Seguidores

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O culto dos mortos

Sei que o tema morte é triste, mas como estamos na época em que o culto dos mortos é recordado por estes dias através de romagens às campas dos nossos ente queridos, por isto será esta a altura certa para falar dos rituais que havia na terra dos forninhenses, que ainda não desapareceram totalmente, apenas alguns condicionalismos da vida actual levaram a alterações, mas ainda assim acho que continua a ser diferente das grandes cidades.


Enquanto os parentes, vizinhos e alguns amigos rompiam num coro de choros, a pessoa que morria era lavada e vestida com a mortalha, isto é, a roupa escolhida pela própria para ver a Deus. Escolhera também o calçado. A mortalha era guardada e apenas uma ou duas pessoas sabiam onde se encontrava. Entretanto, alguém ia buscar a urna, sucedânea do caixão que antigamente mandavam fazer ao meu bisavó António Coelho, o carpinteiro que fazia os caixões.
Depois então era colocado o corpo no caixão e era velado por 24 horas em casa: por onde passam a "deitar-lhe água benta", a rezar-lhe pela alma e a confortar a família. A sala da casa era "transformada", os armários, quadros, espelho, rádio e televisão (se havia), tudo era coberto com uns panos pretos que traziam da igreja. No espaço do meio ficava o caixão. Aos seus pés era colocada uma caldeirinha de cobre com um raminho de oliveira e água-benta. Aqueles que queriam prestar a última homenagem faziam-no espargindo água benta com o ramo sobre o corpo, faziam-no e ainda fazem, tanto à chegada como à partida. Por isso se dizia e diz que "vou deitar água benta". Na cabeceira, a parede era revestida com um pano preto bordado a dourado e no meio ficava um crucifixo e uma mesa transformada em altar. Sobre ela uma toalha branca e 4 candeeiros de azeite com 3 torcidas de algodão e um prato com uma tesoura para cortar o pavio.
A posição das mãos do morto também não eram ao acaso, essas ficavam sobrepostas sobre o peito.
Entrementes, a freguesia é notificada pelo toque de sinais. No fim do sinal 2 badaladas repenicadas no sino maior dizem que foi mulher; 3, que foi homem. Havia também o toque dos anjos (quando uma criança morre) que era uma entrada grande como a convidar para a missa de Domingo.
Dá-se parte ao Sr. Padre e combina-se com ele a hora do funeral; e os avisadores da Irmandade, se o defunto fôr Irmão, avisam o povo, com uma campainha, da hora do funeral.
E, de noite, muitas pessoas rezam com os familiares o terço e vários pai-nossos pelo defunto e pelas almas do purgatório. Mas quem ficava (e fica) toda a noite precisa de se alimentar. Assim, numa bandeja havia sempre bolachas para os acompanhantes da família comerem e bebia-se aguardente.
Não raro porém, passados os primeiros momentos em que se deitou água benta e rezou junto ao cadáver, o ajuntamento com ditos, estórias, anedotas, descamba em "arraial". Por vezes até a família ri. "Coitado de quem morre" costuma-se dizer.
Funerais
Na hora do funeral, os sinos fazem a chamada, e todos acorrem acompanhar aquele irmão ou irmã à última morada. Hoje, os que vão ao funeral reúnem-se na casa mortuária, mas dantes reuniam-se e esperavam o Sr. Padre e a Irmandade à porta do falecido, seguindo depois a pé a procissão para a igreja. Ao passar junto de qualquer Cruzeiro, seja ou não de Alminhas, o acompanhamento pára  e reza um responso. No fim da missa vai-se de novo, em procissão, até ao cemitério, até à sepultura. Chegava o momento da despedida, onde tínhamos um momento muito marcante: muito choro e gritos da parte dos familiares mais próximos. Lembro-me de algumas mulheres viúvas a gritar muito alto, não só a sua dor, como a enaltecer as qualidades do marido que tinha partido.
A seguir, deixado o cemitério, como sempre e em toda a parte "mortos à cova, vivos à mesa".
Duração do Luto
As viúvas - guardavam luto por toda a vida ou por tempo indeterminado. Vestiam-se todas de preto e no 1.º ano nem as meias podiam tirar por muito calor que estivesse e o lenço era atado por baixo do queixo, significativo de tristeza. Aos homens bastava o fumo preto no casaco e a fita preta no braço.
Os filhos, pelos pais - dois anos, começando depois de um ano a aliviar.
Os irmãos - um ano.
Os netos, pelos avós - meio ano.
Os sobrinhos - quatro meses.
Os afilhados - um mês.
Sobre os rituais da morte quero ainda destacar o seguinte: na missa do mês a família distribuía um pão por cada casa (ainda hoje é habitual, só que agora é distribuído mais aquando da missa do 7.º dia). Além das missas pela sua alma, havia também o "Cantar às Alminhas" na quaresma, que é mais uma expressão do culto e devoção aos mortos, costume a que noutro "post" fizemos já referência. 

