentissem felizes, para mim, não tenho duvida, que estas décadas foram de ouro.
Nas aldeias do interior, hoje tudo é diferente, as pessoas, embora se apregoe muita crise, já não precisam umas das outras monetariamente, se as terras não compensam o seu amanho, deixam-se de poiso, porque as pessoas já têm (e ainda bem que assim é) outros meios de sobrevivência, mas a amizade, a lealdade e honestidade, são bens que devemos preservar, numa aldeia pequena como é forninhos, todos somos vizinhos e a amizade não se compra nem se vende, dá-se e recebe-se.
A 2.ª foto é do casamento dos meus pais. Casaram a 04 de Abril de 1970. Passados 40 anos, na mocidade de agora já não se encontra a pureza e candura doutros tempos, tempos de virtudes antigas e costumes austeros, mas que fizeram homens e mulheres com personalidades fortes e decididas.
ResponderEliminarCabe aqui contar um episódio a propósito do fato do meu pai. Conta o meu pai que na época o noivo deveria usar fato escuro e foi difícil convencer o alfaiate a costurar o fato que ele queria, isto é, o meu pai escolheu um tecido com uma risca branca (se aumentarem a foto conseguem ver) e o alfaiate (da Casa Ginésio de Penalva do Castelo) queria que ele escolhesse um tecido liso, alegando até que o escolhido pelo meu pai era de menor qualidade. Mas não foi essa a decisão do meu pai, nem é essa a impressão que eu tenho quando vejo esta foto e o que fica evidente é a personalidade forte e decidida do meu pai, que sabia o que queria e escolheu muito bem o figurino deste dia especial. Soube que muitos quase não o reconheceram (falta-lhe pois o bigode hehehe), mas a personalidade forte e decidida é a mesma.
Os pais são um dos pontos cardeais da vida e como em Portugal, até há alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado no dia de hoje, 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, padroeira e rainha de Portugal, envio 1 xi-coração a todas as mães e pais e que vivam em harmonia para que os laços de família continuem a ser uma referência para todos nós.
Como os tempos mudam!!!
ResponderEliminarO dia do pai era um dia muito especial, mas o da mãe, era um dia celebrado com um sentimento ainda maior. Ontem nem sequer se referenciou na comunicação social (pelo menos eu não vi).
É pena, estes dias só são lembrados pelos comerciantes com o intuito de vender, sinais dos tempos!...
As artes e ofícios, estão em extinção, é uma realidade, dos pedreiros, carpinteiros, sapateiros, ferreiros, latoeiros e outros, tantos, pouco ou nada já se fala, as roupas então!.. compra-se tudo feito e há para todos os gostos, mas queria aqui lembrar que, em Dornelas, freguesia vizinha de Forninhos ainda funcionam duas alfaiatarias artesanais onde muita gente da terra e arredores encomendam os seu fatos por medida e escolhem os melhores tecidos com a ajuda dos alfaiates, assim como as mulheres também optam aqui pela sua costureira, demonstrando á sociedade, que as artes não acabam, desde que se queira.
Uma palavra de louvor para estas famílias, que mesmo contra as “invasões” das roupas feitas e modernices, e todas as dificuldades que as novas sociedades trouxeram, conseguiram manter uma tradição que está, como outras, quase extinta.
P.S. Um destes artesões faleceu o ano passado, não sei se a sua alfaiataria teve seguimento.
É pena que as artes e ofícios antigos, que tão úteis foram para a nossa região, acabem.
ResponderEliminarAinda me lembro ver o alfaiate de Dornelas, o Sr. Luís, aos Domingos no Largo da Lameira, com os tecidos e com a fita pronto para tirar as medidas. Vestiu muita gente. Mas hoje não há o hábito de mandar fazer roupa por medida, com excepção de algumas pessoas mais fortes, a maior parte opta por comprar a roupa feita, apenas procurando o alfaiate ou costureira para pequenos arranjos.
