Geneologia dos Vaz, em Forninhos (tinham uma forte ligação com a família mais rica de Forninhos, os Fernandes de Figueiredo)
Os avós mais velhos
Francisco Esteves, de Forninhos e Maria do Patrocínio, de Tamanhos (Trancoso), Bispado de Pinhel, eram os pais de Luís Esteves Vaz. Ele faleceu com 93 anos no dia 25-12-1879. Ela com 83, no dia 18-09-1883.
José Diogo e Francisca Alves, eram os pais de Isabel Alves.
→ Nos registos de batismo dos netos, Francisca Alves também aparece com o nome de Francisca Figueiredo, da Moradia, Antas de Penalva.
→ José Diogo aparece como sendo natural de Dornelas e de Pena Verde.
1. Luis Esteves Vaz viúvo de Josefa Marques casa no dia 07-06-1855 com Isabel Alves, de Forninhos e tiveram um filho no dia 21-10-1859, a quem chamaram Augusto Esteves Vaz. Afilhado de José Fernandes de Figueiredo e Luís Fernandes de Figueiredo (bapizado a 01-11-1859), foi sapateiro e casou com Maria da Conceição da aldeia de Castelo de Penalva, filha de Maria Mota e de pai desconhecido. Tiveram uns 8 filhos:
1. Hircolana (Herculana) nasceu no dia 23-12-1882 e foi baptizada no dia 11-02-1882 (foram padrinhos Dona Escolástica e José Maria Alvares Moreira), mas faleceu no dia 13-01-1884.
2. Herculano, nasceu a 06-04-1884; baptizado a 12-05-1884 (foram padrinhos Jose Maria Alvares e sua esposa Dona Prazeres).
3. José, nascido a 25-11-1887; baptizado a 08-02-1888 (foram padrinhos Jose Maria Alvares e sua filha D. Prazeres). Casou com Ana dos Anjos, que faleceu em 16-10-1956 e ele faleceu em 28-07-1965.
4. Augusto, nasceu a 30-10-1889 e foi baptizado a 01-12-1889; Faleceu a 05-10-1892.
5. Mário, nasceu a 06-11-1891 e foi baptizado a 17-12-1891; Faleceu a 29-09-1893 (foram padrinhos José Maria Alvares Moreira e Albina Cardoso, da Matela, criada de servir (diziam no povo que foi amante do Sr. Álvares!!).
6. Augusto (2.º do nome), tinha 32 anos quando casou com a Dona Júlia (Maria Júlia), em 27-07-1921. Faleceu a 09-01-1960, em Santo António dos Olivais, Coimbra. Ela faleceu em 24-03-1969.
7. Tibério, nascido a 07-11-1896; baptizado no dia 06-01-1897 (foram padrinhos José Maria Alvares Moreira, viúvo, e Albina Cardoso, da Matela, criada de servir).
8. Olímpia, nasceu a 29-11-1898, foi baptizada no dia de Natal (25-12-1898). Foram seus padrinhos José Maria Alvares Moreira, viúvo, e Albina Cardoso, da Matela, criada de servir .
Ainda a conheci; casou com António Bernardo (conhecido por Antoninho do Aníbal); Olímpia da Conceição Vaz faleceu no dia 21-09-1981.
→Luís Esteves Vaz faleceu a 27-03-1898, tinha 77 anos. Isabel Alves já era falecida à data.
Olímpia da Conceição Vaz e Antonio Bernardo |
→ O ramo destes Bernardo tem origem em Vila Longa e Dornelas.
António Bernardo Augusto, era filho de José Bernardo, de Vila longa e de Antónia Jesus, de Forninhos.
Casou no dia 28-09-1873 (tinha 21 anos) com Josefa Antunes Pires, de 20 anos, filha de José Pires, de Forninhos e de Margarida Antunes, da Matela, Antas.
Tiveram os seguintes filhos:
1. Aníbal, nasceu a 16-09-1874; baptizado a 18-10-1874 (com 27 anos casou com Maria da Fonseca, de 23 anos,filha de António Luís da Fonseca e Maria José, de Rio de Moinhos).
Data do casamento: 20-10-1901.
Família de Maria da Fonseca:
→ Em 08-10-1871, António Luís da Fonseca, com 27 anos casou com Maria José, de 28 anos, de Rio de Moinhos.