25 comentários:

  1. Soberbo relato histórico, sem medos nem preconceitos, emotivo no pormenor impressionante de coisas reais. Tal qual como acontecera.
    Algumas ainda perduram nas nossas memórias e da forma séria e habitual aqui se partilham cultos e respeito tidos por todos e para todos, podendo não se incluir uma alma ou outra de somenos sensibilidade.
    A dor de alma mais forte que a do coração, mais exposta na mulher e menos sentida na amargura do homem na partida da separação apenas física, isto para quem acredita.
    As paredes tapadas de luto pesado nos velórios. Cabeça tapada durante um ano pelo lenço preto, no mínimo com nó cego por debaixo do queixo. mais o xaile negro como o bréu, fosse verão ou inverno, tapando quase todo o corpo, brincos ou arrecadas revestidas de pano preto ou por quem com menos posses nas feiras os comprava escuros de fantasia.
    E a história da mulher que no dia de partida do falecido apenas de lágrimas secas soluçava: "meu querido homem do coração, adeus até ao dia do Juízo" "Faz lá cumprimentos ao teu pai, que era meu sogro". Coisas sentidas!
    Passados uns dias as coisas seguiam lentamente a reposição do dia a dia, tal como hoje.
    A propósito deste tema de hoje, fui ali buscar um livro que guardo, momentos de reflexão, livro antigo editado em Lisboa no ano de 1778, embora esta edição date de 1933, do conhecido padre Baudrand, tem por nome "Pensai-o Bem" que resumidamente sobre a morte, cito:
    "... todos nós havemos de morrer um dia.
    Hora para nós desconhecida e chegará mais depressa do que pensamos e não haverá para nós meio de remediarmos os nossos males. Pensemos pois, nisto enquanto é tempo. A morte tudo vence, porta dos ricos, riquezas e capitéis, como choupanas dos pobres.
    E cada dia se vive como se não se tivesse de morrer. Cegueira!
    A árvore cairá um dia, diz o Espírito Santo.
    Toda a vida se havia de empregar na preparação da morte, na lembrança do acabar do dia seguinte. O mais terrível é que as consequências na eternidade só poderão ser terríveis e eternas...".

    De facto, dá que pensar!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sabes que o pranto também era motivo de conversa pelos próximos dias, daí que fico a imaginar o que as pessoas de Forninhos e das terras próximas diriam depois de ouvir: "meu querido homem do coração, adeus até ao dia do Juízo" "Faz lá cumprimentos ao teu pai, que era meu sogro".
      O que referes sobre os brincos é verdade. A minha avó Coelha foi uma que tirou as arrecadas de ouro e usava uns brincos com uma conta preta e recusava-se a calçar sapatos que tivessem fivela dourada ou prateada. Nunca tirou o luto.

      Eliminar
    2. Permito-me, num obrigado à tua resposta e com todo o respeito, extrapolar em modos de silogismo as tuas palavras:
      O "pranto" de uma forma actualizada (infelizmente), está vestido da mesma forma, cumprimentos para todo o lado, meu querido/querida.
      Falta o até ao dia do juízo...
      Ah! os brincos tapados por tecido preto em sinal de luto sincero, estão agora transformados (modernice...) em vendas tão ou mais negras que a noite mais invernosa.