Também antes havia mais tradição de usar o fato. Independentemente da classe social, as pessoas usavam o fatinho ao Domingo. Hoje não, perdeu-se o hábito de usar fato. Apenas usam fato os que são obrigados a usá-lo no trabalho e os que usam em ocasiões especiais, como o casamento. Mas um fato de homem ou de mulher feito por medida tem outra qualidade, outros acabamentos. A diferença de preço até pode ser enorme, se não compararmos com os fatos de marca, mas atendendo que os fatos feitos à “maneira antiga” duram uma vida, acho que compensa a ida ao alfaiate.
Olá pessoal.
ResponderEliminarPois é a sociedade evolui, e as profissões essas ou mudam o seu modo de trabalhar ou pura e simplesmente acabam com o passar do tempo, com respeito á profissão do alfaiate é uma profissão que tende ela a ser mais refinada, uma vez que o pronto a vestir tem alguma qualidade e o preço, tem um peso importante no acto da compra.
Pelo que me foi dito os irmãos Luis e António eram alfaiates de Dornelas que se deslocavam de terra em terra,começaram por se deslocar a pé depois em bicicleta, mota e por fim de carro, hoje sei que existem alfaiatarias em Dornelas, como os tempos são outros e ainda bem, já são as pessoas que se deslocam ao local.
ResponderEliminarOs tempos são outros e todos os usos e costumes relacionados com o casamento já não são o que eram. Nem na moda nem no resto.
ResponderEliminarNum passado recente a festa era feita em casa e os preparativos para a boda começavam 3 ou 4 dias antes, ou mais.
Fazia-se: arroz-doce, filhós, cremes caseiros e muitos pão-de-ló. Não era habitual servir-se fruta. O uso era comer arroz-doce e creme caseiro. Bolo de noiva não havia, o seu antecessor foi o pão-de-ló.
Este dia festivo começava com o “mata-bicho” em casa de cada um dos noivos, constituído apenas por filhós e pão-de-ló. Depois realizava-se o casamento na igreja e no final juntavam-se os convidados de um e de outro lado, em casa, dos pais da noiva ou do noivo, para o almoço. No casamento antigo nunca se servia peixe. A carne era o prato principal. Matava-se galinhas, cabras, ovelhas e conforme as posses das pessoas, lá se matava um vitelo. As carnes eram servidas guisadas e assadas. Também era servida uma canja de galinha. Não eram servidas saladas.
As bebidas servidas neste evento era o vinho tinto, laranjadas e gasosas.
Actualmente, tudo é mais simples, vai-se ao restaurante no dia do casamento.
Também os convites para o casamento eram feitos verbalmente aos familiares e às pessoas mais chegadas e a um ou outro amigo. Os noivos íam a casa das pessoas, mas sempre com uma pessoa a acompanhá-los, para evitar falatórios. As pessoas davam: galinhas, ovos, cântaros de vinho ou qualquer outra coisa para a ajuda da festa do casamento. Pouca coisa se comprava.
Em relação às alfaiatarias de Dornelas, os irmãos Luís e António já faleceram. Os descendentes de Luís Andrade não continuaram o ofício do pai pelo que a sua alfaiataria já não funciona, mas de referir que na parede exterior ostenta um belíssimo painel de azulejos com a sua imagem a trabalhar. Relativamente ao António Andrade deixou descendência na profissão de Alfaiate. A única alfaiataria activa neste momento é onde trabalha Fernando Andrade, que por sua vez a sua descendência não escolheu esta profissão (eu incluído como filho), pelo que será à partida o último alfaiate de Dornelas. Uma coisa posso garantir: enquanto tiver força, saúde e discernimento jamais deixará de exercer a sua vocação.
ResponderEliminarUm grande abraço
Mais uma curiosidade relativamente ao comentário de J Seguro. É verdade que aos domingos andavam pelas terras do concelho visitando os seus clientes. Inicialmente de bicicleta, depois de mota e por último já de carrinha. Inclusive, no tempo das bicicletas era necessária carta de condução para as conduzir. Tenho em posse a carta de condução de velocípedes (nº107) do meu avô (António Andrade) assinada pelo presidente da câmara em 1953. Se tiverem curiosidade em vê-la podem visitar o facebook "Dornelas Agb" e encontra-la no álbum "Memórias".
ResponderEliminarExcelentes fotografias que retratam belas recordações....
ResponderEliminarCumprimentos