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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

VISITA ÀS "LOIJAS"

Hoje quero fazer-vos o convite para mais um passeio virtual à nossa Serra. Já aqui se falou nas "loijas" e confesso que andava ansioso para conhecer este local, mas não encontrava quem mo fosse indicar, até que este ano tive a sorte de encontrar uma pessoa, o meu cunhado Adelino Costa, que ainda se lembra onde fica e lá fomos...
Iniciamos a subida pela encosta Norte, que é onde se encontra o nosso objectivo:

Roçadeira ao ombro e...ala Serra acima

Pelo que se nos depara pela frente, não parece tarefa fácil

É preciso "apalpar" terreno e escolher por onde ir,

mas, com mais ou menos dificuldade, lá vamos subindo...

Por vezes as pernas não chegam para transpôr os obstáculos

Pelo meio do mato, utilizando o trilho do javali ou raposa, lá fomos subindo...

Olhando para trás, sentimos-nos maravilhados!

E para a frente, impressionados!

Estamos perto

Já no interior da Caverna

Saída Poente

Vamos novamente entrar

O seu interior parece que foi habitado recentemente, está limpo!

Será aqui que mora a "Moura Encantada"?

DE REGRESSO...VALEU A PENA!

Como devem imaginar, este é mais um percurso fantástico para uma aventura nesta Serra, e este é mais um lugar mágico que se nos oferece. Quantos pastores não imaginaram aqui o tesouro de Ali Bábá? E, possivelmente, já de lá gritaram o ABRE-TE SÉSAMO!!!

18 comentários:

  1. Estive há cerca de 10 dias no terreno ao redor, mas de facto a tarefa de chegar às "loijas" é difícil e para uma mulher então…quem sabe um dia…Sr. Eduardo: Obrigada por mais um passeio virtual, desta vez, às loijas, um património histórico desconhecido, esquecido e de difícil acesso para muitos de nós.
    Já aqui, mais de uma vez, foi mostrada a caverna que se encontra na encosta Sul do monte do Castro, mas ficamos agora todos a saber que há, na encosta Norte, outras cavernas que possivelmente foram habitadas por homens primitivos e outros. Essas pessoas primitivas nunca deixaram registos a não ser algumas pinturas e alguns objectos, entretanto, li já não sei onde que as cavernas raramente serviam de habitação permanente, podem é ter servido de abrigo sazonal ou local temporário quando iam de um lugar para outro. Estas, “as loijas”, atendendo ao local onde se situam, parecem-se mesmo impróprias para habitação, mas atendendo à ventilação natural já me parece possível de serem habitadas…não sei e acho que nunca o iremos saber!
    Sabemos da existência de um antigo povoado nesta Serra. Segundo os velhotes eram casinhas pequeninas e não eram muitas, mas até havia uma Rua! É normal não existirem muitas casinhas, porque eles viviam em grupos muito pequenos (cerca de uma dúzia de pessoas), mas as loijas podem muito bem ter servido de abrigo às pessoas deste pequeno povoado quando íam caçar para se alimentarem.

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  2. Muito boa noite a todos.
    A publicação deste post tem por objetivo a divulgação de mais uma das maravilhas desta serra. Se entrarmos para a serra pelo norte, deparasse-nos um panorama deslumbrante; olhamos para a frente, vemos lá adiante, mas parece mesmo ali, a imponência dos rochedos, como que a convidar-nos a subir, e cada vez que olhamos para trás, o deslumbramento não é menor, mas em sentido inverso, vemos o arvoredo (amieiros) das margens do ribeiro e os seus lameiros marginais, outrora cultivados.
    Quando chegamos á caverna, por nós conhecida como “loijas”, sentimos a sensação de sermos acolhidos nas entranhas da montanha penedia, brindando-nos com a sua frescura amena para compensar o esforço despendido por quem se aventurou a ir até lá.
    Por isso, Paula, não me admira nada que esta caverna tenha sido mesmo habitada.
    É fantástico, mas só para quem gosta.

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  3. Paula,

    Apesar dos obstáculos do caminho, eu iria com maior prazer. Tudo vale a pena, até mesmo as pedras do caminho, pois ao chegar lá em cima, vem a recompensa, através da beleza da vista.
    Amei o passeio.
    Tenha um lindo final de semana.

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  4. Obrigada pela oportunidade de conhecer este local através das suas fotos. Eu não teria essa disposição, parece-me bastante difícil concluir o percurso. Um abraço, Yayá.

