![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI81BPBx7Zcfd60t8TJnTwVs-dyRxuyU53KCEYqYGxDm2UPWPEkwPNBhC6Zb-n99xmnlXr6Bbny0XcxBF1ClsGZE6JKhK5zEWKEktI-0g29V-XGM0GFj_eb0dU5TikM3pGvybfBJ_8Y-A/s280/020.JPG)
A azeitona já está a ficar madura
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJA4smaLDeeMFgc5ik_5Is4odQKW29z6qZH1rbrgiDhE_H_-g_Nq-kDWu02gxoCmYyFZtMsFB-iZIFDoQGJq24zzBwuHmsS_ztTxkzEmMPpOHAJoSDI7eT7hMydm4gtZpICtVhI82AE6c/s280/003+%25281%2529.JPG)
e a horta só espera a geada e o azeite novo
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLiOPrrtUXTLbxEQNmMTo5bbgPFW6vXU1jut-HXNVyy8QIZjVRZ8HxYMlmcCICYx4dTbynIz5Cmjb8bdoaf1arYG9GXdYnRcdlCjRG0FbqWJTGGvWhKWHLoJAfUQscRarE9AxBUaqIZgA/s280/009.JPG)
O alguidar colectivo, que serviu para toda a família comer já se não usa,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYSUC5KzI-EV6Ze94qjnl6_PpSJgi6wqOVj6l-fNB0gh4Ofppi1sa3An4Ii6aaJY8NsF-4HHzzazQ-iRvOdpTDrZQ2-hUGjXCtrIrmUo3ZE1TpZDLQI6tIJURahnc4m-eamcUl9oSTEYs/s280/007.JPG)
mas a panela de ferro e a almotolia do azeite, ainda estão presentes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3JMYCj4rP9a4azuViBkIsCyC8RxHi6p62oGz5aNhDBoIDNuyYfsf8mNiCb3H3ZXAANUGg9Lwlj1vXuZUnqT4FhV2PuJMf40vjzTAL9zDJ3vz2rVCsQqRgzXHqw8-wnh9vTSEyBBh2v4c/s280/008.JPG)
O azeite não era usado somente como alimento, mas também para iluminar. As candeias, lamparinas, candeeiros, para iluminar os lares de muitos povos, eram abastecidos com azeite.
Que bela horta!
ResponderEliminarÉ desta última colheita do ano que os agricultores esperam o tempero para as suas iguarias. É com este azeite que se temperam os grelos, as batatas cozidas, o bacalhau e a couve da consoada, hoje, no seu prato individual.
Apesar de colado e do estado em que está (precisava de um jeito no centro), este alguidar/bacia (palangana) é um verdadeiro tesouro! Até pensei que ninguém tivesse guardado um pratinho destes. Este blog é um sortudo por ter encontrado uma peça destas. Bem-Haja ed santos :)
Gostei muito, muito, muito deste pratinho que faz lembrar os verdadeiros pratos “ratinhos”, com o fundo mais estreito que o rebordo, com o motivo em cerejas, simplista, rústico e singelo, que no passado terá servido para toda a família comer…quantos forninhenses tiveram no centro da sua mesa pratos como este, onde todos molhavam, sem se usar o prato individual... quantas pessoas fizeram as suas refeições à luz destes candeeiros…
“A oliveira dá-nos azeitona, a azeitona dá-nos azeite, o azeite dá-nos luz na candeia, saúde no mal e gosto no prato.”
C U R I O S I D A D E S
ResponderEliminar=======================
SABIA QUE...
. Todas as azeitonas sao negras se as
deixarem amadurecer ate ao fim.
. Para extrair 1 L de Azeite sao necessarios,
em media 5 a 6 Kg de azeitonas.
. O grau de acidez pouco ou nada tem a ver com
o cheiro e o sabor do Azeite. A acidez tem a
ver com a quantidade de acidos gordos livres
que o Azeite possui e tambem com a variedade
e o estado de maturaçao da azeitona quando
colhida.
. A cor do Azeite nao esta directamente ligada
ao seu sabor ou aroma. Um azeite verde,
provem de azeitonas ainda verdes enquanto um
Azeite dourado, provem de azeitonas maduras.
Mas o Azeite e geralmente obtido a partir de
uma mistura de variedades de azeitonas, com
diferentes graus de maturaçao.
. Como produto natural, o Azeite,ao contrario
do Vinho, nao melhora com o tempo, pelo que
se aconselha, consumi-lo o mais cedo
possivel. Quando bem acondicionado, pode
conservar-se, sem alteraçao das suas
caracteristicas, ao longo de 18 meses a
partir da extracçao.
