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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Memórias 1965: Procissão de Santa Marinha

Fotografias do Sr. Pe. Matos e Margarida Albuquerque, do dia 18 do mês de Julho do ano de 1965, Domingo, da passagem da Procissão de Santa Marinha:


A casa que se vê na foto era de construção recente 
e ainda tem o mesmo perfil,


As casas desta foto foram reconstruídas e retocadas de novo e pode-se ver algumas coisas importantes para a história local, a placa da paragem da carreira para Fornos de Algôdres era junto à casa do Sr. Freitas (antes era do Sr. José Vaz e D. Ana), a Santa Bandeira tem a imagem da atual, o Guião seguia ao meio da procissão e o andor da padroeira em 1965 foi transportado por quatro homens da Irmandade. Pode dizer-se que passou a ser transportado pelas raparigas solteiras (e virgens) devido à sua história/lenda? 
Quem conhecer algumas pessoas poste nos comentários. Obrigada.

*****
Diz a tradição que eram nove irmãs gémeas: Basília, Eufêmia; GermanaGenebra; Liberata (também conhecida como Vilgeforte); Marciana; Marinha; Quitéria e Vitória, nascidas na cidade de Braga, no ano de 120, filhas de um casal de pagãos, Calcia, e de um oficial romano, Lúcio Caio, régulo de Braga, o qual, quando elas nasceram estaria ausente da cidade. Como na cidade ninguém acreditava que as gémeas pudessem ser filhas do mesmo pai, o acontecimento causou enorme embaraço à mãe que, teria encarregado a parteira de as afogar. Em vez disso a mulher, que era Cristã, levou-as ao Arcebispo para que as baptizasse e lhes desse destino. Foram então entregues a amas cristãs, crescendo e vivendo perto umas das outras, até aos 10 anos de idade.
Por esse tempo, o César romano ordenou a perseguição aos cristãos na Península Ibérica e nessa perseguição, os soldados viriam a descobrir as gémeas, que foram detidas, sendo levadas à presença do régulo. Este acabou por constatar que elas, afinal, eram suas filhas e quis convencê-las a renunciar à sua fé e a abraçar o paganismo.
Diz a lenda que Santa Marinha por ser muito formosa, seu pai prometeu-a a um alto funcionário, mas esta recusou-se obstinadamente a casar para não abjurar da sua fé, nem sacrificar o tálamo virginal. Naqueles tempos, recusar casório equivalia a uma sentença de morte, e face à sua resistência, mandou que junto com as suas irmãs ficassem enclausuradas no Palácio.
Sucedeu que as prisioneiras durante a noite, por intervenção sobrenatural ou com a ajuda da própria mãe, lograram alcançar a liberdade. Todavia, Santa Marinha, teria sido apanhada e condenada à morte. Tudo suportou: açoites, carnes golpeadas com pentes de ferro, as costas e peitos queimados com ferros em brasa, metida numa fornalha em chamas, sendo então degolada em 18 de Julho de 130. 
Por ser demasiado lendária a sua história e por tal se duvidar da sua existência, a segunda e definitiva morte ocorreu séculos depois. Segundo reza a segunda versão, Santa Marinha nascera em Antioquia, que era a capital da província romana da Síria, nos idos séculos III ou IV. Para evitar o ultraje contra a sua fé, mas acima de tudo contra a sua pureza virginal, atirou-se do telhado do palácio e caiu num fosso onde estava um dragão, porém, armada da fé, duma cruz e duma espada, venceu e derrotou o demónio. Escapou ao demónio, mas caiu nas vis garras do governador romano, em cujas mãos padeceu martírios sem conta e cruel morte. Seja como fôr, ganhou a merecida palma do martírio e de Santa e castíssima Virgem.

