tag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post4730680553252624831..comments2024-03-28T16:07:46.994+00:00Comments on BlogDosForninhenses: Os Aerogramasaluaphttp://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-41439515909857298072016-12-23T15:09:27.309+00:002016-12-23T15:09:27.309+00:00Exmos. Senhores
Como ex-combatente da Companhia de...Exmos. Senhores<br />Como ex-combatente da Companhia de Caçadores 2469, venho solicitar a possível cedência de um exemplar de aerograma, (digitalizado ou físico).<br />A intenção de convocar meus colegas de armas para o convívio do 46º aniversário do nosso regresso a casa, em folha baseada no desenho, formato e modelo de aerograma usado na época na troca de nossa correspondência com familiares e amigos.<br />Desde já agradeço a vossa melhor atenção.<br />Carlos Alves<br />cavalves@gmail.com<br />Alves, Carloshttps://www.blogger.com/profile/08316136764712282652noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-5529359958625112592014-07-12T17:01:01.269+01:002014-07-12T17:01:01.269+01:00Boa tarde
Procuro aerogramas vindos das colonias ...Boa tarde <br />Procuro aerogramas vindos das colonias para a metropole.<br />Unknownhttps://www.blogger.com/profile/01382021220952352024noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-4627367143459754822014-07-03T00:08:32.593+01:002014-07-03T00:08:32.593+01:00Obrigada Teresinha, por o que aqui recorda e nos c...Obrigada Teresinha, por o que aqui recorda e nos conta.<br />"Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento, não deis lugar ao Demónio" - diz a Escritura Sagrada.<br />E tal como disse ao Jornal CM o ex-combatente: "As amizades que construímos foram, de longe, a parte positiva da guerra no meio de tanta desgraça." "Todos os anos, já há 33 anos, nos encontramos num almoço para recordar tempos antigos e partilhar histórias de guerra que vivemos juntos." <br />Nós também temos de agendar um encontro, sim. Vou tratar disso. <br />Um abraço de amizade.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-25009927143796946622014-07-01T17:14:19.721+01:002014-07-01T17:14:19.721+01:00Paula,
o que tu foste buscar para este belo post!...Paula,<br />o que tu foste buscar para este belo post!!!...<br />Tantos aerogramas escrevi e recebi do então alferes miliciano, combatente na Guiné em 1966 e 67, tendo, felizmente regressado são e salvo para os meus braços... onde tem permanecido desde então... e espero por mais alguns anos!!! <br />Já o mesmo não aconteceu ao meu irmão, colega do meu marido, que morreu em Angola, na ponto do Dange, e mais 15 jovens, no dia 9 de dezembro de 1966. Iria fazer 23 anos no dia 13!<br />O tema do seu interior só podia ser a amizade, no caso das madrinhas de guerra ou dos familiares em constante preocupação ou o tema do amor... em que a preocupação quase era substituída pelos sonhos da vida futura, primeiro a dois e depois a mais!<br />Hoje tudo isso parece um pesadelo para alguns, um sonho para outros. No meu caso, ambos!!! O pesadelo foi-se diluindo com o tempo...mas o sonho, esse permanecerá... até que a morte nos separe!... <br />Esses tempos turbulentos acabaram por gerar amizades que agora até são festejadas em alegres convívios anuais, juntando os jovens de então e respetivas famílias. O próximo já será este mês!<br />Paula, fico a aguardar marcação para um encontro nosso, por minha parte será um prazer conhecer-te.<br />BeijinhosTeresinhahttps://www.blogger.com/profile/05526185427247580180noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-54618658959900843362014-06-30T22:28:40.900+01:002014-06-30T22:28:40.900+01:00Eu é que agradeço a emoção que me provoca com as l...Eu é que agradeço a emoção que me provoca com as linhas que escreve!<br />Vou tentar fazer outros textos sobre esta temática, porque isto não é só sobre Forninhos é sobre Portugal todo.<br />E, não, não restam quaisquer dúvidas, aquela guerra não era a vossa, era dos ricos que tinham interesse. Já não bastava o medo, ainda passavam fome! Soube até que alguns para ir buscar o seu correio tinham de andar de 15 em 15 dias 30 quilómetros a pé!