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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Conto de Natal: "A Fábrica dos Brinquedos"


Há muito, muito tempo, viveu um homem muito grande e forte mas também muito velhinho. As barbas brancas quase lhe tocavam no peito e o seu cabelo comprido estava em desalinho.
Um dia, Nicolau - assim se chamava ele - sentou-se ao pé da janela a meditar. A certa altura, olhou através da janela: lá fora nevava. Era Inverno! Os vários pinheiros do jardim estavam cobertos de um manto espesso e branco. Porém, umas pegadas na neve despertaram-lhe a atenção. Um pouco mais adiante, estava um mendigo. Esse pobre homem, que era um sem-abrigo, estava mal agasalhado, descalço e sozinho. Noel, que tinha um coração de ouro, abriu a janela e chamou-o:
- Vem cá, homem! Onde é a tua casa?
- Ah! A minha casa?! Eu não tenho casa.
- E a tua família?
- Oh! Esses…nunca os conheci. Vivia com a minha avó, mas ontem ela morreu, não aguentou o frio deste Inverno…
- Meu Deus! Mas, que vida tão triste a tua! E agora?! Com quem vives? Sozinho?
- Sim, agora vivo sozinho.
- Mas…e ... e não tens frio, mal agasalhado e descalço? Bem que precisas de um par de sapatos, de uma camisola e de um casaco! Vou pedir à minha mulher que te faça uma camisola e vou fazer-te eu próprio um par de sapatos! E sabes que mais? Se quiseres colaborar comigo!
- Oh! Muito obrigado, senhor. Que devo fazer para colaborar consigo?
- Eu vou explicar tudo: a minha mulher andava a dizer-me que eu precisava de um trabalho para me entreter. Eu fiquei um bocado confuso: como poderia eu arranjar um emprego de um dia para o outro? E então, quando te vi, lembrei-me imediatamente de um bom passatempo para nós os dois! E até fazíamos uma boa acção e tudo! A minha ideia era construirmos uma fábrica de brinquedos onde trabalharíamos todo o ano para obtermos os melhores e mais bonitos presentes para oferecermos aos meninos bem comportados no final do ano. Podíamos também dar um nome à data de entregar as prendas. Hummm, pode ser NATAL, em honra da minha mulher Natália.
- O senhor, isto é, o Nicolau tem ideias fabulosas! Para mim o senhor é um verdadeiro santo!
- Oh! Oh! Oh! Não sou nada! Sou apenas o Pai Natal! É um bom nome para quem inventa o NATAL! No NATAL, todas as prendas devem estar prontas. Treinarei as minhas renas para grandes viagens, prepararei o meu trenó e… já me estou a ver a cruzar os céus!!!!! Só tu poderás estar comigo no trenó, para levares o saco com as prendas!
- Mas, Pai Natal, quando é que vai ser o NATAL?
- Oh! Meu Deus! Não tinha pensado nisso! Mas, até pode ser no dia em que nasceu Jesus! Ele ficaria orgulhoso de nós! Portanto o NATAL é no dia 25 de Dezembro! É verdade, como te chamas meu amigo?
- Chamo-me Cristóvão.
- Muito bem, Cristóvão, vamos já contar tudo à minha mulher!
Natália ficou encantada com a ideia do marido e prontificou-se logo a chamar todos os duendes empregados para ajudarem na construção da fábrica. Estes adoraram a ideia de passar a trabalhar numa fábrica e empenharam-se mais que nunca na sua construção. Em menos de cinco dias a fábrica estava pronta!
Naquele ano todos os duendes tiveram de trabalhar em velocidade máxima, pois o NATAL estava à porta!
Todos os dias a fábrica de brinquedos do Pai Natal recebia dezenas de cartas de todos os meninos e meninas do mundo, a encomendarem os seus presentes de NATAL. A todas as cartas o Pai Natal respondia dizendo que se portassem bem.
E o prometido é devido: os duendes carregaram as prendas até ao trenó e Cristóvão pô-las no grande saco do Pai Natal. À meia-noite em ponto, o trenó cruzava o céu puxado pelas renas, carregando o saco dos presentes, o Pai Natal, e, claro, Cristóvão!
Ainda hoje, sempre que é a noite de Natal, podemos ver o grande trenó com o Pai Natal e Cristóvão, se olharmos para o céu à meia-noite em ponto …

Contributo: XICOALMEIDA

5 comentários:

  1. A figura do Pai Natal (ou S. Nicolau) e os Contos de Infância, Lendas de Natal, fazem parte do imaginário e do mundo dos sonhos dos miúdos e graúdos nesta época festiva. Há contos que se transmitem de geração em geração...