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  5. Em atenção ao comentario de Lucinha.
    O acesso não é tão difícil como parece, e, quando se caminha, mesmo em subidas como esta, e se respira o ar puro como ainda é aqui, e inspira o aroma destas plantas selvagens, não custa mesmo nada, só é preciso vestir umas roupas leves e dizer: - eu vou lá acima.
    Na semana que antecedeu a festa, convidei uns jovens e combinamos ir mostra-lhes onde eram as “loijas”, agora já sei onde é e gostava de lá voltar e ensinar-lhes o que me tinham mostrado a mim, combinamos para o dia 14 pelas 9 horas, só que, eu apareci e esperei, mas eles não apareceram.
    Eu acho que não basta dizer:
    - Eu gosto.
    É preciso gostar mesmo. É com muita pena que vejo o desinteresse dos jovens por estas questões, das suas origens, da origem das suas terras.
    Pode ser que quando passar a “euforia” das tecnologias se compreenda a importância que a natureza tem na vida das pessoas.
    Um bom fim de semana para todos.

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  6. Quantos pastores e resineiros doutra hora se abrigaram das inclemências do tempo por baixo dos penedos alapardados?
    Quantos lameiros foram lavrados para o centeio ainda de madrugada para evitar o calor?
    Quanta canalha não rompeu os fundilhos das calças nos escorregas graníticos desta Serra?
    Quantas pedras não foram levantadas na procura do tesouro dos mouros?
    “ A Serra” está ligada a uma época de juventude, de outros tempos, hoje os mais novos já não se sentem tão ligados a este lugar, não armaram ali custilos para apanhar rolas!

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  7. É verdade, Paula.
    No novo modo de viver das pessoas já pouco espaço há para as crianças utilizarem os escorregas graníticos da serra, nem sabem o que isso é, deixaram de ser procurados e feitos por elas próprias, porque já lhes trouxeram os de plástico a casa, assim como todos os brinquedos inimagináveis.
    Eu não sou contra a tecnologia, antes pelo contrário, mas esta não ensina as crianças de hoje, leva-as através de um mundo virtual que se perde no imaginário que veio substituir o que as crianças deviam reter.
    Arranjar um escorrega na rocha granítica, sentar-se numa giesta arrancada ali perto e escorregar por ela abaixo, ou fazer os seus próprios brinquedos, desenvolvia a sua imaginação, armar os custilos às rolas desenvolvia a sua astúcia, amparar e ver crescer uma planta ensinava-lhe o que era a vida, ler banda desenhada em vez de bonecos na televisão, forçava-os e exercitava a leitura, enfim…. Tudo muda.
    Desculpem-me, fugi do tema serra, logo volto.
    Um bom domingo para todos.

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  8. Tempos que a “voragem” do tempo ultrapassou, os lavradores, pastores e resineiros já se não vêem por lá, as crianças já não fazem fisgas e pistolas de pau de sabugueiro e qualquer dia para os que nascem os escorregas graníticos são mitos, produto da nossa imaginação.
    Seja como fôr, ficou a paisagem e os penedos que a natureza moldou, dignos de nota, não só pela grandeza da massa granítica, mas também pelos recortes na rocha (marmitas eolianas se devem chamar); lagaretas ou lagares talhados em rochas graníticas que se destinavam, provavelmente à pisa da uva já em tempos remotos; Cavernas/Grutas/Loijas que pela grandeza das pedras vê-se que não foi brincadeira de pastores; o Castro e penedia ao redor onde está a Cadeira do Rei que a lenda popular eternizou, mas que nos faz pensar que se não era naquela “cadeira” que se sentava o chefe/rei dos guerreiros ou da tribo para vigiar, dar as suas ordens ou julgar os delinquentes; o morro do Talegre, o ponto mais alto da freguesia; a frescura do ribeiro das Dornas, onde hoje, se calhar, a moura encantada toma banho e penteia os seus longos e sedosos cabelos, porque a sua fonte que outrora tinha água “cabonde", nos tempos modernos (hoje) por altura de S. João está praticamente seca; e todas as curiosidades e acontecimentos misteriosos ligados a este lugar.
    Digno de menção é também a “Cadeira da Raínha”, o penedo das pocinhas, as quais os sábios ainda hoje não conseguiram dar uma explicação definitiva, o largo da Capela e Cemitério e os restos das construções de tipo dolménico.