Representação Icnográfica
A sua representação icnográfica conhece algumas variáveis. 
Em Forninhos é representada com uma palma de martírio numa mão e o livro fechado (símbolo da pureza) na outra mão. Uma simbologia muito diferente da Santa Marinha de Antioquia que aparece com uma palma de martírio numa mão e a espada mata-dragões na outra ou a cravar uma cruz na bocarra do dragão ou até arrastando o hediondo animal, trazendo-o cingido pelo seu cinto de castidade, duma cruz ou espada.
A sua história foi de grande importância para os forninhenses e terá sido por isso que passou a ser transportada por quatro raparigas solteiras (e virgens). 

Na minha terra o povo todo é católico (e nem sei se houve outra religião), a maioria vai à missa e a maioria não conhece a história da sua Padroeira, porque os Srs. Padres de agora não se interessam por conhecer, nem dar a conhecer a história da "sua" paróquia.
Espero que este ano ao invés da fábula "do trigo e do joio" (que no ano passado tivemos de ouvir por 2 vezes: quer na missa de Domingo (17/7, dia do Jubileu), quer na missa do dia dedicado a Santa Marinha), se dê a conhecer a história da nossa Padroeira. Toda a gente sabe que Santa Marinha é a nossa Padroeira, mas poucos saberão quem foi.

Hino da Nossa Padroeira


refrão
A Vós hoje recorremos
Ó Virgem Santa Marinha
Sois a Nossa Padroeira
Farol que nos ilumina

Sua vida ainda em botão
Ofereceu-a ao Senhor
E Jesus bondosamente
Ofereceu-lhe o seu amor
refrão
A Vós hoje recorremos
Ó Virgem Santa Marinha
Sois a Nossa Padroeira
Farol que nos ilumina

A sorrir sofreu tormentos
A cantar levou a Cruz
Ainda neste mundo estava
Já toda era de Jesus
refrão
A Vós hoje recorremos
Ó Virgem Santa Marinha
Sois a Nossa Padroeira
Farol que nos ilumina


Ao Sr. Pe. Matos, que foi pároco de Forninhos de 1962/1968, se deve o hino da Santa Marinha.

18 comentários:

  1. Nos dias de hoje os Sr. padres já pouco se interessam pelo passado das terras onde são párocos, nem tão pouco dar a conhecer a padroeira da terra, pois esse dever é de cada um, mas nesse aspecto não me vou alargar porque eles são os pastores e o rebanho vai atrás, quanto às casas que se vêm nas fotos em quase nada mudaram e as que mudaram foi num ou outro detalhe, como diz o ditado, o homem morre e a obra fica, e ainda bem que assim é, porque senão não teríamos o que contemplar e nada para poder estudar como era a vida de outros tempos.

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    1. Ó João eu já fiz bem a minha quota-parte, mas se calhar ainda hão-de achar que é meu dever dar a conhecer toda a história da minha terra!
      E quanto aos padres de hoje ainda há os que chegam a uma nova paróquia e se interessam pela história, tradições e objectos dessa paróquia! Se calhar no caso de Forninhos a culpa é do 'rebanho' e não do 'pastor'!?
      Olha, nestas fotos de 1965 podemos ver a presença da Santa Bandeira à frente de um Guião. Hoje a ordem observada nas nossas procissões é outra. Por tal estas duas fotografias quanto a mim são documentos importantes para a história local, só é pena este povo não ser mais aquele povo solidário (eu tenho bem noção que ando a retratar um povo que já não existe) porque com certeza haverá outras fotos fantásticas possíveis de divulgar de modo a que as gerações mais novas contactem com o passado de Forninhos. Mas eu algumas vezes penso que quanto mais agouram este trabalho melhor me corre ‘a coisa’!
      Tomara que corra melhor o ‘deles’, pois eu só lhes desejo em dobro aquilo que me desejam a mim!

