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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O que a História diz da nossa População


Tenho relido, com mais atenção, a obra do Pe. Luís Ferreira de Lemos. Como ele próprio refere, pode dizer-se, que a maioria dos habitantes é despida de ambições, mais ou menos conformada com a sua mediania.
(...) Produto do caldeamento de várias raças, é uma síntese dos defeitos e qualidades de todas elas. Mais perto de nós no tempo, os árabes terão deixado um pouco da sua resignação e conformismo, que tem feito do íncola um ser agarrado às tradições, sem espírito de iniciativa, inerte, durante muitos séculos, no marasmo do improgresso. Se por vezes é orgulhoso e assomadiço - herança visigótica - não lhe falta a ponderação e calma do sangue romano, a entroncar, pela sobriedade e valentia no mais puro cerne lusitano.
Tem passado toda a sua vida, se não foi à tropa, entre os horizontes arejados em que nasceu, da escola para os montes a pastorear, e daqui para a gleba, preso à rabiça do arado ou ao cabo da sachola, à procura do comestio, carinhosamente debruçado sobre a terrinha que já foi do seu avô. Sóbrio e modesto, o seu luxo é o fato domingueiro e o grande sonho é deixar aos filhos, melhorado, se possível, o que já herdou dos seus pais. (...).

in Penaverde Sua Vila e Termo, Pe. Luís Ferreira de Lemos

Como o leitor pode ver, o que fica dito - escrito há vários anos - está desactualizado. A partir da década de 60 o desejo de aventura aliado a uma verdadeira necessidade em melhorar "a negra vida", uns influenciando outros, muitos filhos da terra seguiram com a sua vida noutros lugares.

27 comentários:

  1. Belos tempos onde havia muita amizade e convivio. Hoje já não existe esta amizade é tudo muito diferente.

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  2. Belos tempos sim pela amizade, mas será que a amizade que hoje não se sente só aconteceu em Forninhos? Eu acho que não, porque em todos os lados se fala do mesmo, que já não há união, nem farras como antigamente, notam-se as pessoas mais frias, mais afastadas.
    No que toca a falar de um povo, dos seus habitantes, ficamo-nos sempre aquém daquilo que realmente merecem. Para além do que transcrevi, há muito mais a dizer sobre a população forninhense, dos seus honestos e humildes moradores, homens e mulheres, que nos transmitiram valores, saberes, que fizeram de nós as pessoas que somos. Orgulho-me principalmente dessa gente de antigamente que ousava tomar a palavra e dizer as coisas como eram, com quem eu me identifico.
    Onde quer que estejam, um grande bem-haja para esses habitantes antigos.

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  3. De verdade belos tempos ,e que bonita esta foto faz lembrar amizade que existia em tempos em que as pessoas conviviam umas com as outras .

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  4. Esta fotografia é do tempo que havia uma convivência sã entre mais novos e mais velhos. Os convívios eram claramente bem mais saudáveis. Hoje deram-lhe o nome eventos. Novos tempos, novas maneiras de conviver, que nada contribuem para o bem comum, para a unanimidade, mas “como vozes de burro não chegam ao céu” esses eventos hão-de continuar.
    Só sei que pessoas como o meu tio António Carau, que ainda tinha tanto para contar e para dar, deveriam ser merecedoras de continuar a viver em Forninhos. O meu tio era uma referência para os mais novos. Sinto imensas saudades de pessoas que habitaram nesta aldeia, em especial daquelas pessoas cheias de qualidades e defeitos. Se o génio da lâmpada me concedesse um desejo pedia para conhecer uma dessas pessoas: o meu avô Cavaca.
    Nesta fotografia está o Sr. Ernesto (filho da tia Felisbela), que já não vejo há 30 anos, por aí…pelo que lhe envio um grande abraço.

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  5. Boa tarde:
    Naquele tempo a amizade era pura, todos se ajudavam uns aos outros, eram tempos difíceis mas passados com muita alegria como se vê na foto, hoje as pessoas são amigas mas é uma amizade diferente daqueles tempos, já não têm confiança umas nas outras são mais interesseiras pensam mais nelas.
    Onde eu vivo é a mesma coisa, pois já cá vivo á 25 anos e as pessoas estão muito diferentes não é só em Forninhos, é por todo o lado é pena mas penso que com a crise que está mais ano menos ano isto vai ter que mudar, ainda vamos relembrar muitas coisas do passado.