<br />Mas os fascistas ainda hoje olham para trás e acham que essa guerra devia e podia durar mais anos...!<br />Outro abraço.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-56290607547931731062014-06-30T20:00:19.372+01:002014-06-30T20:00:19.372+01:00Ola, Paula. Se afirmo que fomos nos que aguentamos...Ola, Paula. Se afirmo que fomos nos que aguentamos a guerra, é porque os Oficiais e Sargentos tinham um salario normal enquanto nos tínhamos uma mao cheia de nada. Porquê? Mais pobres? Se nao obstante as condições espartanas em que "vivíamos" o Estado gastava 48 por cento do orçamento na guerra, se nos fossemos tratados como seres humanos que pensávamos ser, nao havia orçamento que chegasse; resulta dai, que foram as nossas misérias que permitiram que a guerra continuasse. Hà duvidas? Creio que nao. Quanto aos "cordeirinhos" é do interesse de alguns que tendo feito da guerra ganha-pao, tentam manter viva a "chama" do ódio ao preto, e os nossos prezados colegas, entretidos que estão a odiar o preto, esquecem o mal que nos fizeram alguns brancos. Tal como os aerogramas durante a guerra, os seus comentários sao como um bálsamo que ajuda a suportar as mazelas da guerra, e a sobranceria com que somos tratados agora. A ditadura fascista deu-nos miséria e guerra, a ditadura democrática, da-nos para compensar, 41 cêntimos por dia. Obrigado. Um abraço.Antonio S. Leitão. https://www.blogger.com/profile/15516449336104252829noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-68526912781447868152014-06-30T17:32:40.797+01:002014-06-30T17:32:40.797+01:00Ontem, Domingo, li na revista do Jornal Correio da...Ontem, Domingo, li na revista do Jornal Correio da Manhã um depoimento recolhido por Marta Martins Silva a um ex-combatente que diz: "Perdemos nove camaradas no Ultramar, em Moçambique, quatro deles já depois do 25 de Abril em Portugal. Só regressamos em Agosto".<br />Mais:<br />(...)<br />Eu também estive no Hospital por causa de ferimentos provocados por estilhaços de minas e nessa altura quem escrevia as cartas para a minha namorada da altura, hoje minha mulher, era um camarada de guerra. Para ela não ficar preocupada, ele tentou fazer a letra mais parecida possível com a minha. De resto, nunca lhe escondi nada, ela sabia que a minha guerra estava a ser difícil.".<br />"Quando se deu o 25 de Abril em Portugal eu estava no Ultramar."<br />(...)<br />"Nesse tempo em que supostamente já não devíamos estar lá, morreram quatro camaradas em acidentes de minas, numa altura em que só já pensávamos em regressar finalmente a casa.".<br />"As amizades que construímos foram, de longe, a parte positiva da guerra no meio de tanta desgraça.".<br />(...)<br />Rezaremos sempre pelos camaradas falecidos numa guerra que nenhum de nós escolheu.".<br />Achei este depoimento muito interessante e todos aqueles que dizem que não têm um local onde se exprimir (mesmo aquele que andou em combate e queria que EU fizesse um blog - para ele poder levar os louros, só pode!) podem agora contar as histórias de guerra - em Angola, em Moçambique ou na Guiné. O CM publica as melhores. Podem contactar por telefone ou por carta, mas também via email: historiasdaguerra@cmjornal.pt.<br /><br />Outra coisa:<br />Em Maio último recebi um email de um Sr. de Espinho, que pensava que eu era<br />filha de Um "GALGO" Que pertenceu ao Bat. Caç. 1935, Moçambique 1967/69.<br />Está este Sr. a actualizar os ficheiros da "sua" malta e queria saber o nome completo do meu pai e a que companhia pertenceu, actualização de morada, telef./tlm. e e-mail se fosse o caso e informava que o convívio este ano é em Espinho, dizendo-me que mais tarde "Setembro" enviava informações.<br />Respondi-lhe com todo o gosto, que o meu pai andou na Guiné e não em Moçambique, etc... <br />Se algum dos ex-combatantes que em Forninhos estiveram naquele dia que foi erguido o monumento fez parte do Bat. Caç. 1935, Moçambique 1967/69 diga alguma coisa...(se estiver interessado claro!).<br />É tudo.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-88064060619275435592014-06-28T22:06:15.034+01:002014-06-28T22:06:15.034+01:00Grande comentário, sim Sr.!