O rendimento do Azeite e maior do que o de
outras gorduras vegetais, tanto em frio como
em quente.
. O Azeite deve guardar-se em recipientes de
de vidro, de preferencia escuro, ou
em recipientes de folha de flandres
ou de aço inox. Deve manter-se em
local fresco, sem luz e longe de
produtos com cheiros intensos, para evitar
que os absorva.
. Quando sujeito a temperaturas muito baixas
o Azeite pode solidificar. Contudo,ele
retomara o seu aspecto inicial quando volta
a temperatura ambiente, nao perdendo nemhuma
das suas caracteristicas.
Penso que a maioria das pessoas armazenam o azeite de sua colheita em potes de lata (pintados para evitar a ferrugem), de onde o azeite é retirado com um púcaro e depois com um funil deitam-no para uma vasilha. Antigamente deitava-se sempre para dentro de uma almotolia, donde se servia quando era preciso. Quando vazia ía-se buscar mais. Não tenho a certeza, mas acho que esses potes tinham uma espécie de gancho para se colocar o púcaro. E não era comum ter junto ao pote um prato para aproveitar o azeite que ía escorrendo desse púcaro?
ResponderEliminarA azeitona já está preta
ResponderEliminarA azeitona já está preta
Já se pode armar aos tordos
Já se pode armar aos tordos
Diz-me lá, ó cara linda
Diz-me lá, ó cara linda
Como vamos de amores novos
Como vamos de amores novos.
A apanha da azeitona está quase a começar e cantarolar ajuda que o trabalho não custe tanto.
Há certos usos e costumes, em que a sabedoria popular se sobrepõe aos manuais, simplesmente porque, de região para região, os produtos fazem diferença, e ao escreverem os manuais são-no na generalidade.
ResponderEliminarPor exemplo: na nossa região não se fala em acidez, não porque a população seja ignorante, mas simplesmente porque a acidez do nosso azeite não se nota. Normalmente só se olha ao que rende, se funde ou não funde, o que normalmente, e quando a azeitona é boa, pode chegar aos 20%, ou seja, 20L por cada 100kg de azeitona.
O saber popular (no nosso caso) tem como principal critério de classificação o cheiro e sabor do azeite e não o grau de acidez, pois o que realmente diferencia o azeite da nossa região (Beira Interior) é o seu sabor e cheiro que, devido à variedade da azeitona, pode originar azeite com um cheiro a azeitona mais verde ou madura, ou, com sabor mais ou menos amargo.
ResponderEliminarHá um ditado popular que diz: "A melhor cozinheira é a azeiteira".
Boa tarde a todos,
ResponderEliminarComo espaço aberto, este Blog permite nao concordancias, embora respeite o ponto de vista de cada um; isto a proposito da acidez do azeite.
Permitam-me, entao:
Quer queiramos, quer nao, o azeite e classificado por varios tipos, sendo sem duvida nenhuma o grau de acidez um dos parametros mais conhecidos.
Mas esta "acidez", refere-se a percentagem de acidos gordos livres que o azeite contem, resultante do seu tratamento e que define o papel na prevençao de doenças variadas, etc.
Mas a qualidade do azeite, nao depende apenas da sua acidez. Por exemplo, se tiver estado demasiado tempo em contacto com o ar, oxida e o azeite fica rançoso.
A acidez, nao tem qualquer relaçao com a intensidade do sabor!
Por exemplo:
AZEITE VIRGEM EXTRA - azeite impecavel, com sabor e cheiro intenso a azeitona sa. Acidez igual ou superior a 1%.
Apto para consumo directo. Comercializado.
AZEITE VIRGEM - Azeite de boa qualidade, com sabor e cheiro a azeitona sa. Acidez igual ou inferior a 2%.
Pode apresentar ligeirissimos defeitos de cheiro e sabor.
Apto para consumo directo. Comercializado.
AZEITE VIRGEM CORRENTE - Acidez igual ou superio a 3.3%.
Nao esta apto para consumo directo.
O AZEITE NA CULTURA PORTUGUESA
ResponderEliminarO azeite sempre esteve presente nos recantos da vida diaria dos portugueses: na candeia do pobre e no candelabro do rico, na mesa frugal do campones e nos solenes templos de velhos cultos.
Mitico, biblico, romanesco e historico, "o azeite vem sempre ao de cima". Enfrentou a nova verdade dos mercados selectivos e deixou de ser simplesmente azeite, para adoptar o berço de uma origem e assumir a identidade de uma marca.
