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terça-feira, 1 de junho de 2010

Porque todos temos uma criança dentro de nós...

Hoje celebra-se o Dia Internacional da Criança. A origem deste dia foi devido a na 2.ª Guerra Mundial (1945), muitos países entrarem em crise e, consequentemente, a qualidade de vida decresceu bastante. Assim, para fazer face à crise, muitos pais retiravam as crianças da escola e colocavam-nas a trabalhar, o que levou a que várias organizações lutassem contra este problema, mas só em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o mundo - e assim nasceu o Dia da Criança.

Desde o tempo dos nossos avós, brincar sempre foi o entretenimento favorito das crianças, mas com o tempo, as brincadeiras antigas e tradicionais de rua, onde muitas vezes fazíamos os nossos brinquedos, que estimulavam a nossa criatividade, estão em desuso e as crianças de hoje preferem ficar horas a jogar jogos num computador onde a fantasia não precisa ser criada e crescem sem conhecimento de brincadeiras tão sadias, como saltar à corda, ao elástico, jogar ao pião, ao berlinde, etc...
A verdade é que, o entretenimento mudou muito em pouco tempo. E eu pergunto-me se todas estas coisas boas que eu e muitos de vós vivemos na nossa infância, não fará falta na vida das crianças de hoje. Será que no futuro, esta geração saberá o que é ser feliz com coisas simples? Qual o futuro das crianças que nascem e vivem em Forninhos?
Um dia muito feliz para todas as crianças :))

7 comentários:

  1. Olá a todos.

    É verdade, às crianças de hoje não lhes falta nada, mas será que são felizes?

    Há dois ou três anos atrás, uma educadora de infância pediu-me para fazer uma dedicatória aos seus meninos neste dia, e eu fiz:

    Havia um jovem que ia ser pai pela primeira vez, e, como acontece sempre, este jovem pai, assim que seu filho nasceu, deu largas á sua alegria, o seu entusiasmo foi tanto que convidou todos os seus amigos, a quem mostrava o seu menino como a mais preciosa jóia do mundo. Não faltava nada a este bebé, tudo o que achava bonito e que a criança gostava, comprava, quando a criança chorava muito e não o deixava dormir, logo dizia para a mãe o levar ao médico porque devia estar doente.
    Quando começou a dar os primeiros passos, logo deu a novidade aos amigos, não falava noutra coisa, tal era a sua jóia preciosa, era o pai mais feliz do mundo, e assim, esta criança foi crescendo com todo o tipo de brinquedos á sua volta.

    Certo dia a criança interpelou o pai dizendo:
    - Pai.
    Mas o pai absorto na leitura do seu jornal, não respondeu.
    Novamente a criança chamou:
    - Paaaai.
    O pai sem tirar os olhos do jornal, respondeu.
    - Haaa.
    E continuou a leitura.
    Só quando reparou no filho, pensativo e muito triste, pousou o seu jornal, virou-se para a criança e disse:
    - Desde que nascestes, dei-te tudo, brinquedos, já te dei a bicicleta, já te comprei a consola, agora também te comprei uma televisão para o quarto,
    QUE QUERES TU AGORA???.

    E a criança, muito triste e assustada, respondeu:
    - Pai, eu só queria um carinho.

    Fiquei sensibilidade, porque esta historiazinha simples e com um vocabulário pobre, foi afixada no principal corredor da instituição.

    Hoje, como é um dia especial, daqui envio um beijinho para todas as crianças do mundo.

    Eduardo—Avô.

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  2. Nem sei se sou capaz de fazer um comentário tão bonito como o deste avô, mas muitas vezes penso como será o futuro das crianças de hoje e que tipo de modo de vida estes futuros adultos irão passar para as gerações seguintes.
    Fazer este artigo fez-me recordar e comparar a minha infância com aquilo que hoje presencio. Por exemplo: entretenimento/diversão:
    As crianças de ontem brincavam na rua às escondidas, à cabra-cega, ao lencinho, coisas simples da vida. Actualmente vou a Forninhos e vejo as crianças de hoje na rua com um computador vislumbradas por uma virtualidade que cria um mundo paralelo àquele que realmente deveriam viver. Se isso pode ser prejudicial? Talvez. Só o tempo nos dirá… mas se repararmos, (e não é só nas cidades, esta realidade também já chegou às nossas aldeias), as crianças de hoje fazem ver aos pais que é "obrigatório" ter um portátil, leitor de mp3, roupas e calçado de marca, porque todos têm…e os pais, na melhor das intenções, satisfazem todos os caprichos dos filhos porque não querem que os seus filhos se sintam inferiorizados em relação aos outros e apenas os querem ver felizes… A intenção é óptima, mas acho as consequências péssimas, pois leva-se Maomé à montanha e não se ensina Maomé a subi-la. Não quero com isto dizer que os pais comprem com isso o afecto dos filhos, nem que devem submeter os seus filhos a privações, mas antes que devem fazer-lhes ver que as coisas não caem do céu, para que depois valorizem o esforço que é necessário para as adquirir.