Leio "Fomos nos,...Grande comentário, sim Sr.! <br />Leio "Fomos nos, o Zé-soldado que aguentamos a guerra" e tudo o mais que escreveu passados estes anos, tudo parece não nítido dentro de si. Tudo tão desumano meu Deus!<br />Não pude evitar, outra vez, as lágrimas. <br />O seu caso é igual a muitos e as nossas aldeias estão seguramente cheias de pessoas com memórias destas. Mas porque poucos falam delas? Vão dizer, se bem calha, que ainda não têm um local onde se exprimir. Será? Continuam é a ser uns "cordeirinhos" e esses oxalá as paguem bem pagas também Sr. Leitão e, digo eu, que a terra que os cobrir seja mais pesada que o Castelo de Palmela (como por aqui se diz).<br />Um abraço.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-76964654143006375952014-06-28T19:54:08.366+01:002014-06-28T19:54:08.366+01:00E nosssssa; é nosssssa; é nosssssa!... Endoutrinad...E nosssssa; é nosssssa; é nosssssa!... Endoutrinados à boa maneira fascista, quais Cubanos ou Soviéticos, la iamos nos: mééééé.... defender as fabulosas riquezas Angolanas covnictos que dessas riquezas nos tocassem algumas migalhas, mas qual desilusao! Se em portugal tinhamos um copo de tinto ao almoço, e fruta ao jantar, em Angola, ( nao sei se era apanágio da minha Companhia,) mas nao existia. Foi para isso que me confiscaram os meus melhores 3 anos? Foi para isso que fui arriscar a vida? Que os Angolanos do Norte comessem mandioca e os do Sul, painço, porque por là nem mandioca havia, nao incomodava ninguém. Consta que certo Doutor, (nao sei de que pais) elaborou uma tese através da qual se questionava como conseguiu Portugal aguentar tal guerra durante tanto tempo; Pobre Doutor: Se ele soubesse da fome das "lavaduras" ingurgitadas, das condições desumanas em "vivíamos", escolhia outro tema. Fomos nos, o Zé-soldado que aguentamos a guerra, e como nao chegasse toda a miséria, muitos dos que morreram ficaram por la, abandonados como se de animais se tratasse, porque era necessário pagar, (salvo erro) dez contos para que o cadáver fosse transladado. Era assim que nos tratava o mal-feitor de S. Comba, n'en deplaise aos Salazarentos da nossa praça. Dizem-me agora que a "minha" guerra nao conta para a reforma, porque nao tinha caixa; Naquele tempo, quantos operários do interior tinham caixa? Se eu tivesse dado o "salto" como fizeram muitos, teria deixado o trabalho aos 60 com 1 reforma completa, assim parei aos 63 com uma reforma incompleta. Là vêm eles agora com a sua esmola: 150 euros por ano para rebuçados! Oxalá o inferno exista, e eles as paguem com lingua de palmo, como se costuma dizer.Antonio S. Leitão. https://www.blogger.com/profile/15516449336104252829noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-44334984627881529562014-06-28T15:24:38.352+01:002014-06-28T15:24:38.352+01:00Nem queria chamar os bois pelos nomes, mas...vamos...Nem queria chamar os bois pelos nomes, mas...vamos a isto!<br />O Lugar nunca teve nome, apenas um lugar e assim fica na historia, sem saber de pai nem mae.<br />A Lameira transborda de relatos e alma forninhense.<br />Depois veio quem veio, novas culturas, elogio meu, carregando no sangue o estigma de pobreza do continente aquando partiram e a riqueza conseguida na base do rascismo. Quando as duas coisas se envolveram e com Salazar enterrado, havia que cultivar os interesses e nada melhor que a terra natal, apesar de apenas alguns. <br />Ali cheirava a selva, escravos, desbunda e ate o amendoim se montou na tabanca. Ou seja tudo bate certo e para nao haver misturas e suspeicoes, nada melhor que ali colocarem o Monumento.<br />"Cheiro" africano, bebidas e afins, casa de comes e bebes e ate indiferentes a idades e gorduras, vao saltitando com a mao na cabecinha, cinturinha e perninha, como que em gozo, quem nao esta bem que se componha.