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  6. Boa noite, esta amizade ainde se mantem, basta ver quando os mesmos se encontram, é verdade que a postura dos mesmos hoje é muito diferente, outros tempos outras vontades, mas tudo isto tem uma culpada, sim é essa mesma a dona TELEVISÂO que veio a deixar as pessoas mais presas em casa por isso esse afastamento se vai verificando, mas a amizade essa mantem-se, quanto à foto já tenho dito o que é bom relembrar os tempos idos e dos que já partiram e dos que ainda há pouco eram novos e hoje têm uma fisionomia diferente.
    Um abraço
    João Seguro.

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  7. A amizade de que tanto se fala aqui já não é igual, até acredito que ainda existe amizade entre aqueles que tiveram que sair à procura de melhor, quando se voltam a encontrar, de resto, O INTERESSE FAZ COMPANHEIROS, acho que NÃO FAZ AMIGOS e todos os que vivem Forninhos ao pormenor entendem perfeitamente o que acabam de ler.

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  8. Boa noite. Pois e Paula como tu dizes o tio Antonio Carau que podemos ver na fotografia era homem de muito convivo e de muita brincadeira , ,sempre me lembro no Outeiro haver alegria e convívio entre todos ,ate os que por ali passavam faziam uma paragem ,mas como el outros também já foram infelizmente. Agora como disse M.Jorge e e verdade nao e so em Forninhos e por todo lado ,mas Forninhos uma aldeia pequenina as pessoas toda se conhecem podia ser diferente.

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  9. Isso mesmo Manuela, mas sabes, enquanto nós recordamos com saudades o que foi bom, hoje em Forninhos existe um tipo de habitante que não tem memória da alegria e dos convívios que eu, tu e outros vivemos.
    Mas, amigos amigos, negócios à parte. Teve esta freguesia: padaria, barbearias, retratista, costureiras e alfaiates, carpinteiros, sapateiros, pedreiros-canteiros, um número de ofícios/profissões suficientes para as necessidades da freguesia, mas por cá a indústria não vingou e a maioria dos habitantes viveu sempre da agricultura, por esse motivo, se calhar, muitos dos seus habitantes inconformados pela sua mediania, partiram à procura de uma vida melhor, emigrar.
    A população emigrante, para mim, foi quem mais marcou a vida das aldeias. Regressaram com "a carteira cheia", automóvel, construíram casas novas, mais modernas, vestuário e calçado da moda, uma série de regalias que despertaram no vizinho o desejo de melhorar também de vida. Atenção: desejo e não inveja, porque esse sentimento apareceu mais tarde, embora perdure até à actualidade.
    Foi pena, não haver o habitante-empreendedor, que pudesse ter investido numa indústria fabril, extractiva ou até doméstica, tinha-se com isso criado postos de trabalho o que teria ajudado na fixação da população e atractividade, quem sabe, de outras empresas.

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  10. Boa tarde a todos.

    A inveja e a amizade, são duas “entidades” que sempre viveram lado a lado, mas sempre de costas voltadas, e mais das vezes, as pessoas que têm inveja não se apercebem que esta, é uma arma dos incompetentes que, normalmente está apontada para quem a usa, e que a primeira vítima é precisamente a amizade.
    Há um provérbio que diz: nunca o invejoso medrou, nem quem ao perto dele morou.
    Mas eu diria, e com legitimidade, que o invejado pode sair e vai para outro lado e o invejoso, para onde quer que vá, esse mal terrível, sempre o acompanha.
    Já noutros tempos, quando nas aldeias sobressaía uma moça mais prendada com a beleza, logo era invejada pelas outras, mas desconheciam estas, que se usassem as qualidades de vida, modéstia, carácter, bondade atc., eram preferidas, as fabulas e as lendas, estão cheias destas histórias, mas as pessoas das nossa aldeias desses tempos, só conheciam a cultura da rudeza, viviam no ciclo fechado do seu ambiente, hoje não, todos têm acesso á cultura, por isso, tenho muita dificuldade em compreender muitas das atitudes das gentes de hoje
    Um bom domingo para todos.