      Eliminar
  2. aCHO MUITO INTERESSANTE SABER DE TUDO isso mas era muito complicado morrer, creio.Muito mais demorado até o enterro ,tantas formalidades...Tradições...Mais uma que com o tempo se foi!beijos,chica

    ResponderEliminar
  3. Muito bem contada esta nossa tradicao, se prestar-mos atencao veremos ai algumas remeniscencias dos enterros dos judeus; mortalha que no caso deles era branca, lavar do corpo, cobertura dos espelhos, e o enterro dentro de 24 horas!
    Entre nos cristaos e os judeus ha muitas similaridades, e nunca se sabe onde comecam uns costumes, ou acabam outros!
    Que a paz de "Todos os Santos" fique convosco.

    ResponderEliminar
  4. É triste mais uma realidade que todos iremos passar direta ou indiretamente.
    Gostei muito da sua história contada!!

    ResponderEliminar
  5. Simplesmente fantástico este retrato. De facto, a cultura nas aldeias é algo inagualável e que só mesmo quem teve /tem a opotunidade de a viver, é que poderá sentir.

    Cumprimentos,
    xxcucoxx

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada Carlos pelo reconhecimento. Seria bom que a cultura das nossas aldeias fosse mais conhecida e valorizada. Infelizmente "os santos da casa" não dão valor ao nosso esforço. Na minha terra, por exemplo, agradece-se e enaltece-se de modo especial a incompetência.
      Um abraço e volte sempre!

      Eliminar
  6. O assunto morte sempre traz impacto e reflexão! Quando era criança ficava assustada ao ver algumas tradições do luto, tipo ficar de preto e deixar de fazer muitas coisas, isto sendo de uma maneira pesada/sacrificada...
    A morte faz parte do ciclo natural da vida, mas sempre ficamos pensativos quanto à despedida do mundo que já conhecemos e o encontro com a nova realidade do outro lado...
    Puxa, gostei de saber mais essas da boa terrinha, Forninhos...

    Bom Fim De Semana... Abraços

    ResponderEliminar
  7. Muitos dos vários povos que por aqui passaram deixaram as suas marcas. O fumo preto e a fita preta no braço também foi herança judaica. Se bem virem ainda hoje a fita preta no braço é habitual.
    Os panos pretos que traziam da igreja, esses é que já devem ter levado sumiço, tal como tantas outras coisas mais...e como o blog dos forninhenses não tem nenhuma razão para não querer escrever sobre os roubos de arte sacra e "material" da igreja desta aldeia, continuará a questionar, sem medo, onde tudo pode estar a "repousar".
    Mas claro que de tudo o que escrevi ainda resta alguma coisa e ainda bem: "o deitar água-benta", embora o azeite dos candeeiros e o ramo de oliveira que simbolizavam a paz e a luz para a alma passar o caminho escuro que separa este mundo do outro, já se não usem, porque agora há a presença nos funerais de agências funerárias e são eles quem lavam e vestem o cadáver, são quem trazem a urna e "equipam"a capela mortuária ou a casa da pessoa falecida. Até chegam a maquilhar o cadáver!
    E até acerca de 12 anos atrás ouvia às mais velhas muitas vezes falar da mortalha e sei que ainda há mulheres em Forninhos que guardam a roupa para ver a Deus.
    Ainda existe a presença da Irmandade nos funerais, caso o finado tivesse sido "irmão" e os avisadores que, com campainha, avisam da hora do funeral; e a freguesia também é notificada pelo toque de sinais e no velório, à noite, acho ainda é costume alimentar as pessoas, só que já não bebem aguardente, mas café. As refeições, pelo que li, foram herança dos romanos.

