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sábado, 21 de novembro de 2015

A raposa matreira

"...Não te esqueças de tapar bem as galinhas senão o bicho dá cabo delas. Ontem no galinheiro da tia Clementina foi uma estragação. Coitada, tem a Páscoa feita!...". Se quiser ver as galinhas, os ovos e a Páscoa, passe por aqui



Vinha a cismar comigo como as coisas haviam mudado...! Há muito tempo  que não ia para os lados das Androas. Estava quase consumida pelo abandono e sem vivalma a quem dar a salvação. Ainda passei pela pela poça acima do nosso lameirito, agora um pouco mais que restolho e do tio Zé Maria e de tantos que deitavam a água nas sortes, nada...Encostei mais abaixo junto ao caminho pois ainda estava quente o tempo e na sombra da frondosa nogueira da qual segundo recordo tinha caído o tio António quando afoito e nela encavalitado a varejava. O que restava era ouvir e que bem que sabia tal...corvos e mais corvos e um ou outro milhafre agoirento em voo.
Mas ao mesmo tempo arrepios, ali longe de todos e sons estranhos, quais trovões surgindo numa tarde calma. Eram os sentidos a renascer passados anos, penso eu! 
Ao lado do ribeirito coberto de silvas e amoras maduras e onde outrora apanhava minúsculos morangos silvestres, ainda medrava uma aveleira, mas nozes e avelãs caídas, era uma vez, estavam ocas. Os esquilos. Quem diria que um dia aqui viriam parar e tudo roer e levar antes do tempo, mas dizem que foi a Venatória que trouxe a praga. Metem cá tudo e a gente que se aguente...
No regresso da quase tardinha ao chegar ao povo, por debaixo da pequena ponte do ribeiro dos Moncões, fico embasbacado, era ela, a raposa de que tanto se falava nos últimos dias pelas vitimas causadas nos galinheiros. nem uma galinha pedrês havia escapado naquela entrada do povo. Diziam que vinha dos lados da Matela, pois de S. Pedro desciam sim, mas os  lobos. Outros que era o ginete ou sacarrabos que apenas chupavam o sangue e deixavam as galinhas estendidas, mas a arguida era por norma a raposa.   
Solitária, ardilosa e atrevida, apreciava e rondava o que ia restando dos galinheiros que ela transformara de outrora, crente e confiante que adiante na aldeia mais havia, pois por ali o que houvera para matar e levar para enterrar na "dispensa" e mais tarde sobreviver com as crias, estava o trabalhinho feito.
Descansei nas bordas da pequena ponte degustando o momento do encontro com a matreira que vi que era bonita, mais ainda naquele pelo luzidio e gostei dela, os galináceos e donos que me perdoem... 
Com as primeiras estrelas a surgir por cima da lua cheia, lembrei coisas contadas ou inventadas como em qualquer aldeia igual a Forninhos em que os sentimentos enraizados por bem se tornam verdades, tal como o caso do sr. que vivia pobre nas fraldas da serra e acolheu uma raposita que ali vagueava já há uns dias e a criou até um dia aparecer a presumível mãe e com ela partir. Dizem que quando o velhinho morreu, ela se plantou junto ao casebre e chorou . Também se presume ter sido o tio Funfas, não sei, mas sei sim do tio Venâncio, caçador nativo e furtivo, que com apenas a arte das ratoeiras, disto sobrevivia, desde lebres a texugos e...raposas, pois a pele dava dinheiro e ele tinha que comer e tal dar aos filhos.
Mas ainda hoje não me larga a lembrança de ele um dia e não sendo a primeira vez, andar ele e outro com uma raposa já morta e por ele apanhada, dependurada numa pernada de carvalho ou castanheiro, pelo povo e de casa em casa, cada qual dando o contributo, por norma em ovos ou outros géneros dos lavradores por terem liquidado a "peste" de quatro patas.
A magia terminou quando ouvi para os lados de Valongo, o que me parecia um choro, mas não, era aquele riso de escárnio e gozão da matreira da raposa.

Foto: Google.
Texto: XicoAlmeida.

28 comentários:

  1. Muito bom, Xico!
    Notável o seu texto, pleno de regionalismos. Mas, na mihna opinião, o que o torna intenso, é o ritmo, quase coloquial, quase audível.
    Bom fim de semana.
    Beijo da Nina

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    1. Vou escrevendo ao ritmo dos sentimentos e de modo simples, deixando um pequeno contributo de homenagem para a minha terra, aquela em que nasci. A minha terra e suas gentes boas na sua maioria.
      Bem hajas Nina e um beijo para ti.