Segundo a informação deixada no registo de casamento, os pais de Maria José, de Rio de Moinhos, eram António Nunes, de Pindo e Ana Gomes, de Rio de Moinhos. Os pais de António Luís da Fonseca eram José Luís da Fonseca, de Forninhos e Engracia Maria, de Mesquitela de Azurara.
→Engracia Maria, era filha de Manuel Marques e Maria da Conceição, ambos de Mesquitela de Azurara.
→ José Luís da Fonseca era filho de João da Fonseca e Luisa Maria, ambos de Forninhos. Era viúvo de Ana de Albuquerque ou Ana Rodrigues quando voltou a casar em 14-05-1896.
Faleceu a 12-08-1900, tinha 55 anos. Fez testamento a favor da sua 2.ª mulher, Luísa Nunes, de 50 anos, natural da Quinta da Ponte, Sezures.
→ A sua 1.ª mulher era filha de José de Albuquerque Marques, de Forninhos e Rita Rodrigues, de Penaverde. Quando casaram, em 06-08-1866 ele tinha 25 anos e ela 23 anos.
(Genealogia de Maria da Fonseca inseriada/atualizada a 03 de Outubro de 2021)
2. Herminia, nasceu a 08-11-1876; baptizado a 07-01-1877
3. Celestina, nasceu a 01-07-1879; baptizada a 10-08-1879; faleceu 14-10-1879.
4.Esperança, nasceu a 24-06-1881; baptizada a 10-07-1881 (casou com António Paulo Craveiro, que faleceu a 24-04-1924 e ela faleceu a 07-09-1964).
5. Aurora, nasceu a 07-02-1884; baptizada a 09-03-1884 (casou com José de Mello que faleceu em 13-11-1948 e ela faleceu em 07-04-1964).
6. Maria, nasceu a 18-01-1888; baptizado a 08-12-1887 (foram padrinhos António Tavares, tendeiro, de Vila Franca e Maria Pires de Forninhos)
7. Cecília, nasceu a 30-03-1891 e foi baptizada a 07-05-1891 (foram padrinhos o casal Maria Pires de Forninhos e António de Almeida Violeiro, do Casal Vasco).
8. Glória do Céu, nasceu a 04-07-1894 e foi baptizada a 04-09-1894; faleceu a 09-10-1899 (foram padrinhos o casal Maria da Piedade de Forninhos e Francisco Martins de Sezures).
Nota:
Quer o registo de casamento, quer os registos de baptismo da Aurora, Maria, Cecília e Glória do Céu, dá-nos a informação que António Bernardo era taberneiro, natural de Dornelas.
Os avós mais novos
O 1.º filho do casal, Aníbal Bernardo e Maria da Fonseca, tiveram 3 ou mais filhos:
1. António Bernardo, nascido a 29-12-1901 e baptizado a 19-01-1902 (foram seus padrinhos o casal António Maria de Almeida Pais e Ana dos Santos). Casou com Olímpia da Conceição Vaz. Deste ramos descenderão os filhos, netos, bisnetos...
2. Ana, nascida a 27-12-1903 e baptizada a 27-12-1904 (foram padrinhos António Maria de Almeida Pais e Ana Saraiva). Faleceu a 12-10-1907.
3. José, nascido a 06-01-1906 e baptizado a 02-02-1906 (foram seus padrinhos os seus avós paternos António Bernardo Augusto e Josefa Pires). Faleceu a 28-01-1911.
Fica o principal...
Interessante esse trabalho de pesquisa. Imagino quantos irão quere dele saber! beijos, chica
ResponderEliminarEspero que sim, que os leitores habituais finalmente se prontifiquem para reconstituirmos a memória do nosso passado.
EliminarPela minha parte, estou disponível para colaborar em tudo o que fôr necessário.
Beijos e bom domingo.
Cara Paula,
ResponderEliminarainda comovida, nem tenho palavras para lhe agradecer o enorme trabalho que teve com toda essa pesquisa sobre a minha familia paterna! Nem imagina o impacto da sua publicação! A foto dos meus avós e grande parte da minha árvore genealógica e o reconhecer alguns dos nomes como José Vaz e Tiberio Vaz, irmãos da minha avó, que conheci e de quem ainda me lembro. Já da familia do meu avô, só sabia que os meus bisavós foram para o Brasil com o filho José, que conheci porque ele, já com bastante idade, veio a Portugal depois dos meus avós terem morrido e procurou o meu pai. Sei, também, que há uma história ligada a essa ida do meu bisavó para o Brasil, que deixou o meu avô Antoninho em "maus lençóis", mas não sei bem como nem porquê.