    Um bom Domingo aos meus amigos e pacientes leitores ;)

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  9. Boa tarde a todos.
    Se entrarmos nesta serra por poente e subirmos ao marco geodésico, logo ali encontramos pedaços de cerâmica, possivelmente de data anterior á invenção da roda de oleiro, vestígios de um longo passado.
    Seguindo em direcção ao castelo, no vale que o antecede, deparamos com um conjunto de rochedos fantásticos que, como já foi mostrado em fotos neste blog, nos fazem “viajar” até á mitologia e logo nos vem á memoria as lendas desta serra.
    Se entretanto quisermos fazer a nossa caminhada pelo sul, entramos junto ao santuário da Sra. dos Verdes, e logo a cerca de 100/200 metros encontramos a 1ª lagareta muito bem desenhada na rocha.
    Prosseguindo e já perto do antigo povoado encontramos outra lagareta também muito bem desenhada, e a cadeira da rainha, logo a seguir, as ruínas do povoado castrejo e o cemitério profanado com algumas urnas partidas á superfície e outra lagareta.
    E logo mais acima, entre o povoado e as ruínas do castelo, encontramos uma caverna, possivelmente, habitada pelo homem no paleolítico, com simbologia junto da sua entrada “pocinhas na vertical” para a qual, os arqueólogos ainda não têm explicação.
    Tudo isto e muito mais. Eu diria mesmo: esta serra é um autêntico “LIVRO DE HISTÓRIA QUE AINDA NÃO FOI LIDO” e é pena

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  10. No outro dia subi ao talegre e eis-me em pleno alto. Pareceu-me uma obra recente. Perguntei “ao guia” se sabia quem o tinha construído e quando?
    - Foi construído com areia das Dornas, que populares transportaram lá de baixo.
    Interessante, pensei para mim. Tirei umas fotos.
    Descobri depois que o talegre foi construído em Junho de 1938, por dois soldados, mas que lá esteve outro, em tempos remotos, mas ninguém já se lembra dele.
    Penso que cada um tem que se lembrar e conhecer a nossa história.

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  11. Como podemos constatar pelos vestígios, esta serra é mesmo um “livro” de história, e, se lhe juntarmos como complemento, que os tem; beleza paisagística; beleza granítica; mitologia e lendas, poderemos encontrar neste espaço o que muitos autarcas gostariam de ter para desenvolver a sua região, e é pena que as autarquias municipais não aproveitem.
    Soubemos que, quando da descoberta do cemitério, a junta de freguesia de então, fez o que lhe competia, informou o IPAR do achado e comunicou á Câmara Municipal, esta, por sua vez, não ligou importância, o mesmo que acontece ainda hoje, ou estou enganado?
    Soubemos, e estamos cientes das limitações das juntas de freguesia pequenas como a de forninhos, mas sabemos que, se houver apoio das autoridades Municipais, estas também podem fazer mais.
    Se já houve apoios para projetos pessoais em forninhos que depois da aplicação das verbas logo caíram no esquecimento, beneficiando apenas o interesse pessoal e que nada trouxeram de beneficio á população, porque não apoiar a revitalização e protecção de um património que é de todos?
    Vou ficar por aqui porque não quero abusar deste espaço que pretende, julgo eu, ser de todos e para todos.
    Um muito obrigado aqueles que nos acompanharam neste passeio virtual pela serra.

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  12. Boa Tarde!
    A Câmara de Aguiar da Beira quer (ou, alguma vez, quis) recuperar e tornar visitável o Castro de São Pedro?
    O Presidente da Câmara, Fernando Andrade, quer a valorização e divulgação do local?
    Penso que se houvesse essa vontade, primeiro de tudo, já há muito (quantos anos?? 20/22???) tinha iniciado negociações para aquisição dos terrenos particulares.
    Em segundo lugar, já teria há muito mandado realizar um estudo tendo em vista a recuperação do Castro (que se encontra bastante danificado e completamente abandonado), escavações, limpeza e valorização da toda a zona envolvente. E, se houve essa comunicação ao IPAR, o que eu duvido!!!! [só se informaram que escavacaram tudo e permitiram que particulares levassem as urnas – sepulturas em pedra – ] e se disso a Junta informou a Câmara, então acho que tanto cabia à Câmara, como à Junta, procurar por todos os meios a salvaguarda de tais elementos arqueológicos, ou não?
    Repito: INSISTIR EM MENTIRAS NÃO É VIÁVEL.
    Passamos agora ao papel da Oposição. A Oposição que deveria ser uma alternativa, simplesmente não tem Voz. As Assembleias Municipais é o que se sabe; do que se passa nas Assembleias de Freguesia nem vale a pena falar…e enquanto houver receio em dizer o que pensam sobre a coisa pública, não haverá alternativa ao poder instalado e é uma pena, porque uma terra que recebeu de herança elementos arqueológicos que são testemunho histórico e cultural das civilizações que aqui habitaram ou transitaram, não merecia ser representada por pessoas que subestimam tal herança. É bem empregada a frase: “mal empregada fortuna”.
    Por último, faço votos que, após esta caminhada virtual, aqueles que levados pela curiosidade pretendam ir ver o que é o “Castellum”, não vejam apenas “um monte de pedras”.

