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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O que a História diz de Forninhos

Porque é importante sabermos a história que a nossa aldeia teve ao longo dos tempos, aqui deixo alguns escritos que alguns conhecem, mas muitos desconhecerão, mas que agora todos podem ficar a conhecer:

História

Nas inquirições de 1258 lê-se “Fornos” entre as “aldeolas de Penaverde”. O “concillium” de Penaverde abrangia as aldeias de “Fornos et Dornelas et Casalia de Moreyra e Monasterium et Finis de Moreira et Queiriz que sunt aldeole de Penna-Verde.”. 
Como diminuiu o nome para Forninhos?
O Pe. Luís Ferreira de Lemos, de Penaverde, coloca a hipótese de: “Como para outras terras homónimas e homófonas, vem-lhe o nome, certamente por lá ter havido algum forno ou fornos de cal, telha ou trigo. Assim rezam livros de História, lendas e tradições de outros lugares com o mesmo nome.”


Uma Lenda

A respeito do lugar de S. Pedro conta-se que em tempos muito antigos habitava aquela região um povo mouro. Os Cristãos que habitavam no "lugar de Fornos", desejando expulsá-los para ocupar as suas terras, declararam-lhe guerra. Como não tivessem homens suficientes, juntaram todos os rebanhos, puseram em cada chifre de cada animal uma vela, levando os homens grandes archotes na mão. Tal viram sentinelas e Rei, que, julgando ser um numeroso exército, decidiram fugir. Os Cristãos quando viram a povoação deserta, destruíram-lhe as coisas e foram-lhes no encalço. Os mouros tinham muito ouro e enterraram-no. Em Forninhos diz-se que “Desde o penedinho do ouro ao alto do Molião, está uma grade e um cambão, que hão-de só ser achados por pata de ovelha, ponta de relha ou menina em guedelha”.

A Senhora dos Verdes

A Senhora dos Verdes é a advogada dos frutos e sementeiras e tem muitos devotos em todas as freguesias à volta; e duas romarias no ano: Segunda-Feira do Espírito Santo e 15 de Agosto. Leite de Vasconcelos publicou em “De Terra em Terra” umas quadras populares em honra da Senhora dos Verdes, quadras que de boca em boca e que de geração em geração, têm chegado até aos nossos dias:

Nossa Senhora dos Verdes
Dizei-me onde morais
Moro em Santa Maria
No meio dos pinheirais


Em 1896, Leite de Vasconcelos refere o seguinte a propósito da festividade celebrada no dia 15 de Agosto:
"...viam-se à entrada do terreiro dois arcos, um enfeitado com folhagens, outro já despido. Estes arcos usam-se muito entre nós: armam-se em locais por onde a procissão tem de passar." (Vasconcelos 1927: 133).

Património Artístico


O tecto da Capela de N. Senhora dos Verdes é preenchido por uma profusão de Arte Sacra, obras pintadas em madeira que retratam vários santos, todos de influência bíblica.

17 comentários:

  1. Muito interessante!
    Gostei de saber da história de Forninhos.
    Estou apaixonada por Forninhos, que, quando Deus me permitir conhecer Portugal, será a primeira aldeia que quero conhecer.
    bjs
    Tina (MEU CANTINHO NA ROÇA)

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  2. ò Senhora dos Verdes,quem me dera
    A romagem da tua primavera
    Levar meu coração!
    Nos floridos carreiros,
    Por caminhos e caminhos,
    Soavam os ferrinhos,
    Violas e pandeiros.

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  3. Olá pessoal.

    A origem dos nomes das aldeias como Forninhos, é difícil de encontrar porque não existe fornos nem qualquer vestígio parecido, a não ser os fornos de cozer o pão, mas estes já são posteriores á origem do nome da aldeia, com toda a certeza.
    A história desta povoação, não se encontra em pergaminhos ou livros antigos, mas se quisermos procurar, podemos muito bem, ir aos vestígios deixados pelo homem na serra desde a pré-historia (cavernas habitadas), fortificação, castro, seguida de casinhas rasteiras de pedra na povoação actual que parece não levarem pico, e possivelmente construídas pelos refugiados descendentes do povoado da gralheira.
    Tido isto são“escritos” a ter em conta, falta só saber ler estes legados que chegaram aos nossos tempos.
    Um abraço para todos que nos lêem

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  4. EM MODOS DE BRINCAR.