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  2. Sabe cara Paula, antigamente nos dias de festa, era costume convidarem um padre de fora para fazer o "Sermao" ou seja a homilia do dia de festa. Normalmente eram estes "Pregadores" quem referiam as historias dos nossos santos, "lendarias" ou nao!
    Eu estou em querer que tanto Santa Marinha, como Santa Eufemia, irmas e vizinhas, aqui nas nossas terras, estam relacionadas com a lenda que as da como naturais de Braga, portanto de uma terra que veio a ser Portugal!
    No entanto ha muito boa gente, que a todo custo quer que sejam tanto uma como outra, martires da Asia menor!
    Por alguma razao e principalmente Santa Eufemia, e uma das santas mais populares em Portugal, principalmente na nossa Beira. Mas como temos pouco orgulho nacional preferimos que seja Santa Eufemia da Caledonia e no caso de Santa Marinha que seja a da Siria!

    Gostei do artigo, parabens e um abraco de amizade.

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  3. Isso que diz sobre ser os padres convidados que referiam a história dos nossos santos, é verdadeiro. Sobre a Mártir Santa Marinha já ouvi a muitas pessoas, principalmente mulheres, dizer: “uma vez veio cá um padre de fora e esse padre é que contou bem a história de Santa Marinha e foi uma missa muito bonita”.
    Na festa do Divino Espírito Santo, na Sr.ª dos Verdes, ainda hoje presenciamos isso, são os padres ‘de fora’ que durante o “sermão” falam de Nossa Senhora dos Verdes e sua história.
    Eu também penso que a naturalidade de Santa Eufémia e Santa Marinha é de Orense-Braga actual território de Portugal (no distrito bracarense Santa Marinha é orago de 23 freguesias) e está associada à história das 8 irmãs virgens mártires. De entre as irmãs de Santa Marinha destacam-se ainda os martírios de Santa Quitéria e a vida de Santa Eufémia que tem muitas vezes sido confundida com a de Calcedónia.
    O que a história diz da padroeira de Forninhos é que é uma santa demasiado lendária para ser crível a sua existência, mas não acredito que seja esse o motivo para os Srs. Padres não a referirem no Dia da sua festa!
    Eu tbm gostei de fazer este artigo, mas como constata a maioria gosta de apenas ler e guarda para si a sua opinião, portanto, muito bem haja a si por partilhar sempre connosco a sua.

    Um abraço amigo.

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  4. Paula,

    Nunca havia ouvido falar em Santa Marinha até chegar aqui. Nossa, que história interessante sobre a vida dela. Lendária, ou não, é linda de se ler.

    Lindo post. Amei!

    Um lindo final de semana.

    Beijos

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  5. Em Forninhos o ‘Dia de Santa Marinha' já foi um dia muito especial. Basta ver que ao tempo o Sr. Pe. celebrava a missa (qualquer missa) em frente ao Sacrário (de costas para o público, portanto) e no Dia 18 de Julho a missa era celebrada no púlpito, que enfeitavam com uma colcha de seda ou cetim; eram cantados cânticos pelas muitas crianças que recebiam a primeira comunhão e a profissão de fé:

    Vamos todos ao Sacrário
    Que Jesus chorando está
    Mas ao ver tantos meninos
    Que contente ficará…

    Não chores Jesus, não chores
    Faz-me pena o teu chorar
    Os meninos de Forninhos
    Aqui estão pa'te consolar.

    Lembram-se?

    Quem fazia a profissão de fé cantava:

    Compromissos tomei no baptismo
    Mas foram outros por mim a falar
    Hoje quero aqui livremente
    Os meus Votos aqui renovar

    Hoje quero, hoje quero
    Os meus Votos, aqui renovar.

    Hoje, tal como no passado, a festa da nossa Padroeira devia ser uma festa importante, mas já não é… em 2010 os preparativos para a festa do dia 18 de Julho até começaram bem cedo para que o dia fosse comemorado em grande, mas foi “sol de pouca dura”, no ano passado (2011) confirmei isso, tirando o momento da procissão religiosa organizada pela Irmandade de Santa Marinha, nada mais resta dos dias 18 de Julho do passado!
    Agora, fiquei fascinada com as fotografias desta procissão, que dão bem a ideia como era Forninhos e a suas gentes no dia 18 de Julho dos anos 60 do século passado.
    Um grande bem haja a quem tão belos contributos nos dá.