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  11. À semelhança da Idade Média em que o nosso destino estava marcado por Deus e por isso nada havia a fazer, quando eu observo as atitudes da juventude de hoje, que alimentam a desunião de um povo, tenho a sensação que também já nada há a fazer, nem mesmo quando a “árvore das patacas” secar.
    Considero que existe na sociedade forninhense um mau-estar tão acentuado, tão enraizado, que duvido que haja um único habitante que acredite que a situação em que se encontram se venha a inverter. Cá está a tal resignação e conformismo herança dos árabes, que o Pe. Luís refere aliada à herança visigótica.
    Muito mais me apetecia dizer sobre aquilo que as “novas pessoas” em poucos anos conseguiram fazer com Forninhos, mas prefiro recordar o Forninhos antigo e a sua gente antiga, considerada humilde, não tinham estudos, nem eram ricos, mas muito ricos em fraternidade e que nos deixou boas recordações de amizade.

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  12. Uma boa semana para todos!
    A publicação de fotografias antigas faz-nos recordar coisas do passado, esta, trouxe-nos recordações dos convívios e farras de antigamente, é bom recordar. O texto que a acompanha é um excerto do livro do Pe. Luís Ferreira de Lemos. Esta descrição da nossa população é muito reduzida, mas também dentro do espaço dum blog não se pode exigir muito mais (acho eu).
    Quando publico um pouco da nossa História é porque acho que este blog é também uma iniciativa cultural e educativa e que podia motivar outros no empenho e desenvolvimento intelectual, dedicarem um tempo à leitura e deixarem aqui os seus comentários. Lamento que assim não seja.
    Adiante…
    Supõe-se, segundo a lenda que passa de boca em boca, que a povoação teve primeiramente assento noutro local e que por qualquer razão tivesse sido abandonada pelos seus habitantes ou destruída pelos habitantes de Forninhos.Os achados arqueológicos e outros vestígios também atestam a existência de um povoado no local da Serra de S. Pedro (dos Matos).
    Escrever um capítulo/post dedicado à História da nossa população é também uma maneira de manter vivos os muitos habitantes que partiram desta aldeia, mesmo daqueles que, se não foram à tropa, passaram toda a sua vida no lugar onde nasceram “...da escola para os montes a pastorear, e daqui para a gleba, preso à rabiça do arado ou ao cabo da sachola…” Acho que o texto recorda tempos que ainda permanecem na memória de muitos conterrâneos e se não querem aqui registar a história dos nossos habitantes, de modo a que a nossa História Local seja engrandecida, é pena, porque só é grande um povo que preserva e honra os seus antepassados.

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  13. Boa tarde a todos.
    O padre luís ferreira de lemos deixou-nos este livro com a descrição do que era a ruralidade, o viver e o sentir das pessoas da sua terra e do seu tempo, assim como da história, até onde pode chegar, da origem da sua terra, Penaverde.
    É pena não ter havido um padre luís em forninhos, talvez hoje soubéssemos compreender melhor a vida dos nossos antepassados e, possivelmente mais um pouco da história desta terra.
    O teu trabalho, Paula, é merecedor do nosso apreço, não desanimes, tens demonstrado um amor e dedicação á tua terra, como é raro vermos, e não é pela falta de participação de pessoas que te podiam acompanhar, que deves fraquejar.
    O blog tem tido muitas visitas, é sinal que as pessoas gostam de ler o que escreves, o que pensas, as tuas opiniões, se assim não fosse, não tinhas tantas visitas. Vê isto como um alento e não um desânimo.