<br />E o cemiterio ali tao perto, pena que nao passe a carreira e os arrebanhe para la.<br />Mas que festa nao seria!!! XicoAlmeidahttps://www.blogger.com/profile/00536070218900062333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-10442277502824187502014-06-27T13:22:16.652+01:002014-06-27T13:22:16.652+01:00Agora já devem andar a tentar descobrir como desca...Agora já devem andar a tentar descobrir como descalçar a "botifarra", mas gente que faz o que faz, que se aproveita duma guerra para erguer um monumento, fazem uns discursos emotivos, cabisbaixos colocam coroas de flores nas campas e junto ao monumento :-( e depois fazem uma festarola logo no "Largo dos Combatentes do Ultramar" pelos vistos todos os anos - atenção! já a fizeram em 2012, 2013 e 2014 -, à volta do monumento, é gente que para mim vale ainda menos que a moeda da Guiné! <br />São de facto bons actores e melhores actrizes!aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-86813171597445485462014-06-26T22:17:54.217+01:002014-06-26T22:17:54.217+01:00P.S: se quiser pode ver a postagem que fiz em Julh...P.S: se quiser pode ver a postagem que fiz em Julho de 2011 e pode ver o monumento + algumas imagens:<br /><br />http://onovoblogdosforninhenses.blogspot.pt/2011/07/guerra-do-ultramar-50-anos-depois.html.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-84544615586860129032014-06-26T21:55:31.031+01:002014-06-26T21:55:31.031+01:00AGUENTA ZÉ! E....CARA ALEGRE ZÉ!
Era assim, decada...AGUENTA ZÉ! E....CARA ALEGRE ZÉ!<br />Era assim, decadas atras, um seculo atras, um milenio atras, parece que foi ontem. Como o tempo voa e continua parecido e semelhante, outrora medo por uma simples farda da guarda "cambada" de acolitos do regime, no presente transformada a farda em fato e gravata e o medo virou "lambe botas". Os mesmos hediondos, a mesma diabolice, a mesma "escola".<br />Este tipo de pensamento leva necessariamente a uma aldeia na qual nasci, Forninhos, que sei por tal o sentir aquando ali vou, ostracizado por defender aqui verdades, o nao saber oficialmente quem manda em que, orienta o que, ajuda em que...<br />Isso incomoda ao se tentar afastar uma mentalidade de "negreiros" e seus descendentes mais ferozes ainda, escola familiar, como se tivesse havido apenas um mudar de cores e nao de gentes, o preto para o branco.<br />Assim vou percebendo os festejos com dancas e cantorias junto ao monumento dos combatentes, por sinal bonito e digno dos maiores respeitos.<br />Afinal foram herois como estes e infelizmente tantos espalhados por este Portugal, que sofriam e morriam enquanto estes merdas enchiam a carteira, na escravatura do preto e na morte do branco, se calhar alguns ate familiares.<br />Agora na minha terra, o baile circula em volta do monumento, cerveja fresca perto, pois a fonte nao tem agua e para que...<br />E o povo vai, pareceria mal nao ir, se vais eu vou se nao vais eu fico...<br />Mas tem festa o local, moderno e cultural, viajou no tempo e atravessou continentes, a sanzala fica enquadrada, o ritual da danca enquadrado e a tabanca tem muito que beber.<br />AGUENTA ZE!<br />Claro que aguenta, cheira a carne e peixe grelhado, dia de festa em homenagem ao passado, organizado por alguem que nao precisou de enviar aerogramas, basta apenas e ali o ressoar do tambor que foi substituindo o sino e acudam que ha fogo.<br />Eu sei que eles sabem que sei que eles sabem, tal como milhares que aqui matam algo que lhes sabe bem. Bem vindos. Outros pretendem, melhor pretendiam protogonismo, mas nao ha Gungunhana que meta medo, ha muito dobramos e vencemos o Adamastor.<br />Apenas um apelo, respeitem no minimo a memoria daqueles que tanto ajudaram os vossos pais e a voces, a matar a fome!