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  6. Ainda aqui deixo, para o caso de não saberem, que quando se quer saber em que dia da semana é determinado dia (por exemplo, o dia 18 de Julho), há sítios na net onde se poderá ver em que dia recai o dia de Santa Marinha do ano 2013 (5.ª F), 2014 (6.ªF), 2015 (Sábado), 2016 (2.ª F), etc……para calhar novamente a um Domingo só em 2021.
    É mesmo uma pena que na nossa terra quando se decide alguma coisa nada seja bem planeado e nem se pense no futuro!

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  7. Já não assisto à procissão da Santa Marinha há muitos anos, mas lembro-me de quando a procissão passava pelas ruas as pessoas punham as suas melhores colchas às janelas de suas casas para a procissão passar, não sei se agora ainda continuam a pôr as colchas nas janelas.
    Enquanto às pessoas das fotografias da primeira foto não reconheço ninguém, na segunda foto conheci o tio Raul, o meu padrinho Samuel Cavaca, o tio Zé Coelho e o tio Ismael no meio com o guião de Santa Marinha penso que seja o tio Zé Maria Carvalho não sei se estou certa ou não.

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    1. A pessoa quem leva o guião de Santa Marinha é o meu avô Zé Maria Carvalho. Mesmo com a cara meia escondida nunca me esqueci do seu corte de cabelo.

      Diane Ferreira

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  8. Maria,
    No dia 18 de Julho de 2010 por acaso vimos algumas colchas a alindar as varandas, mas no dia 18 de Julho de 2011 já não houve tempo para estas “nuances” nem motivação!Se fores ver o título FESTAS RELIGIOSAS, está no lado direito da página em “Etiquetas” clica e verás o que foi editado no dia 19 de Julho de 2010 e verás um cordão de colchas para abençoar os passeantes e já agora vê o que foi editado no dia 19 de Julho de 2011, que se calhar não viste.
    Mas as raparigas de outras gerações, aquando da Procissão do Dia de Corpo de Deus e Dia de Santa Marinha, faziam na Lameira um cordão com as melhores colchas da casa, encostado ao Armazém do Sr. Amaral. Tenho a certeza que no dia 18 de Julho de 1965 (Domingo) esse cordão estava na Lameira, só que não temos (ainda) umas fotos da Lameira :(( mas já é bom ter consigo estas, onde está o meu pai (muito novo), atrás o tio Zé Coelho (tbm muito jovem); à frente do meu pai, pareceu-me ver o Albino, só que o Albino é mais novo que o meu pai, pelo que deve ser antes o pai, o tio Domingos. A ti pareceu-te o tio Ismael…não sei, mas tbm pode ser. À sua frente o tio Raul, sem dúvida. Os homens do Guião e Santa Bandeira não sei quem são. Ainda pensei que pudesse ser o avô Cavaca com a Santa Bandeira, mas como o avô era mais baixo que o meu pai, acho que não é ele, talvez alguém da família dos Ferreiros (?). A pegar na lanterna (2.ª foto) vejo o tio António ‘Grilo’.
    Na 1.ª foto conheço o tio António Herodes e, na frente, o rapazito com a capa parece-me ser o Zé da tia Clementina – o Zé Clementina, que vive na Moradia.
    Vamos esperar que a nossa madrinha volte da Flórida para desvendar esta gente desses tempos e para nos dizer como era no passado este Dia de Festa da Padroeira Virgem Mártir Santa Marinha de Forninhos.