Nasci em Lisboa, mas quando era miúda perguntava sempre às pessoas de que terra eram, porque achava que toda a gente tinha terra onde moravam os avós e onde iam passar as férias, o Natal e a Páscoa.
Vou levar algum tempo para assimilar toda a informação que me deixou, mas não queria que o dia passasse sem vir aqui dizer-lhe bem haja pelo trabalho e pela dedicação que tem às "coisas" e causas da nossa terra.
Deixo-lhe um sentido abraço virtual, esperando poder, em breve, dar-lho pessoalmente.
MJB
Maria José Bernardo,
EliminarCreio que todos nós ficamos sem palavras, sem saber o que dizer, tal o valor histórico/visual destes registos. Já o seu comentário, deixou-me os olhos cheios d´água.
Um abraço apertadinho para si também.
A família Vaz, como no outro dia escrevi, aparece nos registos de há quase 400 anos e chega à actualidade
Luís Esteves Vaz e Isabel Alves, não tiveram só um filho de nome Augusto Esteves Vaz (seu bisavô). Tiveram outros filhos:
- Rosalina 1856
- Agostinho 1857
(Jose Augusto 1959)
- Joaquim 1863
- Maria 1865
- Nazaré 1867
- Carlos 1869
- Francisco 1872
- Diamantino 1878
A Maria José tem em Forninhos ainda muitos primos (mesmo que sejam afastados) que podem ajudar a melhor completar a genealogia dos Vaz.
Eu, atando todas as pontas, concluo que Olímpia Vaz e Felisbela Figueiredo (prima da minha avó materna) ainda eram família. O pai de Felisbela (Augusto Figueiredo) era da Moradia e a mãe da Isabel Alves (Francisca Alves/Francisca Figueiredo) também da Moradia era.
Ainda presenciei a grande amizade que havia entre a tia Felisbela e Olímpia Vaz. Ontem e hoje lembrei-me destas duas Grandes Senhoras de Forninhos. Pessoas extraordinárias que muito acrescentaram à vida de Forninhos. Só as novas pessoas de Forninhos é que acham que Forninhos começou no Séc. XXI. Felizmente são poucas.
Bom domingo.
Francisco Esteves e Maria do Patrocínio (seus tetravós) tiveram 7 filhos, o Luís Vaz Esteves (seu trisavô) e mais 6 :
Eliminar- Manuel Esteves, casa com Maria Fonseca (eram 3ºs primos) em 29-09-1853
- Maria de Santiago, casa com João Esteves, filho de António Esteves no dia 23-02-1855 (primos em primeiro e segundo grau)
- António Esteves, casa com Carlota Fernandes a 14-06-1857
- Francisco Esteves, casa com Rosa Antunes a 27-08-1865 (eram 4ºs primos)
-João Esteves, casa com Ana Marques no dia 20-09-1874
- Maria do Carmo, casa com António Garcia da Cruz, de Tamanhos, no dia 19-07-1875
Curiosamente, nos registos de casamento de todos os filhos, o único filho que tem o apelido "Vaz" é o seu trisavô "Luís Vaz Esteves".
Enviuvara de anterior casamento (com Josefa Marques) e só tem filhos quando casa com Isabel Alves/Figueiredo:
- Rosalina 1856
- Agostinho 1857
- Jose Augusto (seu bisavô)
- Joaquim 1863
- Maria 1865
- Nazaré 1867
- Carlos 1869
- Francisco 1872
- Diamantino 1878
Alguns destes "Vazes" foram membros da governança local, isto é, pertenciam ao grupo de pessoas que participavam na governação da freguesia.
Os "Bernardo" idem.
PS: só uma dúvida, o irmão do meu avô Antoninho, José Bernardo, não pode ter morrido em 1911, pois, como digo, ele esteve em Portugal, por volta do ano de 1984/85...
ResponderEliminarEste José faleceu em 1911.
EliminarO que deve ter acontecido é ter nascido outro José (2º do nome), que foi para o Brasil. Não há notícia dele antes de 1911.
Com a criação da Primeira República, o Estado recolheu os livros disponíveis nas Igrejas e são os registos anteriores a 1911 (constantes nos livros de batismo, casamento, óbitos de Forninhos) de que dispomos.