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  2. É justo lembrar aqui o maior caçador de raposas, de Forninhos: o tio Venâncio, de alcunha "O Raposeiro" um caçador furtivo parecido àquele que Aquilino desenha em "Quando os lobos uivam" que com um olho no monte outro no caminho, não se deixava apanhar pela Guarda ou Venatória (se perguntarmos o que era aos mais jovens, provavelmente nenhum sabe o que é).
    Eu recordo-me bem do tio Venâncio, com a raposa às costas fazia medo, mas ao mesmo tempo tal atraía as crianças (nós), só não sabia dessa, que o povo oferecia ovos por ter liquidado a "peste". Um gesto muito lindo do povo antigo de Forninhos!

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    1. Nem me lembrava da alcunha do tio Venancio...
      Bom homem, este. Recordo este senhor de quando apanhava um texugo por vezes levar um bocadinho ao meu pai. Uma carne branquinha e sem sabor que tal igualasse. Apenas um mestre podia tais apanhar, a astucia para tal vencia a astuta raposa, malandra mas que com o tempo o foram temendo.
      Apanhava o necessario e protegia o resto. Todos pelos seus, homem e animal...
      Mas deixa que te diga uma coisa, este era uma pessoa que conhecia melhor que ninguem a serra e tratava por tu S. Pedro e os Cuvos, cada pedra, cada toca ou caverna e se porventura a Venatoria pidesca o perseguiu, jamais teve a sorte de o apanhar e nem para tal haveria necessidade.
      Tenho uma vaga ideia de o ver armar as "lapas" para o texugo. Acho que fui com o seu filho Toninho para o cimo da serra e ali se montou o esquema, duas lages de pedra pesada com um pau a sustentar a de cima e o isco...
      Afinal o mundo foi feito deste modo transparente. Viver!
      Forninhos sabia compreender e retribuir nesses tempos de partilhas em que uma raposa apanhada valia na mente das pessoas, vidas, pois uma canja delas apenas e quase na hora da morte e os ovos para trocar por roupas e tamancos nas feiras.
      Por tal a "obrigacao" deste tributo.

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    2. Eu sei, parece que o tio Venâncio os farejava. Das armadilhas (lapas ou lascas?) também lembro ouvir falar e é como dizes, afinal o mundo foi feito deste modo, para além da necessidade, para o homem a caça e a pesca foram sempre uma tentação.
      Sobre dar e receber: pus-me a pensar como na terra dos nossos avós, o ovo servia tantas vezes como moeda de troca, sinal de que o ovo tinha um valor comercial elevado, no tempo em que Forninhos sabia retribuir, no tempo em que as pessoas de Forninhos eram humildes, porém muito solidárias e francas e que nos transmitiram valores que infelizmente se estão a esquecer!

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    3. Mais um belo detalhe , um encontro com o passado. Parabéns !! Xico.
      Caça e ovos ....raposas !!
      Um caçador deixa marcas em nós quando somos crianças .
      Em mim , quando criança , o João " Somaca" andava de noite entre os pinheiros não á caça de raposas , mas de coelhos. De luz na cabeça a apontar-lhe o caminho , na enorme escuridão , entre os pinheiros frente a minha casa/ mãe . A adrenalina dos tiros , ponha-me a mim e ás minhas irmãs em desassosego na varanda .
      Ovos . Arrepia-me . Era o " negócio" de minha mãe . O dinheiro ia para uma galinha de loiça , em cima de frigorifico da cozinha !!
      Adoro ovos. Ainda hoje um ovo mexido com pão , dá-me energia para cinco horas de luta !! Claro, com " uma pomada " !!

      Nas minhas longas caminhadas para Forninhos , os meus filhos eram pequenos , dormiam no banco de trás da carrinha , a última etapa de Nelas / Penalva para a " vossa aldeia " , nunca vi nenhuma raposa mas pelos faróis despertava muita caça , coelhos , normalmente que se atravessavam no meu caminho . E verdadeiras vigias da noite ?! Passáros escuros . Algo medonhos , algo misteriosos .....ágeis , grandes , escondidos na imensidão. da Natureza, não se deixavam ver !!! Era a última etapa , geralmente a uma Sexta-feira , um desafio enorme ir a Forninhos , pois , como sabem o maior obstáculo era ( e ainda é ?? ) o temível IP3 . Sair de Loures ás sete , chegar a Forninhos pela uma da manhã. Eu gostava ( sobretudo pelos meus filhos ) e pela hospitalidade com que vocês me recebiam. Fez -me sempre confusão
      algumas pessoas nunca terem visto o Mar. Como sou madeirense as conversas passavam sempre pelo Mar ....