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  3. Não quero, com o meu comentário anterior dizer, que os jovens de hoje sejam maus pais, antes pelo contrário, os jovens pais de hoje, querem e gostam muito de seus filhos, tanto que, por vezes, por tanto gostarem, subestimam a disciplina, dão tudo o que as crianças pedem quando se devia dar apenas o que precisam.
    Ouvimos muitas vezes dizer: - o meu filho é dotado, o meu filho é muito inteligente, o meu filho queixou-se da professora porque tem razão, etc. Isto, quanto a mim, não ajuda em nada a criança, mas sim o ego dos pais.
    Os jovens pais de hoje, com a sua superprotecção nem se apercebem que podem estar a invadir o seu espaço, impedindo que esta viva a sua vida de criança, e por vezes até de “crescer”
    Antes das vontades, que muitas vezes são caprichos, antes dos elogios, as crianças precisam de amor, carinho e orientação.
    Ontem também fui jovem pai, hoje sou avô, talvez por isso veja as coisas de diferente modo. Não critico os pais, só me ponho do lado das crianças neste dia.

    Parabéns a todos os pais, e um beijinho para as crianças.

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  4. Nem só os jogos mudaram, mas as musicas e as roupas porque o tempo tambem mudou e tudo evolui. As crianças hoje não conseguem imaginar a vida delas sem internet e telemovel e a verdade é que nós tambem não e eles só ficam a saber como era a vida antigamente pelos pais ou avós mas acho que um dia tambem vão sentir saudades do tempo em que foram crianças e em que andaram na escola e até dos jogos de computador e vão dizer ai que saudades daquele tempo.

    As crianças aprendem o que vivem.

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  5. É verdade que os tempos mudaram e as crianças de hoje mesmo sem ter vivido as coisas que nós vivemos são à sua maneira felizes e quando tiverem a nossa idade se calhar vão lembrar com a mesma nostalgia dos jogos electrónicos que hoje jogam, no fundo, são crianças nascidas dentro de um mundo já conectado. Penso que a geração antiga (nós) entende e aceita os hábitos destas crianças, mas também porque tem outra maturidade entende que também há que impôr limites, regras, mediar, saber dizer não, confortar, amar, conversar…esta fase de quando se é criança não volta mais e o que restará depois são as lembranças e, por isso mesmo, que essas lembranças possam ser lembradas como a melhor fase na vida de alguém.

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  6. Como diz Lopes, e muito bem, os tempos são outros, houve evolução, apareceu a tecnologia e a comunicação é outra, muito bem, e ainda bem que assim é, só que esta nova tecnologia deve ir no sentido de evolução e meio de aprendizagem e não para servir de distracção com jogos e mais jogos que ocupa os tempos que são devidos às crianças para brincar. Não podemos ignorar, que o exercício físico também é importante no desenvolvimento da criança, e nós adultos muitas vezes também ficamos deslumbrados com tantos e variados tipos de brinquedos para as crianças, que compramos tudo e mais alguma coisa, em contraste com outras crianças que nada têm.
    Como diz a Paula, hoje as crianças só querem roupas de marca, consequência das publicidades que nos impingem através dos meios tecnológicos, e as crianças que não podem vestir marcas? E não podem ter tantos brinquedos ou computador, como se sentem junto dos outros meninos na escola?
    Há muita coisa simples que pode fazer uma criança feliz, como por exemplo:
    Fico muito triste quando, em Agosto vejo muitas crianças filhas de emigrantes que vêm passar as férias á sua terra natal, a brincar com crianças de cá, e não falarem a mesma língua, bastava simplesmente os pais destas crianças, falarem a língua da sua terra natal em casa para que estas crianças quando cá vêm se sentirem mais felizes, e mesmo, só lhes poderia trazer benefícios no futuro.

    Um bom feriado e fim-de-semana a todos

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  7. Concordo com esta ideia de que os pais emigrantes devem divulgar e ensinar a língua de Camões (que tão menosprezada tem sido ultimamente) aos seus filhos, porque é a sua língua e porque falar e escrever mais que um língua é uma mais-valia para a formação humana. Eu nunca emigrei, mas tenho família que o fez e por isso conheço bem esta realidade. Também é importante que se ensine às crianças, vindas e vindouras a escrever e a ler correctamente, pois ele é “x” por todo o lado: “eu xou axxim “eu xoube”.

    O Sr. Eduardo também refere a importância do exercício e eu acrescentaria que também as crianças e adolescentes deveriam participar activamente em movimentos, associações, clubes, grupos musicais, etc., porque, muitas vezes, as potencialidades destas crianças são reveladas nestes sítios. Mas se nos focarmos apenas nas crianças de Forninhos, o que é que está a ser feito para a formação humana das crianças e jovens?

    Não resido em Forninhos, mas pelo que é dado a conhecer, apenas o Sr. Padre Paulo não tem esquecido as crianças, proporcionando actividades ao ar livre e convívios sadios entre as diversas crianças das suas paróquias.

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