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  13. Lugar mágico.
    Adoro pedras e apaixonante essas das imagens.Tudo muito fascinante.
    Imagino a paz...
    Bjs.

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  14. Bom dia.
    Talvez alguém pense que me esqueci de vós, mas aqui estou.
    Esta viagem virtual, como lhe chamam, é sim uma bonita vizita aos locais mais bonitos da nossa serra, como está demonstrado nestas ilustrações.
    "Loijas", pelo menos estas creio em dizer que não serviam de habitação a ninguém, mais que não fosse, para acolher os pastores que durante décadas por ali vaguearam com os seus rebanhos, e ali se abrigavam das intenpéries.
    Estas "loijas" cortadas e hemolduradas pela natureza á milhares de anos.

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  15. Eu, sei conheço mais ou menos o local, já lá estive por duas vezes, uma em 2009, acompanhado por várias pessoas, duas delas e conhecedoras do local, onde passaram parte da sua infância, foi quém nos ensinou o local da "fonte da moira".
    Uma coisa tenho que acreditar é real, o local é simplesmente maravilhoso.
    Já não falando de S. Pedro, esse FOI habitado.

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  16. É com agrado que vejo, que este local também foi visitado a cerca de dois anos por várias pessoas, julgo que de Forninhos, ainda bem, porque afinal, não está esquecido no tempo.
    Locais como este, há-os por toda a serra, e nunca é demais divulga-los.
    Já é com muito desagrado que vejo onde se encontra o santo (S. Pedro de Verona) e que já bastantes vezes o mencionei aqui onde está e, praticamente ninguém lá foi, e aqui eu repito: - - não basta dizer, eu gosto.
    É preciso gostar mesmo.

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  17. Boa noite.
    pois como muito bem diz, sr. Ed, Santos, este lugar já mutas vezes visitados, por inumeras pessoas de Forninhos; Lembro-me, que á já muitos anos o tio António Carau, por ali andou com várias pessoas, familiares seus, e ele tanbem ensinou a alguns, coisas e lugares que hoje nós estamos a divulgar, os seus familiares mais próximos poderam ditar o seu veredicto; assim foi, ao ver uma foto da escanada, de uma pessoa bem querida, assim me lembrei de tempos longiquos.
    Mas como bem afirmou, onde para o Santo? ( S Pedro de Verona), por incúria de alguns responsaveis, que não souberam garantir o que era nosso, pois houve alguém que tomou posse desse Santo e o levou para fora de Forninhos; onde ainda se mantem, bem resguardado.
    Falta de ocasião, para visitar o seu pedestal, não é assim tão simples, pelo menos para alguns Forninhenses.
    Mas muito obrigado por mais uma vez nos lembrar que ELE existe.

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  18. Forninhos não foi apenas herdeira do espólio arqueológico de S. Pedro, herdou também todo o espólio religioso, como a imagem do Santo.
    Se recuarmos no tempo verificamos que os padres sempre tiveram um papel decisivo na história das suas paróquias, muitas das memórias paroquiais que hoje existem foram manuscritas pelos mesmos. Quando após o terramoto de 1755 o Marquês de Pombal mandou fazer um levantamento de cada terra, uma espécie de “censos do país”, as respostas eram dadas pelos párocos. Sobre Forninhos, datada de 20.06.1758 e assinada pelo Padre Cura Baltazar Dias, este apenas se preocupou em registar informação sobre o número de vizinhos (fogos) e alguma informação virada para a organização territorial e religiosa...no resto, completo desinteresse por outros conteúdos. Ainda hoje é assim, não existe por parte do pároco, Chefe da Paróquia, vontade de dar a conhecer aos seus paroquianos a nossa história.
    O Sr. Pe. Paulo que até é “mestre” em organizar passeios, porque é que nunca proporcionou aos seus paroquianos uma visita ao Seminário Maior de Viseu, que julgo ser onde se encontra exposta a imagem do Santo?
    Tenho a certeza que os mais velhos sentiriam uma grande emoção e em contrapartida os mais novos, crianças e jovens, ficavam mais conhecedores da nossa história antiga.
    Mas sempre entretido com... e com quem não deve...
    E vou ficar por aqui,senão ainda sou crucificada, se bem que diz o povo: "quem diz a verdade, não merece castigo".

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