      Bom Domingo .
      Hoje almoço em casa de dois "Beirões de gema". Nunca mais baixo o peso !! E , claro , de volta não trago o carro , vou ser conduzido !!
      Quem se mete com Beirões , ( Beira Alta ) , não passa sede , nem fome e ainda dança ......!! O dono da casa é Benfiquista , vamos ver ....

      Abr
      MG

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    4. Soberba narrativa a sua, Amigo Antonio e tiro o chapeu as suas lembrancas sobre a "Nossa" terra, mais que evidente o carinho que por ela nutre nos pormenores com que a descreve e as suas gentes.
      Que a inveja e cobica nao aniquilem em definitivo o que ainda vai restando da sua pureza e autenticidade.
      Deixe que lhe conte que tambem tive dois "encontros imediatos" durante a viagem e noite serrada, ido de Lisboa e curiosamente quase no mesmo sitio. A seguir a Quinta da Ponte, perto do Carvalho da Cruz. O primeiro uma jovem coruja que a atravessar a estrada bateu no para brisas e partiu uma asa. Levei comigo para tratar, masao outro dia estava morta .
      O outro quse me fazia despistar, chovia forte e era vesperas de Natal quando se atravessa uma lebre, o meu disse que pelo tamanho era um lebrao e quase me fez despistar enrolada por debaixo do carro. Foi um belo jantar e bem regado.
      Se for a Forninhos, aconselho a A23, das varias vezes que vou, nada melhor e seguro, alem das vistas da serra da gralheira e Estrela. Um passeio.
      Um abraco para si.

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    5. Xico:

      Sou filho de uma Mãe que está num lugar BOM a olhar para mim (!!!!!) , que um dia saiu de Forninhos, rumo ao desconhecido. Comigo ao volante e com meu Pai...Subimos até Bragança , onde pernoitámos.
      A última etapa , já de noite , por uma estrada estreita e sinuosa , um camião TIR holandês , com um grave problemas de travões, ou outro , circulava a 40 km / h.......Acompanhámo-lo , até poder ultrapassá-lo em segurança cerca de 20 minutos, ou mais... .!!
      Dormimos e de manhã , ao pequeno almoço , minha Mãe , Maria , questionou-me : " ...achas , meu filho , que aquele desgraçado camionista chegou bem ao seu destino. ?? Não dormi a pensar nele e rezei !!!!!!! "
      Isto era minha Mãe ! Uma Mulher que chorava e sorria pelos outros sem nada receber !!!

      Não sou um " santinho " , longe disso , mas ensinou-me minha Mãe a Amar quem me Ama e desprezar quem me magoa ou ofende !! Por isso , Xico , independentemente do ASSALTO da minha Vida , ter em Forninhos o seu " filho" tudo o resto , para mim é saudade , é recordar é reviver.!!!! Gosto de Forninhos . Ponto final !!!
      Estou de pé , porque nasci 9 meses depois de minha mãe casar com meu Pai. ( 8/12/64-27/9/65 ) Fui desejado e Amado, por isso , hoje mesmo e sempre , nos meus dias tenho momentos saborosos de recompensa !! Tive um dia entre Beirões, e Forninhos veio á mesa ....
      Se alinha-se no jogo dos " maus" em Maio de 2004 , em Setembro de 2006 e por aí , teria aparecido no CM e o Sol de hoje e a pomada do" Ti Arlindo " via - a por um canudo ???!! Quem me roubou anda palido e já um tintol sabe saborear . A lareira mais uma vez vai ficar vazia este Natal !!! O que aqui escrevo e em todos os lugares onde escrevo falo-o por Amor. Amor próprio , Amor pela vida e porque acho que a escrever vou ganhando " amigos " como vocês !! Amigos que se ocupam De Coisas Boas , Saudáveis , Frescas como FORNINHOS !!!!

      Bem haja,

      Abr
      MG

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  3. Mais um belo texto que tão bem descreve os tempos antigos não só em Forninhos mas em muitas aldeias portuguesas.
    Um abraço e bom fim de semana

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    1. Boa noite Elvira.
      Se temos uma terra linda, basta sentir o seu pulsar e dizer obrigado, sem descuidar o peso da responsabilidade do testemunho dos mais antigos e das suas coragens para a alindarem...
      Aqui em Forninhos ou tantos similares, jamais poderemos deixar cair um passado que tanto presenteia o hoje e alicerca o futuro.
      Um abraco e obrigado.

