fotografia já com quase vinte anos |
Façamos uma viagem no tempo, altura em que para execução da bula em que João XXII concedia a D. Diniz por três anos a décima de todas as rendas eclesiásticas de Portugal, para subsídio da guerra contra os mouros, foi preciso organizar um catálogo de todas as igrejas e mosteiros, por dioceses, arciprestados e regiões, e averiguar o respectivo rendimento anual. Como resultado dessa diligência terá aparecido o "Catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia no reino de Portugal e Algarves pelos anos de 1320-21, com lotação de cada uma delas.".
O falecido padre Luís Lemos, gostava de história e interessou-se pela história destas terras e dizia que no roteiro das igrejas de 1320, todas as igrejas que têm S. Pedro por padroeiro estavam sob o patrocínio do Pescador e que tanto quanto conseguiu apurar era patrono de todas as igrejas da Terra Aquém do Monte. Segundo esse documento de 1320, transcrito por Fortunato de Almeida na sua História da Igreja em Portugal, na relação das igrejas da Terra Aquém do Monte aparece a igreja de São Pedro de Penaverde; a de São Pedro de Penalva do Castelo; a de São Pedro de Infias; também aparece a de Santa Maria (Maria Madalena?) da Matança; a de Santa Maria de Algôdres; a igreja de Fornos de Algodrez, entre outras...
Decorre desta lista que a Igreja de São Pedro de Penaverde foi taxada em 150 libras, sendo que a mais taxada do bispado, foi a de São Pedro de Penalva, em 350 libras, ficando outras igrejas abaixo destes valores.
"Aquém do Monte" que monte seria?
A informação não abunda e o que se conhece deve-se ao livro do Pe. Luís, de que transcrevo partes:
"1) Na raíz etimológica de Penaverde está "Penn" que significa "monte fortificado" ou simplesmente "monte", "elevação" (...) Ao enumerarem as igrejas da "Terra Aquém do Monte", os inventariadores começaram por aqui.
2) "Montes", e "Casal do Monte" são aldeias situadas no monte Almançor, a Serra do Pisco. Repetimos: foi por lá que começaram os inventariadores.
3) (...) para "além" era Trancoso - na divisão eclesiástica."
A informação não abunda e o que se conhece deve-se ao livro do Pe. Luís, de que transcrevo partes:
"1) Na raíz etimológica de Penaverde está "Penn" que significa "monte fortificado" ou simplesmente "monte", "elevação" (...) Ao enumerarem as igrejas da "Terra Aquém do Monte", os inventariadores começaram por aqui.
2) "Montes", e "Casal do Monte" são aldeias situadas no monte Almançor, a Serra do Pisco. Repetimos: foi por lá que começaram os inventariadores.
3) (...) para "além" era Trancoso - na divisão eclesiástica."
Vem tudo isto a propósito da festa de S. Pedro, que a igreja católica celebra amanhã, dia 29 de Junho, que pelos vistos foi o primitivo padroeiro destas terras.
Como desapareceu o Pescador e terá vindo o mártir de Verona?