    Como terá nascido forninhos,
    Mesmo lá nos fundinhos,
    Duma serra outrora já habitada,
    Não se sabe, se de sobressaltos,
    De bárbaros, constantes assaltos,
    Ou, por ser dos ventos abrigada.

    Forninhos é diminutivo,
    Quem sabe se, de povo primitivo,
    Por outrora ser pequenino,
    Sabemos que não há historia,
    Por isso não há memória,
    De fornos ou de forninhos.

    Se atentarmos em seus rochedos,
    Podemos vislumbrar alguns segredos,
    Que por lá estão encerrados.
    Basta tentar compreender,
    Procurar e saber “ler”,
    O que ficou dos antepassados.

    Pedem não ter tido escrita,
    Mas isso não justifica,
    Á sua cultura não dar atenção,
    Há tantos e evidentes sinais,
    E vestígios ainda mais,
    Que sem parecer, até o são.

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  5. Boa Tarde!
    Achei tão encantadora a história de vocês... Sou brasileira, mas minha avó materna era portuguesa e o meu avô era também filho de portugueses, mas nascido aqui no Brasil. Me chamou a atenção que vocês mencionaram a cidade natal da minha querida avó: Fornos de Algodres! Sempre fui curiosa à respeito da história da minha família. Estive em Portugal à cerca de 15 anos atrás, mas na época houve um contra-tempo e não foi possível visitar a cidade natal de minha avó... Uma pena!
    Infelizmente a a minha avó já é falecida à alguns anos, mas fiquei curiosa em conhecer mais da história do lugar que ela nasceu... Eu cheguei até a pensar que tivesse alguma ligação com a aldeia de vocês, mas percebo que são histórias diferentes...Forninhos fica muito distante de Fornos de Algodres? Tem geografia e histórias semelhantes?
    Gostei muito do blog de vocês...Conheci através do blog da minha amiga Tina. E com certeza vou estar por aqui sempre, visitando-os. Desejo felicidades para todos dessa aldeia encantadora de Forninhos!
    Meu abraço luso-brasileiro para todos!
    Teresa
    ( do blog "Se essa lua fosse minha")

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  6. Sê Bem-Vinda Teresa a este nosso espaço que enriquece mais a cada nova chegada.
    Bem-Haja à Tina do “Meu Cantinho na Roça” e a todos quanto nos divulgam nos seus blogues.
    A Teresa se pesquisar em Links, pode encontar o "Aqui D´Algodres"" e "O Figueirola", que são blogues que divulgam e promovem as terras de Algodres e pode encontrar informação sobre a terra natal da sua avó. Mas Fornos de Algodres fica perto de Forninhos, cerca de 12 Km, e as histórias, tradições e costumes são idênticas às da nossa aldeia. Como se costuma dizer: “O mundo é um T0”.
    Não pude resistir à expressão “…fiquei curiosa em conhecer mais da história do lugar que ela nasceu...”. Os blogues dão-nos a possibilidade de conhecer e dar a conhecer uma terra sem sair do país. Este espaço já faz parte do meu dia a dia e a ver pelas visitas diárias também faz parte do dia a dia de muitos forninhenses por este mundo fora e pessoas ligadas a Forninhos por qualquer afinidade, que por curiosidade em conhecer mais da história desta aldeia da beira (ou por outro motivo), todos entram por esta porta que está, assim, aberta à boa maneira beirã e nós os visitados (os que todos os dias nos empenhamos em levar a informação a todos os visitantes) estamos felizes por termos tantas visitas. Bem-Haja a todos que aqui entram nesta “nossa casa”.