<br />De memoria estou a ver mais de uma dezena a passar em frente dos olhos e um dia os vossos filhos e netos, se nao sairem aos pais, quererao saber de onde vieram.<br />E nao houvera avoes, la iriam de barco para Africa, num parecido aqueles que levavam gente do campo e traziam apenas corpos para enterrar.<br />Que Deus tenha piedade!<br /> <br /><br /> XicoAlmeidahttps://www.blogger.com/profile/00536070218900062333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-57877435644240316872014-06-26T21:41:52.643+01:002014-06-26T21:41:52.643+01:00Não sei se o Sr. Leitão se lembra dum político que...Não sei se o Sr. Leitão se lembra dum político que há alguns anos atrás conseguiu que aos militares que serviram em zonas de risco lhes fosse dado um suplemento à sua reforma. Conseguiu com isso angariar votos e chegou a ministro. E, enquanto ministro chegou a inaugurar com pompa e circunstância (acompanhado por militares que lhe prestaram as devidas honras), um monumento às mães, mulheres, namoradas e madrinhas de guerra dos ex-combatantes, não me lembro onde foi, mas passou num programa de televisão.<br />O de Forninhos não lembra as namoradas e madrinhas de guerra. É pena. Mas também o referido monumento está lá por estar, está ali para alegrar, não está lá para perpetuar a memória dos combatentes das ex-Províncias Ultramarinas, pois junto ao referido monumento festeja-se, como se uma guerra fosse motivo de festejos, como se na terra não houvesse outros largos para festejar os santos populares. <br /><br />Já li alguns 'post´s' do seu blog e só posso deixar-lhe os meus sinceros parabéns, na minha terra estavam à espera que fosse eu a criar um blog sobre a Guerra Colonial, como se essa guerra fosse minha!<br />É o que eu digo: Já nem sei se é só falta de tino...aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-67424503437920909772014-06-26T19:41:20.695+01:002014-06-26T19:41:20.695+01:00Impossivel reter as lagrimas. Permitam-me so que p...Impossivel reter as lagrimas. Permitam-me so que preste uma vibrante homenagem as antigas Madrinhas de guerra. Orgulhem-se do bem que nos fizeram. Merecem um monumento se ainda nao existe. Um grande abraço. (Rendez-vous in (entrezaireecunene.blogspot.fr) Para quem quiser, evidentemente. Obrigado.Antonio S. Leitão. https://www.blogger.com/profile/15516449336104252829noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-67211696958449179022014-06-26T19:40:22.575+01:002014-06-26T19:40:22.575+01:00Olá Anete, conheço, mas não li "Guerra e Paz&...Olá Anete, conheço, mas não li "Guerra e Paz". Agradeço a sua indicação.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-65723832152556233042014-06-26T18:17:23.241+01:002014-06-26T18:17:23.241+01:00Obrigada eu, pois é um grande gosto receber os seu...Obrigada eu, pois é um grande gosto receber os seus comentários. Eu sou do tempo em que a entrega da correspondência se fazia de porta a porta, mas a geração dos meus pais (e anteriores) assistiam à chegada das boas novas no largo da aldeia. Segundo o que me disseram os mensageiros entregavam uma mala fechada na casa comercial (Venda) onde os populares compravam os aerogramas, além de envelopes e selos dos Correios, etc…<br />O proprietário abria então a mala com chave própria e à frente de todos os presentes, lendo em voz alta e entregando as missivas a quem de direito.<br />Na época da Guerra recebiam os familiares, amigos e namoradas dos militares os aerogramas, mas também lembram bem dos cartões de Boas Festas e da alegria que davam as boas notícias.<br />Beijos**aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-161476879768616902014-06-26T18:01:54.449+01:002014-06-26T18:01:54.449+01:00Este teu comentário reproduz na perfeição “montes”...Este teu comentário reproduz na perfeição “montes” de situações festejadas por muitos “Senhores” que tinham algum poder de influência e conseguiam assim livrar os seus filhinhos da tropa.