    ResponderEliminar
  8. No dia de Todos os Santos, hoje em Forninhos, a missa foi às 10.30 horas,
    Amanhã, se o tempo tal consentir, pelas 11.00 horas, na capela do cemitério, terá lugar a missa dos Fiéis Defuntos.
    Tradição que nem a abolição de dias santos impostos, retira da intransigente fé das pessoas, dadas a suas crenças e fé.
    Muitas vezes neste blog, nós intransigentes da verdade das memórias do passado, críticos construtivos do presente e audazes na opinião do futuro, recorremos presencialmente ou via telefónica, a pais ou avós (quem os tem), a tradições e costumes, por vezes traduzidas na opinião da sabedoria popular do que antes pouco havia e do tanto que agora se abusa.
    Hoje e naturalmente, deu-me para o sentimento e liguei para a minha mãe:
    - Que tal o dia de hoje?
    - Acabei de chegar do cemitério, já tinha lavado as campas na quarta quando regressas-te a Lisboa. Tal como a maior parte, a não ser as daqueles cujas famílias vêem de fora. Muita gente que nem no Natal aparece, mas nestes dias não esquecem. Palavras de minha mãe, Maria Augusta.
    - E o cemitério mãe? perguntei.
    - Muito bonito, todo arranjadinho e cheio de flores, um jardim...
    - E a campa do pai? perguntei já com aquele nózinho na garganta.
    - Olha filho, enfeitei três, as das tuas tias Rosa e Augusta e a do teu pai, a mais bonita, as velas e três jarros de flores, um de flores brancas, outro de amarelas e outro daquelas que parecem malmequéres pequeninos.
    Confesso que por mais queira escrever, hoje não dá, estou comovido.
    Que Deus a todos tenha em descanso no seu seio.

    ResponderEliminar
  9. Oi Paula,
    Você fez um relato bem detalhado, e pude comparar, com o funeral de uma tia minha agora no mês de agosto passado, no interior de uma cidade do nosso Ceará, lá também é muito parecido ainda com o de Forninhos, salvo o luto que não é tão rigoroso assim.
    Parabéns pelo post, uma excelente narração.
    Beijos!

    ResponderEliminar
  10. Boa noite Paula, precisa e bem detalhada a sua descrição de como eram os funerais antigamente! O pormenor que sempre me sensibilizou era o facto de a pessoa sair de sua casa, o que poderia causar muita dor, mas dava à cerimónia um aspeto como direi, mais intimista! Este facto penso que me ajudou a encarar a morte física com alguma naturalidade. Na minha aldeia havia também uma tradição de as crianças da Primária irem atrás do caixão em duas filas (rapazes e raparigas) a caminho do cemitério com as suas batas brancas e uma vela que as famílias compravam e entregavam a cada uma de nós! Hoje e sempre rezo para que todos os que partiram descansem na Paz do Senhor. Um beijinho e um bom fim de semana. Ailime

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ainda bem que se lembrou dessa tradição, pois eu também nunca esqueci o dia que morreu uma minha prima direita, solteira. Foi vestida de branco e no dia do funeral também nós (crianças da Primária) fomos em fila, atrás do caixão, cada uma com uma raminho de flores. No caso, era rapariga solteira, mas era também costume em Forninhos a presença das crianças das escolas ir nos funerais dos anjinhos atrás do caixão em 2 filas.
      Obrigada Ailime pela partilha.

      Eliminar
  11. Ao ler alguns comentários, que a todos considero na singeleza exposta, cada qual na sua perspectiva, deixem-me com vosso perdão, focalizar-me na expressão da nossa querida Ailime: "...era o facto de a pessoa sair de sua casa, o que poderia causar muita dor,.."
    Também tive "infelizmente" à semelhança de todos, a sensação de familiares, conhecidos e amigos em que quase se "pedia" que o enterro fosse adiado. A dor física, tão forte...
    Eram mais algumas horas que estaria entre nós, sem haver sentimentos mórbidos, apenas amor e saudade antecipada que nestes dias renascem num simples obrigado carinhoso
    E a homenagem com as mais belas flores, sinal de que partiram e florescem em cada dia que passa.