Em Portugal, a cultura da oliveira, perde-se nos mais remotos tempos. Segundo rezam as cronicas, os Visigodos ja a deviam ter herdado dos Romanos e estes possivelmente, tinham-na encontrado na Peninsula Iberica. Por sua vez, os Arabes mantiveram a cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra azeite tem origem no vocabulario arabe AL-ZAIT, que significa "sumo de azeitona".
De facto, as primeiras manifestaçoes da importancia da cultura da oliveira em Portugal, aparecem nas provincias onde a Reconquista crista, mais tardiamente se realizou. E assim que os primeiros forais que se referem a produçao olivicola, dizem respeito as provincias portuguesas da Estremadura e do Alentejo.
Ate finais do seculo XII, em Portugal, nao se menciona a cultura da oliveira, nem o interesse economico da sua produçao. Contudo, no seculo XIII, o azeite tem um lugar importante no nosso comercio externo, posiçao que mantera posteriormente, podendo afirmar-se que esta gordura era um produto muito abundante na Idade Media.
Mais tarde, sao as ordens religiosas que, com o seu papel na revitalizaçao da agricultura, dedicam especial atençao ao fabrico do azeite.
O "oleo sagrado", vai ter uma importancia fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra, do Mosteiro de Alcobaça, da Ordem dos Freires de Cristo, da Ordem do Templo e da Ordem dos Cavaleiros de Nossso Senhor Jesus Cristo.
Resistente a seca, de facil adaptaçao aos terrenos pedregosos, a oliveira tornou-se numa presença constante na agricultura portuguesa.
Eu confesso, nunca comprei azeite, felizmente os meus pais oferecem-mo e é muito bom, no cheiro e sabor, nem sequer sei qual o seu grau de acidez, o que sei é que por trás de um bom azeite tem de haver sempre uma boa azeitona.
ResponderEliminarBoa tarde a todos.
ResponderEliminarGostaria de me referir á horta, até que, alguns já devem ter perguntado – que raio faz a horta aqui!...
A verdade, é que as hortas estão muito associadas a esta época do ano, e qualquer família da aldeia, gosta de ter uma boa horta nesta altura, não só porque está a chegar o natal, mas porque é a altura do ano em que são melhores, e melhores ainda, quando lhe cai a geada em cima.
Estas couves estão muito ligadas á gastronomia tradicional das aldeias.
Em forninhos, cozinha-se ainda o feijão com couves e um pouco de carne de porco salgada, sobretudo, cabeça e chispe, é um prato excelente, mas o meu preferido é a sopa da matação, só a costumam fazer nesta altura devido á qualidade destas couves. Não sei a receita, mas saboreá-la!!!. Deixem comigo. Já tenho ido a festivais de sopas onde se encontram imitações, mas creio que a original, é mesmo a que as mulheres de forninhos fazem.
E feita na lareira, na panela de ferro, melhor! Não é assim Sr. Eduardo?
ResponderEliminarA receita desta sopa à moda de Forninhos, ou, à moda da minha mãe, é muito simples, é feita com água da cozedura das carnes de porco salgadas (cabeça, chispes, pedaço de presunto…), quando esta água ferve junta-se a couve e os temperos (azeite, cominhos, colorau e picante a gosto), quando a couve estiver cozida deita-se pedaços de pão e deixa-se ferver um bocadinho e prontos!
Os principais ingredientes deste prato tradicional como muitos outros, como a sopa de feijão vermelho com couves (a minha preferida) são à base daquilo que o homem produzia.
Esta sopa, que as mulheres de forninhos costumam fazer só nesta altura do ano, nao será só porque é a matação, mas porque as couves estao boas para esta iguaria, dizem, e é verdade, que quando é dormida ainda é melhor.
ResponderEliminarpor exemplo, a minha mulher recusa-se a fazer esta sopa, se nao for com couves desta época, e quando faz, a meu pedido, faz para dois ou tres dias.
Esta sopa é, no fundo, um prato tradicional sazonal, que faz parte do nosso património gastronómico, mas será que é servida em algum restaurante do concelho?
ResponderEliminarApenas a melhor sopa do Mundo.
ResponderEliminarO toque de Midas, sao os cominhos.
Porque de ontem para hoje desceu bem a temperatura, esta horta já deve ter recebido uma boa camada de cristais de gelo na sua folhagem.
ResponderEliminarApesar das temperaturas baixas e do frio que será muitooooo, espero que todos passem um bom fim-de-semana!
Beijinhos