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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Memórias: Bairro da Eira

Esta foto da D. Augusta Albuquerque (que também usa o nome Joana), tirada na Ponte da Eira, no ano de 1982, traz recordações aos mais velhos e dá a conhecer aos mais novos como dantes era a Eira. A Eira era mesmo uma eira (lages) e muitos forninhenses ainda se devem recordar dela assim e até como era antes da ponte. Eu ainda me lembro sem a ponte, da construção da ponte e da inauguração da ponte!

3 comentários:

  1. Muito boa esta foto Paula!Lembro-me disto assim. Olhando agora ficou bem diferente a Eira. Ainda bem que a D. Augusta guardou esta imagem para nós a recordarmos.

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  2. É realmente uma boa foto, antes desta ponte, atravessava-se o ribeiro, mais ou menos onde ficou a ponte, mas era um caminho bem batido porque é neste local onde estava e está, embora moribunda, a fonte de Miguel.
    Conta a minha mulher, que certo dia veio a forninhos o bispo de Viseu para dar a crisma, e ela estava incluída nas crianças que iam ser crismadas, mas antes de ir para a igreja, teve de ir á fonte de Miguel buscar um cântaro de água, para o encher levava um púcaro e, como era seu habito, no fim de encher o cântaro, bebia sempre um gole de agua pelo púcaro, nesse dia não se lembrou que ia ser crismada, e tambem bebeu, foi contar ás catequistas, por tal motivo já não foi crismada porque tinha pecado, e assim, ainda hoje não recebeu e bênção
    Também foi nesta altura que os emigrantes começaram a fazer as suas casas, trouxeram alguns modelos das regiões onde andavam, como se pode constactar nesta que se vê na imagem, eram bonitas na altura, mas descaracterizadas da nossa região.

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  3. A Fonte do Miguel, apesar de fisicamente ainda lá estar, parece não passar de uma recordação de todos quantos por ali passaram.
    Hoje também não passa de uma memória um cenário muito habitual da vida quotidiana forninhense, que era as mulheres que lavavam a roupa no ribeiro e poça da Eira e que até davam um "colorido" engraçado às margens com as peças que punham aí a corar.
    Abastecer de água as casas, lavar e corar roupa, acrescida de “pecados” por beber um gole de água, mostra-nos que os tempos do antigamente não eram nada fáceis.
    Esta imagem dos idos anos 80 ainda nos dá uma visão da rusticidade desse tempo, do que mudou até agora e o que recordamos dessa época, recente para muitos, nova para os que já nasceram depois.

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