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  14. Tem toda a razão Sr. Eduardo.
    Quando o blog, nesta data, tem quase 80.000 visualizações (é meu empenho melhorá-lo de modo a que a afluências sejam cada vez mais) é sinal que os leitores gostam de ler o que eu escrevo, afinal as pessoas cuscas também fazem parte da nossa história e por aqui vegetam.
    É de louvar a dedicação do Pe. Luís à sua terra e suas gentes. No capítulo dedicado às personagens marcantes da nossa terra – Forninhos – o Pe. Luís lembra o Pe. Dr. Amélio Esteves Vaz, licenciado em Teologia Dogmática e Moral pela Gregoriana de Roma; o Dr. José Maria Vaz – irmão do anterior, que também frequentou o Seminário, mas entendeu não avançar para o sacerdócio. Cursou Direito em Coimbra. Foi Juíz em Moimenta da Beira e chegou ao Supremo. Modernamente, Dr. Ilídio Guerra Marques, entre outros. No entanto, não é à toa que a personagem mais emblemática a quem o Pe. Luís se refere, mais que uma vez, é o “Beleza de Forninhos”, um pedreiro-canteiro. Se calhar porque o tio Joaquim Beleza contribuiu de verdade para o desenvolvimento da nossa região mais do que qualquer pároco, juíz, advogado ou professor.

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  15. Boa noite.
    Como já uma vez ouvi, tudo bons rapazes,se alguns conheço outros conheci, pois já não estão entre nós, mas digo boa gente a sempre alegres.
    Foram estes tempos de boa convivência que hoje nos faz recordar algumas pessoas, sempre alegres e com bons conselhos.
    Agora e desde que conheço este Blog, sempre me interessei por ele, são razões de sobra que para os quiser ver, ou simplesmente para os cuscos, rever a nossa terra, os seus costumes e aprender algumas coisas, tal como eu.
    Um abraço.

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  16. O que eu quis/quero dizer é que as nossas memórias estão na gente que nos antecedeu e nos vivos e acho que todos temos obrigação de construir a nossa bonita história para memória futura.
    Dentro de dias é Dia de Todos os Santos, em que recordamos com saudades as nossas gentes, homens e mulheres que fizeram parte do passado, mas que ficaram na nossa memória. Eu, por exemplo, não tive o prazer de conhecer o tio Joaquim Beleza e se não fosse o livro do Pe. Luís nada conhecia sobre este homem da nossa terra. No entanto, a história deste pedreiro-canteiro foi escrita e eu não quero acreditar que os meus conterrâneos não estejam interessados em colaborar com este blog, em escrever sobre os seus habitantes. Ou, então, estão a guardar-se para colaborarem na obra sobre a memória e história de Forninhos, caso se materialize...

    «Cultura não é ler muito, nem saber muito; é conhecer muito. Viver não é necessário. Necessário é criar.»
    Fernando Pessoa

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  17. Boa noite.
    As pessoas da minha terra, para mim, sempre foram um ensinamento, ensinamento para a vida.
    Falo de boas pessoas, as que conheci e com quém pode conviver ainda bastante tempo.
    Pessoas essas que sabiam da vida, que bons concelhos davam aos mais novos; Todos eles bons vizinhos.
    ....Não devemos ter medo de inventar seja o que for. Tudo o que existe em nós existe também na natureza, pois fazemos parte dela."
    Abraço.

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  18. Boa tarde a todos.
    Os homens e mulheres do passado podiam não saber ler um livro, ainda hoje há quem o não saiba, mas sabiam ler a vida, a vida dura que era nesses tempos.
    Em forninhos nunca houve um padre luís lemos, mas houve em tempos um, que se recusou a dar informações nas inquisições de 1758 (monografia de Aguiar da Beira pag 379)
    E Joaquins Belezas do livro do padre luís, houve muitos por estas aldeias, e ainda há, esquecidos mas há.
    Estes homens e mulheres ignorados, deixaram as suas marcas. Pedreiros/canteiros, carpinteiros e ferreiros são os que deixaram marcas mais visíveis ainda hoje; ainda hoje comemos muito boas morcelas em forninhos, graças aos ensinamentos das mulheres antigas e que as mais idosas hoje ainda fazem com tanto gosto e carinho, vemos sacadas e datas cravadas nas torças das casas e tantas casas e fornos hoje em ruínas, feitas por artesãos, estas marcas fazem parte da historia de um povo, um povo que somos nós.
    Quando passo por dornelas e olho para sacadas e datas cravadas que vi meu pai fazer quando eu era criança, dá-me uma sensação que não fazem ideia.
    A Paula sente-se frustrada, eu compreendo, tento dar o meu contributo o melhor que sei, e os participantes também, mas não é o suficiente, todos nós que gostamos desta bonita terra o deviam fazer, e podem, basta contar uma história de vida arrancada do “baú das memórias” ou simplesmente fazer uma pergunta, pôr uma questão, é muito simples e contribuiria para a divulgação e conhecimento desta terra.
    Dos naturais e descendentes que vivem no estrangeiro quão importante seria vermos as suas opiniões, o que pensam desta terra, o orgulho que têm nos seus progenitores que tudo fizeram para que tenham uma vida melhor, tudo isto é importante.
    Tenho esperança de ainda ver um dia, a história de forninhos escrita em livro para que os vindouros tenham uma noção do que é, e do que foi esta terra.
    Está prometido, eu sei, mas também, não sei porquê, mas não acredito em políticos.
    Mas vamos ter esperança.