    Bom FDS

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  9. Tambem eu como a Maria,jà não assisto à prossição à uns anitos,da festa tenho uma recordação que não é muito boa,o baile era organizado sempre por uma maltinha de solteiros,e esse ano,fui eu,o meu irmão,primo Miguel,Agostinho Coelho e Zé Cuco, e talvez o Ismael não tenho a certeza ,o que eu sei é que contratàmos o conjunto NOVA FORMA e o dinheiro não chegou para lhe pagar,então toca a meter não tenho a certeza se foram 5 ou 10 contos cada um do bolso,isto porque a festa era feita sempre dia 18 de Julho e como naquele ano não calhou num fim de semana,azar,quanto às fotos eu conheci os todos,mas vou deixar que voces descubram LOL,tambem penso que quem vai entre o meu pai e o tio Raul é o tio Domingos,mas quem vai tirar as duvidas é a tia Natàlia. Bom fim de semana a todos.

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  10. Olá David.
    A tua contribuição e a de todos os rapazes desse tempo foi óptima. Bem me lembro das festas de Santa Marinha realizadas pelos rapazes solteiros com o conjunto a tocar. As datas perdem-se um pouco na nossa memória, mas pelo menos sabemos, com toda a certeza, que datam todas de um dia 18 de Julho.
    Presentemente, como já referi acima, além da procissão já nada resta dos dias 18 de Julho do passado até porque ninguém está para ter prejuízo com esta festa!
    Mas é muito bom ver que Forninhos é uma terra de tradição e que continua a celebrar a festa da sua Padroeira no seu dia, quem trabalha nem sempre pode lá ir assistir, pelo que, muitos de nós ficamos pela festa da Senhora dos Verdes, no dia 15 de Agosto, que é ainda um dia que junta muitos filhos desta terra, sem dúvida!

    Aos emigrantes desejo boa viagem e boas férias a todos, se fôr caso disso.

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  11. Boa noite.
    Hoje foi mais um dia de Festa em Forninhos, espero que tudo tenha corrido bem.
    Um dia em que foi festejado e virado para o desporto, espero que os concorrentes e os homenagiados tenham gostado, assim como toda a gente de Forninhos, pois não é todos os dias que se pode apreciar um atléta de renome, nem uma prova de peritos em pesados.
    Bem que goataria de ter estado presente, pelo menos para apreciar a prova do Zé Teodósio.

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  12. Sabes o que eu gostava de ter ouvido serip413?
    De ter ouvido o discurso do Zé Urbano que lembrou que a Câmara de AGB nunca se lembrou dele, ao contrário de outras Câmaras do nosso país que homenagearam atletas seus colegas! Quem me dera tê-lo cumprimentado, pois mostrou que nas suas veias corre sangue forninhense!
    Hoje tenho pena de lá não ter ido só para tirar umas fotografias à mesa da elite política “do burgo”, que se comporta no Séc. XXI como senhores feudais, para aqui mostrar a falta de respeito perante toda a aldeia. Se a Junta de Freguesia existe e tem dinheiro para financiar esta festa ao seu povo o deve, ou, são os ‘fraldeiros’ que aparecem nesta festa que fizeram e fazem esta aldeia?
    Que raio de Democracia é esta?
    Fazem a festa como se fosse uma festa da e para a freguesia, depois vai-se a ver, é esta palhaçada!
    Para o ano façam a festa na Sede da Junta e não na Lameira, porque o largo é do povo e se querem separar o povo dessa gente que se julga prestigiosa vão para outro lado!
    E já agora mostrem as contas desta festa.
    Depois de amanhã, nem 1/3 das pessoas vão assistir à missa e participar na procissão da Padroeira de Forninhos.Mas vamos ver se os ‘fraldeiros’ não vão aparecer de novo dia 12 de Agosto!
    Gentinha…superficial, medíocre e vulgar!

