Caleture caía nas mãos dos holandeses.
No dia 14 de Outubro de 1655, o nosso conterrâneo, Manuel Nunes, era feito prisioneiro pelos holandeses quando tomaram o Forte de Caleture.
Antes de ir para Jakarta, na Indonésia atual, esteve preso no Forte de Caleture.
É com muito orgulho que lembro novamente a participação de um forninhense na expansão do extremo oriente.
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| A gravura de Baldaeues, de 1672, tenta dar uma impressão do antigo forte português |
Breve resumo:
Em 1594 as forças portuguesas levadas pelo General De Azevedo conquistaram Kalutara. O construtor do forte de Kalutara foi Jorge de Albuquerque em 1622. O forte tinha 300 homens de arma em permanência e servia para proteger os navios de comércio nos mares de Ceilão, equivalente hoje a Sri Lanka.
Mais tarde o forte foi conquistado pelo Rei Rajasinghe I do Reino de Sitawaka, depois pelos holandeses e por fim retomado pelos portugueses para o perderem definitivamente em 14-10-1655, quando os holandeses lançaram uma invasão marítima vitoriosa.
Fontes:
Essa data corresponde à história do nosso soldado e torna plausível o relato da sua vida militar.
Em 1645, em Lisboa, embarcara com destino ao Estado da Índia. Chegando à cidade de Goa, quatro meses depois mandaram-no para a ilha de Ceilão para servir como soldado, onde permaneceu cerca de doze anos. Nessa altura, os holandeses acabaram de tomar o que faltava por conquistar da dita ilha e acharam-no, a ele, Manuel Nunes, na fortaleza de Caleture.
Três anos depois, a 10-10-1658, estava em Lisboa para depor no Tribunal da Inquisição.
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Desenho de Mosqueteiro |
O soldado Manuel Nunes, decerto que foi Mosqueteiro ou Arcabuzeiro.
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| Arcabuzeiro |
Foi em Forninhos que nasceu, sabia ler e escrever, num tempo em que pouca da gente que trabalhava na agricultura o sabia.
Embarcou para as Índias com 13 anos. Será que recebeu instrução militar para tal?
Refere que foi crismado na Igreja de Santa Justa em Lisboa, pelo Arcebispo de Lisboa. Haverá aqui alguma relação com o Mosteiro de São Domingos, onde poderia ter recebido instrução?
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarUm belo relato histórico que tem como herói um vosso conterrâneo!
É recordando estes factos que se constrói a história de um povo!
Um beijinho e bom fim de semana.
Ailime
Verdade Ailime!
EliminarEste artigo que recorda o forninhense Manuel Nunes, recorda principalmente o papel de Portugal nos séculos passados e só posso concluir que o nosso país está mesmo presente há mais de 500 anos pelos sete mares...
Bom fim de semana
Beijinho
Boa noite de sábado, querida amiga Paula!
ResponderEliminarO mundo tende a repetir histórias...
Será que os de hoje estão recebendo instrução para as guerras atuais descabidas?
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Pois, não sei...
EliminarParece que regressámos à época em que o Homem se tornou sedentário e começou a lutar pela posse da terra.
Beijinhos e bom fim de semana.
Excelente relato histórico!
ResponderEliminarA vida do soldado Manuel Nunes, dava um soberbo filme da vida real à altura e quiçá um dia alguém nos presenteie com ele na tela, era bonito.
Treze anos apenas e embarca para a Índia, uma criança que este sim, correu Seca e Meca no seu crescimento, por entre masmorras, e obrigações para com os Holandeses, obrigaram o "nosso" Manuel a por ali andar mais de uma dezena de anos, até voltar a Lisboa para ser julgado pela Inquisição por em longínquas latitudes haver tido contacto com outros credos. Foi absolvido e desconheço o sítio aonde repousa.
Talvez em Forninhos?
As nossas gentes são perdulárias da pouca nobreza e honradez de coisas ancestrais, Infelizmente....
Certo é que foi batizado em Forninhos em anos longínquos e crismado em Lisboa e porventura , suponho que que no Mosteiro se S. Domingos, pertencente à atual freguesia de Santa Justa.
Talvez em Forninhos, talvez em Lisboa...(??)
EliminarHão-de existir sempre interrogações.
Penso que em 1642, ainda a sua mãe aparece como madrinha de um casamento, pois lê-se que os padrinhos foram António, filho de Domingos Fernandes, dos Valagotes e Maria Nunes, mulher de Pedro Gonçalves.
Ele com 13 anos, 1645, embarcou para o extremo oriente e o facto de ter sido crismado na Igreja de Santa Justa, relaciona-o (a meu ver) com o Mosteiro de São Domingos onde poderia ter recebido instrução militar.
Mas, sim, até se podia fazer/apresentar um filme sobre a biografia do soldado Manuel Nunes, pois é uma parte da nossa história local.
A história é linda. Gostei muito de ler. Cumprimentos poéticos
ResponderEliminarÉ linda e como sempre digo: temos que conhecer e gostar da nossa história, para conhecer-nos melhor.
EliminarBom domingo!
Um excelente e belo relato histórico que gostei de ler.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Obrigada.
EliminarBom domingo e um abraço para si também.
Boa Noite
ResponderEliminarMais um belo momento de grande interesse histórico das gentes de Forninhos.
Parabéns 👐👐👐
Boa semana
António Miguel Gouveia
Obrigada.
EliminarAinda assim há gente que diz que de Forninhos só tinha a nascença!! Mas afinal o que mais sabem deste forninhense que não se alheou de ir combater para o Império?
Um abraço.
Vim conhecer mais um pouco de história por aqui! Boa semana!
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Muito agradecida, Isa!
EliminarO famoso orador romano Cícero dizia que a História é a mestra da vida.
Faz bem recordar os que, por dever ou obrigação, se sacrificaram na espinhosa missão de servir a Pátria militarmente.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
A existência de Portugal e a qualidade de ser português deve-se a esses homens que, em vários momentos da nossa história, teimaram em manter uma individualidade própria neste nosso berço à beira mar plantado.
EliminarUm abraço e obrigada pela visita comentada.
Que bom haver pessoas que fazem parte da nossa história! Meu avô paterno faleceu com 107 anos e também fez parte da nossa história! Bj
ResponderEliminarDa I Guerra Mundial eu ainda conheci um ex-combatente de Forninhos.
EliminarCreio que o seu avô foi um Herói dessa Guerra.
Bj
A vida é composta de história. Essa, jamais pode ser dissociada da vivência atual. Gostei muito de ler esta sua aula didática. Parabéns e obrigada
ResponderEliminar*
Regressei ao blogue. Grata pelo seu carinho e amizade
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Obrigada, se gostou é porque também gosta tanto de história como eu.
EliminarBjs