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  19. Vamos ter esperança, mas que é muito esquisito o silêncio ensurdecedor à volta da prometida monografia da freguesia, é!
    Por exemplo, alguém tem conhecimento do levantamento que está a ser feito sobre o nosso património imaterial, expressões linguísticas, lendas, mitos, e sobre tudo o que de mais relevante há para dizer em relação a esta freguesia?
    É verdade, Sr. Eduardo, por vezes, sinto-me frustrada, desanimada, pessimista, mas não sei bem porquê, porque o blog vai muito bem e recomenda-se ;) e penso muitas vezes se nós não estamos hoje a escrever a História de um período enquanto ainda somos freguesia, já que tudo está a ser preparado para que Forninhos em 2013 deixe de o ser; e depois penso que se freguesias como Dornelas, Cortiçada, Penaverde, Carapito se mantêm é porque (em tempo) os seus Dirigentes souberam acautelar o futuro das suas terras, ao contrário de Forninhos que, diga-se, ainda hoje o que fazem e nada é exactamente a mesma coisa! Afinal ao fim de 2 anos onde anda o tão badalado Forninhos virado para o futuro?

    Vamos mas é continuar a investir no blog!

    OBRIGADA A TODOS OS MEUS AMIGOS QUE TÊM A GENTILEZA DE COLABORAR COM ESTE ESPAÇO.
    BEM-HAJA!

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  20. Por agora é tudo.
    Estas palavras do Sr. Eduardo, foram para mim, mais um estimulo, deveria ser também para tantos outros, como ele diz, não é preciso falar muito, ou ser um ás na matéria, basta escrever um pouco das lembranças de cada um, tirar do baú de memórias de outrora, o que cada um sente.
    Reviver Forninhos, ensinar aos mais novos o que os mais velhos nos ensinaram a nós; mais tarde recordar.

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  21. Será como dizes?
    Todos esperamos que tal não aconteça, pois a Freguesia de Forninhos, tem muito que dar, muito que ensinar a outros.
    Vamos tentar que os nossos Políticos, não deixem que esta Freguesia se extinga, eles deveram saber lutar para que isso não aconteça.
    Neste momento são estes os responsáveis pela Freguesia de Forninhos, devem estes agora impor-se, lutar ou fazer mais qualquer coisa por esta Freguesia.
    Abraço.

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  22. É como eu digo caríssimo serip413.

    O Documento Verde da Reforma da Administração Local, apresentado pelo Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho, estabelece critérios para a redução de Juntas de Freguesias que, aplicadas ao concelho de Aguiar da Beira faz com que desapareçam 7 (sete) freguesias:

    Aguiar da Beira sete freguesias, num total de 13): Eirado, Forninhos, Gradiz, Pinheiro, Sequeiros, Souto de Aguiar da Beira, Valverde.