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  2. LENDA DA ARANHA DE NATAL

    Ha muitos anos vivia em Forninhos uma familia muito feliz. Naquele dia, era vespera de Natal e a mae andava ocupadissima a limpar a casa e a decorar a arvore.


    Num canto da casa, la mesmo junto ao tecto, estava uma aranha que, ao ver a mae com a vassoura na mao a limpar, subiu escadas acima e foi esconder-se no sotao.

    Quando ja era noite e toda a casa estava em silencio, a aranha desceu as escadas devagarinho e foi entao que viu a linda arvore de Natal, brilhando de mil cores.
    Nao conseguiu resistir a tentaçao e apressou-se a subir pelo tronco acima e ao longo dos ramos. Sentia-se tao feliz que se esqueceu que era uma aranha, e que as aranhas andam sempre a tecer teias.

    Pobre arvore! Quando a aranha chegou ao cimo da arvore, esta ja estava toda coberta de poeirentas teias de aranha cinzentas.

    A aranha ficou triste e nao sabia o que fazer, quando ouviu um barulho e viu que era o Pai Natal que chegava com os presentes para as crianças.

    Encheu-se de coragem e pediu-lhe humildemente para a ajudar a reparar o que fora feito.

    O Pai Natal viu a arvore coberta de teias de aranha e ficou um pouco embaraçado.Mas pos-se a pensar e logo depois sorriu. Ja sabia como resolver esta triste situaçao, deixando ao mesmo tempo a aranha feliz e sem que a mae visse a arvore coberta das desgraciosas teias.

    O Pai Natal, transformou pura e simplesmente as teias em fios de prata e ouro!

    E a arvore luzia e tremeluzia como nunca!

    E foi assim que a partir daquele dia, as pessoas passaram a enfeitar as arvores de Natal com grinaldas e outras decoraçoes cintilante.

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  3. Sabiam que não é certo que que Jesus tenha nascido em 25 de Dezembro, pois é desconhecida a data do seu nascimento?

    Diz a Lenda que esta data foi marcada no século IV, pois segundo diziam os astrónomos daquele tempo, era nesse dia que os dias começaram a aumentar e a ter muito mais "Sol".

    Os Cristãos passaram a festejar nessa data o nascimento de Jesus, por Ele ser a Luz do mundo.

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  4. Lenda do Sapatinho na Lareira:

    Quando na noite de 24 para 25 de Dezembro de 286, os irmãos "Soqueiros" (Crispim e Cripiano) fugiam às perseguições, cansaram-se de bater às portas, mas ninguem lhes dava abrigo.
    Uma viúva muito pobre, que vivia com um filho numa cabana escondida no bosque, deu-lhes agasalho e comida. Eles comovidos com esta atitude pediram a Deus que recompensasse a caridosa viúva.
    Durante a noite, enquanto ela e o filho dormiam, os "Soqueiros" vendo perto da lareira um par de socos velhos, resolveram fazer uns novos,que deixaram junto ao braseiro antes de partirem.
    Na manhã seguinte a viúva deparou com os socos novos que estavam a transbordar de moedas de ouro.
    A partir daí,segundo a lenda, todas as crianças colocam na lareira ou no fogão o sapatinho na esperança que se repita o milagre dessa noite.

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  5. Olá a todos.

    Conta-se muita e variadas histórias do pai natal, há quem diga que foi invenção da coca cola, mas creio que também não é muito bem aceite pela igreja por ser pagã, mas não estou muito á vontade para falar deste assunto.
    Já a alguns anos que faço o papel de pai natal numa instituição, e posso-vos garantir, isso sim, que é uma sensação muito especial quando se chega junto das crianças com os sacos as costas e ver a cara de alegria naqueles rostos inocentes. Tenho um problemazito, se isto se pode chamar assim, é que a maior parte destas crianças já me conhecem e não consigo disfarçar totalmente.
    Esta figura mitológica já está tão enraizada no espírito das crianças, que mesmo sabendo que não existe, respeitam-na muito.

    Um abraço a todos

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