Por vezes encontro no registo de batismo o averbamento do casamento e do óbito (caso do Augusto Vaz, irmão da sua avó Olímpia que faleceu em 1960, em Coimbra).
São fontes históricas muito ricas.
Mas se encontrar algo sobre esse irmão do seu avô Antoninho partilho.
Em todas as famílias terão nascido provavelmente mais, mas que, por várias razões, podem não constar dos nossos arquivos paroquiais (morte à nascença, nascimento fora da paróquia de Forninhos, etc.).
EliminarLouvar é pouco este estudo exaustivo...
ResponderEliminarAo longo dos tempos, parece que fomos todos uns "Zé Ninguéns" e eis que neste estudo, temos tanto, mas tanto, do que fomos outrora e mais longe podíamos ter ido...
Um imenso prazer a ler todos estes dados do passado.
Com toda esta gente se fez a nossa estória e de outros.
Na família Bernardo leio o nome "Ana Saraiva".
Haverá alguma ligação com a minha avó Ana?
António Maria de Almeida Pais e Ana Santos (padrinhos de Aníbal Bernardo) têm ligações com a tua família (Saraiva, originária de Colherinhas como bem sabes). Mas esta Ana Saraiva não deve ser a tua avó Ana (só nascida a 14-10-1889). Nos actos de batismos e casamentos, os padrinhos ou testemunhas são sempre pessoas mais velhas.
EliminarAcredito mais que Ana Santos e Ana Saraiva são a mesma pessoa que casou com o António Maria de Almeida Pais (irmão do pai da Dona Laura).
Um dia destes faço a genealogia dos Saraivas, como prometido. Também têm ligações com a minha tetravó Ana dos Santos que era da Quinta da Ponte, Sezures.
Muito interessante esta pesquisas dos nossos antepassados.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Obrigada, mas isto são só umas pontas...
EliminarNão consegui recuar até aos pais e avós do Francisco Esteves, que até teve uma vida anormalmente longa para aqueles tempos, mas o óbito não indica quem foram os seus pais e avós. Oxalá seja possível que as pessoas desta família possam recuar até este homem que casou com Maria Patrocínio, com base na tradição/sabedoria familiar.
Um abraço e saúde.
Boa Noite
ResponderEliminarParabéns Paula Albuquerque e Xico por mais um excelente trabalho de
Investigação e rigor cronológico .
Boa semana
Abraço
AMG
Obrigada.
EliminarÉ só mais um exemplo de como os registos paroquiais, de batismos, casamentos e óbitos, são indispensáveis para reconstituirmos a memória do nosso passado, sobretudo em termos demográficos.
Bom Feriado.
Estudo de genealogia é muito importante. As raízes e origens dizem muito da história de seu povo e da sua vida atual.
ResponderEliminarUma boa semana. Bjs
Mas sobre a genealogia desta povoação, ainda há muito a fazer, Anete!
EliminarSó na família "Bernardo" apresentada, há uma sucessão de membros do sexo feminino, como se pode verificar, cujos descendentes receberam outro apelido: "Craveiro", "Melo"...
Bjs, Boa Semana.
Bom dia Paula. Mais um genealógica incrível e maravilhoso trabalho de pesquisa.
ResponderEliminarObrigada.
EliminarEsta genealogia, que é relativamente simples, para Forninhos é muito importante (ou devia ser), pois dá-nos conta das relações familiares próximas e de parentesco mais alargado ou de vizinhança.
Um excelente trabalho de pesquisa.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Para já, para recordação dos mais velhos e imaginação dos mais novos. Mas espero que no futuro Forninhos se prontifique para reconstituirmos a memória do nosso passado, porque isto são só umas pontas...
EliminarUm abraço.
Bom fds.
Boa tarde Paula,
ResponderEliminarAplaudo e louvo o seu trabalho de pesquisa.
Que seja reconhecida toda esta dedicação a que devota muito do seu precioso tempo. Acredito que o faça simplesmente para que a memória dos Forninhenses perdure no tempo.
Beijinhos,
Ailime
Ailime,
EliminarQuando escrevi: "Há quem diga que para compreender o presente é preciso primeiro conhecer o passado", não imaginava a maratona que tinha pela frente...
Depois disto tudo, já me doem os olhos, confesso, mas vale a pena viajar ao passado só para lembrar esses seres humanos que já não estão entre nós.
Beijinhos.