    ResponderEliminar
  12. São tradições mantidas por aqui até algumas décadas do século XX. Leio em conjunto com o texto o comentário do Xico. Concordo com ele com a saudade carinhosa dos que se foram, pois somente através de orações podemos compreender a divina essência do ser humano. A divina essência do ser humano é que nos conforta, a certeza da vida eterna em Jesus Cristo é a maravilhosa presença da luz que nos conforta. Um abraço, Yayá.

    ResponderEliminar
  13. Possivelmente no momento da morte, para quem a presencia, olhamos para dentro pensando (para quem acredita) como será transpor a porta da vida e restar o arrependimento da mesquinhez e tanta maldade daqueles que se julgam imortais e juízes.
    Como será o Tribunal da Justiça de Deus, Ele que é bom, mas também justo?
    Ali, junto ao leito, quando o moribundo estiver prestes a expirar, a receber a extrema unção :
    - Nas vossas mãos Senhor, entrego a minha alma.
    - Meu Senhor Jesus Cristo, recebei a minha alma!
    Santa Maria, rogai por mim! Maria mãe da graça e do misericordioso, defendei-me do inimigo e acolhei-me nesta hora.
    Depois de expirar:
    Vinde em seu auxílio, Santos de Deus, recebei a sua alma e apresentai-a frente ao Altíssimo.
    - Dai-lhe Senhor o eterno descanso e o gozo da luz perpétua.
    Nós vos recomendamos Senhor, a alma do nosso irmão vosso servo, para que solto das prisões deste mundo, viva em vós. Pela vossa misericórdia infinita, purificai-o de todos os pecados em que caiu por fragilidade da natureza humana
    Por Jesus Cristo Nosso Senhor...Amén.
    "Para conseguir a vida eterna, pelo Padre Baudrand".
    Sem dúvida que nestes momentos se denota a nossa fragilidade e se faz o exame de consciência... depois passa e cai no esquecimento!

    ResponderEliminar
  14. Isso foi uma coisa que esqueci de referir: a extrema unção, a que os familiares mais próximos, principalmente, assistiam, todos rezando as orações populares, de mistura com Pai-Nossos e Avé-Marias.
    Também me esqueci de referir que hoje já se enquadra na missa de exequias do defunto, os Ofícios cantados, mas dantes era só na missa do 1.º mês. Nesta missa é que se distribuía um pão por cada casa de morada de família.
    Nos enterros das crianças (anjinhos), os cantos e salmos eram de alegria, significativo de que no céu entrou mais um anjinho.

    ResponderEliminar
  15. Bom domingo, Paula. Ainda bem que o dia do culto aos mortos já passou. Convivo muito mal com esse dia.
    Beijo

    ResponderEliminar
  16. Amiga Paula: Meus parabéns pela forma como você fez a descrição, Não tenho mais elogios porque tudo que eu quisesse dizer já foi dito por meus ante-sucessores.
    Meu abraço
    SALVADOR

    ResponderEliminar
  17. Passando para te desejar uma ótima semana!!
    Abraços.Sandra

    ResponderEliminar
  18. Olá amigo! .O dia triste já passou. Falemos de coisas mais alegres.Saúde e boa disposição.são importante e por vezes faltam!!!
    Um abraço.
    M. Emília.

    ResponderEliminar
  19. Excelente "post" é verdade, Paula. Independentemente do juízo que fazemos daqueles usos e costumes (não deve ser abonatório pois senão não cairiam em desuso - digo eu), é muito interessante e ajuda a compreender um povo saber-se como é que ele se comporta diante da eternidade.

    Recentemente tive de assistir a um funeral e o que me tocou especialmente foi ver que as pessoas, umas a preceito outras nem por isso, não deixaram de aparecer, humildes diante da enormidade da coisa.

    E pronto, agora é cuidar dos vivos.
    Tudo de bom.

    ResponderEliminar
  20. Interessante ver como a cultura define sentimentos,
    sensações, tradições...
    E a morte é um bom tema para refletir cultura.

    abraço

    ResponderEliminar

Não guardes só para ti a tua opinião. Partilha-a com todos.