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  13. Hoje ao entrar no painel do blog deparei-me com 348 visualizações de páginas (de ontem), mas a minha surpresa maior foi ver na fonte de tráfego da última semana buscas sobre a “história da Irmandade de Santa Marinha”; “andor de santa marinha hortências”;”andor de santa marinha enfeitado com flores”. Na fonte de tráfego do dia de hoje “procissão de santa marinha 2012”; “vida de santa marinha”;"hino á santa marinha" “Sermão para missa de santa marinha”. Será que algum “Pregador” hoje no Jubileu já se lhe referiu ou se vai referir no “Sermão” de amanhã (dia 18) à história e vida desta mártir e à fundação da Irmandade de Santa Marinha?
    É por isto mesmo que eu continuo a actualizar e partilhar com TODOS a história da minha terra e é este o principal motivo para a existência deste blog.
    Esperamos então que este Post e todos os que já fiz e que se referiram à Padroeira e Irmandade de Santa Marinha não tenham sido em vão e que a partir desta data o “Sermão” seja bonito de ouvir. Desde o Séc. XVI que já existe essa denominação, portanto, já é tempo da história da Paróquia de Santa Marinha ser referida no seu Dia, Dia da Padroeira e Dia da Irmandade. A data certa da fundação da Irmandade não é possível precisar e como nas Memórias Paroquiais de 1758 o Cura não responde se tem Irmandades mais difícil é, mas o Cura refere que Santa Marinha é orago da sua Igreja.
    Na nossa Igreja sei que há um documento (Estatutos) que data de Outubro de 1927, mas acho que esses Estatutos não são os primeiros, talvez em 1926/1927 tenham sido apenas acrescentados ou aprovados novos Estatutos, mas não existindo documentos que o comprovem...

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  14. Como estive de ferias não pode comentar sobre a procissão de S. Marinha. Enquanto la vivi a procissão era só religiosa não havia conjuntos nesse tempo. As fotos mostram tal qual como era nesse tempo os homens com as capas, algumas das pessoas disseram os nomes dos que iam na procissão acertaram mas ainda vos vou dizer o nome de mais alguns: ia la o tio Maximiano Igino, Tio Celestino, o que vai com o guiao de S. Marinha e o tio José Maria e quem leva a S. Bandeira eo tio Abel Verguio que era quase sempre que a levava por ser um homem alto, o resto do pessoal não se podem ver bem. nesse dia a procissao saia da igreja ia pela lameira a rua do forno grande escola velha e rua do lugar. Agora em dia do corpo de Deus essa ia pelo Outeiro rua do ribeiro laja da barroca rua da D. Laura e lugar.Nessa não iam andores mas sim o palio com Jesus Sacramentado onde lhe deitávamos flores e as ruas com arcos de verdura e cordoes de cerejas em vez de bandeirinhas como agora fazem as colchas nas janelas nem toda a gente as tinha , porque a maioria as colchas da cama eram as mantas de farrapos e eram lindas feitas no tear.

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  15. Agradeço-te madrinha pelo comentário, por identificares quem levou a Santa Bandeira, Guião e outros homens da nossa terra e ainda pelas recordações e pelo avivar das procissões que davam a volta pelas ruas do Outeiro, enfeitadas com arcos de verdura e sobretudo cordões de cerejas!, não esquecendo que no teu tempo a maioria das casas de família só tinham mantas de farrapos.
    A procissão de Santa Marinha ainda faz esse percurso, rumo à Lameira, Forno Grande, e a do Corpo de Deus hoje também. A da Páscoa também dá essa volta.
    A missa em honra de Santa Marinha é que já não é o que era, fica a memória nostálgica pelo passado que já não volta e a esperança que no futuro se convide um padre de fora ou até o Sr. Frei Eliseu, para manter as tradições deste Dia que pertence a todos os paroquianos.

    Bem haja a todos que publicaram comentários.

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  16. P.S: Quem leva a Santa Bandeira é o tio Abel Verguio, o homem do guião é o tio António Carau e o tio Eduardo 'craveiro' é quem leva o pau da Irmandade (homem entre o Guião e Santa Bandeira - 2.º foto).

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