    Saudações forninhenses

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  7. É complicado saber-se a idade da terra que pisamos pelos menos por nós é difícil de determinar. Quanto aos topónimos, ao nome propriamente dito, a coisa já muda de figura. Não aparecem por mero acaso, nem pelo toque de uma varinha de condão. O nome deve ter sido submetido ao Rei, através de uma petição de mudança do nome de “Fornos” para Forninhos. O vocábulo Forninhos, no que respeita a localidade, não é vulgar na toponímia portuguesa sendo, que saibamos, é única no país. É normal que nessa petição de mudança de nome, tenham sido expostas razões para solicitarem a designação de Forninhos, entre elas, a proximidade de outros lugares com o mesmo nome como a Vila de Fornos e área geográfica em relação à mesma. Mas de certeza que está fora de questão que o nome provenha de forninhos existentes no sítio. Esta conclusão bem sei que cheira a pouco, mas eu apenas Vos tento transmitir aquilo que me parece.

    As obras grandes das freguesias, como Igrejas, Capelas, Castros são importantes porque nos ajudam a compreender e a situar uma parte da história, mas existem outro tipo de obras nas povoações, de outro estrato social, que também são legados importantes e que deviam ser tidas em conta. Existem casas antigas, de altos e baixos, onde ainda é possível ver na entrada principal a data da construção, pode até ser o caso de haver em algumas das casinhas rasteiras alguma inscrição que nos permita conhecer a sua idade.
    Mais uma vez, chamo a atenção para este legado. "Para bom entendedor meia palavra...".

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  8. Olá pessoal.

    Pelo que me é dado saber, não existe no país, outra freguesia com o nome de Forninhos, nem me parece que este nome tenha sido “arrastado” por fonia. Pode realmente ter havido qualquer tipo de fornos relacionado com cozedura de cerâmica, na época de ocupação do castro da gralherira, pois sabemos que antes de ser Forninhos, se chamava Fornos.
    Também se pensa, julgo eu, que Fornos de Algodres deriva de fornos em terras de Algodres, sendo assim, se fornos deu Fornos de Algodres, os fornos de Forninhos podem muito bem ter dado Forninhos, talvez pela proximidade e para se distinguir, e porventura mais pequenos.
    Podemos perguntar, e os vestígios? Bem, em fornos de Algodres onde tudo indica que tenha sido estes fornos que deu origem ao nome da terra também não existem vestígios, pelo menos que eu saiba.
    Como diz a Paula e muito bem, devemos procurar a origem nos legados existentes que podem ter muito que nos contar.

    Bom fim-de-semana

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  9. É uma hipótese interessante. A origem do topónimo “Fornos” pode ter diversas explicações e interpretações, mas tudo são especulações. Agora a mudança para Forninhos, essa não apareceu por acaso. Esta situação é bem diferente.
    É por tudo isto que eu ainda hoje não consegui compreender como é que se criou o Dia de Freguesia “em cima do joelho” sem sequer terem em conta a nossa história enquanto freguesia. Falar disto, não é dizer mal, é falar da nossa história. A intenção até acredito que foi boa, mas boas intenções não são sinónimo de boas decisões. Aprendamos, a fazer as coisas com algum rigor e seriedade e não somente por vaidade.

    Outra hipótese a considerar é a aldeia ter começado com as casas do Lugar e não com as da Lameira. Porquê? Porque segundo a Descrição da paróquia de Forninhos, de 14 de Maio de 1758 (Memórias Paroquiais de 1758, Vol. 16, fls. 789) “A paróchia está próxima ó povo. Hé orago de Santa Marinha, tem o altar-mor e dous colatrais.”.
    Mais...
    A Igreja sofreu obras de reedificação e isso lê-se num registo de 1797:
    “Durante as obras de reedificação, os fregueses serviram-se da velha capela-mor, que ficava ao lado da igreja nova, na qual não cabia a quarta parte do povo da freguesia.”.
    Houve portanto uma igreja menor ou capela que se situava ao lado da igreja nova (actual) e se a Igreja estava próxima do povo e se esta sempre se situou no lugar onde hoje se encontra, parece evidente que o povo era no Lugar.

    Segundo a Lenda de Nossa Senhora dos Verdes a Igreja da povoação já existia. A antiga Igreja de Santa Marinha seria, portanto, de construção anterior à Capela de Nossa Senhora dos Verdes. Diz-se que a Irmandade de Santa Marinha tem cerca de 500 anos.
    E a Capela? Será a primitiva Capela de Nossa Senhora das Neves/Verdes?