    E tanto quanto sei não devem ser “os nossos políticos” (como dizes) a “lutar”, devem ser as Assembleias de Freguesia depois de ouvirem as populações a proporem a sua vontade sobre a agregação de freguesias de acordo com os parâmetros apresentados no “Documento Verde". Só que o problema de Forninhos é velho, muitíssimo velho, não ouvem ninguém porque para as mentes iluminadas da nossa terra não há ninguém para ouvir. Era assim antigamente e é assim hoje. Alguém tem conhecimento do “Documento Verde” e daquilo que respeita à nossa freguesia nos media de Forninhos? Site da Junta de Freguesia, por exemplo?
    Na minha opinião, se houvesse tempo para aquela reforma séria e a sério, se fosse possível as pessoas decidirem, Forninhos deveria propôr/requerer/expôr/informar que teria vantagem em pertencer, antes, ao Município de Penalva do Castelo, Distrito de Viseu, pela distância e não só. Eu explico: os moradores/habitantes/ou/eleitores da Moradia e Quinta da Ponte poderiam ter vantagem em pertencer a Forninhos, por exemplo, pela proximidade e também pelas boas relações que sempre existiram e existem entre estes povos e, assim, Forninhos poderia ter hipótese de manter-se como Freguesia.
    A nossa história é muito bonita, a nossa herança cultural é rica, somos a freguesia mais distante do concelho de AGB, distância real, por estrada, mas o que conta para aqui são NÚMEROS. Bem sei que por trás disto tudo, há outros interesses, nomeadamente da Câmara Municipal de AGB, mas se gostam de Forninhos como dizem que gostam, provem-no, e levem isto à discussão pública e deixem de lado uma vez por todas as tretas do costume.

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  23. Boa tarde.
    Os documentos verdes apresentados para redução das Freguesias nos Concelhos, incluído de AGB e se propõem acabar com a Freguesia de Forninhos, esta deveria ter especial atenção, pois trata-se da nossa freguesia.
    Onde se encontram esses documentos de que tanto se fala?Será que o nosso povo tem conhecimento do que os espera? Estas são perguntas que eu faço.
    Seria de bom tom, que o Sr. Presidente e seus colaboradores dessem a conhecer este documento e elucidar os seus conterrâneos, expor os prós e os contras de um dia poder vir a pertencer ás Freguesias de Penaverde ou Dornelas, saber ouvir os Forninhenses.
    Todos tem direito a palavra, através de discussão pública.

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  24. Está aqui em causa uma oportunidade única de as pessoas de forninhos se manifestarem e exigirem o que é melhor para as suas vidas, de seus filhos e netos.
    Todos sabemos, que Aguiar da Beira não tem dado atenção ao valor património/histórico e ao que forninhos poderia representar em termos de turismo, sabemos que em forninhos foi feito um investimento de muitos milhares de euros do estado, de todos nós, para quê?
    Será que na Guarda se sabe que em forninhos foi feito um investimento no turismo que não funciona alias, nunca funcionou? Saberá que houve um grande povoado castrejo com vestígios de alguns milhares de anos e que nunca ninguém ligou importância? Talvez não, mas Aguiar da Beira sabe, e que tem feito?
    As autarquias locais têm poucas possibilidades, para alem do seu dinamismo, pouco mais podem fazer, mas os Municípios podem, e deviam fazer mais por forninhos.
    Neste sentido, estou de acordo com o comentário de aluap. Forninhos tinha muito a ganhar se pertencesse a Penalva do Castelo e consequentemente a Viseu.

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  25. As autarquias locais até podem ter poucas possibilidades, mas quando as relações entre Presidente de Junta e de Câmara são excelentes e de admiração recíproca (só não o foi quando o Sr. Melo foi Presidente de Junta), acho que podiam ter feito e fazer bem mais por esta terra.
    Afinal para Forninhos o que tem sido a Câmara de Aguiar da Beira?
    Desde que me conheço, a Câmara de AGB nunca foi uma mãe para Forninhos. Nos últimos 2 anos as coisas até estão ligeiramente diferentes, mas nada apaga os anteriores 4 anos. E quando olho para trás, para os últimos 25 anos, a minha mágoa é ainda maior, porque a Câmara para Forninhos em matéria de investimentos (falo de verbas de investimentos e não de despesas correntes e similares) foi sempre uma madrasta.
    Qual o interesse de Forninhos continuar a pertencer ao concelho de AGB?
    Tanto quanto sei vão ser as Assembleias de Freguesia (depois de ouvirem as populações) a proporem a sua vontade sobre a agregação de freguesias de acordo com os parâmetros do “Documento Verde”, que parece que até tem a capa azul! No que toca a Forninhos ou nos decidimos por Penaverde ou Dornelas. Simples como a água. Mas acho que nada impede que seja feita uma exposição, por escrito, com as várias razões porque devemos manter-nos como freguesia e uma dessas razões deve ser o de querermos pertencer a Penalva do Castelo, invocando a proximidade com este concelho e, principalmente com Viseu. Só tínhamos mesmo a ganhar.
    Mas sempre quero ver se, desta vez, vão ouvir o povo e o que o vai ser levado a discussão pública. Eu, verdade seja dita, acho que primeiro de tudo vão querer proteger o tacho deles e não os interesses de Forninhos e da sua população, mas vamos aguardar…espero que no fim, tudo aquilo que têm feito com Forninhos e a sua população tenha valido a pena.