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  4. Mais um reviver de usos e costumes de antanho, maravilhosamente descrito por ti.

    Beijinhos.

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    1. Obrigado Elisa pelo carinho.
      Mais que reviver, o objetcivo principal assenta no podermos deixar para os mais novos registos escritos que porventura de outra forma "esqueceriam" as suas raizes.
      Beijo.

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  5. Bonito texto! Quando assim leio... lembro-me de Aquilino!
    Bom fim de semana... já fresco para estes lados!
    Beijinhos

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    1. Ola Teresinha, boas tardes.
      Bem haja por lhe fazer lembrar por entre pontos e virgulas o "mestre" Aquilino.
      Sabe que as obras dele giram sobre lugares nao muito distantes da minha aldeia e por tal o mesmo sentir tradicoes e cheiros da terra e o mesmo linguajar das gentes serranas..
      Hoje esta bom para assar castanhas no quentinho da casa.
      Beijinho.

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  6. Que bela narrativa, Xico! Uma narrativa assente em factos vividos, contados, imaginados...Um texto fantástico nas raízes da ruralidade, em que a raposa é a personagem principal. Achei interessante que alguém se tivesse dedicado à caça da raposa, por um lado devido à pele, por outro lado, devido à tentativa de eliminação de um predador dos galinheiros. Pobre raposa!... A verdade é que todos os animais precisam alimentar-se, e não sobrando comida no seu habitat, restariam os galinheiros.
    A sua escrita cheira a terra, a mato, e a animais, e tem uma alma intrinsecamente portuguesa que não queremos nunca que se perca.
    Foi um prazer ler isto.
    Bom domingo.
    xx

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    1. Como sabe, Laura, quando a terra assente o po na gente, este que carrega o sentir, por mais que se sacuda, fica para sempre.
      E, convenhamos, ate gostamos de o cheirar conforme apetece ou necessitamos...
      Tal como com a "figurona" da raposa que tantas estorias sobre ela se contam, vaidosa, ardilosa e trapaceira, mas por vezes enganada. Bem feito!
      Havia de facto o valor das peles, mas tambem o acautelar dos galinheiros e por tal era perseguida pelo homem e pelos incendios, chegando em Forninhos a quase dsaparecer, mas o Estado resolveu inundar a floresta e serranias circundantes de javalis, corvos e milhafres, raposas, lobos e esquilos, menos gentes e rebanhos. Tudo ao Deus dara!
      Deixe que acrescente algo real sobre a raposa, quase meio seculo atras. A fome e a miseria eram tremendas e poucos comiam o que ia alem do que a terra dava, uns passavam fome, outros embora poucos, roubavam e outros "inventavam".
      Houve gente na minha aldeia que aproveitava a raposa para comer. Depois de morta e esfolada, era metida num saco de serapilheira e ficava metida num ribeiro ou riacho de agua corrente, presa por calhaus, durante uma semana para tirar o cheiro forte que emanava.
      Depois era cozinhada durante horas numa fogeira naquelas panelas de ferro.
      Cheguei a provar e nao gostei, porventura por estar a ver a serra que tinha ficado mais pobre e silenciosa.
      Menos uma raposa a "rir"...
      Beijo e boa semana.

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    2. A Laura tem toda a razão, animais selvagens, como a raposa, o jineto e o lobo, têm o seu próprio território e só o ultrapassam quando a fome a isso obriga.
      Voltando ao tio Venâncio, é verdade que realizava algum dinheiro a caçar raposas, mas ele caçava também pelo prazer de caçar, não o fazia só por necessidade!

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  7. Boa noite Xico, mais um texto (narrativa) de excelência a não dever nada (digo eu que nada sei) ao Aquilino e que me desculpem os puristas da Literatura Portuguesa!
    Dou-lhe os meus Parabéns!
    Beijinhos para si e Paula.
    Bom domingo.
    Ailime