<br />Agora das idas para a África para “defender a pátria” a nível do concelho reza a história que a aldeia de Forninhos foi a mais sacrificada porque para uma aldeia pequena como a nossa, 4 jovens deixaram lá a vida, mas eu não leio qualquer referência ao facto nas monografias do concelho e da freguesia de Forninhos! Também para um catálogo isso não interessa nada...<br />Ah, agora leram e vão pensar os “cordeirinhos” (parafraseando o Sr. Leitão) para os seus botões que a situação foi lembrada em 2011 no “Dia da Freguesia” pelos “políticos”. Por acaso foi, mas também foi lembrada por quem por aqueles lados andou a lutar. Muita gente até estranhou nesse dia atrás do monumento aparecerem tantos, como eu por exemplo estranhei, pois vieram de todos os lados para a fotografia, estranhamente agora (desses) nenhum aparece para falar do grande crime histórico que foi a guerra colonial e que os marcou para toda a vida! Até dá a impressão que não se lembram do feitio dos aerogramas, mas é melhor não explicitar o que penso de gente interesseira e falsa e que só aparecem para o "show-off", tu melhor conheces esse tipo...<br />Agora, não posso deixar de referir que um ex-combatente me abordou um dia para eu fazer um blog sobre a Guerra Colonial. No início, nem percebi bem o que me estava a propor, se queria que eu fizesse um ‘post’ ou um ‘blog’! Depois percebi que era mais um a aproveitar-se da “aluap” para aparecer por entre os muitos cenários de outras eras que o blog dos forninhenses vem publicando. E, claro que lhe respondi que não, sugerindo que o fizesse ele, podendo eu ajudá-lo se o entendesse, mas até hoje ainda não vi /li nada…aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-46318542726180889582014-06-26T13:40:10.815+01:002014-06-26T13:40:10.815+01:00É. Mesmo os trocados com as namoradas, que imagino...É. Mesmo os trocados com as namoradas, que imagino era o maior consolo dos militares que prestavam serviço nos antigos territórios ultramarinos (noutro continente, portanto), pouco tinham de romântico, se tivessem hoje eram conhecidos por "carta-romântica" e não por "aerogramas-militares" ou "Bate-Estradas"!<br />Obrigada pela visita comentada.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-45369306021279649232014-06-26T13:24:09.679+01:002014-06-26T13:24:09.679+01:00Sim, esta "carta-envelope" foi incontest...Sim, esta "carta-envelope" foi incontestavelmente, durante o longo período de duração da Guerra Colonial o meio de comunicação mais importante. Sem os aerogramas tudo teria sido mais difícil, pelo menos na aldeia de Forninhos!<br />Beijinhos. <br />Ah, o texto é simples e de fácil leitura, pois quando escrevo dirijo-me sempre à minha aldeia (de outra forma nada entenderiam!). Depois só tive de ir percorrer a internet e buscar (procurar, pesquisar) referências aos aerogramas. Fácil :-)aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-34560362352155448782014-06-26T11:14:25.104+01:002014-06-26T11:14:25.104+01:00Lembro bem da rua em alvoroço quando chegava o car...Lembro bem da rua em alvoroço quando chegava o carteiro ! Nós não tínhamos ninguém nu Ultramar, mas íamos assistir à chegada das boas novas, porque antigamente cada rua era uma comunidade familiar. E eram quase sempre boas as notícias, tristes e chorosas de saudade, mas traziam sinais de vida e esperança.<br />Obrigada por me lembrar destes momentos tão marcante da minha meninice.<br />Beijos. D<br /><br />http://acontarvindodoceu.blogspot.ptMDRoquehttps://www.blogger.com/profile/13632300537529249198noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-45261350297204439792014-06-25T22:33:46.053+01:002014-06-25T22:33:46.053+01:00Aerogramas, os "Bate Estradas"!