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  26. Boa noite.
    Simplesmente espero que a partir de hoje, o nosso Povo seja sempre ouvido, pois que é do povo que saem os nossos presidente de Junta, Freguesia e Câmaras.
    Agora só falta serem mostrados os documentos, bem serem divulgados entre a povoação para assim estes poderem decidir o que para eles e nós é melhor.
    AGB, como nosso Concelho, pouco vi o que fizeram pelo Povo de Forninhos, mas se nos passearmos por outras Freguesias e por Aguiar da Beira, aí sim, vêem-se grandes mudanças, pelo menos desde que daí saí.
    Que olhem pela Freguesia de Forninhos, a quem tem muito a dever.
    Não são só palavras bonitas, da guerra do Ultramar, outras são necessárias.

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  27. Amigo serip,
    O “Documento Verde da Reforma da Administração Local” poderás encontrá-lo na net, basta para tanto fazeres um breve pesquisa no google. O problema não está na sua divulgação até porque a maioria das pessoas de Forninhos nada perceberá, eu até acho que há naquele documento algumas ou até bastantes incongruências e isso, sim, é que devia ser informado e melhor explicado à nossa população, principalmente àqueles que se interessam por “estas coisas” para poderem decidir o que é melhor para Forninhos.
    Há que explicar bem à população que primeiramente Forninhos não se qualifica porque não tem 300 habitantes e embora seja a freguesia mais distante da sede do concelho, cerca de 19Km, os tais 15Km referidos no Documento Verde são contados por linha recta. E dizer-lhes também que apesar disto o Sr. Primeiro-Ministro disse que todos os casos de extinção deverão ser analisados de forma minuciosa e equilibrada, sendo que os critérios para a extinção de freguesias ainda não estão todos definidos.
    Portanto, a população de Forninhos está em tempo e deve unir-se nesta “luta” e reflectirem bem na decisão definitiva a tomar. Atenção: tal decisão não deve ser decidida por meia dúzia como é costume!!!
    Depois, há que informar que o Documento não explica se as freguesias que desaparecem são para agregar com as que ficam ou se são para se agregarem entre si, para perfazer o número mágico dos 300 habitantes. E fazer ver que, no caso de Forninhos, para perfazer o tal número, pela proximidade, para se manter como freguesia, só agregando-se com localidades do Município de Penalva do Castelo (Quinta da Ponte, Moradia e até Matela e suas Quintas). Explicar também que Forninhos tem vantagem em pertencer ao Concelho de Penalva do Castelo, Distrito de Viseu.
    Claro que tudo isto não depende só de nós, as populações de Moradia, Quinta da Ponte, etc. também têm uma palavra a dizer e até acho que estas localidades poderão ter vantagem em pertencer à freguesia de Forninhos, mas nunca ao concelho de AGB. É bom, por isso, que não se pense só no nosso umbigo.
    Tudo isto e mais, deve ser bem explicado à população forninhense, AINDA ESTE TRIMESTRE, para que sejam as pessoas a decidir o futuro da sua terra, o melhor para as suas vidas e para as gerações vindouras.
    Eu nem sei como isto poderá ser viável, porque à volta disto tudo existem tantos INTERESSES e até aposto que ainda havemos de voltar a este assunto, só para terem uma ideia do que falo, desde já, deixo uma nota: a Câmara de Aguiar da Beira, segundo os novos critérios, acho que vai passar a contar com menos 1 Vereador em futuros mandatos, mas que chaticeeeee!!!!!

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