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    1. Nao exagere, amiga Ailime...
      Grato pela sua amabilidade, mas uns somos mais sensiveis que outros e as serranias da minha terra nao distam muito da serra dos Milhafres que Aquilino imortalizou em "quando os Lobos Uivam", por tal ouvimos, contamos e escrevemos para recordar e deixar por aqui.
      A raposa por tantas fabulas ajuda.
      Entre tantas deixo apenas uma.
      A CEGONHA E A RAPOSA
      UM DIA A RAPOSA, QUE ERA AMIGA DA CEGONHA, CONVIDOU-A PARA UM JANTAR. MAS PREPAROU PARA A AMIGA UMA PORÇÃO DE COMIDAS MOLES, LÍQUIDAS, QUE ELA SERVIA SOBRE UMA PEDRA LISA.
      ORA, A CEGONHA, COM SEU LONGO BICO, POR MAIS QUE SE ESFORÇASSE SÓ CONSEGUIA BICAR A COMIDA, MACHUCANDO SEU BICO E NÃO COMENDO NADA. A RAPOSA INSISTIA PARA QUE A CEGONHA COMESSE, MAS ELA NÃO CONSEGUIA, E ACABOU INDO PARA CASA COM FOME.
      ENTÃO, A CEGONHA, EM OUTRA OCASIÃO, CONVIDOU A RAPOSA PARA JANTAR COM ELA.
      PREPAROU COMIDAS CHEIROSAS E COLOCOU EM VASOS COMPRIDOS E ALTOS, ONDE SEU BICO ENTRAVA COM FACILIDADE, MAS O FOCINHO DA RAPOSA NÃO ALCANÇAVA. FOI A VEZ DA RAPOSA VOLTAR PARA CASA DESAPONTADA E FAMINTA.
      MORAL: "NÃO FAÇA AOS OUTROS O QUE NÃO QUER QUE LHE FAÇAM."
      Beijinhos para si!

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    2. Gostei muito de ler a história dos jantares, fez-me lembrar a minha infância quando os meus pais e avós me contavam esta história, apesar de eu nunca ter visto cegonhas em Forninhos! Obrigada Xico.
      Tanto quanto sei, no nosso concelho só há o registo da cegonha "Cabicanca" que apareceu na torre da igreja de São Pedro, em Aguiar da Beira, da qual já não há vestígios!

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  8. Chico e Paula, grata pelo comentário sobre a situação em Lisboa. Os aeroportos devem tomar cuidados com o terrorismo, infelizmente o ataque a Paris, quando o 11 de setembro estava ficando distante como um fato da memória, acendeu o perigo. Deus nos livre de nova onda de terrorismo. Histórias típicas e curiosas acrescentam conhecimentos na cultura geral de todos nós. Um abraço, Yayá.

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    1. Escrevi por gosto dos meus.
      Os mesmos que outrora temiam estes "selvagens carniceiros", a Pide.
      Aqui entra a raposa de nome ladra ou ladroa, para sobreviver e os porcos que por mais gordos e luzidos que sejam, jamais largarao o cheiro nauseabundo.
      Pinceladas da minha terra que sei entender...
      Abraco, Yaya.

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  9. Xico...
    A raposa, animalzinho traiçoeiro e que contam tantas histórias... Gostei da sua narrativa e sempre admiro a maneira "portuguesa" de descrever suas emoções... Conheço alguns autores daí, como: Saramago, Eça de Queirós, Namora...

    Abraços e boa semana...

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    1. Eu tive e tenho quando o momento raro tal proporciona, ver a raposa.
      Como no texto no antes e sentido no presente.
      O animal de nome raposa, numa aldeia como a nossa, tem um lugar proeminente na hierarquia da fauna local e regional.
      Mantem o modo de sobreviver, astuta e por tal continua ela e os seus...
      Um exemplo. Quem nao gostava de ao deitar, ouvir no adormecer, uns contos de lobos ou raposas?
      Claro que gosto de escrever, mas quando sinto o "cheiro" e "retratos" de gentes partidas num lugar que era bom...
      Abraco, Anete.

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    2. Gostei de ver a sua resposta agora...
      Sempre aprendendendo com vocês aqui, amigos!
      Abraços

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  10. Está na net ( TVI 24 ) a história da raposa que veio até junto dos bombeiros de Gouveia , que vigiavam um rescaldo de um incêndio na Serra da Estrela, aproximou-se deles , " pediu alimento e carinho " deram-lhe e voltou á sua vida !!

    Coisas de raposas !!
    Coisas da Natureza !!

    Abr
    MG

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  11. Está na net ( TVI 24 ) a história da raposa que veio até junto dos bombeiros de Gouveia , que vigiavam um rescaldo de um incêndio na Serra da Estrela, aproximou-se deles , " pediu alimento e carinho " deram-lhe e voltou á sua vida !!

    Coisas de raposas !!
    Coisas da Natureza !!

    Abr
    MG

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  12. Fala, meu amigo!
    Vim deixar meu abraço
    e também saber das
    novidades.


    .

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