    Bom Fim-de-Semana *.*

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Por acaso era interessante saber o que se passou com um artigo que existia neste blog sobre o dia da freguesia... terá sido censurado? Se calhar seria melhor rever o que se passou para depois se criticar. Eu tive a oportunidade de estar nessa festa e aquilo que posso dizer é que foi 5 estrelas! Parabéns a todos os que participaram!

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  12. Tanta indecisão sobre a tua identidade só por causa de uma simples frase de um comentário meu?

    Pelos vistos a questão está nas pessoas que se sentem afectadas em falar das coisas pela frente. Acreditam tanto no que dizem, que têm de se intitular, primeiro, “cabracinhos”, depois “m”.Pois a mim tanto me dá, porque vou continuar a falar das coisas em que acredito e que defendo, pois como sabes, porque me conheces bem, o que tenho a dizer digo pela frente e dou a cara.

    O artigo “do dia da freguesia” encontra-se no Arquivo de Julho de 2010 e etiqueta “Festas Religiosas”, Post “Forninhos – 18 de Julho”. Se procuraste por “Dia da Freguesia” é normal que nada tenhas encontrado, pois, na realidade não existe um Post intitulado “Dia da Freguesia”. Em “comentários” ainda não é possível fazer um “boneco/desenho”. Mas no mesmo fiz referência à tarde do dia 18 de Julho e se não comentaste foi porque assim não o entendeste, mas ainda estás em tempo.
    Como bem sabes, também estive presente e concordo contigo quando dizes que foi uma festa 5 estrelas! Nunca fui contra ao Dia da Freguesia, simplesmente critico a forma como foi criado. Seria normal ter em conta a nossa História e não o dia da Padroeira, Santa Marinha. Uma coisa são as festas religiosas, outra coisa são as festas da freguesia. Existem 2 Instituições, uma Pública, outra Religiosa. Mas nessa terra, cada vez menos se percebe onde começam os eventos da Igreja e acabam os da Junta de Freguesia!
    Eu sou de Forninhos e nunca ninguém me perguntou ou questionou sobre o Dia da Freguesia e não tinham de perguntar, porque a quem competia decidir o Dia da Freguesia era a Assembleia da Freguesia. Mas este espaço não é, nunca foi, nem será, a Assembleia de Freguesia, essa sim deve ser participada por todos, porque é pública, e aí dão a cara e podem debater os assuntos que digam respeito à vida quotidiana da aldeia e da sua gentes.

    Cumprimentos :)

    P.S: Isto não é para criar conflitos, e se isto é crítica negativa, então não sei o que é crítica construtiva!

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  13. Estas pessoas que vêm para aqui com falsos nomes deviam de ter um bocadinho de vergonha já para não dizer toda. Dêem a cara.

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  14. P.S: Para terminar este assunto e porque para o blog esta gente não tem nenhuma importância... Fica o aviso de que daqui para frente os comentários feitos por elas, em nome de “Fernando”, “cabracinhos” e “m” serão apagados. Já não há pachorra! Querem esconder-se nas esquinas da aldeia, escondam-se, mas aqui querem contribuir façam-no cara-a-cara, e conflitos alimentem-nos noutro lado. Chamem-me censora ou que vos apetecer. Querem criar conflitos criem um blog vosso noutro lado, aqui manda quem manda e não é preciso dar justificações a ninguém.

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  15. Boa tarde para todos.

    Nem sempre é fácil descobrirmos o passado nestas aldeias do interior, porque aqueles que podiam ainda trazer-nos alguma informação, pelo menos de um passado recente e com alguma ligação aos seus antecedentes, como histórias de vida locais e lendas, e daí lermos com a ajuda da tecnologia que hoje está ao nosso dispor, estão a desaparecer, perdendo-se assim uma boa fonte para se fazer a história de aldeias como a de forninhos.
    Eu sei que sou um achadiço, mas apaixonei-me tremendamente por esta terra onde tenho laço de afinidades e amizades e criei condições para passar o resto dos meus dias de vida.
    Mas é com muita pena minha que vejo situações motivadas por ideologias que não têm sentido nenhum, ensombrar o que esta terra sempre teve de melhor, que foi a convivência entre todos.
    Eu sei e espero, que os autarcas desta freguesia, eleitos democraticamente, saibam unir e promover a harmonia entre todas as pessoas da sua terra, que por sinal, não assim tantas.
    Participo neste blog com os meus modestos conhecimentos académicos, para transmitir o que a universidade da vida me ensinou, porque entendo que este blog não é mais do que, levar as notícias aos seus conterrâneos espalhados pelo mundo e mostrar esta terra lindíssima a todos aqueles que a quiserem visitar, natural ou virtualmente, e é com muita pena que vejo pessoas que podiam dar o seu contributo e, até com alguma responsabilidade no futuro, e não o fazem dando deste modo, encorajamento a farpas que em nada dignificam esta terra.
    Desculpem-me, mas é um desabafo, muito desgostoso.