Acho, pe...Aerogramas, os "Bate Estradas"!<br />Acho, pessoalmente este nome de baptismo, condigno e conjugado com a miséria que grassava entre dois continentes; de um lado, o poderio do "senhor" que teimava ser dominante mesmo que para tal imolasse os seus filhos.<br />Do outro, a paz e quietude quebrada pelo "invasor", Escravos nascestes e como tal morrereis, mas devagar pois há dinheiro a ganhar.<br />E os grandes ganhos imensuráveis do Estado Novo, quanto não havia ficado pelo caminho, dava para tudo e todos e uma "mão lava a outra". Era roubar meus senhores...<br />Não tinha idade para ir para a guerra, por um triz! Fui à tropa três semanas...<br />Antes, ia acompanhando como todos o desenrolar da guerra, mais notícia pelas desgraças lidas em local público, Os da minha idade, aquando da inspeção no R14 em Viseu, festejavam por terem sido apurados, mesmo que lhes calha-se o embarque para Guiné, Moçambique ou Angola.<br />Os influentes do sistema, os Senhores, festejavam por terem sido salvos os seus filhinhos cobardes que engolindo um caroço de azeitona em jejum, na inspeção já tinham um mal.<br />Devia ser dos cabritos, borregos e queijos da serra.<br />E lá partiam os filhos da Pátria, a autêntica, obrigados a salvar a honra de uma miríade, enquanto os doutorzinhos em troca de promessas vãs, emprenhavam as prometidas dos outros, por favores dos arrendatários e miséria dos rendeiros.<br />"De lá já não voltavam".<br />Mas iam voltando, na esperança de uma folha enviada e ainda a cheirar a tabaco, quando não escrita em letra tremulenta no avançar da noite para uma emboscada e na ressaca de uma "dose de cavalo" injectada na espinha.<br />E cara alegre!<br />Reza e é verdade, que Forninhos foi a aldeia mais sacrificada. Não duvido por ser das terras mais valentes e recordo de no café e/ou casa do padre, por altura do Natal, durante breves minutos, miúdos e graúdos irem a correr ouvir as mensagens de Natal dos soldados. "Para os meus pais, avós, primos e primas e minha namorada, votos de feliz natal e próspero ano novo, com votos de Propriedades(prosperidades).<br />Rebentava corações .<br />Pensei nisto ter visto o Tónio Xispas,mas se calhar por a mensagem ser igual, todos nos pareciam iguais.<br />Diferente foi o funeral do Ilídio Castanheira, estive presente e nas exéquias tive a noção mais próxima do que era a guerra em termos reais, face ao aparato.<br />Bandeira nacional por cima do caixão, familiares e amigos com lágrimas secas de tanto correrem pelas faces, fardas e espingardas, espingardas essas que se moviam sob a voz de comando, talvez de "um simples cabo", quando ali deveria estar presente o mais alto magistrado da nação.<br />E vieram as salvas de tiros, talvez com o mesmo som daquela que o havia morto! XicoAlmeidahttps://www.blogger.com/profile/00536070218900062333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-36765477407568689742014-06-25T22:04:28.598+01:002014-06-25T22:04:28.598+01:00Ainda não tinha ouvido falar dos aerogramas. A gen...Ainda não tinha ouvido falar dos aerogramas. A gente fica vendo essas coisas de cartas e tal e acha tudo tão romântico, mas devia ser muito difícil ter que se comunicar só assim, e ainda mais porque demorava pra enviar e receber respostas néh...♥<br /><br />PiinkCookie.blogspot.comAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/04869173655171113274noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-30541752056228108082014-06-25T21:30:11.307+01:002014-06-25T21:30:11.307+01:00Sê devia, Simone. O meu pai, por exemplo, andou po...Sê devia, Simone. O meu pai, por exemplo, andou por lá quase 26 meses! Imagino que foram meses de muito sofrimento! E por mais cartas que enviasse nem ele, nem a família sabia se ia voltar ou quando voltaria, tanto que o dia que chegou foi uma alegria!<br /><br />Sobre a espada de S. Jorge já fui ver no google. A erva de São Roberto conheço bem. Obrigada pelo esclarecimento.aluaphttps://www.blogger.com/profile/05977774350462028719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4756071316534879333.post-50765685598450764452014-06-25T20:00:36.215+01:002014-06-25T20:00:36.215+01:00É muito triste ficar longe das familias ainda mais...É muito triste ficar longe das familias ainda mais numa época de guerra como essa! Os aerogramas foram mesmo um grande meio de comunicação para os soldados! Gostei muto de seu texto,bem interessante! bjs,Anne Lierihttps://www.blogger.com/profile/17398705515959891183noreply@blogger.com