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  16. Tanta história e tão pouca cultura…
    Este post (às 16h30) já tinha 233 visualizações! É por isso que ainda continuo a querer divulgar a nossa história e lendas, as nossas tradições e nossos costumes e tudo o resto…sempre acreditando que apenas um grupo restrito de 3 ou 4 pessoas vêm aqui para arranjar conflitos, mas com uma certeza, que há muitos visitantes silenciosos que entram porque gostam do que encontram e todos os dias acham motivos válidos para nos querer ler.
    Este blog é também uma iniciativa cultural e educativa que espero sirva para motivar os mais novos a conhecerem melhor a terra a que estão ligados por laços familiares ou qualquer afinidade. É lamentável, por isso, que o apoio e contribuição por parte da autarquia local, para melhor promoção, seja nulo…mas estávamos mesmo era a escrever sobre a nossa história, recordam-se? Então continuemos...
    Ao contrário de hoje, nessa altura pouca gente sabia ler e escrever, a maioria levava uma vida pobre, mas de muito trabalho, por isso, não encontramos relatos escritos nossos sobre a nossa origem, nem sobre lendas, relatos de crenças antigas ou sobre cantigas e melodias dos trabalhos agrícolas, sobre artesanato ou gastronomia local, etc. Tudo o que sabemos foi transmitido de família para família. Algum escrito que existe é sobre a Paróquia, Igreja e Capela. Estes monumentos, porque também têm inscrições de datas nas paredes ajudam-nos situar o tempo da sua existência. A Capela de Nossa Senhora dos Verdes, por exemplo, tem inscrito numa das paredes o ano de 1696. Terá, assim, esta Capela cerca de 315 anos.
    Sabemos que as pessoas desta região sempre foram muito religiosas, cristãos, cheios de respeito pelas suas doutrinas. Mas se assim era, a minha dúvida é: Porque é que deixaram que a ermida mais antiga da freguesia e de toda a nossa região, a Capela de S. Pedro, desaparecesse? Terão sido razões políticas, de gestão ou outra? O povo diz que foi devido a lutas entre o povo de Forninhos e o povo de Penaverde. Então e a religiosidade destas gentes permitiu-o? Qual foi o papel da Igreja? Bem, todos sabemos que a Igreja pouco faz pelos seus monumentos. Seja para compôr um telhado ou para uma simples pintura é sempre o “Zé Povinho” quem paga as obras. Mas não houve por parte da paróquia interesse em conservar este imóvel tão antigo?
    Porque tenho uma grande paixão pela história da minha terra, a ajuda de quem passa por aqui, uma simples opinião, ideia ou parecer, só poderá enriquecer mais não só o blog, mas principalmente, a nossa HISTÓRIA.

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  17. Nao queria de forma alguma deixar de participar e colaborar neste tema, o qual com o tempo que pela frente vier a ter disponivel, me empenharei.
    "Marimbo-me" para as tricas de ma fe, e ressabiamentos; interessa isso sim a uniao em prol da nosaa terra.
    Andei a fazer algumas pesquisa junto do Arquivo da Torre do Tombo, informaticamente e quero la ir pessoalmente indagar o quanto possivel as memorias de Forninhos.
    Fisicamente, estao guardados os documentos mais antigos da n/freguesia, mas os registos de casamentos, obitos e baptizados, a partir de 1635, estao microfilmados no Arquivo Regional da Guarda, sob o nº 623/004, e podem ser consultados.

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